Bula do Visipaque para o Profissional

Bula do Visipaque produzido pelo laboratorio ge Healthcare do Brasil Comércio e Serviços para Equipamentos Medico-Hospitalares Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Visipaque
ge Healthcare do Brasil Comércio e Serviços para Equipamentos Medico-Hospitalares Ltda - Profissional

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BULA COMPLETA DO VISIPAQUE PARA O PROFISSIONAL

VISIPAQUE®

GE Healthcare do Brasil Comércio e Serviços para Equipamentos Médico-

hospitalares LTDA.

Forma Farmacêutica: Solução Injetável

Concentrações:

VISIPAQUE 270 (550 mg/ml de iodixanol)

VISIPAQUE 320 (652 mg/ml de iodixanol)

MODELO DE BULA – INFORMAÇÕES AO PROFISSIONAL DA SAÚDE

IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO

iodixanol

APRESENTAÇÕES

270 (550 mg/ml de iodixanol): solução injetável em frasco de vidro de 50 e

100mL e frasco plástico de 50, 100, 150 e 500mL.

320 (652 mg/ml de iodixanol): solução injetável em frasco de vidro ou

plástico de 50 e 100 mL

USO INTRAVENOSO, INTRA-ARTERIAL OU INTRATECAL

USO ADULTO E PEDIÁTRICO

COMPOSIÇÃO

VISIPAQUE 270 (550 mg/ml de iodixanol): cada mL da solução contém 550 mg de

iodixanol.

VISIPAQUE 320 (652 mg/ml de iodixanol): cada mL da solução contém 652 mg de

Excipientes: trometamol, cloreto de sódio, cloreto de cálcio, edetato dissódico de cálcio e

água para injeção.

O pH é ajustado entre 6,8-7,6 com ácido clorídrico.

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES

Este produto medicinal se destina somente para uso diagnóstico.

Meio de contraste radiográfico para angiocardiografia, angiografia cerebral

(convencional), arteriografia periférica (convencional), angiografia abdominal

(angiografia digital por subtração - DSA), urografia, venografia, tomografia

computadorizada (TC) realçada por contraste. Mielografia lombar, torácica e cervical.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

VISIPAQUE foi administrado em 1244 pacientes adultos. Os agentes comparadores

administrados em 861 pacientes adultos incluíram meios de contraste não iônicos de baixa

osmolaridade e iônicos de alta e baixa osmolaridade. Aproximadamente metade (590) dos

pacientes que receberam VISIPAQUE tinha idade igual ou acima de 60 anos e a idade

média era de 56 anos (variação de 18 a 90 anos). Dos 1244 pacientes, 806 (65%) eram

homens e 438 (35%) eram mulheres. A distribuição racial: 85% eram caucasianos, 12%

negros, <1% oriental e 3% outra raça ou desconhecida. A informação demográfica para o

conjunto de pacientes que recebeu um agente de contraste comparador foi semelhante.

A eficácia foi avaliada em 1235 pacientes que receberam VISIPAQUE e 855 que

receberam outros meios de contraste, com base na qualidade da visualização do

diagnóstico radiográfico (isto é, excelente, bom, ruim ou nenhuma) e na capacidade de

fazer um diagnóstico (isto é, confirmou um diagnóstico anterior, considerado normal ou

diagnosticou novos achados). Os resultados foram comparados aos dos controles ativos

[ioxagalato, ioexol, iopromida e diatrizoato de meglumina sódica] em concentrações que

eram similares às de VISIPAQUE.

Administração intra-arterial

USO ADULTO

Angiocardiografia, arteriografia cerebral, arteriografia periférica e arteriografia visceral

foram avaliadas com uma ou ambas as concentrações de VISIPAQUE (270 mg I/mL ou 320

mg I/mL). Nestes estudos intra-arteriais, a classificação da visualização diagnóstica foi

boa ou excelente em 100% do s pacientes e um diagnóstico radiológico foi realizado em

todos (100%) os pacientes que receberam VISIPAQUE. Em estudos intra -arteriais

adicionais, a qualidade geral da visualização diagnóstica foi classificada como ótima na

maioria dos pacientes e um diagnóstico radiológico foi feito em todos (100%) os pacientes

aos quais VISIPAQUE foi administrado. Os resultados foram comparados aos dos

controles ativos [ioxaglato, ioexol, diatrizoato de meglumina sódica]. O número de

pacientes avaliados em cada indicação é informado abaixo.

A angiocardiografia foi avaliada em dois estudos clínicos duplo -cegos, randomizados, em

101 pacientes adultos que receberam VISIPAQUE 320 mg I/mL e em 97 que receberam

ioexol 350 mg I/mL1

. Sete estudos adicionais de angiocardiografia foram realizados em

217 pacientes adultos que receberam VISIPAQUE 320 mg I/mL, em 37 que receberam

ioexol 350 mg I/mL, em 40 que receberam diatrizoato de meglumina sódica 370 mg I/mL e

em 96 que receberam ioxaglato 320 mg I/mL 2 , 3

. A classificação da visualização foi boa ou

excelente em 100% dos pacientes que receberam VISIPAQUE; um diagnóstico radiológico

foi feito na maioria dos pacientes. Os resultados foram semelhantes aos dos controles

ativos. Não foi obtida a confirmação dos achados radiológicos por ou tros métodos

diagnósticos.

A aplicação em arteriografia cerebral foi avaliada em dois estudos clínicos, duplo -cegos,

randomizados, em 51 pacientes adultos que receberam VISIPAQUE 320 mg I/mL e em 48

que receberam ioexol 300 mg I/mL4 , 5

. Dois estudos adicionais em arteriografia cerebral

foram realizados: um estudo cruzado envolvendo VISIPAQUE 270 mg I/mL e 320 mg I/mL

(15 pacientes adultos), e outro estudo envolvendo VISIPAQUE 320 mg I/mL (40

pacientes) e ioxaglato 320 mg I/mL (40 pacientes) 6

. A classificação da visualização foi

boa ou excelente em 100% dos pacientes que receberam VISIPAQUE e um diagnóstico

radiológico foi feito na maioria dos pacientes. Os resultados foram semelhantes aos dos

controles ativos. Não foi obtida a confirmação dos achados radioló gicos por outros

métodos diagnósticos.

A arteriografia periférica foi avaliada em dois estudos clínicos duplo -cegos,

randomizados, em pacientes adultos que receberam VISIPAQUE 320 mg I/mL (49

pacientes), ioexol 350 mg I/mL (25 pacientes) e o ioxaglato 320 mg I/mL (25 pacientes)7

.

Quatro estudos adicionais em arteriografia periférica foram realizados com VISIPAQUE

270 mg I/mL (50 pacientes adultos), VISIPAQUE 320 mg I/mL ( 76 pacientes), ioexol 300

mg I/mL (37 pacientes) e iopromida 300 mg I/mL (47 pacientes ). A classificação da

visualização foi boa ou excelente em 100% dos pacientes que receberam VISIPAQUE; um

diagnóstico radiológico foi feito na maioria dos pacientes. Os resultados foram

semelhantes aos dos controles ativos. Não foi obtida a confirmação dos achados

radiológicos por outros métodos diagnósticos. 8, 9 , 10

A arteriografia visceral foi avaliada em dois estudos duplo -cegos, randomizados, em

pacientes adultos que receberam VISIPAQUE 320 mg I/mL (55 pacientes adultos), ioexol

350 mg I/mL (27 pacientes) e ioxaglato 320 mg I/mL (25 pacientes) 11, 12

. A classificação

da visualização foi boa ou excelente em 100% dos pacientes que receberam VISIPAQUE;

um diagnóstico radiológico foi feito na maioria dos pacientes. Os resultados foram

semelhantes aos do ioexol. Não foi obtida a confirmação dos achados radiológicos por

outros métodos. O risco adicional para a arteriografia renal com a administração de

VISIPAQUE não pode ser analisado.

Estudos similares com angiografia digital por subtração (DSA) foram concluídos com

achados comparáveis observados na arteriografia cerebral, arteriografia periférica e

arteriografia visceral. Não foram conduzidos estudos para determinar a menor

concentração efetiva.

USO PEDIÁTRICO

Dois estudos multicêntricos com dois grupos de paci entes (iodixanol 320 mg I/mL e ioexol

350 mg I/mL) em cada estudo foram conduzidos. Um total de 195 pacientes abaixo de 14

anos de idade foi incluído. Trinta e seis pacientes tinham menos de um mês; entre estas

crianças três tinham menos que 24 horas de vi da. Setenta e sete pacientes tinham entre um

mês e dois anos de idade.

A eficácia foi avaliada por dois radiologistas independentes usando uma escala de quatro

pontos para classificar a qualidade da visualização fornecida pelo meio de contraste

(excelente, boa, ruim, inadequada).

Os investigadores consideraram que, para todos os pacientes, o exame forneceu a

informação necessária para realizar um diagnóstico radiográfico. A qualidade geral da

visualização foi excelente para 86% dos pacientes no grupo iodi xanol. Para um paciente

no grupo ioexol a qualidade foi ruim devido a dificuldades técnicas.

O exame forneceu informação diagnóstica complementar para uma porcentagem

semelhante de pacientes nos dois grupos de agentes de contraste. Em 41 de 92 pacientes

(45%) no grupo iodixanol e em 40 de 76 pacientes (53%) no grupo ioexol, o contraste

forneceu informação anatômica adicional. Os dois estudos em cardioangiografia mostraram

que o iodixanol foi eficiente. Nenhuma diferença significante foi detectada entre os

grupos iodixanol e ioexol.

Administração intravenosa

Urografia excretora, tomografia computadorizada realçada com contraste (TCRC) da

cabeça, TCRC do corpo e venografia periférica foram estudadas com uma ou ambas

concentrações de VISIPAQUE (270 mg I/mL ou 320 mg I/mL). Nestes estudos

intravenosos, a classificação da visualização diagnóstica foi boa ou excelente em 96 -100%

dos pacientes e um diagnóstico radiológico foi feito em todos (100%) os pacientes que

receberam VISIPAQUE. Os resultados foram comparados aos do controle ativo. O número

de pacientes avaliados em cada indicação é fornecido abaixo.

A urografia excretora foi avaliada em um estudo clínico não controlado, aberto, em 40

pacientes onde 20 receberam VISIPAQUE 270 mg I/mL e 20 receb eram VISIPAQUE 320

I/mL1 3

, e em dois estudos clínicos randomizados, duplo -cegos, nos quais foram

administrados VISIPAQUE 270 mg/mL (50 pacientes adultos), VISIPAQUE 320 mg I/mL

(50 pacientes) e ioexol 300 mg I/mL (50 pacientes) 1 2

boa ou excelente em 100% dos pacientes que receberam VISIPAQUE; um diagnóstico

radiológico foi feito na maioria dos pacientes. Os resultados foram semelhantes aos do

controle ativo. Não foi obtida a confirmação dos achados radiológicos por outro s métodos

A TCRC de cabeça foi avaliada em dois estudos clínicos duplo -cegos, randomizados, com

administração de VISIPAQUE 270 mg I/mL (49 pacientes adultos), VISIPAQUE 320 mg

I/mL (50 pacientes) e ioexol 300 mgI/mL (49 pacientes) 1 4

. A TCRC de corpo foi avaliada

em três estudos clínicos randomizados, duplo -cegos, com a administração de VISIPAQUE

270 mg I/mL (104 pacientes adultos), VISIPAQUE 320 mg I/mL (109 pacientes) e ioexol

300 mg I/mL (101 pacientes)1 5

. Tanto na TCRC de cabeça como de corpo, a classificação

radiológicos por outros métodos diagnósticos.

A venografia periférica foi avaliada em dois estudos clínicos duplo -cegos, randomizados,

em 46 pacientes adultos que receberam VISIPAQUE 270 mg I/mL e em 50 pacientes que

receberam ioexol 300 mg I/mL1 6

. A classificação da visualização foi boa ou excelente em

100% dos pacientes que receberam VISIPAQUE; um diagnóstico radiológico foi feito na

maioria dos pacientes. Os resultados foram semelhantes aos do controle ativo. Não foi

obtida a confirmação dos achados radiológicos por outros métodos diagnósticos.

Urografia

Dos dois estudos executados, um era um estudo de centro único e o outro era

multicêntrico1 7

. Três grupos separados de pacientes foram avaliados em cada estudo, e 147

pacientes com idades entre 30 dias e 15 anos foram incluídos. Dentre estes pacientes, 47

receberam iodixanol 270 mg I/mL, 50 receberam iodixanol 320 mg |I/mL, enquanto 50

receberam ioexol 300 mg I/mL. Cinqüenta e cinco deles tinham menos de dois anos de

idade. As doses de iodo injetadas variaram entre 0,23 e 1,07 g I kg/peso corpóreo (a média

variou entre 0,49 e 0,58 g I kg/peso corpóreo). Um dos pacientes foi sedado.

A eficácia foi avaliada por dois radiologistas usando uma escala de quatro pontos para

classificar a qualidade do realce fornecido pelo meio de contraste (excelente, boa, ruim,

inadequada).

Os rins direito e esquerdo foram avaliados separadamente A informação geral da

informação diagnóstica foi excelente ou boa para a maioria dos pacientes nos três grupos.

A menor proporção de informação diagnóstica excelente foi encontrada no grupo do ioexol

300 mg I/mL, tanto para o rim direito como para o rim esquerdo. No grupo do iodixanol

270 mg I/mL as imagens de 3 pacientes (2 do rim direito e 1 do rim esquer do) foram

classificadas como ruim. Para 2 pacientes, as classificações foram inadequadas devido a

falta de funcionamento do rim esquerdo. No grupo do iodixanol 320 mg I/mL, a

informação diagnóstica geral foi classificada como ruim em 5 pacientes(2 rins dir eitos e 3

rins esquerdos). Para um paciente a imagem foi considerada inadequada devido a falta de

secreção do rim direito. No grupo do ioexol 300 mg I/mL, as imagens de 5 pacientes (4

rins direitos e 1 rim esquerdo) foram consideradas ruins. As imagens de dois pacientes

foram classificadas como inadequadas: uma devido a um rim esquerdo displásico

policístico e uma devido a um rim policístico.

Com relação à utilidade do realce do contraste, para a grande maioria dos pacientes o

diagnóstico de referência foi confirmado ou pareceu consistente com os sintomas depois

do exame com o contraste. Além disso, novos diagnósticos foram confirmados para 6

pacientes: 3 com iodixanol 270 mg I/mL, 1 com iodixanol 320 mg I/mL e 2 com ioexol.

Em relação à qualidade radiográfica, houve uma tendência dirigida à maior pontuação

(qualidade diagnóstica geral excelente/boa) com iodixanol, especialmente com iodixanol

320 mg I/mL. Isto pode ser devido à maior concentração de iodo que, combinada com a

isotonicidade do meio de contraste, pode causar menor efeito diurético; uma densidade um

pouco mais alta do contraste no sistema coletor pode ser esperada. É, todavia, impossível

interpretar tais diferenças sem relacioná -las à função renal. Os resultados não indicaram

quaisquer diferenças entre os três grupos com relação à opacificação do parênquima renal.

Tomografia computadorizada (cabeça e corpo)

Quatro estudos foram executados, duas TC da cabeça e duas TC do corpo, e entre estes

havia dois estudos multicêntricos. Três grupos de pac ientes em cada estudo foram

avaliados; iodixanol 270, iodixanol 320 e ioexol 300, respectivamente. No total 296

pacientes com idades entre quatro dias e 17 anos foram incluídos, 57 com menos de dois

anos de idade.

A maioria dos pacientes nos grupos de TC do corpo foi examinada devido a tumores ou

doenças infecciosas. Noventa e seis pacientes receberam iodixanol 270 mg I/mL, 100

receberam iodixanol 320 mg I/mL, e 100 pacientes receberam ioexol 300 mg I/mL. As

doses de iodo administradas variaram entre 0,24 e 1,87 g I kg/peso corpóreo (média

variando entre 0,55 e 0,67 g I kg/peso corpóreo). Cento e sete pacientes foram sedados.

classificar a qualidade do realce fornecido pelo meio de contraste, assim como de cada

área do corpo examinada (excelente, boa, ruim, inadequada).

A informação diagnóstica geral foi excelente ou boa para todos os pacientes no grupo

iodixanol 270 mg I/mL, para 96% dos pacientes no grupo iodixanol 3 20 mg I/mL e para

97% dos pacientes no grupo ioexol 300 mg I/mL. As imagens de 3 pacientes no grupo

iodixanol 320 mg I/mL foram classificadas como inadequadas. Para um paciente, o

investigador considerou que não foi observao realce por provável infiltração do contraste

durante a injeção; para os outros dois a razão foi a velocidade baixa de administração e

artefatos, respectivamente. Devido a problema técnico, um paciente no grupo ioexol 300

mg I/mL também foi classificado como inadequado.

Com relação à consistência com o diagnóstico de referência, para metade dos pacientes

nos grupos iodixanol a TC com realce de contraste excluiu o diagnóstico de referência ou

pareceu inconsistente com os sintomas atuais, enquanto que para o ioexol isto ocorreu em

42% dos pacientes. Para um paciente no grupo iodixanol 320 mg I/mL a CT com realce de

contraste não permitiu comparações com o diagnóstico de referência ou com os sintomas

atuais, para outro paciente neste grupo nenhuma resposta foi registrada pelo investigador

devido a provável infiltração do contraste. No grupo ioexol 300 mg I/mL, os resultados

radiográficos não permitiram comparações com o diagnóstico de referência ou com os

sintomas atuais em 3 pacientes.

Com relação à contribuição do agente de contraste para o diagnóstico radiográfico, os

investigadores relataram que a confiança no diagnóstico aumentou em 82 -83% dos

pacientes entre os três grupos.

Informação geral diagnóstica excelente foi obtida com todos os meios de contraste. Não

houve diferenças significativas entre os dois grupos iodixanol e o grupo ioexol nas

avaliações de eficácia.

Administração intratecal

A eficácia de VISIPAQUE 270 mg I/mL e 300 mg I/mL administrado por via intratecal

para mielografia foi documentada em um programa clí nico de fase III. Este programa

compreendeu dois estudos independentes (estudos 1 e 2) 1 8, 19

, ambos desenhados como

estudos fase III, multicêntricos, randomizados, de grupos paralelos, duplo -cegos, com 3

grupos de tratamento. Setecentos e dez pacientes fora m avaliados (398 no estudo 1 e 312

no estudo 2). Os estudos foram realizados em oito centros em seis países.

Em ambos os estudos o objetivo principal era comparar as eficácias radiográficas de

VISIPAQUE 270 mg I/mL e 300 mg I/mL com Omnipaque 300 mg I/mL (estudo 1) e

iotrolan 300 mg I/mL (estudo 2), respectivamente, administrados por via intratecal. Para

ambos os estudos, o principal parâmetro foi a qualidade geral da informação diagnóstica

obtida pelos diferentes contrastes em cada região particular da c oluna (lombar, torácica

e/ou cervical).

Em todos os grupos de meio de contraste, quase todas as imagens foram de qualidade boa

ou excelente e de valor diagnóstico. Não houve diferença estatisticamente significante

com relação à visualização adequada entre os três meios de contraste em ambos os

estudos.

No estudo 1, 121 pacientes foram submetidos ao exame cervical, 62 com punção cervical e

59 com punção lombar. Quando se compara a proporção de pacientes com filmes

excelentes versus a proporção de filmes não excelentes obtidos no grupo VISIPAQUE 320

com a proporção obtida no grupo Omnipaque 300, encontra -se uma diferença

estatisticamente significante a favor de VISIPAQUE para a área cervical com punção

cervical (p=0,009). Não houve diferença para VISIPAQUE 270 versus Omnipaque 300 para

a injeção lombar (p=0,53) ou para a injeção cervical (p=0,52). Em geral, VISIPAQUE 320

forneceu maior número de filmes excelentes que VISIPAQUE 270 e Omnipaque 300 na

área cervical.

No estudo 2, cinqüenta e quatro pacientes fo ram submetidos ao exame cervical, 12 com

punção cervical e 42 com punção lombar. Não foi observada tendências clara com relação

à qualidade da visualização radiográfica entre os grupos de meio de contaste devido ao

número pequeno de pacientes.

No estudo 1, para a área lombar, uma proporção estatisticamente significante maior de

filmes foi classificada como excelente com VISIPAQUE 320 em comparação com

Omnipaque 300 (p=0,006). Não houve diferença entre VISIPAQUE 270 e Omnipaque 300

(p=0,43).

No estudo 2 não foi observada nenhuma diferença estatisticamente significante entre

VISIPAQUE 320 e VISIPAQUE 270 versus iotrolan 300 (p=0,24 e p=0,58,

respectivamente).

Teoricamente, a maior viscosidade de um meio de contraste dimérico pode influenciar a

qualidade de visualização de estruturas anatômicas e isto pode ter se refletido em maior

classificação de filmes excelentes com VISIPAQUE 320 mg I/mL. Embora apenas uma

diferença mínima na qualidade radiográfica a favor do iodixanol 320 tenha sido

encontrada, este achado poder ser de maior importância em hospitais gerais com

radiologistas menos experientes e equipamento de raios -X menos adequado. Portanto, a

extensão das indicações para uso do iodixanol em exames mielográficos é considerada

bastante apropriada.

Não indicado. O uso por via intratecal aplica-se apenas para adultos.

Referências

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3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

O iodixanol é um meio de contraste radiológico não -iônico, isosmolar, dimérico,

hexaiodinatado e solúvel em água. Soluções aquosas puras de iodi xanol em todas as

concentrações clínicas relevantes apresentam uma osmolalidade inferior em relação àquela

do sangue total e àquelas das potências correspondentes dos meios de contraste

monoméricos não-iônicos. VISIPAQUE torna-se isotônico em contato com o s fluidos

corporais normais através da adição de eletrólitos. Os valores de osmolalidade e de

viscosidade de VISIPAQUE são os seguintes:

Concentração

Osmolalidade*

mOsm/kg H2 O

Viscosidade

(mPa.s)

37ºC a 20ºC a 37ºC

270 mg I/mL 290 11,3 5,8

320 mg I/mL 290 25,4 11,4

*Método: Osmometria de vapor -pressão.

Propriedades farmacodinâmicas

O iodo organicamente ligado absorve radiação nos vasos sangüíneos/tecidos quando é

injetado. Para a maioria dos parâmetros hemodinâmicos, clínico -químicos e da coagulação

avaliados após a injeção intravenosa de iodixanol em voluntários sadios, não se detectou

qualquer desvio significativo com relação aos valores prévios à injeção. As poucas

alterações observadas nos parâmetros laboratoriais foram leves e consideradas não

apresentar importância clínica.

VISIPAQUE induz somente efeitos leves sobre a função renal nos pacientes. Em 64

pacientes diabéticos com níveis de creatinina sérica de 115 a 308 µmol/L, a utilização de

VISIPAQUE resultou em 3% dos pacientes apresentando uma elevação na creatinina de >

44.2 µmol/L e 0% dos pacientes com uma elevação de > 88.4 µmol/L. A liberação de

enzimas (fosfatase alcalina e N-acetil-β-glicosaminidase) a partir das células tubulares

proximais é menor que após injeções de meios de contraste monoméricos não -iônicos e a

mesma tendência é observada em comparação a meios d e contraste iônicos diméricos.

VISIPAQUE é também bem tolerado pelos rins.

Os parâmetros cardiovasculares, como a pressão diastólica final e a pressão sistólica do

ventrículo esquerdo, a freqüência cardíaca e o intervalo QT, bem como o fluxo sangüíneo

femoral, foram menos influenciados após a administração de VISIPAQUE quando

comparado a outros meios de contraste, sempre que foram medidos.

Propriedades farmacocinéticas

O iodixanol se distribui rapidamente no organismo, com uma meia -vida média de

distribuição de cerca de 21 minutos. O volume de distribuição aparente é da mesma

magnitude que o do líquido extracelular (0,26 l/kg de peso corpóreo), indicando que o

iodixanol é distribuído apenas no volume extracelular.

Nenhum metabólito foi detectado. A ligaç ão à proteínas é inferior a 2%.

A meia-vida média de eliminação é de aproximadamente 2 horas em adultos normais. Em

crianças, a eliminação do iodixanol é prolongada (t 1 /2 de aproximadamente 4 horas em

recém nascidos). O iodixanol é excretado principalment e através dos rins por filtração

glomerular. Cerca de 80% da dose administrada é recuperada não metabolizada na urina

dentro de 4 horas e 97% dentro de 24 horas após a injeção intravenosa em voluntários

sadios. Apenas cerca de 1,2% da dose injetada é excre tada nas fezes dentro de 72 horas. A

concentração urinária máxima surge cerca de 1 hora após a injeção. Na faixa de dose

recomendada, não se observou uma cinética dependente da dose.

Após a administração intratecal, a meia -vida do iodixanol é prolongada, refletindo a taxa

de eliminação do compartimento do sistema nervoso central para a circulação sistêmica. A

aparente meia-vida de eliminação varia, mas com um valor médio em torno de 12 horas.

4. CONTRAINDICAÇÕES

Hipersensibilidade a qualquer componente da fórmula. Tireotoxicose franca. Histórico de

reação de hipersensibilidade grave ao VISIPAQUE .

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

Precauções especiais para o uso de meios de contraste não -iônicos em geral

Uma história positiva de alergia, asma ou reações indesejáveis aos meios de contraste

iodados indica a necessidade de serem adotadas precauções especiais. Nestes casos, pode -

se considerar a pré-medicação com corticosteróides ou antagonistas H 1 e H2 da histamina.

O risco de reações sérias relacionadas ao uso de VISIPAQUE é considerado como remoto.

Não obstante, os meios de contraste iodados podem causar reações anafilactóides ou

outras manifestações de hipersensibilidade. Por conseguinte, deve -se planejar

antecipadamente uma conduta terapêutica com as medi cações e os equipamentos

necessários disponíveis para o tratamento imediato, para o caso de ocorrer uma reação

séria. É aconselhável usar sempre uma cânula ou cateter permanente para acesso

intravenoso rápido durante todo o procedimento radiográfico.

Os meios de contraste não-iônicos exercem menos efeitos sobre o sistema de coagulação in

vitro, em comparação com os meios de contraste iônicos. Ao realizar procedimentos de

cateterização vascular, deve-se ter atenção meticulosa com a técnica angiográfica e la var o

cateter com freqüência (por exemplo, com solução salina heparinizada) a fim de reduzir ao

mínimo o risco de trombose e embolia relacionado ao procedimento.

Deve-se garantir uma hidratação adequada antes da administração do meio de contraste e

depois dela. Isto se aplica, em especial, aos pacientes com mieloma múltiplo, diabetes

mellitus, disfunção renal, bem como a lactentes, crianças pequenas e idosos. Os lactentes

pequenos (< 1 ano de idade) e especialmente os recém -nascidos são susceptíveis a

desequilíbrios eletrolíticos e alterações hemodinâmicas.

Deve-se também ter uma cautela especial com os pacientes com cardiopatias graves e

hipertensão pulmonar uma vez que eles podem apresentar alterações hemodinâmicas ou

arritmias.

Os pacientes com patologia cerebral aguda, tumores ou história de epilepsia estão

predispostos a convulsões e merecem cuidados especiais. Além disso, os alcoólatras e os

viciados em drogas apresentam um risco elevado para convulsões e reações neurológicas.

Para prevenir a insuficiência renal aguda depois da administração de meios de contraste,

deve-se ter uma cautela especial com os pacientes apresentando disfunção renal pré -

existente e diabetes mellitus, uma vez que são pacientes de risco. Os pacientes com

paraproteinemias (mielomatose e macroglobulinemia de Waldenström) também estão sob

risco.

As medidas preventivas incluem:

- Identificação dos pacientes de alto risco;

- Assegurar uma hidratação adequada. Se for necessário, através da manutenção de uma

infusão IV desde antes do procedimento até que o meio de contraste tenha sido

eliminado pelos rins;

- Evitar uma carga adicional sobre os rins sob a forma de medicamentos nefrotóxicos,

agentes orais para colecistografia, pinçamento arterial, angioplastia arterial renal ou

cirurgia de grande porte, até que o meio de contraste tenha sido eliminado;

- Adiar a repetição do exame com meio de contraste até que a função renal retorne aos

níveis prévios ao exame.

Pacientes diabéticos recebendo metformina

Existe um risco de desenvolvimento de acidose lática quando meios de contrate iodados

são administrados a pacientes diabéticos tratados com metformina, particularmente

naqueles com disfunção renal. Para reduzir o risco de acidose lática, o nível de creatinina

sérica deve ser medido em pacientes diabéticos tratados com metformina antes da

administração intravascular de meios de contraste iodados e as seguintes precauções

devem ser tomadas nas circunstâncias a seguir.

Creatinina sérica normal (<130μmol/L)/função renal normal : A administração de

metformina deve ser interrompida no momento da administração do meio de contraste e

não deve ser retomada antes de 48 horas, a menos que a função renal/creatinina sérica

permaneça dentro da faixa de normalidade.

Creatinina sérica anormal (>130μmol/L)/função renal comprometida : A metformina deve

ser interrompida e o exame com uso de meio de contraste deve ser adiado por 48 horas. A

metformina deve somente ser reiniciada se a função re nal não for diminuída (se a

creatinina sérica não aumenta) em relação aos resultados antes da administração do

contraste.

Casos de emergência: Nos casos de emergência onde a função renal está comprometida ou

é desconhecida, o médico deve avaliar o risco /benefício do exame com uso de meio de

contraste e as seguintes precauções devem ser instituídas: a metformina deve ser

interrompida; O paciente deve ser completamente hidratado antes da administração do

contraste e por 24 horas depois; A função renal (ex. creatinina sérica), o ácido láctico

sérico e o pH sanguíneo devem ser monitorados. Um pH menor que 7,25 ou um nível de

ácido láctico maior que 5 mmol/L são indicativos de acidose lática. O paciente deve ser

observado para verificar se existem sintomas de acidose lática, os quais incluem vômito,

sonolência, náusea, dor epigástrica, anorexia, hiperpneia, letargia, diarréia e sede.

O maior fator de risco para a nefropatia induzida por meio de contraste é a disfunção

renal subjacente. Diabetes e o volume de meio de contraste iodado administrado são

fatores contribuidores, na presença de disfunção renal. Preocupações adicionais são a

desidratação, a perfusão renal comprometida e a presença de outros fatores que podem ser

nefrotóxicos, como certas medicações ou cirurgia de grande porte.

Deve-se ter uma cautela especial com os pacientes apresentando alterações graves da

função renal e hepática, porque a eliminação do meio de contraste pode estar

significativamente retardada. Os pacientes sob hemodiálise podem r eceber meios de

contraste para procedimentos radiológicos, não sendo necessária a correlação do momento

da administração do meio de contraste com a sessão de hemodiálise.

A administração de meios de contraste iodados pode agravar os sintomas da miastenia

gravis. Aos pacientes com feocromocitoma submetidos a procedimentos invasivos, deve -se

administrar alfa-bloqueadores como profilaxia para crises hipertensivas. Deve -se ter

cuidado especial com os pacientes com hipertireoidismo. Aqueles com bócio multinodul ar

podem estar sob risco de hipertireoidismo após a administração de meios de contraste

iodados. Também deve-se ter em mente a possibilidade de indução de hipotireoidismo

transitório em lactentes prematuros que recebem meios de contraste.

Não foram relatados casos de extravasamentos de VISIPAQUE, mas é provável que,

devido à sua isotonicidade, o VISIPAQUE cause menos dor local e edema extravascular do

que os meios de contraste hiperosmolares. Nos casos de extravasamento, recomendam -se a

elevação e o resfriamento do local afetado como medidas de rotina. A descompressão

cirúrgica pode ser essencial nos casos de síndrome de compartimento.

Tempo de observação

O paciente deve permanecer sob observação estreita durante 15 minutos após a última

injeção, uma vez que a maioria das reações sérias ocorre neste período. O paciente deve

permanecer no ambiente hospitalar, mas não necessariamente no setor de radiologia, por 1

hora após a última injeção e deve retornar ao setor de radiologia se apresentar qualquer

sintoma.

Uso intratecal

Após uma mielografia, o paciente deve permanecer em repouso com a cabeça e o tórax

elevados cerca de 20º durante uma hora. Em seguida, ele pode deambular com cuidado,

mas devendo evitar inclinar-se e abaixar-se. A cabeça e o tórax devem ser mantidos

elevados durante as primeiras 6 horas, se o paciente permanecer no leito. Os pacientes

suspeitos de terem um baixo limiar para convulsões devem ser observados durante este

período. Os pacientes ambulatoriais não devem ser deixados totalmente a sós nas

primeiras 24 horas.

Não é recomendável dirigir veículos ou operar máquinas durante as primeiras 24 horas

seguintes a um exame intratecal.

Gravidez e Lactação

Não se estabeleceu a segurança do VISIPAQUE para uso durante a gestação humana. Uma

avaliação dos estudos com animais de laboratório não indicou efeitos nocivos diretos ou

indiretos no que diz respeito à reprodução, desenvolvimento do embrião ou do feto,

evolução da gestação e evolução peri - ou pós-natal. Estudos de reprodução em ratas e

coelhas não revelaram quaisquer evidências de redução da fertilidade ou de

teratogenicidade devidas ao iodixanol.

Como a exposição à radiação deve, sempre que possível, ser evitada durante a gravidez, os

benefícios de qualquer exame radiográfico, com ou sem meios de contraste, devem ser

cuidadosamente ponderados contra um possível risco. O produto não deve ser usado na

gravidez, a menos que o beneficio sobrepuje o risco e o exame seja considerado essencial

pelo médico.

O grau de excreção no leite humano é de sconhecido, porém supõe-se que seja baixo. O

aleitamento materno deve ser suspenso antes da administração de VISIPAOUE e não deve

ser reiniciado até, no mínimo, 24 horas depois.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

O uso de meios de contraste iodados pode resultar em um comprometimento transitório da

função renal e isto pode precipitar uma acidose láctica em pacientes diabéticos que

estejam recebendo metformina. Para as medidas de precaução, consulte a seção

Advertências e Precauções.

Em pacientes tratados com interleucina -2 menos de duas semanas antes da injeção de um

meio de contraste iodado, detectou-se um risco mais elevado de reações tardias ( sintomas

gripais ou reações cutâneas).

Interações Medicamento-Exame laboratorial

Todos os meios de contraste iodados podem interferir nas provas de função tireoidiana,

pois a capacidade de ligação da tireóide ao iodo pode ser reduzida durante várias sema nas.

Altas Concentrações de meio de contraste no soro e na urina podem interferir com exames

de laboratório para bilirrubina, proteínas ou substâncias inorgânicas (por exemplo, ferro,

cobre, cálcio e fosfato). Estas substâncias, portanto, não devem ser an alisadas no dia do

exame.

Uma elevação transitória e leve da creatinina sérica é comum depois da administração de

meios de contraste iodados, mas não costuma ter importância clínica.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

VISIPAQUE deve ser conservado em temperatura ambiente (entre 15ºC e 30ºC), protegido

da luz e não deve ser congelado. Manter o produto em sua embalagem original. O produto

pode ser armazenado por até 1 mês a 37ºC e protegido da luz, antes de seu uso.

O prazo de validade deste medicamento é de 24 meses a partir da data de sua fabricação

nas apresentações em frascos de vidro e de 36 meses nas apresentações em frascos de

plástico.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem

original.

VISIPAQUE é uma solução aquosa estéril, límpida, incolor a amarelo pálido pronta para

uso.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crian ças.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

Cuidados de administração

Como todos os produtos parenterais, VISIPAQUE deve ser inspecionado visualmente para

detectar a presença de partículas, alteração da coloração e da integridade do recipiente,

antes do seu uso.

O produto deve ser coletado dentro de uma seringa imediatamente antes do uso. Os frascos

destinam-se a ser usados uma única vez; assim qualquer quantidade não usada deve ser

descartada.

VISIPAQUE deve ser aquecido à temperatura corporal (37ºC) antes de sua administração.

Não se observaram incompatibilidades com outros produtos. Contudo, o VISIPAOUE não

deve ser misturado diretamente com outras medicações. Deve -se usar uma seringa

separada.

Instruções adicionais para bombas infusoras

Os frascos de 500 mL de meio de contraste devem ser usados exclusivamente com bombas

infusoras automáticas, aprovadas para este volume. Deve -se usar um único procedimento

de perfuração.

O equipo que segue para o paciente, a partir da bomba injetora automática, deve ser

trocado após cada paciente. A apresentação de 500 mL é para múltiplas doses. Usar

somente por um período de um dia (24 horas). Qualquer quantidade não usada do meio de

contraste que permanecer no frasco e todos os equipos devem ser descartados ao fim do

dia. É essencial seguir as instruções do fabricante da bomba injetora automática.

Posologia

A dose pode variar segundo o tipo do exame, a idade, o peso, o débito cardíaco, o estado

geral do paciente e a técnica utilizada. Em geral, se usam uma concentração e um volume

de iodo aproximadamente iguais aos de outros meios de contraste radiológico iodados

utilizados atualmente; entretanto, também foram obtidas informações diagnósticas

adequadas em alguns estudos com injeção de iodixanol com uma concentração de iod o um

pouco menor. Deve-se garantir uma hidratação adequada antes e depois da administração,

da mesma forma que para com os outros meios de contraste. O produto é destinado para

uso intravenoso, intra-arterial e intratecal.

As seguintes doses podem ser utilizadas como referência. As doses fornecidas para uso

intra-arterial correspondem a uma única injeção, que pode ser repetida.

Indicação/exame Concentração Volume

Uso intra-arterial

 Arteriografias (adultos)

cerebral seletiva 270/320(1 )

mg I/mL 5-10 mL por inj

aortografia 270/320 mg I/mL 40-60 mL por inj

periférica 270/320 mg I/mL 30-60 mL por inj.

visceral seletiva por ASD i.a. 270 mg I/mL 10-40 mL por inj

 Angiocardiografia

Adultos

Inj. ventricular esquerda e em raiz aórtica 320 mg I/mL 30-60 mL por inj

Arteriografia coronariana seletiva 320 mg I/mL 4-8 mL por inj

Crianças 270/320 mg I/mL De acordo com a idade,

peso e patologia (dose

total máxima recomendada

10 mL/kg)

(1) Ambas as dosagens estão documentadas, porém 270 mg I/mL é a dose r ecomendada na

maioria dos casos.

Uso intravenoso

 Urografia

Adultos 270/320 mg I/mL 40-80 mL(2 )

Crianças < 7 kg 270/320 mg I/mL 2-4 mL /kg

Crianças > 7 kg 270/320 mg I/mL 2-3 mL/kg

Todas as dosagens

dependem da idade, peso

corporal e patologia (máx.

50 mL)

 Venografia 270 mg I/mL 50-150 mL/perna

TC com contraste

TC de crânio, adultos 270/320 mg I/mL 50-150 mL

TC de corpo, adultos 270/320 mg I/mL 75-150 mL

Crianças, TC de crânio e de corpo 270/320 mg I/mL 2-3 mL/kg até 50 mL

(em alguns casos até 150

mL podem ser

administrados)

Uso intratecal, somente adultos

Mielografia torácica e lombar

(injeção lombar)

270 mg I/mL

ou

320 mg I/mL

10-12 mL(3 )

10 mL(3 )

Mielografia cervical

(injeção lombar ou cervical)

(2) Em casos selecionados se pode exceder os 80 mL.

(3) Para reduzir ao mínimo as possíveis reações adversas não se deve exceder uma dose

total de 3,2 g de iodo.

9. REAÇÕES ADVERSAS.

Abaixo estão listadas possíveis reações adversas relacionadas a procedimentos

radiográficos que incluíram o uso de VISIPAQUE.

As reações adversas associadas com VISIPAQUE são, em geral, leves a moderadas e

transitórias por natureza. Reações sérias, assim como fatali dades, são observadas

apenas em ocasiões muito raras.

Em geral, as reações de hipersensibilidade apresentam-se como sintomas respiratórios

ou cutâneos, tais como dispnéia, erupção cutânea, eritema, urticária, prurido, reação

de pele, edema angioneurótico, hipotensão, febre, edema de laringe, broncoespasmo ou

edema pulmonar. Elas podem aparecer imediatamente após a injeção ou em até alguns

dias depois.

As reações de hipersensibilidade podem ocorrer independentemente da dose ou do

modo de administração e sintomas leves podem representar os primeiros sinais de uma

reação séria anafilactóide/choque.

A administração do meio de contraste deve ser interrompida imediatamente e, se

necessário, terapia específica deve ser instituída através do acesso vascular. Os

pacientes em uso de betabloqueadores podem apresentar -se com sintomas atípicos de

hipersensibilidade, os quais podem ser erroneamente interpretados como sendo uma

reação vagal.

Todos os meios de contraste iodados podem interferir com os testes de função

tireoidiana. A capacidade do tecido tireoidiano de se ligar ao iodo pode ser reduzida

durante um período de até duas semanas. As altas concentrações do meio de contraste

no soro e na urina podem interferir com a dosagem laboratorial in vitro de

bilirrubinas, proteínas ou substâncias inorgânicas (p.ex., ferro, cobre, cálcio e

fosfato). Portanto, essas substâncias não devem ser dosadas no dia do exame.

Administração intravascular (via intravenosa, via intra-arterial)

Reação incomum (>1/1000 e < 1/100): hipersensibilidade, cefaleia, náusea, vômito,

sensação de calor.

Reação rara (> 1/10.000 e < 1/1000): vertigem, arritmia, hipotensão, tosse, dor, febre.

Reação muito rara (> 1/10.000): distúrbio sensorial, cegueira transitória, hipertensão,

isquemia, dispneia, dor/desconforto abdominal, insuficiência renal aguda, sensação de

frio.

Outras reações também observadas, porém a incidência não pode ser determinada

pela ausência de dados clínicos: reação anafilactóide, choque anafilático, estado

confusional, disfunção motora, convulsão, hipocinesia ventricular, isquemia

miocárdica, espasmo arterial, trombose, tromboflebite, edema pulmonar não -

cardiogênico, artralgia, iodismo.

Administração intratecal

As reações adversas após administração intratecal podem ser tardi as e apresentar-se

algumas horas ou mesmo dias após o procedimento. A frequência é semelhante à da

punção lombar simples.

Irritação meníngea associada a fotofobia e meningismo e meningite química franca

foram observados com outros meios de contraste iodad os não-iônicos. Também deve-se

considerar a possibilidade de meningite infecciosa. De modo semelhante, as

manifestações de uma disfunção cerebral transitória foram detectadas em situações

muito raras com o uso de outros meios de contraste iodados nâo -iônicos. As

manifestações incluíram convulsões, confusão transitória, ou disfunção motora ou

sensitiva transitória. Alterações do EEG são encontradas em alguns desses pacientes.

Reação incomum (>1/1000 e < 1/100): cefaleia, vômito.

Outras reações: vertigem, náusea, dor no local da injeção.

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância

Sanitária - NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm,

ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

10. SUPERDOSE

Uma superdosagem é improvável em pacientes com uma função renal normal. A duração

do procedimento é importante para a tolerabilidade renal para doses elevadas de meios de

contraste (t1/ 2 de cerca de 2 horas). Na eventualidade de uma superdosagem acidental, as

perdas de água e eletrólitos devem ser compensadas por procedimento de infusão. A

função renal deve ser monitorada, no mínimo, durante os 3 dias seguintes. Se necessário,

pode-se recorrer à hemodiálise para remover o iodixanol do organismo do paciente. Não

existe um antídoto específico.

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais

orientações.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.