Bula do Zocor produzido pelo laboratorio Merck Sharp e Dohme Farmaceutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
Zocor®
(sinvastatina), MSD
Merck Sharp & Dohme Farmacêutica Ltda.
Comprimidos Revestidos
10 mg
20 mg
40 mg
80 mg
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IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
ZOCOR®
APRESENTAÇÕES
comprimidos revestidos está disponível em quatro dosagens, em embalagens com:
10: 30 comprimidos
20: 30 comprimidos
40: 10 comprimidos
80: 10 comprimidos
USO ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido revestido contém:
10: 10 mg de sinvastatina
20: 20 mg de sinvastatina
40: 40 mg de sinvastatina
80: 80 mg de sinvastatina
Excipientes: butil-hidroxianisol, ácido ascórbico, ácido cítrico monoidratado, celulose
microcristalina, amido pré-gelanizado, estearato de magnésio, lactose monoidratada, hipromelose,
hiprolose, dióxido de titânio, talco, óxido férrico amarelo e/ou óxido férrico vermelho.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Pacientes sob alto risco de doença coronariana ou com doença coronariana (DAC)
Em pacientes sob alto risco de doença coronariana (com ou sem hiperlipidemia), isto é, pacientes com
diabetes, histórico de acidente vascular cerebral (AVC) ou de outra doença vascular cerebral, de
doença vascular periférica ou com doença coronariana, ZOCOR®
é indicado para:
• reduzir o risco de mortalidade total (por todas as causas) por meio da redução de mortes por
doença coronariana;
• reduzir o risco dos eventos vasculares maiores (um composto de infarto do miocárdio não fatal,
morte por doença coronariana, AVC ou procedimentos de revascularização);
• reduzir o risco dos eventos coronarianos maiores (um composto de infarto do miocárdio não fatal
ou mortes por doença coronariana);
• reduzir o risco de acidente vascular cerebral;
• reduzir a necessidade de procedimentos de revascularização do miocárdio (incluindo bypass ou
angioplastia coronariana transluminal percutânea);
• reduzir a necessidade de procedimentos de revascularização periférica e outros, não coronarianos;
• reduzir o risco de hospitalização por angina.
Em pacientes com diabetes, ZOCOR®
reduz o risco de desenvolvimento de complicações periféricas
macrovasculares (um composto de procedimentos de revascularização periférica, de amputações dos
membros inferiores ou de úlceras das pernas).
Em pacientes hipercolesterolêmicos com doença coronariana, ZOCOR®
retarda a progressão da
aterosclerose coronariana, reduzindo inclusive o desenvolvimento de novas lesões e novas oclusões
totais.
Pacientes com hiperlipidemia
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• ZOCOR®
é indicado como adjuvante à dieta para reduzir os níveis elevados de colesterol total,
LDL-colesterol, apolipoproteína B (apo B) e triglicérides e para aumentar os níveis de HDL-
colesterol em pacientes com hipercolesterolemia primária, incluindo hipercolesterolemia familiar
heterozigótica (tipo IIa de Fredrickson) ou hiperlipidemia combinada (mista) (tipo IIb de
Fredrickson), quando a resposta à dieta e outras medidas não farmacológicas for inadequada.
ZOCOR®
, portanto, reduz as razões LDL-colesterol/HDL-colesterol e colesterol total/HDL-
colesterol;
é indicado para o tratamento de pacientes com hipertrigliceridemia (hiperlipidemia tipo
IV de Fredrickson);
é indicado para o tratamento de pacientes com disbetalipoproteinemia primária
(hiperlipidemia tipo III de Fredrickson);
também é indicado como adjuvante à dieta e outras medidas não dietéticas para reduzir
os níveis elevados de colesterol total, LDL-colesterol e apolipoproteína B em pacientes com
hipercolesterolemia (HoFH) familiar homozigótica.
No Estudo Escandinavo de Sobrevida com Sinvastatina (4S), o efeito do tratamento com ZOCOR®
na
mortalidade por todas as causas foi avaliado em 4.444 pacientes com doença coronariana (DAC) e
colesterol total no período basal entre 212-309 mg/dL (5,5-8,0 mmol/L) durante um período mediano
de 5,4 anos. Nesse estudo multicêntrico, randômico, duplo-cego e controlado com placebo, ZOCOR®
reduziu em 30% o risco de morte; em 42% o risco de morte por DAC; e em 37% o risco de infarto do
miocárdio não-fatal comprovado no hospital. Além disso, ZOCOR®
reduziu em 37% o risco de
procedimentos para revascularização do miocárdio (bypass da artéria coronariana ou angioplastia
coronariana transluminal percutânea). Em pacientes com diabetes mellitus, o risco de um evento
coronariano importante foi reduzido em 55%. Além disso, ZOCOR®
reduziu significativamente o
risco de eventos vasculares cerebrais fatais e não fatais (AVC e ataques isquêmicos transitórios) em
28%.
No Estudo de Proteção do Coração (HPS - Heart Protection Study), os efeitos do tratamento com
ZOCOR®
durante um período de acompanhamento de 5 anos, em média, foram avaliados em 20.536
pacientes com ou sem hiperlipidemia e alto risco de eventos coronarianos, em decorrência de
diabetes, antecedentes de acidente vascular cerebral (AVC) ou outra doença vascular cerebral, doença
vascular periférica ou doença coronariana. No período basal, 33% apresentavam níveis de LDL
inferiores a 116 mg/dL; 25%, entre 116 mg/dL e 135 mg/dL e 42%, superiores a 135 mg/dL.
Nesse estudo multicêntrico, randômico, duplo-cego e controlado com placebo, ZOCOR®
40 mg/dia
comparado ao placebo reduziu o risco de mortalidade por todas as causas em 13%, em consequência
da redução de mortes por doença coronariana (18%). ZOCOR®
também diminuiu o risco de eventos
coronarianos maiores (um desfecho composto de IM não fatal ou mortes de origem coronariana) em
27%. ZOCOR®
reduziu a necessidade de procedimentos de revascularização coronariana (incluindo
bypass ou angioplastia coronariana transluminal percutânea) e procedimentos de revascularização
periférica e outros procedimentos de revascularização não coronarianos, em 30% e 16%,
respectivamente. ZOCOR®
reduziu o risco de AVC em 25%. Além disso, ZOCOR®
reduziu o risco de
hospitalização por angina em 17%. Os riscos de eventos coronarianos e vasculares maiores (um
desfecho composto que incluiu os eventos coronarianos relevantes, AVC ou procedimentos de
revascularização) foram reduzidos em cerca de 25% em pacientes com ou sem doença coronariana,
incluindo pacientes com diabetes e pacientes com doença periférica ou vascular cerebral. Além disso,
no subgrupo de pacientes com diabetes, ZOCOR®
reduziu o risco do desenvolvimento de
complicações macrovasculares, incluindo procedimentos de revascularização periférica (cirurgia ou
angioplastia), amputação de membros inferiores ou úlceras nas pernas em 21%. As reduções de risco
produzidas por ZOCOR®
nos eventos maiores, vasculares e coronarianos, foram evidentes e
consistentes independentemente da idade e do sexo do paciente, dos níveis de LDL-C, HDL-C, TG,
apolipoproteína A-I ou apolipoproteína B no período basal, da presença ou ausência de hipertensão,
dos níveis de creatinina até o limite para inclusão de 2,3 mg/dL, da presença ou ausência de
medicações cardiovasculares (aspirina, betabloqueadores, inibidores da enzima conversora de
angiotensina [ECA] ou bloqueadores dos canais de cálcio) no período basal, de tabagismo, de
ingestão de álcool ou de obesidade. Ao final de 5 anos, 32% dos pacientes no grupo placebo estavam
tomando uma estatina (fora do protocolo do estudo); portanto, as reduções de risco observadas
subestimam o real efeito da sinvastatina.
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Em estudo clínico multicêntrico, controlado com placebo, que utilizou angiografia coronariana
quantitativa e envolveu 404 pacientes, ZOCOR®
retardou a progressão da aterosclerose coronariana e
reduziu o desenvolvimento de novas lesões e de novas oclusões totais, ao passo que as lesões
ateroscleróticas coronarianas pioraram de forma constante ao longo de um período de 4 anos em
pacientes que receberam tratamento-padrão.
As análises de subgrupo de dois estudos que incluíram 147 pacientes com hipertrigliceridemia
(hiperlipidemia tipo IV de Fredrickson) demonstraram que 20 a 80 mg/dia de ZOCOR®
reduziu os
níveis de triglicérides em 21% a 39% (placebo: 11% a 13%), de LDL-colesterol em 23% a 35%
(placebo: +1% a +3%) e do colesterol não HDL, em 26% a 43% (placebo: +1% a +3%) e aumentou o
HDL-C em 9% a 14% (placebo: 3%).
Em outra análise de subgrupo de sete pacientes com disbetalipoproteinemia (hiperlipidemia tipo III de
Fredrickson), a dose de 80 mg/dia de ZOCOR®
reduziu os níveis de LDL-C, inclusive das
lipoproteínas de densidade intermediária (IDL) em 51% (placebo: 8%) e de VLDL-colesterol + IDL
em 60% (placebo: 4%).
ZOCOR®
é um agente redutor do colesterol derivado sinteticamente de um produto de fermentação do
Aspergillus terreus.
Após a ingestão, ZOCOR®
, uma lactona inativa, é hidrolisado ao β-hidroxiácido correspondente. Esse
é o principal metabólito e é um inibidor da 3-hidróxi-3-metilglutaril-coenzima A (HMG-CoA)
redutase, uma enzima que catalisa um passo precoce e limitante da taxa de biossíntese do colesterol.
Estudos clínicos mostram que ZOCOR®
é altamente eficaz para reduzir as concentrações plasmáticas
do colesterol total, do LDL-colesterol, dos triglicérides e do VLDL-colesterol e para aumentar o
HDL-colesterol nas formas familiar heterozigótica e não familiar de hipercolesterolemia e na
hiperlipidemia mista, quando o colesterol elevado for preocupante e a dieta apenas for insuficiente.
Observam-se respostas acentuadas em duas semanas e respostas terapêuticas máximas ocorrem em 4 a
6 semanas. A resposta mantém-se com a continuidade do tratamento. Quando o tratamento com
é interrompido, os níveis de colesterol e lípides voltam aos níveis anteriores ao tratamento.
A forma ativa da sinvastatina é um inibidor específico da HMG-CoA redutase, enzima que catalisa a
conversão da HMG-CoA a mevalonato. Em virtude de essa conversão ser um passo inicial da
biossíntese do colesterol, não se espera que o tratamento com ZOCOR®
provoque acúmulo de esteróis
potencialmente tóxicos. Além disso, a HMG-CoA é também rapidamente metabolizada de volta a
acetil-CoA, a qual participa de muitos processos de biossíntese no organismo.
Farmacocinética
Absorção: demonstrou-se que a biodisponibilidade do beta-hidroxiácido para a circulação sistêmica
após uma dose oral de sinvastatina foi menor do que 5% da dose, o que é compatível com a ampla
extração hepática de primeira passagem. Os principais metabólitos da sinvastatina presentes no
plasma humano são o β-hidroxiácido e quatro metabólitos ativos adicionais.
Em jejum, o perfil plasmático dos inibidores total e ativo não foi afetado quando a sinvastatina foi
administrada imediatamente antes de uma refeição-teste.
Distribuição: a sinvastatina e o beta-hidroxiácido ligam-se às proteínas plasmáticas humanas (95%).
A farmacocinética de doses única e múltipla de sinvastatina não mostrou acúmulo do medicamento
após a administração múltipla. Em todos os estudos de farmacocinética acima, a concentração
plasmática máxima dos inibidores ocorreu 1,3 a 2,4 horas após a dose.
Metabolismo: a sinvastatina é uma lactona inativa que é rapidamente hidrolisada in vivo para o β-
hidroxiácido correspondente, um potente inibidor da HMG-CoA redutase. A hidrólise ocorre
principalmente no fígado; a velocidade de hidrólise no plasma humano é muito lenta.
A sinvastatina é bem absorvida em humanos e passa por ampla extração hepática de primeira
passagem. A extração no fígado depende do fluxo sanguíneo hepático. O fígado é o principal local de
ação, com excreção posterior dos equivalentes do fármaco na bile. Consequentemente, a
disponibilidade do fármaco ativo na circulação sistêmica é baixa. Após uma injeção intravenosa do
metabólito beta-hidroxiácido, sua meia-vida média é de 1,9 hora.
Eliminação: após uma dose oral de sinvastatina radioativa em humanos, 13% da radioatividade foi
excretada na urina e 60% nas fezes em 96 horas. A quantidade recuperada nas fezes representa os
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equivalentes do fármaco absorvido excretados na bile, assim como o fármaco não absorvido. Após
uma injeção intravenosa do metabólito β-hidroxiácido, apenas 0,3% da dose IV, em média, foi
excretada na urina como inibidores.
• Hipersensibilidade a qualquer componente do produto;
• Doença hepática ativa ou aumentos persistentes e inexplicados das transaminases séricas;
• Gravidez e lactação (veja ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES, Gravidez e Lactação);
• Administração concomitante de inibidores potentes do CYP3A4 (por exemplo, itraconazol,
cetoconazol, posaconazol, voriconazol, inibidores da protease do HIV, boceprevir, telaprevir,
eritromicina, claritromicina, telitromicina, nefazodona e medicamentos contendo cobicistate)
(veja ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES, Miopatia/Rabdomiólise; INTERAÇÕES
MEDICAMENTOSAS);
• Administração concomitante de genfibrozila, ciclosporina ou danazol (veja ADVERTÊNCIAS E
PRECAUÇÕES, Miopatia/Rabdomiólise; INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS).
Este medicamento é contraindicado para uso por mulheres grávidas ou amamentando.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas ou que possam ficar grávidas
durante o tratamento.
Miopatia/Rabdomiólise: a sinvastatina, a exemplo de outros inibidores da HMG-CoA redutase,
ocasionalmente causa miopatia que se manifesta como dor, dolorimento ou fraqueza musculares e
creatinina quinase (CK) acima de 10 vezes o limite superior da normalidade (LSN). Algumas vezes, a
miopatia apresenta-se como rabdomiólise, com ou sem insuficiência renal aguda secundária a
mioglobinúria e, raramente, pode ser fatal. O risco de miopatia é aumentado por níveis elevados de
atividade inibitória da HMG-CoA redutase no plasma. Os fatores predisponentes para miopatia
incluem idade avançada (≥ 65 anos), sexo feminino, hipotireoidismo não controlado e insuficiência
renal.
A exemplo de outros inibidores da HMG-CoA redutase, o risco de miopatia/rabdomiólise está
relacionado à dose. Em um banco de dados de estudos clínicos no qual 41.413 pacientes foram
tratados com ZOCOR®
, 24.747 (aproximadamente 60%) dos quais foram admitidos nos estudos com
um acompanhamento mediano de pelo menos 4 anos, a incidência de miopatia foi de
aproximadamente 0,03%, 0,08% e 0,61% com 20, 40 e 80 mg/dia, respectivamente. Nesses estudos,
os pacientes foram cuidadosamente monitorados e alguns medicamentos com interação foram
excluídos.
Em um estudo clínico no qual os pacientes com histórico de infarto do miocárdio foram tratados com
sinvastatina 80 mg/dia (acompanhamento médio de 6,7 anos), a incidência de miopatia foi de
aproximadamente 1,0% em comparação com 0,02% para os pacientes tratados com 20 mg/dia.
Aproximadamente metade destes casos de miopatia ocorreu durante o primeiro ano de tratamento. A
incidência de miopatia durante cada ano subsequente de tratamento foi de aproximadamente 0,1%.
O risco de miopatia, incluindo rabdomiólise, é maior em pacientes que estão sendo tratados com
sinvastatina 80 mg quando comparado com outras terapias à base de estatina com eficácia
semelhante ou maior na redução de colesterol LDL e em comparação com doses menores de
sinvastatina. Portanto, a dose de 80 mg de ZOCOR®
deve ser utilizada somente em pacientes
que estão tomando ZOCOR®
80 mg cronicamente (por 12 meses ou mais) sem evidências de
toxicidade muscular (veja POSOLOGIA E MODO DE USAR). O uso de ZOCOR®
80 mg não
deve ser iniciado em pacientes novos, incluindo os pacientes que já tomam doses menores do
medicamento.
Se um paciente que está atualmente tolerando a dose de 80 mg de ZOCOR®
precisar iniciar um
medicamento que é contraindicado ou um medicamento com potencial de interação
medicamentosa e que limita a dose máxima permitida de sinvastatina, este paciente deve ser
mudado para uma estatina alternativa ou regime baseado em estatina com menor potencial
para a interação medicamentosa. Os pacientes devem ser alertados sobre o risco aumentado de
miopatia, incluindo rabdomiólise, e orientados a relatar imediatamente qualquer dor,
sensibilidade ou fraqueza muscular inexplicadas. Se os sintomas ocorrerem, o tratamento deve
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ser interrompido imediatamente (veja POSOLOGIA E ADMINISTRAÇÃO;
CONTRAINDICAÇÕES).
Todos os pacientes que iniciam tratamento com sinvastatina, ou cuja dose de sinvastatina está
sendo aumentada, devem ser alertados sobre o risco de miopatia e orientados a relatar
imediatamente qualquer dor, sensibilidade ou fraqueza muscular inexplicada. A terapia com
sinvastatina deve ser descontinuada imediatamente se houver diagnóstico ou suspeita de
miopatia. A presença destes sintomas, bem como nível de CK >10 vezes o limite normal superior,
indica miopatia. Na maioria dos casos, quando os pacientes descontinuaram imediatamente o
tratamento, os sintomas musculares e os aumentos de CK desapareceram (veja REAÇÕES
ADVERSAS). Pode-se considerar determinações periódicas de CK para pacientes que iniciam terapia
com sinvastatina ou cuja dose esteja sendo aumentada. Também se recomenda determinações
periódicas de CK para pacientes que usam a dose de 80 mg de sinvastatina. Não há nenhuma garantia
de que esse monitoramento irá prevenir a miopatia.
Muitos dos pacientes que desenvolveram rabdomiólise durante o tratamento com sinvastatina tinham
históricos médicos complicados, incluindo insuficiência renal, geralmente em consequência de
diabetes mellitus prolongado. Tais pacientes devem ser cuidadosamente monitorados. A terapia com
sinvastatina deve ser temporariamente interrompida alguns dias antes de cirurgia eletiva de grande
porte e quando qualquer condição cirúrgica ou médica importante sobrevenha.
Em um estudo clínico no qual pacientes com alto risco de doença cardiovascular foram tratados com
sinvastatina 40 mg/dia (acompanhamento médio de 3,9 anos), a incidência de miopatia foi de
aproximadamente 0,05% em pacientes não chineses (n = 7.367) em comparação com 0,24% em
pacientes chineses (n = 5.468). Embora a única população asiática avaliada neste estudo clínico tenha
sido a de chineses, deve-se ter cautela ao prescrever ZOCOR®
a pacientes asiáticos e a menor dose
necessária deve ser utilizada.
Interações medicamentosas
• O risco de miopatia/rabdomiólise é aumentado pelo uso concomitante de sinvastatina com:
Medicamentos contraindicados
- Inibidores potentes da CYP3A4: uso concomitante de medicamentos conhecidos por apresentar
um potente efeito inibitório sobre CYP3A4 em doses terapêuticas (por exemplo, itraconazol,
cetoconazol, posaconazol, voriconazol, eritromicina, claritromicina, telitromicina, inibidores da
protease do HIV, boceprevir, teloprevir, nefazodona ou medicamentos contendo cobicistate) é
contraindicada. Se o tratamento de curto prazo com inibidor potente de CYP3A4 estiver indisponível,
a terapia com sinvastatina deve ser interrompida durante o tratamento (veja
CONTRAINDICAÇÕES; INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS; CARACTERÍSTICAS
FARMACOLÓGICAS, Farmacocinética).
- Genfibrozila, ciclosporina ou danazol: o uso concomitante desses medicamentos com sinvastatina
é contraindicado (veja CONTRAINDICAÇÕES; INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS;
CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS, Farmacocinética).
Outros medicamentos:
- Ácido fusídico: pacientes tratados com ácido fusídico concomitantemente com ZOCOR®
podem
apresentar risco aumentado de miopatia/rabdomiólise (veja INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS,
Outras Interações Medicamentosas; CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS,
Farmacocinética). A coadministração com ácido fusídico não é recomendada. Em pacientes em que
o uso de ácido fusídico sistêmico é considerado essencial, a sinvastatina deve ser descontinuada
durante todo o tratamento com ácido fusídico. Em circunstâncias excepcionais, onde o uso sistêmico
prolongado do ácido fusídico é necessário, por exemplo, para o tratamento de infecções graves, a
necessidade da coadministração de ZOCOR®
e ácido fusídico deve ser considerada caso a caso e sob
rigorosa supervisão médica.
- Outros fibratos: a dose de sinvastatina não deve ser maior que 10 mg/dia em pacientes
tratados concomitante com outros fibratos além da genfibrozila (veja CONTRAINDICAÇÕES)
ou fenofibrato. Quando sinvastatina e fenofibrato são administrados concomitantemente, não há
nenhuma evidência de que o risco de miopatia exceda a soma dos riscos individuais de cada agente.
Deve-se ter cautela ao prescrever fenofibrato com sinvastatina, uma vez que qualquer um dos agentes
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pode causar miopatia quando administrados isoladamente. A adição de fibratos à sinvastatina
normalmente proporciona pouca redução adicional de LDL-C, porém podem ser obtidas reduções
adicionais de TG e aumentos adicionais de HDL-C. As combinações de fibratos com sinvastatina têm
sido utilizadas sem ocorrência de miopatia em estudos clínicos de pequeno porte, de curta duração e
com monitoramento rigoroso (veja INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS).
- Amiodarona: em um estudo clínico, foi relatada miopatia em 6% dos pacientes que receberam 80
mg de sinvastatina e amiodarona. A dose de sinvastatina não deve ser maior que 20 mg diários em
pacientes recebendo tratamento concomitantemente com amiodarona (veja INTERAÇÕES
MEDICAMENTOSAS, Outras Interações Medicamentosas; POSOLOGIA E MODO DE
USAR).
- Bloqueadores do canal de cálcio
- Verapamil ou diltiazem: em um estudo clínico, os pacientes em tratamento concomitante
com sinvastatina 80 mg e diltiazem apresentaram aumento no risco de miopatia. A dose de
sinvastatina não deve ser maior que 20 mg diários em pacientes recebendo tratamento
concomitantemente com veramapil ou diltiazem (veja INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS,
Outras Interações Medicamentosas; POSOLOGIA E MODO DE USAR).
- Anlodipino: em um estudo clínico, os pacientes em tratamento concomitante com
sinvastatina 80 mg e anlodipino apresentaram um risco discretamente aumentado de miopatia. A dose
de sinvastatina não deve exceder 40 mg diários em pacientes recebendo concomitantemente
anlodipino (veja INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS, Outras Interações Medicamentosas;
POSOLOGIA E MODO DE USAR).
- Lomitapida: a dose de sinvastatina não deve exceder 40 mg diários em pacientes com
hipercolesterolemia familiar homozigótica (HoFH) que recebam concomitantemente lomitapida
(veja INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS, Outras Interações Medicamentosas).
- Inibidores moderados do CYP3A4: os pacientes que tomam outros medicamentos identificados
em bula como medicamentos com efeito inibitório moderado sobre o CYP3A4 concomitantemente
com sinvastatina, particularmente com doses mais altas de sinvastatina, podem ter maior risco de
miopatia. Quando for coadministrado ZOCOR®
com um inibidor moderado de CYP3A4, um ajuste da
dose de ZOCOR ®
pode ser necessário (veja INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS, Outras
Interações Medicamentosas).
- Inibidores da proteína transportadora OATP1B1: a sinvastatina ácida é um substrato da proteína
transportadora OATP1B1. A administração concomitante de medicamentos inibidores da proteína
transportadora OATP1B1 pode levar ao aumento da concentração plasmática de sinvastatina ácida e
ao aumento do risco de miopatia (veja CONTRAINDICAÇÕES; ADVERTÊNCIAS E
PRECAUÇÕES, Miopatia/Rabdomiólise).
- Ácido nicotínico (Niacina) (≥ 1 g/dia): casos de miopatia/rabdomiólise foram observados com a
sinvastatina coadministrada com doses modificadoras de lípides (≥ 1 g/dia) de ácido nicotínico. Em
um estudo clínico (acompanhamento médio de 3,9 anos) envolvendo pacientes com alto risco de
doença cardiovascular e com níveis de LDL-C bem controlados com sinvastatina 40 mg/dia com ou
sem ezetimiba 10 mg, não houve benefício incremental sobre os desfechos cardiovasculares com a
adição de doses modificadoras de lípides (≥ 1 g/dia) de ácido nicotínico. Portanto, o benefício do uso
combinado de sinvastatina com ácido nicotínico deve ser cuidadosamente ponderado contra os riscos
potenciais da combinação. Além disso, neste estudo, a incidência de miopatia foi de aproximadamente
0,24% para pacientes chineses que receberam sinvastatina 40 mg ou ezetimiba/sinvastatina 10/40 mg
em comparação com 1,24% para pacientes chineses que receberam sinvastatina 40 mg ou
ezetimiba/sinvastatina 10/40 mg coadministradas com ácido nicotínico de liberação
prolongada/laropipranto 2g/40mg. Embora a única população asiática avaliada neste estudo
clínico tenha sido a de chineses, como a incidência de miopatia é maior em pacientes chineses do
que em pacientes não chineses, a coadministração de ZOCOR®
com doses modificadoras de
lípides (≥ 1 g/dia) de ácido nicotínico não é recomendada para pacientes asiáticos (veja
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS, Outras Interações Medicamentosas).
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Efeitos hepáticos: em estudos clínicos, ocorreram aumentos persistentes (acima de três vezes o limite
superior da normalidade) das transaminases séricas em poucos pacientes adultos que receberam
sinvastatina. Quando o medicamento foi interrompido ou descontinuado, os níveis de transaminases
caíram lentamente para os níveis anteriores ao tratamento. Os aumentos não foram associados à
icterícia ou a outros sintomas ou sinais clínicos. Não houve evidência de hipersensibilidade. Alguns
desses pacientes apresentavam testes de função hepática alterados antes do tratamento com a
sinvastatina e/ou consumiam quantidades consideráveis de álcool.
No Estudo Escandinavo de Sobrevida com Sinvastatina (4S) (veja RESULTADOS DE EFICÁCIA),
o número de pacientes com transaminases elevadas (acima de três vezes o limite superior da
normalidade) mais de uma vez durante o estudo, não foi significativamente diferente entre os grupos
sinvastatina e placebo (14 [0,7%] vs. 12 [0,6%]). A frequência dos aumentos isolados de TGP (ALT)
para três vezes o limite superior da normalidade foi significativamente mais alta no grupo da
sinvastatina no primeiro ano do estudo (20 vs. 8, p = 0,023), mas não posteriormente. O aumento de
transaminases resultou em descontinuação do tratamento para oito pacientes do grupo da sinvastatina
(n = 2.221) e para cinco do grupo placebo (n = 2.223). Dos 1.986 pacientes no 4S tratados com a
sinvastatina cujos testes de função hepática eram normais no período basal, somente oito (0,4%)
apresentaram aumentos consecutivos > 3 vezes o limite superior da normalidade de enzimas hepáticas
e/ou foram descontinuados por aumento de transaminases durante os 5,4 anos (acompanhamento
médio) do estudo. A dose inicial de sinvastatina para todos os pacientes do estudo foi de 20 mg; 37%
foram titulados para 40 mg.
Em dois estudos clínicos controlados, que envolveram 1.105 pacientes, a incidência - aos 6 meses - de
aumentos persistentes de transaminases considerados relacionados ao medicamento foi de 0,7% e
1,8%, com as doses de 40 mg e 80 mg, respectivamente.
No estudo HPS (veja RESULTADOS DE EFICÁCIA), no qual 20.536 pacientes foram distribuídos
de modo randômico para receber 40 mg/dia de ZOCOR®
ou placebo, a incidência de transaminases
elevadas (> 3 vezes o limite superior da normalidade, confirmada em exames repetidos) foi de 0,21%
(n = 21) para os pacientes que receberam ZOCOR®
e de 0,09% (n = 9) no grupo placebo.
Recomenda-se solicitar testes de função hepática antes de iniciar o tratamento e posteriormente,
quando clinicamente indicado. Pacientes titulados para doses de 80 mg devem realizar mais um teste
antes da titulação, 3 meses depois da titulação para a dose de 80 mg e, a seguir, periodicamente (por
exemplo, de 6 em 6 meses) durante o primeiro ano de tratamento. Deve-se dar especial atenção aos
pacientes que apresentarem aumento de transaminases séricas e, nesses pacientes, as avaliações
laboratoriais devem ser imediatamente repetidas e, a seguir, realizadas com maior frequência. Deve-se
descontinuar o medicamento se os níveis de transaminases mostrarem evidência de progressão,
particularmente se aumentarem acima de três vezes o limite superior da normalidade e persistirem
nesse patamar. Note que a ALT pode emanar do músculo, portanto, a elevação da ALT com CK pode
indicar miopatia (veja ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES, Miopatia/Rabdomiólise).
Existem raros relatos pós-comercialização de insuficiência hepática fatal e não-fatal em pacientes que
tomam estatinas, incluindo sinvastatina. Se ocorrer lesão hepática grave com sintomas clínicos e/ou
hiperbilirrubinemia ou icterícia durante o tratamento com ZOCOR®
, deve-se interromper
imediatamente o tratamento. Se uma etiologia alternativa não for encontrada, não reinicie o
tratamento com ZOCOR®
.
Deve-se utilizar o medicamento com cuidado em pacientes que consomem quantidades substanciais
de álcool e/ou apresentem histórico de doença hepática. Hepatopatias ativas ou aumentos inexplicados
de transaminases constituem contraindicações para o uso da sinvastatina.
A exemplo do que ocorre com outros agentes hipolipemiantes, foram relatados aumentos moderados
(abaixo de três vezes o limite superior da normalidade) das transaminases séricas após o tratamento
com a sinvastatina. Essas alterações ocorreram logo após o início do tratamento, foram geralmente
transitórias, assintomáticas e não exigiram interrupção do tratamento.
Avaliações oftalmológicas: é esperado que, com o passar do tempo, ocorra aumento da prevalência
de opacidade do cristalino como resultado do envelhecimento, mesmo na ausência de qualquer
tratamento medicamentoso. Dados atuais de estudos clínicos a longo prazo não indicam efeito adverso
da sinvastatina no cristalino humano.
Gravidez e Lactação: categoria de Risco X. Este medicamento causa malformação ao bebê
durante a gravidez. A segurança em mulheres grávidas não foi estabelecida. Não foram conduzidos
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estudos clínicos controlados em mulheres grávidas. Há raros relatos de anomalias congênitas em
recém-nascidos de mães que receberam inibidores de HMG-CoA redutase durante a gravidez.
Entretanto, em uma análise de aproximadamente 200 gestações acompanhadas prospectivamente de
mulheres expostas a ZOCOR®
ou a outro inibidor da HMG-CoA redutase estruturalmente relacionado
no primeiro trimestre de gravidez, a incidência de anomalias congênitas foi comparável à observada
na população geral. Esse número de gestações foi estatisticamente suficiente para excluir um aumento
de anomalias congênitas 2,5 vezes ou maior do que a incidência conhecida.
Embora não haja evidência de que a incidência de anomalias congênitas nos descendentes de
pacientes expostos a ZOCOR®
seja diferente da observada na população geral, o tratamento da mãe com ZOCOR®
pode reduzir os
níveis fetais de mevalonato, um precursor da biossíntese do colesterol. A aterosclerose é um processo
crônico e a descontinuação dos agentes hipolipemiantes durante a gravidez deve ter pequeno impacto
sobre o risco a longo prazo associado à hipercolesterolemia primária. Por essas razões, ZOCOR®
não
deve ser usado por mulheres grávidas, que estejam tentando engravidar ou que possam estar grávidas.
O tratamento com ZOCOR®
deve ser interrompido durante toda a gestação ou até que se comprove
que a paciente não está grávida (veja CONTRAINDICAÇÕES).
Não se sabe se a sinvastatina ou os seus metabólitos são excretados no leite materno. Uma vez que
muitos fármacos são excretados no leite materno e podem causar reações adversas graves, mulheres
que estejam recebendo ZOCOR®
não devem amamentar (veja CONTRAINDICAÇÕES).
Idosos: a eficácia da sinvastatina avaliada pela redução do colesterol total e do LDL-colesterol, em
pacientes com mais de 65 anos de idade em estudos clínicos controlados, foi semelhante à observada
na população geral e não houve aumento evidente na frequência global de achados adversos clínicos
ou laboratoriais.
No entanto, em um estudo clínico de pacientes tratados com sinvastatina 80 mg/dia, pacientes ≥ 65
anos de idade tiveram um risco aumentado de miopatia em comparação com pacientes < 65 anos de
idade.
Crianças: a segurança e a eficácia em crianças não foram estabelecidas. Até o momento, ZOCOR®
Medicamentos contraindicados
O uso concomitante dos seguintes medicamentos é contraindicado:
- Inibidores potentes de CYP3A4: a sinvastatina é metabolizada pela isoenzima do citocromo 3A4,
mas não apresenta atividade inibitória do CYP3A4, portanto não se espera que afete as concentrações
plasmáticas de outros fármacos metabolizados pela CYP3A4. Os inibidores potentes da CYP3A4
aumentam o risco de miopatia por reduzirem a eliminação da sinvastatina. O uso concomitante de
medicamentos conhecidos por apresentarem um potente efeito inibitório sobre a CYP3A4 (por
exemplo, itraconazol, cetoconazol, posaconazol, voriconazol, eritromicina, claritromicina,
telitromicina, inibidores da protease do HIV, boceprevir, telaprevir, nefazodona e medicamentos
contendo cobicistate) é contraindicado (veja CONTRAINDICAÇÕES; ADVERTÊNCIAS E
PRECAUÇÕES, Miopatia/Rabdomiólise; CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS,
Farmacocinética).
- Genfibrozila, ciclosporina ou danazol: (veja CONTRAINDICAÇÕES; ADVERTÊNCIAS E
Outras interações medicamentosas
- Outros fibratos: o risco de miopatia é aumentado pela genfibrozila (veja
CONTRAINDICAÇÕES) e outros fibratos (com exceção do fenofibrato); estes medicamentos
hipolipemiantes podem causar miopatia quando administrados isoladamente. Quando a sinvastatina e
o fenofibrato são administrados concomitantemente, não há nenhuma evidência de que o risco de
miopatia supere a soma dos riscos individuais de cada agente (veja CONTRAINDICAÇÕES;
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES, Miopatia/Rabdomiólise).
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- Ácido fusídico: o risco de miopatia/rabdomiólise pode aumentar com a administração concomitante
de ácido fusídico (veja ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES, Miopatia/Rabdomiólise;
CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS, Farmacocinética).
- Amiodarona: o risco de miopatia/rabdomiólise é aumentado pela administração concomitante de
amiodarona com sinvastatina (veja POSOLOGIA E MODO DE USAR; ADVERTÊNCIAS E
PRECAUÇÕES, Miopatia/Rabdomiólise).
- Bloqueadores do canal de cálcio: o risco de miopatia/rabdomiólise é aumentado pela
administração concomitante de verapamil, diltiazem ou anlodipino (veja POSOLOGIA E MODO
DE USAR; ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES, Miopatia/Rabdomiólise).
- Lomitapida: o risco de miopatia/rabdomiólise pode ser aumentado pela administração concomitante
com lomitapida (veja POSOLOGIA E MODO DE USAR, ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES,
Miopatia/Rabdomiólise).
- Inibidores moderados da CYP3A4: os pacientes que tomam outros medicamentos conhecidos por
apresentarem efeito inibitório moderado sobre a CYP3A4 concomitantemente com a sinvastatina,
particularmente com doses mais altas de sinvastatina, podem ter um maior risco de miopatia (veja
- Acido nicotínico (Niacina) (≥ 1 g/dia): casos de miopatia/rabdomiólise foram observados com a
sinvastatina coadministrada com doses hipolipemiantes (≥1 g/dia) de ácido nicotínico (veja
- Colchicina: houve relatos de miopatia e rabdomiólise com a administração concomitante de
colchicina e sinvastatina em pacientes com insuficiência renal. Aconselha-se o monitoramento de
pacientes que tomam esta combinação.
Outras interações
O suco de grapefruit contém um ou mais componentes que inibem o CYP3A4 e podem aumentar os
níveis plasmáticos de medicamentos metabolizados por este sistema enzimático. O efeito do consumo
típico (um copo de 250 mL diariamente) é mínimo (aumento de 13% nos níveis plasmáticos da
atividade inibitória da HMG-CoA redutase, conforme medido pela área sob a curva de concentração-
tempo) e sem importância clínica. Entretanto, uma vez que quantidades muito grandes aumentam
significativamente os níveis plasmáticos da atividade inibitória da HMG-CoA redutase o suco de
grapefruit deve ser evitado (veja ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES, Miopatia/Rabdomiólise).
- Derivados cumarínicos: em dois estudos clínicos, um que envolveu voluntários normais e outro,
pacientes hipercolesterolêmicos, a sinvastatina, na dose 20-40 mg/dia, potencializou discretamente o
efeito de anticoagulantes cumarínicos: o tempo de protrombina, expresso como INR (Razão
Internacional Normalizada), aumentou em relação aos valores do período basal de 1,7 para 1,8 e de
2,6 para 3,4 nos estudos com voluntários e pacientes, respectivamente. O tempo de protrombina dos
pacientes que estejam tomando anticoagulantes cumarínicos deve ser determinado antes de se iniciar
o tratamento com a sinvastatina e sempre que necessário durante a fase inicial do tratamento, para
assegurar que não ocorra nenhuma alteração significativa. Uma vez estabilizado, o tempo de
protrombina poderá ser monitorizado com a periodicidade usualmente recomendada para pacientes
em tratamento com anticoagulantes cumarínicos. O mesmo procedimento deve ser repetido em caso
de modificação da dose ou de descontinuação da sinvastatina. O tratamento com a sinvastatina não foi
associado a sangramento ou alterações do tempo de protrombina em pacientes que não estavam
utilizando anticoagulantes.
Conservar em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C). Prazo de validade: 24 meses após a data de
fabricação impressa na embalagem.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
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Aparência:
ZOCOR®
10 mg: comprimidos ovais, revestidos, de cor pêssego, com a inscrição “MSD 735” em um
lado e liso do outro.
20 mg: comprimidos ovais, revestidos, de cor marrom claro, com a inscrição “MSD 740”
em um lado e liso do outro.
40 mg: comprimidos ovais, revestidos, de cor vermelho escuro, com a inscrição “MSD 749”
80 mg: comprimidos em forma de cápsula, revestidos, convexos, de cor vermelho escuro,
com a inscrição “543” em um lado e "80" no outro lado.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
A variação posológica de ZOCOR®
é de 5-80 mg/dia, administrados em dose única, à noite. Ajustes
posológicos, se necessários, devem ser feitos a intervalos não inferiores a 4 semanas.
Devido ao aumento do risco de miopatia, incluindo rabdomiólise, particularmente durante o primeiro
ano de tratamento, o uso da dose 80 mg de ZOCOR®
deve ser restrito a pacientes que estão
tomando ZOCOR®
80 mg de forma contínua (por 12 meses ou mais), sem evidências de toxicidade
muscular (veja ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES, Miopatia/Rabdomiólise). O uso de
ZOCOR®
80 mg não deve ser iniciado em pacientes novos, incluindo os pacientes que já tomam doses
menores do medicamento.
Pacientes que estão atualmente tolerando a dose 80 mg de ZOCOR®
e que precisam iniciar um
medicamento que é contraindicado ou um medicamento com potencial de interação medicamentosa
com a sinvastatina e que limita a sua dose máxima permitida, devem ser mudados para uma
estatina alternativa ou regime baseado em estatina com menor potencial de interação medicamentosa.
Devido ao aumento do risco de miopatia, incluindo rabdomiólise, associado com a dose de 80 mg de
, pacientes incapazes de alcançar as suas metas de colesterol LDL, utilizando a dose 40
mg de ZOCOR®
não devem ser titulados para a dose 80 mg, mas devem ser colocados
em tratamento(s) alternativo(s) para redução de colesterol LDL, que proporcione redução mais
intensiva do colesterol LDL.
Pacientes sob alto risco de doença coronariana ou com doença coronariana
A dose inicial usual de ZOCOR®
é de 40 mg/dia, administrada em dose única, à noite, para os
pacientes sob alto risco de doença coronariana (com ou sem hiperlipidemia), isto é, pacientes com
diabetes, histórico de AVC ou de outra doença vascular cerebral, doença vascular periférica ou
doença coronariana. O tratamento pode ser iniciado simultaneamente à dieta e aos exercícios.
Pacientes com hiperlipidemia (não incluídos nas categorias de risco já descritas)
O paciente deve iniciar dieta-padrão redutora de colesterol antes de receber ZOCOR®
, a qual deverá
ser mantida durante o tratamento com ZOCOR®
.
A dose inicial usual é de 20 mg/dia, administrada em dose única, à noite. Pacientes que necessitem de
redução mais acentuada do LDL-C (mais de 45%) podem iniciar o tratamento com a dose de 40
mg/dia, administrada em dose única, à noite. Pacientes com hipercolesterolemia leve a moderada
podem iniciar o tratamento com a dose de 10 mg de ZOCOR®
. Ajustes posológicos, se necessários,
devem ser feitos conforme especificado acima.
Pacientes com hipercolesterolemia familiar homozigótica
Com base nos resultados de um estudo clínico controlado, a posologia recomendada para pacientes
com hipercolesterolemia familiar homozigótica é de 40 mg/dia, à noite. Para esses pacientes,
deve ser adjuvante de outros tratamentos hipolipemiantes (por exemplo, aférese de LDL) ou
deve ser utilizado quando tais tratamentos não estiverem disponíveis (veja CONTRAINDICAÇÕES,
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES, Miopatia/Rabdomiólise; INTERAÇÕES
MEDICAMENTOSAS).
Se ZOCOR®
for utilizado concomitantemente com lomitapida, a dose diária de ZOCOR®
não deve
exceder 40 mg (veja ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES, Miopatia/Rabdomiólise e
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS).
Terapia concomitante
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é eficaz isoladamente ou em combinação com os sequestrantes de ácidos biliares.
for utilizado concomitantemente com fibratos diferente de genfibrozila (veja
CONTRAINDICAÇÕES) ou fenofibrato, a dose de ZOCOR®
não deve ser maior do que 10 mg/dia.
for utilizado concomitantemente com amiodarona, verapamil ou diltiazem a dose de
não deve ser maior do que 20 mg/dia. Em pacientes tomando anlodipino concomitantemente
com ZOCOR®
, a dose de ZOCOR®
não deve exceder 40 mg/dia (veja ADVERTÊNCIAS E
PRECAUÇÕES, Miopatia/Rabdomiólise; INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS).
Posologia na insuficiência renal
Uma vez que a excreção renal de ZOCOR®
não é significativa, não devem ser necessárias
modificações posológicas para pacientes com insuficiência renal moderada.
Para pacientes com insuficiência renal grave (depuração plasmática de creatinina < 30 mL/min), deve-
se avaliar cuidadosamente o uso de doses maiores do que 10 mg/dia; se forem extremamente
necessárias, deverão ser administradas com cautela (veja CARACTERÍSTICAS
FARMACOLÓGICAS).
Este medicamento não deve ser partido ou mastigado.
ZOCOR®
é geralmente bem tolerado; a maioria das experiências adversas foi de natureza leve e
transitória. Menos de 2% dos pacientes foram descontinuados dos estudos clínicos controlados por
causa de reações adversas atribuíveis a ZOCOR®
.
As frequências dos seguintes eventos adversos, que foram relatados durante os estudos clínicos e/ou
uso pós-comercialização, são categorizadas com base em uma avaliação de suas taxas de incidência
nos amplos estudos clínicos, prolongados, controlados com placebo incluindo os estudos HPS e 4S
com 20.536 e 4.444 pacientes, respectivamente (veja RESULTADOS DE EFICÁCIA). Para o HPS,
foram registrados apenas os eventos adversos graves bem como mialgia, aumento de transaminases
séricas e CK. Para o 4S, foram registrados todos os eventos adversos listados abaixo. Se as taxas de
incidência para sinvastatina fossem menores ou similares às do placebo nestes estudos, e houvesse
eventos de relato espontâneo razoavelmente com relação causal similar, esses eventos adversos seriam
categorizados como “raros”.
No estudo HPS (veja RESULTADOS DE EFICÁCIA) envolvendo 20.536 pacientes tratados com
40 mg/dia de sinvastatina (n = 10.269) ou placebo (n = 10.267), os perfis de segurança foram
comparáveis entre os pacientes tratados com sinvastatina e os pacientes que receberam placebo
durante uma média de 5 anos de estudo. Neste mega estudo, apenas os eventos adversos graves e as
descontinuações por qualquer evento adverso foram registrados. As frequências de descontinuação
por eventos adversos foram comparáveis (4,8% em pacientes tratados com sinvastatina em
comparação com 5,1% em pacientes que receberam placebo). A incidência de miopatia foi < 0,1% em
pacientes tratados com sinvastatina. Níveis elevados de transaminases (> 3X LSN confirmados por
um novo teste) ocorreram em 0,21% (n = 21) dos pacientes tratados com sinvastatina em comparação
com 0,09% (n = 9) dos pacientes que receberam placebo.
No estudo 4S (veja RESULTADOS DE EFICÁCIA) envolvendo 4.444 pacientes que receberam 20-
40 mg/dia de sinvastatina (n = 2.221) ou placebo (n = 2.223), os perfis de segurança e tolerabilidade
foram comparáveis entre os grupos de tratamento durante a mediana de 5,4 anos do estudo.
As frequências de eventos adversos são classificadas de acordo com as seguintes categorias: Muito
comum (> 1/10), Comum (> 1/100, < 1/10), Incomum (> 1/1000, < 1/100), Raro (> 1/10.000, <
1/1000), Muito Raro (< 1/10.000), Desconhecido (não puderam ser estimados a partir dos dados
disponíveis).
Investigações:
Raro: aumentos de transaminases séricas (alanina aminotransferase, aspartato aminotransferase, γ-
glutamil transpeptidase) (veja ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES, Efeitos hepáticos), níveis
elevados de fosfatase alcalina; aumento dos níveis séricos de CK (veja ADVERTÊNCIAS E
PRECAUÇÕES).
Desconhecido: aumento dos níveis de HbA1c e glicemia de jejum têm sido relatados com estatinas,
incluindo sinvastatina.
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Distúrbios do sangue e do sistema linfático:
Raro: anemia.
Distúrbios do sistema nervoso:
Raro: cefaleia, parestesia, tontura, neuropatia periférica;
Muito raro: perda de memória.
Distúrbios respiratórios, torácicos e do mediastino:
Desconhecido: doença pulmonar intersticial.
Distúrbios gastrintestinais:
Raro: constipação, dor abdominal, flatulência, dispepsia, diarreia, náusea, vômito, pancreatite.
Distúrbios da pele e do tecido subcutâneo:
Raro: erupção cutânea, prurido, alopecia.
Distúrbios musculoesqueléticos e do tecido conjuntivo:
Raro: miopatia*, rabdomiólise (veja ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES), mialgia, cãibras
musculares.
* Em um estudo clínico, a miopatia ocorreu comumente em pacientes tratados com a sinvastatina 80
mg/dia em comparação com pacientes tratados com 20 mg/dia (1,0 % versus 0,02 %,
respectivamente).
Distúrbios do sistema reprodutivo e da mama:
Desconhecido: disfunção erétil.
Distúrbios gerais e condições no local de administração:
Raro: astenia.
Distúrbios hepatobiliares:
Raro: hepatite/icterícia;
Muito raro: insuficiência hepática fatal e não fatal.
Distúrbios psiquiátricos:
Muito raro: insônia;
Desconhecido: depressão.
Uma síndrome aparente de hipersensibilidade tem sido relatada raramente com o uso da sinvastatina,
a qual incluiu algumas das características a seguir: angioedema, síndrome semelhante a lúpus,
polimialgia reumática, dermatomiosite, vasculite, trombocitopenia, eosinofilia, velocidade de
sedimentação eritrocitária (VHS) aumentada, artrite, artralgia, urticária, fotossensibilidade, febre,
rubor, dispneia e mal-estar.
Houve raros relatos pós-comercialização de disfunção cognitiva (por exemplo, perda de memória,
esquecimento, amnésia, deterioração da memória, confusão) associados com o uso de estatinas. Estes
problemas cognitivos têm sido relatados para todas as estatinas. Os relatos geralmente não são graves
e são reversíveis com a descontinuação da estatina, com tempos variáveis para o início dos
sintomas (de 1 dia a anos) e resolução dos sintomas (mediana de 3 semanas).
Houve relatos muito raros de miopatia necrotizante imunomediada (MNIM), uma miopatia
autoimune, associada com o uso de estatina. A MNIM é caracterizada por: fraqueza muscular
proximal e creatina quinase sérica elevada, que persistem mesmo com a descontinuação do tratamento
com estatina; biópsia muscular mostrando miopatia necrotizante sem inflamação significativa;
melhoria com agentes imunossupressores (veja ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES,
Miopatia/Rabdomiólise).
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Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária -
NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância
Sanitária Estadual ou Municipal.
Foram relatados poucos casos de superdose; a dose máxima ingerida foi de 3,6 g. Todos os pacientes
recuperaram-se sem sequelas. Não há tratamento específico para a superdose; nesses casos, devem ser
adotadas medidas sintomáticas e de suporte.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.