Bula do Zytiga para o Profissional

Bula do Zytiga produzido pelo laboratorio Janssen-Cilag Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

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Bula do Zytiga
Janssen-Cilag Farmacêutica Ltda - Profissional

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BULA COMPLETA DO ZYTIGA PARA O PROFISSIONAL

ZYTIGATM

(acetato de abiraterona)

Janssen-Cilag Farmacêutica Ltda.

Comprimidos

250 mg

MODELO DE BULA

IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO

acetato de abiraterona

APRESENTAÇÃO

Comprimidos de 250 mg de acetato de abiraterona em frasco com 120 comprimidos.

USO ORAL

USO ADULTO

COMPOSIÇÃO

Cada comprimido contém 250 mg de acetato de abiraterona, que corresponde a 223 mg de abiraterona.

Excipientes: lactose monoidratada, celulose microcristalina, croscarmelose sódica, povidona, laurilsulfato de sódio,

estearato de magnésio, dióxido de silício coloidal.

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

INDICAÇÕES

O medicamento ZYTIGATM

, em combinação com prednisona ou prednisolona, é indicado para:

- o tratamento de pacientes com câncer de próstata metastático resistente à castração que são assintomáticos ou

levemente sintomáticos, após falha à terapia de privação androgênica.

- o tratamento de pacientes com câncer de próstata avançado metastático resistente à castração e que receberam

quimioterapia prévia com docetaxel.

RESULTADOS DE EFICÁCIA

A eficácia de ZYTIGATM

foi estabelecida em dois estudos clínicos fase 3 (estudos 301 e 302), multicêntricos,

randomizados, controlados com placebo em pacientes com câncer de próstata metastático e resistente à castração.

O estudo 302 incluiu pacientes que não haviam recebido quimioterapia prévia e eram assintomáticos ou levemente

sintomáticos, enquanto que o estudo 301 incluiu pacientes que já tinham recebido quimioterapia prévia contendo

docetaxel. Em ambos os estudos os pacientes estavam em uso de agonistas de LHRH (hormônio liberador do

hormônio luteinizante) ou haviam sido submetidos previamente à orquiectomia. Nos braços experimentais,

foi administrado na dose de 1000 mg ao dia, associado a uma dose baixa de prednisona ou prednisolona

de 5 mg duas vezes ao dia. Os pacientes do grupo controle receberam placebo e dose baixa de prednisona ou

prednisolona de 5 mg duas vezes ao dia.

Devido ao fato de que as alterações na concentração sérica do Antígeno Prostático Específico (PSA) nem sempre

podem prever um benefício clínico, em ambos os estudos os pacientes foram mantidos em tratamento com

até atingirem critério para descontinuação, conforme especificado para cada estudo abaixo.

Estudo 302 (pacientes assintomáticos ou levemente sintomáticos que não receberam quimioterapia prévia)

No estudo 302, (n = 1.088) a mediana de idade dos pacientes incluídos foi de 71 anos para os pacientes tratados com

associado à prednisona ou prednisolona e 70 anos para os pacientes tratados com placebo mais

prednisona ou prednisolona. O “performance status ECOG” (Eastern Cooperative Oncology Group) era de 0 em

76% dos pacientes e de 1 em 24% dos pacientes em ambos braços. Os pacientes com metástase visceral foram

excluídos. Os desfechos de eficácia co-primários foram sobrevida global e sobrevida livre de progressão

radiográfica (rPFS). Uma avaliação de dor na linha de base foi de 0-1 (assintomático) em 66% pacientes e 2-3

(levemente sintomático) em 26% dos pacientes, conforme definido pelo Formulário Abreviado da Dor (Brief Pain

Inventory-Short Form) (pior dor ao longo das últimas 24 horas). Além da avaliação dos desfechos co-primários, a

eficácia também foi avaliada observando-se o tempo até o uso de opiáceos para o controle da dor oncológica, o

tempo para início de quimioterapia citotóxica, o tempo para queda no escore de “performance status ECOG” em ≥ 1

ponto e o tempo para progressão do PSA conforme os critérios do “Prostate Cancer Working Group-2” (PCWG2).

No estudo 302, os tratamentos foram descontinuados no momento de progressão clínica inquestionável. Os

tratamentos também podiam ser descontinuados no momento de progressão radiográfica confirmada, a critério do

investigador.

A sobrevida livre de progressão radiográfica (rPFS) foi avaliada empregando-se exames de imagens sequenciais,

definidas pelos critérios de PCWG2 (para lesões ósseas) e “Response Evaluation Criteria In Solid Tumors”

(RECIST) modificado (para lesões em partes moles). A análise da rPFS utilizou uma avaliação da progressão

radiográfica revisada em laboratório central.

Na análise de rPFS planejada houveram 401 eventos; 150 (28%) em pacientes tratados com ZYTIGATM

e 251

(46%) dos pacientes tratados com placebo tiveram evidência radiográfica de progressão ou vieram a óbito. Uma

diferença significativa na rPFS entre os grupos de tratamento foi observada (ver Tabela 1 e Figura 1).

Tabela 1: Estudo 302 - Sobrevida Livre de Progressão Radiográfica em pacientes tratados com ZYTIGATM

ou placebo em combinação com prednisona ou prednisolona associados a agonistas de LHRH ou

orquiectomia prévia.

(n= 546)

Placebo

(n= 542)

Sobrevida Livre de Progressão

Radiográfica (rPFS)

Progressão ou óbito 150 (28%) 251 (46%)

rPFS (mediana em meses) Não atingido 8,3

(IC de 95%) (11,66; NE) (8,12; 8,54)

Valor de p* < 0,0001 -

Razão de risco**

(IC de 95%)

0,425

(0,347; 0,522)

-

NE = Não Estimado;

* O valor de p é derivado de um teste de log-rank estratificado pelo escore ECOG basal (0 ou 1);

** Razão de risco <1 favorece ZYTIGATM

.

Figura 1: Curvas de sobrevida livre de progressão radiográfica pelo método de Kaplan-Meier em pacientes

tratados com ZYTIGATM

ou placebo em combinação com prednisona ou prednisolona associado a agonistas

de LHRH ou orquiectomia prévia.

AA = ZYTIGATM

Entretanto, os dados dos indivíduos continuaram a ser coletados até a data da segunda análise interina de sobrevida

global. Na Tabela 2 e Figura 2 é apresentada a revisão radiográfica do investigador da rPFS, realizada como uma

análise sensitiva de seguimento.

Seiscentos e sete (607) indivíduos tiveram progressão radiográfica ou vieram a óbito: 271 (50%) no grupo do acetato

de abiraterona e 336 (62%) no grupo placebo. O tratamento com acetato de abiraterona reduziu o risco de progressão

Meses após randomização

Indivíduossemprogressãoouóbito

radiográfica ou óbito em 47% comparado com placebo (Razão de Risco = 0,530; IC de 95%: 0,451; 0,623; p <

0,0001). A mediana de rPFS foi de 16,5 meses no grupo acetato de abiraterona e 8,3 meses no grupo placebo.

Tabela 2: Estudo 302 - Sobrevida Livre de Progressão Radiográfica em pacientes tratados com ZYTIGATM

orquiectomia prévia (no momento da segunda análise interina de sobrevida global – revisão do investigador).

Progressão ou óbito 271 (50%) 336 (62%)

Mediana de rPFS em meses

16,5

(13,80; 16,79)

8,3

(8,05; 9,43)

Valor de p* < 0,0001

0,530

(0,451; 0,623)

Figura 2: Curvas de sobrevida livre de progressão radiográfica pelo método de Kaplan-Meier em pacientes

de LHRH ou orquiectomia prévia (no momento da segunda análise interina de sobrevida global – revisão do

investigador).

AA=ZYTIGATM

Foi realizada uma análise da sobrevida global planejada após a ocorrência de 333 óbitos. O estudo foi aberto com

base na magnitude do benefício clínico observado. Vinte e sete por cento (147 de 546) dos pacientes tratados com

foram a óbito, comparado com 34% (186 de 542) dos pacientes tratados com placebo. A sobrevida

global foi maior para ZYTIGATM

do que para o placebo, com uma redução no risco de morte de 25% (Razão de

risco = 0,752; IC 95%: 0,606 – 0,934). O valor de p foi de 0,0097, que não atingiu o valor pré-especificado para

significância estatística (ver Tabela 3 e Figura 3).

Tabela 3: Estudo 302 - Sobrevida Global em pacientes tratados com ZYTIGATM

ou placebo em combinação

com prednisona ou prednisolona associados a agonistas de LHRH ou orquiectomia prévia.

Sobrevida Global

Óbito 147 (27%) 186 (34%)

Sobrevida global mediana em meses

Não atingido

(NE; NE)

27,2

(25,95; NE)

Valor de p* 0,0097 -

0,752

(0,606; 0,934)

%deIndivíduossemprogressãoouóbito

Figura 3: Curvas de sobrevida pelo método de Kaplan-Meier em pacientes tratados com ZYTIGATM

ou

placebo em combinação com prednisona ou prednisolona associados a agonistas de LHRH ou orquiectomia

prévia.

Além das melhoras observadas na sobrevida global e rPFS foram observados benefícios do tratamento com

quando comparado ao placebo em todas as medidas de desfechos secundários prospectivamente

definidas, como segue:

Tempo para progressão do PSA, de acordo com os critérios PCWG2: o tempo mediano para a progressão do

PSA foi de 11,1 meses para pacientes que receberam ZYTIGATM

e 5,6 meses para os pacientes que receberam

placebo (Razão de risco = 0,488; IC 95%: [0,420; 0,568], p < 0,0001). O tempo para a progressão do PSA foi

aproximadamente o dobro no grupo tratado com ZYTIGATM

(Razão de risco = 0,488). A proporção de indivíduos

com resposta confirmada de PSA foi maior no grupo de ZYTIGATM

do que no grupo placebo (62% versus 24%; p <

0,0001).

Indivíduossemóbito

Tempo para uso de opiáceos para dor oncológica: o tempo mediano para o uso de opiáceos para a dor causada

pelo câncer de próstata não foi atingida nos pacientes que receberam ZYTIGATM

e foi de 23,7 meses nos pacientes

que receberam placebo (Razão de risco = 0,686; IC 95%: [0,566; 0,833], p = 0,0001).

Tempo para início de quimioterapia citotóxica: o tempo mediano para o início de quimioterapia citotóxica foi de

25,2 meses para os pacientes que receberam ZYTIGATM

e 16,8 meses para os pacientes que receberam placebo

(Razão de risco = 0,580; IC 95% [0,487; 0,691], p < 0,0001).

Tempo para a piora do escore “performance status (ECOG)” em ≥ 1 ponto: o tempo mediano para piora do

escore “performance status (ECOG)” em ≥ 1 ponto foi de 12,3 meses para pacientes que receberam ZYTIGATM

e

10,9 meses para os pacientes que receberam placebo (Razão de risco = 0,821; IC 95%: [0,714; 0,943], p = 0,0053).

Os seguintes desfechos do estudo demonstraram uma vantagem estatisticamente significativa em favor do

tratamento com ZYTIGATM

:

- Resposta objetiva: a resposta objetiva foi definida como a proporção de indivíduos com doença mensurável que

atingiram uma resposta completa ou parcial, conforme critério RECIST (para ser considerado lesão alvo, o

linfonodo deveria ter um tamanho ≥ 2 cm no período basal). A proporção de indivíduos com doença mensurável na

linha de base que tiveram resposta objetiva foi de 36% no grupo de ZYTIGATM

e de 16% no grupo placebo (p <

- Dor: o tratamento com ZYTIGATM

reduziu significativamente o risco de progressão da intensidade média da dor

em 18% comparado com placebo (p = 0,0490). O tempo mediano para a progressão foi de 26,7 meses no grupo de

e 18,4 meses no grupo placebo.

- Tempo para degradação no FACT-P (escore total): o tratamento com ZYTIGATM

diminuiu o risco da

degradação no FACT-P (escore total) em 22% comparado com placebo (p = 0,0028). O tempo mediano para a

degradação no FACT-P (escore total) foi de 12,7 meses no grupo de ZYTIGATM

e 8,3 meses no grupo placebo.

Estudo 301 (pacientes que receberam quimioterapia prévia)

Onze por cento (11%) dos pacientes incluídos no estudo 301 tinham “performance status ECOG” (Eastern

Cooperative Oncology Group) igual a 2; 70% tinham evidência radiográfica de progressão da doença com ou sem

progressão do PSA; 70% haviam recebido um esquema de quimioterapia citotóxica anteriormente e 30% haviam

recebido dois. Metástase hepática estava presente em 11% dos pacientes tratados com ZYTIGATM

Foi recomendado que os pacientes continuassem recebendo os respectivos medicamentos do estudo até que

houvesse progressão do PSA (25% de aumento confirmado em relação ao nível basal/nadir do paciente), em

conjunto com a progressão radiográfica definida no protocolo e a progressão sintomática ou clínica. O desfecho

primário de eficácia foi a sobrevida global.

Em uma análise planejada conduzida após a ocorrência de 552 óbitos, 42% (333 de 797) dos pacientes tratados com

morreram em comparação com 55% (219 de 398) dos pacientes tratados com placebo. Uma melhora

estatisticamente significativa na mediana da sobrevida global foi observada em pacientes tratados com ZYTIGATM

(veja Tabela 4 e Figura 4). Uma análise de sobrevida atualizada foi conduzida quando 775 óbitos foram observados

(97% do número planejado de óbitos para a análise final). Os resultados desta análise de sobrevida atualizada foram

consistentes com a primeira análise de sobrevida (ver Tabela 4).

Tabela 4: Estudo 301 - Sobrevida global de pacientes tratados com ZYTIGATM

(n=797)

(n=398)

Análise de Sobrevida Primária

Óbitos 333 (42%) 219 (55%)

Sobrevida global mediana em meses (IC de

95%)

14,8 (14,1; 15,4) 10,9 (10,2; 12,0)

Valor de p <0,0001 -

Razão de risco* (95% IC) 0,646 (0,543; 0,768) -

Análise de Sobrevida Atualizada

Óbitos 501 (63%) 274 (69%)

Sobrevida global mediana, em meses (IC

de 95%)

15,8 (14,8; 17,0) 11,2 (10,4; 13,1)

Razão de risco* (IC de 95%) 0,740 (0,638; 0,859) -

* Razão de risco <1 favorece ZYTIGATM

Em todos os pontos de avaliação após os primeiros meses de tratamento, uma proporção maior de pacientes tratados

com ZYTIGATM

continuava viva em comparação com a proporção de pacientes tratados com placebo (veja Figura

4).

Figura 4: Curvas de sobrevida pelo método de Kaplan-Meier de pacientes tratados com ZYTIGATM

As análises de sobrevida por subgrupo mostraram um benefício consistente de sobrevida para o tratamento com

(veja Figura 5).

Sobrevida

Tempo para óbito, meses

Figura 5: Sobrevida global por subgrupo: Razão de risco e intervalo de confiança de 95%.

; ALK-P = fosfatase alcalina; BPI = Inventário Breve da Dor; IC = intervalo de confiança; ECOG

= escore de desempenho do “Eastern Cooperative Oncology Group”; HR = razão de risco (do inglês Hazard Ratio);

LDH = desidrogenase lática; NA = América do Norte; NE = não avaliável

Além do aumento observado na sobrevida global, todos os desfechos secundários do estudo favoreceram

e foram estatisticamente significativos depois do ajuste para multiplicidade.

Os pacientes que receberam ZYTIGATM

demonstraram uma taxa de resposta do PSA total significativamente maior

(definida como redução ≥ 50% em relação à linha de base) em comparação com os pacientes que receberam o

placebo: 38% versus 10%, p<0,0001.

O tempo mediano para progressão do PSA foi 10,2 meses para os pacientes tratados com ZYTIGATM

e 6,6 meses

para os pacientes tratados com placebo (Razão de risco = 0,580; IC 95%: [0,462; 0,728], p<0,0001).

A mediana de sobrevida livre de progressão radiográfica foi 5,6 meses para os pacientes tratados com ZYTIGATM

3,6 meses para os pacientes que receberam placebo (Razão de risco = 0,673; IC 95%: [0,585; 0,776], p<0,0001).

Variáveis

Mediana (meses)

Subgrupo

Todos os indivíduos

ECOG na linha de base

BPI na linha de base

Nº de esquemas anteriores de

quimioterapia

Tipo de progressão Apenas PSA

Radiográfica

Idade

Doença visceral ao entrar no estudo

PSA acima da mediana na linha de

base

LDH acima da mediana

na linha de base

ALK-P acima da mediana

Região

Outro

Não

Sim

Todo

Favorece Favorece

14,8

15,3

7,3

16,2

12,6

15,4

14,2

14,4

14,9

12,8

10,4

11,6

15,1

10,9

11,7

11,5

11,2

8,9

10,3

12,3

10,7

16,4

8,1

8,8

8,4

9,3

IC

0,66

0,64

0,81

0,68

0,69

0,63

0,74

0,59

0,67

0,52

0,70

0,62

0,65

0,71

0,60

0,73

0,56; 0,79

0,53; 0,78

0,53; 1,24

0,50; 0,82

0,53; 0,85

0,51; 0,78

0,55; 0,99

0,42; 0,82

0,56; 0,84

0,48; 0,91

0,55; 0,82

0,38; 0,71

0,52; 0,94

0,50; 0,76

0,52; 0,81

0,53; 0,90

0,58; 0,88

0,47; 0,87

0,48; 0,74

0,54; 0,97

0,51; 0,80

0,54; 0,90

13,2

Dor

A proporção de pacientes com alívio da dor foi maior e estatisticamente significativo no grupo ZYTIGATM

comparado ao grupo placebo (44% versus 27%, p=0,0002). Um paciente com resposta para alívio da dor foi

definido como aquele paciente que apresentou redução de pelo menos 30% no escore de intensidade da pior dor

durante as últimas 24 horas pelo Inventário Breve da Dor (BPI-SF) em relação à linha de base, , sem aumento do

escore de uso de analgésicos observado em duas visitas consecutivas com 4 semanas de intervalo. Apenas pacientes

com escore de dor ≥ 4 na linha de base e pelo menos um escore de dor depois da linha de base foram analisados

(n=512) quanto ao alívio da dor.

Uma proporção menor de pacientes tratados com ZYTIGATM

apresentou progressão da dor em comparação aos

pacientes tomando placebo em 6 meses (22% versus 28%), 12 meses (30% versus 38%) e 18 meses (35% versus

46%). Progressão da dor foi definida como um aumento ≥ 30% no escore de intensidade da pior dor nas últimas 24

horas pelo BFI-SF da linha de base, sem diminuição do escore de uso de analgésicos observado em duas visitas

consecutivas ou um aumento ≥30% no escore de uso de analgésicos em duas visitas consecutivas. O tempo para

progressão da doença no 25º percentil foi 7,4 meses no grupo ZYTIGATM

versus 4,7 meses no grupo placebo.

Eventos relacionados ao esqueleto

Uma proporção menor de pacientes no grupo ZYTIGATM

teve eventos relacionados ao esqueleto em comparação ao

grupo placebo em 6 meses (18% versus 28%), 12 meses (30% versus 40%) e 18 meses (35% versus 40%). O tempo

para o primeiro evento relacionado ao esqueleto no 25º percentil no grupo ZYTIGATM

foi duas vezes maior em

relação ao grupo controle no tempo 9,9 meses versus 4,9 meses. Um evento relacionado ao esqueleto foi definido

como uma fratura patológica, compressão da medula espinhal, radiação paliativa no osso ou cirurgia óssea.

Referências

1. H. I. Scher, C. Logothetis, A. Molina, et al. Improved survival outcomes in clinically relevant patient

subgroups from COU-AA-301, a phase III study of abiraterone acetate (AA) plus prednisone (P) in patients

with metastatic castration-resistant prostate cancer (mCRPC) progressing after docetaxel-based

chemotherapy. J Clin Oncol 29: 2011 (Suppl 7; Abstr 4).

2. J.S. de Bono, C.J. Logothetis, K. Fizazi, et al. Abiraterone Acetate (AA) Plus Low Dose Prednisone (P)

Improves Overall Survival (Os) In Patients (Pts) With Metastatic Castration Resistant Prostate Cancer

(Mcrpc) Who Have Progressed After Docetaxel-Based Chemotherapy (Chemo): Results Of COU-AA-301,

A Randomized Double-Blind Placebo-Controlled Phase III. Study Annals of Oncology 21 (Suppl 8): viii1–

viii12, LBA5, 2010.

CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Propriedades Farmacodinâmicas

Mecanismo de ação

In vivo, o acetato de abiraterona (ZYTIGATM

) é convertido em abiraterona, um inibidor da biossíntese de

androgênios. Especificamente, abiraterona inibe seletivamente a enzima 17alfa-hidroxilase/C17,20-liase (CYP17).

Esta enzima é expressa nos tecidos testicular, suprarrenal e do tumor prostático e é necessária para a biossíntese de

androgênios nestes tecidos. Ela catalisa a conversão de pregnenolona e progesterona em precursores da testosterona,

DHEA e androstenediona, respectivamente, pela 17 alfa-hidroxilação e clivagem da ligação C17,20. A inibição da

CYP17 também resulta em um aumento da produção de mineralocorticoides pelas suprarrenais.

O carcinoma prostático sensível aos androgênios responde ao tratamento que diminui os níveis de androgênios. Os

tratamentos de privação de androgênios, tais como utilização de agonistas de LHRH ou orquiectomia, diminuem a

produção de androgênio nos testículos, mas não afetam a produção de androgênios pelas suprarrenais ou no tumor.

O tratamento com ZYTIGATM

diminui a testosterona sérica para níveis não detectáveis (utilizando análises

comerciais) quando administrado com agonistas de LHRH (ou orquiectomia).

Efeitos farmacodinâmicos

diminui a testosterona sérica e outros androgênios a níveis menores que aqueles alcançados com o uso

de agonistas de LHRH isolados ou pela orquiectomia. Isto é o resultado da inibição seletiva da enzima CYP17

necessária para a biossíntese de androgênios. O antígeno prostático específico (PSA) serve como um biomarcador

em pacientes com câncer de próstata. Em um estudo clínico fase 3 em pacientes que falharam à quimioterapia

anterior com taxanos, 38% dos pacientes tratados com ZYTIGATM

tiveram declínio de pelo menos 50% nos níveis

de PSA em relação à linha de base comparado a 10% dos pacientes tratados com placebo.

A concentração sérica de testosterona é reduzida dentro de 12 horas após a administração da primeira dose do

medicamento.

Propriedades Farmacocinéticas

Geral

Após a administração do acetato de abiraterona marcado com 14

C, a farmacocinética da abiraterona e do acetato de

abiraterona foram estudadas em indivíduos saudáveis, pacientes com câncer de próstata avançado metastático e

pacientes sem câncer com insuficiência renal ou hepática. In vivo, o acetato de abiraterona é rapidamente convertido

em abiraterona, um inibidor da biossíntese de androgênios.

Absorção

Depois da administração oral do acetato de abiraterona em jejum, o tempo para alcançar a concentração plasmática

máxima da abiraterona é de aproximadamente 2 horas.

A administração do acetato de abiraterona com alimento, comparada com a administração em jejum, resulta em

aumento de até 17 vezes na exposição sistêmica média da abiraterona, dependendo do conteúdo de gordura da

refeição. Em função da variação comum do conteúdo e da composição das refeições, o uso de ZYTIGATM

com

estas pode resultar em exposições altamente variáveis. Portanto, ZYTIGATM

não deve ser tomado com alimentos.

deve ser tomado pelo menos duas horas após uma refeição e nenhum alimento deve ser ingerido

durante pelo menos 1 hora após sua tomada. Os comprimidos devem ser deglutidos inteiros, com água.

Distribuição e ligação às proteínas

No plasma humano, a ligação da 14

C-abiraterona às proteínas plasmáticas é de 99,8%. O volume aparente de

distribuição é de aproximadamente 5.630L, sugerindo que a abiraterona é extensivamente distribuída para os tecidos

periféricos.

Estudos in vitro demonstraram que o acetato de abiraterona é um inibidor da glicoproteína-P (P-gp). O acetato de

abiraterona pode aumentar a exposição a medicamentos administrados concomitantemente os quais são substratos da

P-gp, entretanto como o acetato de abiraterona é rapidamente convertido em abiraterona, não se espera inibição

sistêmica da P-gp.

Metabolismo

Após a administração oral de 14

C-acetato de abiraterona na forma de cápsulas, o acetato de abiraterona é hidrolisado

para abiraterona, a qual sofre metabolismo incluindo sulfatação, hidroxilação e oxidação, primariamente no fígado.

A maior parte da radioatividade circulante (aproximadamente 92%) é encontrada na forma de metabólitos de

abiraterona. Entre os 15 metabólitos detectáveis, dois metabólitos principais, sulfato de abiraterona e sulfato de N-

óxido abiraterona, representam aproximadamente 43% da radioatividade total cada um.

Eliminação

A meia-vida média da abiraterona no plasma é de aproximadamente 15 horas, com base em dados de sujeitos sadios.

C-acetato de abiraterona, aproximadamente 88% da dose radioativa é recuperada nas

fezes e aproximadamente 5% na urina. Os principais compostos presentes nas fezes são o acetato de abiraterona

inalterado e a abiraterona (aproximadamente 55% e 22% da dose administrada, respectivamente).

Pacientes com insuficiência hepática

A farmacocinética da abiraterona foi avaliada em pacientes com insuficiência hepática leve ou moderada pré-

existente (Classe A e B de Child-Pugh, respectivamente) e em pacientes sadios controle. A exposição sistêmica à

abiraterona depois de uma dose oral de 1000 mg aumentou em aproximadamente 11% e 260% em pacientes com

insuficiência hepática leve e moderada pré-existente, respectivamente. A meia-vida média da abiraterona é

prolongada para aproximadamente 18 horas em pacientes com insuficiência hepática leve e aproximadamente 19

horas em pacientes com insuficiência hepática moderada. Nenhum ajuste de dose é necessário para pacientes com

insuficiência hepática leve pré-existente. ZYTIGATM

não deve ser usado em pacientes com insuficiência hepática

moderada ou grave pré-existente. Para pacientes que desenvolvem hepatotoxicidade durante o tratamento com

, pode ser necessário suspender o tratamento e ajustar a dose.

Pacientes com insuficiência renal

A farmacocinética da abiraterona foi comparada entre pacientes com doença renal terminal que estavam em

hemodiálise e em indivíduos controle correspondentes, com função renal normal. A exposição sistêmica à

abiraterona depois de uma dose oral única de 1000 mg não aumentou em pacientes com doença renal terminal em

diálise.

A administração de ZYTIGATM

em pacientes com insuficiência renal, incluindo insuficiência renal grave, não

requer redução da dose.

Efeitos no intervalo QT

Em um estudo de segurança cardiovascular em pacientes com câncer de próstata avançado metastático não houve

efeitos significativos do acetato de abiraterona sobre o intervalo QT/QTc.

CONTRAINDICAÇÕES

Este medicamento é contraindicado em mulheres grávidas ou que potencialmente possam estar grávidas.

ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

Hipertensão, hipopotassemia e retenção hídrica devido ao excesso de mineralocorticoides

pode causar hipertensão, hipopotassemia e retenção hídrica como consequência dos níveis aumentados

de mineralocorticoides resultantes da inibição da CYP17. A administração concomitante de um corticosteroide

suprime o estímulo do hormônio adrenocorticotrópico (ACTH), resultando em redução da incidência e da gravidade

destas reações adversas. É necessário ter cautela ao tratar pacientes cujas condições médicas pré-existentes possam

ser comprometidas por aumento da pressão arterial, hipopotassemia ou retenção hídrica, como por exemplo, aqueles

com insuficiência cardíaca, infarto do miocárdio recente ou arritmia ventricular.

deve ser usado com cautela em pacientes com histórico de doença cardiovascular. A segurança de

em pacientes com fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE) menor que 50%, ou insuficiência

cardíaca Classe III ou IV da “New York Heart Association” (NYHA) (no estudo 301), ou insuficiência cardíaca

Classe II a IV da NYHA (no estudo 302) não foi estabelecida. A hipertensão deve ser controlada e a hipopotassemia

deve ser corrigida antes de iniciar o tratamento com ZYTIGATM

A pressão arterial, o potássio sérico e a retenção hídrica devem ser monitorados pelo menos mensalmente.

Hepatotoxicidade

Aumentos acentuados das enzimas hepáticas levando à descontinuação do medicamento ou modificação da dose

ocorreram em estudos clínicos controlados. Os níveis séricos de transaminases e bilirrubina devem ser avaliados

antes de iniciar o tratamento com ZYTIGATM

, a cada duas semanas durante os primeiros três meses de

tratamento e, depois disso, mensalmente. Se sintomas clínicos ou sinais sugestivos de hepatotoxicidade forem

observados, as transaminases séricas devem ser avaliadas imediatamente. Se a qualquer momento os níveis de ALT

(alanina aminotransferase) ou AST (aspartato aminotransferase) aumentarem mais de 5 vezes o limite superior da

normalidade ou se os níveis de bilirrubina se elevarem acima de 3 vezes o limite superior da normalidade, o

deve ser interrompido imediatamente e a função hepática monitorada com cuidado.

A retomada do tratamento com ZYTIGATM

somente pode ocorrer após o retorno dos testes de função hepática aos

níveis da linha de base e as doses devem ser reduzidas (ver “Manejo da dose para pacientes com aumento das

transaminases durante o tratamento”, na seção de “POSOLOGIA E MODO DE USAR”).

Em pacientes que desenvolvem hepatotoxicidade grave (nível de ALT ou AST equivalente a 20 vezes o limite

superior da normalidade) a qualquer momento durante o tratamento, ZYTIGATM

deve ser descontinuado e os

pacientes não devem ser tratados novamente com o medicamento.

Retirada dos corticosteroides e cobertura de situações de estresse

Recomenda-se cautela e, se houver necessidade de suspender o tratamento com prednisona ou prednisolona, os

pacientes devem ser monitorados quanto a sinais de insuficiência adrenocortical. Se a administração de ZYTIGATM

continuar após a suspensão dos corticosteroides, os pacientes devem ser acompanhados quanto a sintomas de

excesso de mineralocorticoides.

Em pacientes recebendo prednisona ou prednisolona que estão sujeitos a estresse fora do comum, uma dose

aumentada de um corticosteroide pode ser indicada antes, durante ou depois da situação de estresse.

Uso com quimioterapia

A segurança e a eficácia do uso concomitante de ZYTIGATM

e quimioterapia citotóxica não foi estabelecida.

Dados pré-clínicos de segurança

- Toxicidade reprodutiva

Em estudos de fertilidade em ratos machos e fêmeas, o acetato de abiraterona reduziu a fertilidade, o que foi

completamente reversível em 4 a 16 semanas após a interrupção da administração do acetato de abiraterona.

Em um estudo de toxicidade do desenvolvimento nos ratos, o acetato de abiraterona afetou a gravidez, incluindo

peso fetal reduzido e sobrevivência. Efeitos na genitália externa foram observados apesar do acetato de

abiraterona não ser teratogênico.

Nestes estudos de fertilidade e toxicidade do desenvolvimento realizados em ratos, todos os efeitos foram

relacionados à atividade farmacológica da abiraterona.

é contraindicado na gravidez.

- Carcinogênese e genotoxicidade

O acetato de abiraterona não foi carcinogênico em um estudo de 6 meses, em camundongo transgênico

(Tg.rasH2). Em um estudo de carcinogenicidade de 24 meses em ratos, o acetato de abiraterona aumentou a

incidência de neoplasias de células intersticiais dos testículos. Este resultado é considerado relacionado à ação

farmacológica da abiraterona e a especificidade do rato. O acetato de abiraterona não foi carcinogênico em ratas.

O acetato de abiraterona e a abiraterona foram desprovidos de potencial genotóxico no painel padrão de testes de

genotoxicidade, incluindo ensaio de mutação reversa bacteriana in vitro (teste de Ames), teste de aberração

cromossômica de mamíferos in vitro (usando linfócitos humanos) e ensaio de micronúcleo de rato in vivo.

- Toxicologia animal

Em todos os estudos de toxicidade em animais, os níveis circulantes de testosterona foram reduzidos de forma

significativa. Como resultado, foram observadas reduções no peso de órgãos e alterações morfológicas e/ou

histopatológicas nos órgãos reprodutivos e nas glândulas suprarrenal, hipófise e mamária. Todas as alterações

foram completa ou parcialmente reversíveis. As alterações nos órgãos reprodutivos e órgãos sensíveis aos

androgênios são consistentes com a farmacologia da abiraterona. Todas as alterações hormonais relacionadas ao

tratamento foram revertidas ou pareceram estar se resolvendo após um período de recuperação de 4 semanas.

Uso durante a gravidez

é contraindicado em mulheres grávidas ou que potencialmente possam estar grávidas.

Não há dados em humanos sobre o uso de ZYTIGATM

na gravidez e seu uso não é recomendado em mulheres em

idade fértil. É esperado que o uso de um inibidor da CYP17 pela mãe produza alterações em níveis hormonais que

poderiam afetar o desenvolvimento do feto.

Não se sabe se a abiraterona ou seus metabólitos estão presentes no sêmen. O uso de preservativo é necessário se o

paciente tiver relações sexuais com uma mulher grávida. Se o paciente tiver relações sexuais com uma mulher em

idade fértil, ele deve utilizar preservativo com outro método contraceptivo efetivo.

Para evitar exposição inadvertida, mulheres grávidas ou que possam estar grávidas não devem manusear

sem proteção, ou seja, sem luvas.

Uso durante a lactação

não é indicado para uso em mulheres. Não se sabe se o acetato de abiraterona ou seus metabólitos são

excretados no leite humano.

Efeitos sobre a capacidade de dirigir e operar máquinas

Não foram conduzidos estudos sobre os efeitos de ZYTIGATM

sobre a capacidade de dirigir ou operar máquinas.

Não é esperado que ZYTIGATM

afete a capacidade de dirigir ou operar máquinas.

INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Efeito dos alimentos no acetato de abiraterona

com alimentos aumenta significantemente a absorção do acetato de abiraterona. A

eficácia e a segurança de ZYTIGATM

administrado com alimento não foram estabelecidas. ZYTIGATM

não deve

ser tomado com alimentos.

Interação com outras drogas

Potencial de outras drogas para afetar a exposição à abiraterona

Em um estudo clínico de interação farmacocinética em indivíduos saudáveis tratados previamente com um indutor

forte de CYP3A4 (rifampicina, dose diária de 600 mg, por 6 dias), seguido de uma dose única de 1000 mg de

acetato de abiraterona, houve redução de 55% na AUC∞ plasmática média de abiraterona.

Indutores fortes da CYP3A4 (por exemplo, fenitoína, carbamazepina, rifampicina, rifabutina, rifapentina e

fenobarbital) devem ser evitados durante o tratamento com ZYTIGATM

, ou utilizados acompanhados de uma

avaliação cuidadosa da eficácia clínica.

Em um estudo clínico de interação farmacocinética em indivíduos saudáveis, a coadministração de cetoconazol, um

forte inibidor da CYP3A4, não teve efeito clínico significativo na farmacocinética da abiraterona.

Potencial do Zytiga para afetar a exposição a outras drogas

A abiraterona é um inibidor das enzimas hepáticas CYP2D6 e CYP2C8 metabolizadoras de drogas

Em um estudo para determinar os efeitos do acetato de abiraterona (associado à prednisona) em uma dose única do

substrato de CYP2D6 dextrometorfano, a exposição sistêmica (AUC) do dextrometorfano aumentou em

aproximadamente 200%. A AUC24 para o dextrorfano, o metabólito ativo do dextrometorfano, aumentou cerca de

33%.

Recomenda-se cautela quando ZYTIGATM

é administrado com medicamentos ativados ou metabolizados pela

CYP2D6, particularmente com medicamentos que têm índice terapêutico estreito. A redução da dose de

medicamentos com índice terapêutico estreito metabolizados pela CYP2D6 deve ser considerada.

No mesmo estudo para determinar os efeitos do acetato de abiraterona (associado à prednisona) em uma dose única

do substrato de CYP1A2 teofilina, não foi observado aumento na exposição sistêmica à teofilina.

Em um estudo de interação medicamentosa com CYP2C8 em indivíduos saudáveis, a AUC de pioglitazona

aumentou em 46% e as AUCs para M-III e M-IV, os metabólitos ativos da pioglitazona, diminuiram em 10% cada

um quando a pioglitazona foi administrada concomitantemente com uma dose única de 1000 mg de acetato de

abiraterona. Embora estes resultados indiquem que não é esperado aumento clinicamente relevante na exposição

quando ZYTIGATM

é combinado com medicamentos que são predominantemente eliminados via CYP2C8, os

pacientes devem ser monitorados para sinais de toxicidade relacionada aos substratos da CYP2C8 com índice

terapêutico estreito, se utilizados concomitantemente com ZYTIGATM

Interações com álcool e nicotina

Não há dados disponíveis sobre a interação de acetato de abiraterona e álcool ou nicotina.

CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

deve ser conservado em temperatura ambiente (entre 15ºC e 30ºC).

Este medicamento tem validade de 24 meses a partir da data de sua fabricação.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Aspecto físico

Os comprimidos de ZYTIGATM

têm formato oval e são brancos a quase brancos.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

POSOLOGIA E MODO DE USAR

A dose recomendada de ZYTIGATM

é 1000 mg (quatro comprimidos de 250 mg) em uma única tomada diária, que

não deve ser realizada durante a refeição. ZYTIGATM

deve ser tomado pelo menos 2 horas depois de uma

refeição e nenhum alimento deve ser ingerido durante pelo menos 1 hora após a tomada do medicamento. Os

comprimidos devem ser deglutidos inteiros, com água. A dose máxima diária de 1000 mg (quatro comprimidos de

250 mg) não deve ser excedida.

é usado com dose baixa de prednisona ou prednisolona. A dose recomendada de prednisona ou

prednisolona é 5 mg duas vezes ao dia.

Os níveis de transaminases séricas e bilirrubina devem ser avaliados antes de iniciar o tratamento com ZYTIGATM

,

a cada duas semanas durante os 3 primeiros meses de tratamento e após este período, mensalmente. A pressão

arterial, o potássio sérico e a retenção hídrica devem ser monitorados mensalmente.

Recomenda-se que os pacientes sejam mantidos em tratamento até que haja a progressão dos níveis de PSA

(Antígeno Prostático Específico) associada à progressão radiográfica e sintomática ou clínica.

Ajustes da dose para pacientes com insuficiência hepática

Não é necessário ajustar a dose para pacientes com insuficiência hepática leve pré-existente. ZYTIGATM

ser usado em pacientes com insuficiência hepática moderada ou grave pré-existente.

Manejo da dose para pacientes com aumento das transaminases durante o tratamento

Para pacientes que desenvolvem hepatotoxicidade durante o tratamento com ZYTIGATM

[aumentos da alanina

aminotransferase (ALT) ou aspartato aminotransferase (AST) 5 vezes acima do limite superior da normalidade ou

aumento da bilirrubina 3 vezes acima do limite superior da normalidade] o tratamento deve ser suspenso

imediatamente até a normalização dos testes de função hepática. O tratamento pode ser reiniciado com redução da

dose para 500 mg (2 comprimidos) uma vez ao dia, após os testes de função hepática retornarem aos níveis basais.

Para os pacientes nos quais o tratamento está sendo reintroduzido, as transaminases séricas e a bilirrubina devem ser

monitoradas no mínimo a cada duas semanas durante 3 meses e depois disso mensalmente. Se ocorrer

hepatotoxicidade com a dose de 500 mg/dia, descontinuar o tratamento com ZYTIGATM

. As doses reduzidas não

devem ser tomadas com alimentos.

Se os pacientes desenvolverem hepatotoxicidade grave (nível de ALT ou AST equivalente a 20 vezes o limite

deve ser descontinuado e eles não

devem ser tratados novamente com o medicamento.

Ajustes da dose para pacientes com insuficiência renal

Não é necessário ajustar a dose para pacientes com insuficiência renal.

Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.

REAÇÕES ADVERSAS

As reações adversas são apresentadas nesta seção. Reações adversas são eventos adversos que foram considerados

razoavelmente associados ao uso de acetato de abiraterona, com base na avaliação abrangente das informações de

eventos adversos disponíveis. Em casos individuais, uma relação causal com o acetato de abiraterona não pode ser

estabelecida com confiança. Portanto, pelo fato de que os estudos clínicos são conduzidos em condições amplamente

variadas, as taxas de reações adversas observadas nos estudos clínicos de um medicamento não podem ser

diretamente comparadas com as taxas nos estudos clínicos de outros medicamentos e podem não refletir as taxas

observadas na prática clínica.

As reações adversas mais comuns observadas com ZYTIGATM

são: edema periférico, hipopotassemia, infecção do

trato urinário, aumentos nos níveis de alanina aminotransferase, aumentos nos níveis de aspartato aminotransferase,

dispepsia, hematúria, hipertensão e fraturas.

pode causar hipertensão, hipopotassemia e retenção hídrica como consequência farmacodinâmica de

seu mecanismo de ação. Em estudos fase 3, os efeitos mineralocorticoides esperados observados mais

frequentemente em pacientes tratados com ZYTIGATM

em comparação ao placebo foram: hipopotassemia (18%

versus 11%), hipertensão (15% versus 11%) e retenção hídrica - edema periférico (26% versus 20%),

respectivamente. Em pacientes tratados com ZYTIGATM

, hipopotassemia e hipertensão, ambas de grau 3 e 4, foram

observadas em 4% e 2% dos pacientes, respectivamente. Em geral, foi possível controlar os efeitos

mineralocorticoides com medicamentos. O uso concomitante de corticosteroide reduz a incidência e a gravidade

destas reações adversas.

Em um estudo fase 3 de pacientes com câncer de próstata avançado metastático (estudo 301) que estavam usando

agonista LHRH ou que haviam sido submetidos previamente à orquiectomia, no grupo do tratamento ativo,

foi administrado na dose de 1000 mg/dia em combinação com dose baixa de prednisona ou

prednisolona (10 mg/dia); no grupo controle, foi administrado placebo mais dose baixa de prednisona ou

prednisolona (10 mg/dia). Os pacientes incluídos eram intolerantes ou haviam falhado a esquemas prévios de

quimioterapia, um dos quais contendo docetaxel. A duração média do tratamento com ZYTIGATM

foi 8 meses.

As reações adversas com o uso de ZYTIGATM

que ocorreram em taxa ≥1% (de todos os graus) durante o estudo

301 estão na Tabela 5.

Tabela 5: Reações adversas com o uso de ZYTIGATM

em ≥ 1% dos pacientes em um estudo fase 3 (Estudo

301)a

1000 mg/dia com

prednisona ou prednisolona

n=791b

Placebo com prednisolona ou

prednisona n=394b

Classe de Sistema de Órgãos

Reação adversa ao Medicamento

Todos os

graus %

Grau 3

%

Grau 4

Distúrbios gerais e condições do

local de administração

Edema periférico

25 1 <1 17 1 0

Distúrbios do metabolismo e da

nutrição

Hipopotassemia

Hipertrigliceridemia

17

1

3

<1

0

8

Infecções e infestações

Infecção do trato urinário 12 2 0 7 1 0

Distúrbios hepatobiliares

Alanina aminotransferase

aumentada

3 1 0 1 <1 <1

Danos, envenenamento e

complicações em procedimentos

Fraturasc

6 1 <1 2 0 0

Distúrbios vasculares

Hipertensão 9 1 0 7 <1 0

Distúrbios cardíacos

Insuficiência cardíacad

Angina pectoris

Arritmia

Fibrilação atrial

Taquicardia

2

a

Todos os pacientes estavam recebendo um agonista de LHRH ou haviam sido submetidos à orquiectomia;

b

n= pacientes avaliados para segurança;

c

“Fraturas” inclui todas as fraturas, com exceção às fraturas patológicas;

d

“Insuficiência cardíaca” também inclui insuficiência cardíaca congestiva, disfunção do ventrículo esquerdo e

fração de ejeção diminuída.

Em um segundo estudo clínico fase 3, multicêntrico, controlado com placebo (estudo 302), em pacientes com câncer

de próstata avançado metastático assintomático ou levemente sintomático, virgens de quimioterapia, que faziam uso

de agonistas de LHRH ou haviam sido submetidos previamente à orquiectomia, ZYTIGATM

foi também

administrado na dose de 1000 mg ao dia, em associação a uma dose baixa de prednisona ou prednisolona de 10 mg

ao dia no braço experimental. Os pacientes do grupo controle receberam placebo e dose baixa de prednisona ou

prednisolona de 10 mg ao dia. A duração média do tratamento com ZYTIGATM

no estudo 302 foi de 13,8 meses.

302 estão na Tabela 6.

Tabela 6: Reações adversas com o uso de ZYTIGATM

302)a

n=542b

prednisona n=540b

Distúrbios gastrintestinais

Dispepsia 11 0 0 5 <1 0

Aspartato aminotransferase

12

11

5

Distúrbios renais e urinários

Hematúria 10 1 0 6 1 0

As reações adversas mais comuns obtidas dos dados de ambos estudos fase 3 que resultaram na descontinuação do

fármaco foram alanina aminotransferase e aspartato aminotransferase aumentadas (cada uma em <1% dos pacientes

que receberam ZYTIGATM

).

A reação adversa ao medicamento insuficiência da suprarrenal ocorreu nos estudos clínicos fase 3 a uma taxa de

0,5% em pacientes que receberam ZYTIGATM

e a uma taxa de 0,2% em pacientes que receberam placebo.

Nos estudos fase 3, 73% dos pacientes tinham idade ≥ 65 anos e 30% tinham idade ≥75 anos. Não foram observadas

diferenças relativas à segurança entre estes pacientes mais idosos e pacientes mais jovens.

Efeitos cardiovasculares

Ambos os estudos fase 3 excluíram pacientes com hipertensão não controlada, doença cardíaca clinicamente

significante evidenciada por infarto do miocárdio, eventos de trombose arterial nos últimos 6 meses, angina grave ou

instável, insuficiência cardíaca Classe III ou IV da NYHA (estudo 301) ou insuficiência cardíaca Classe II a IV

(estudo 302) ou fração de ejeção <50%. Todos os pacientes incluídos (tanto os pacientes tratados com o ativo como

com o placebo) foram tratados concomitantemente com tratamento de privação androgênica, predominantemente

uso de agonistas de LHRH, a qual foi associada com diabetes, infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral e

morte súbita. Nos estudos fase 3, a incidência de reações adversas cardiovasculares em pacientes que receberam

em comparação aos pacientes que receberam placebo foi a seguinte: fibrilação atrial (3,4% versus

3,4%); taquicardia (2,8 versus 1,7%); angina pectoris (1,9% versus 0,9%); insuficiência cardíaca (1,9% versus 0,6%)

e arritmia (1,1% versus 0,4%).

Hepatotoxicidade medicamentosa com níveis elevados de ALT, AST e bilirrubina total foi relatada em pacientes

. Entre todos os estudos, elevação dos resultados dos testes de função hepática (aumentos

> 5 vezes o limite superior da normalidade da ALT ou AST ou aumento >1,5 vezes o limite superior da normalidade

da bilirrubina) foram relatados em aproximadamente 4% dos pacientes que receberam ZYTIGATM

, tipicamente

durante os 3 primeiros meses após o início do tratamento. No estudo clínico 301, os pacientes com níveis basais

elevados de ALT ou AST foram mais propensos a apresentar elevações dos testes de função hepática do que aqueles

cujos valores iniciais eram normais. Quando foram observados aumentos da ALT ou AST maior que 5 vezes o

limite superior da normalidade ou da bilirrubina maior que 3 vezes o limite superior da normalidade, ZYTIGATM

foi suspenso ou descontinuado. Em duas ocasiões ocorreram aumentos acentuados dos testes de função hepática.

Estes dois pacientes com função hepática normal na linha de base apresentaram aumentos da ALT ou AST de 15 a

40 vezes o limite superior da normalidade e da bilirrubina de 2 a 6 vezes o limite superior da normalidade. Com a

descontinuação de ZYTIGATM

, os testes de função hepática normalizaram em ambos os pacientes e um paciente foi

tratado novamente com ZYTIGATM

, sem recorrência dos aumentos. No estudo clínico 302, elevações de ALT ou

AST grau 3 ou 4 foram observadas em 35 (6,5%) dos pacientes tratados com ZYTIGATM

. As elevações das

aminostransferases se resolveram em todos, exceto em 3 pacientes (2 com novas metástases hepáticas múltiplas e 1

com elevação de AST aproximadamente após 3 semanas da última dose de ZYTIGATM

). A descontinuação do

tratamento devido à elevação de ALT e AST foi relatada respectivamente em 1,7% e 1,3% dos pacientes tratados

e 0,2% e 0% dos pacientes tratados com placebo. Nenhum óbito por hepatotoxicidade foi relatado.

Em estudos clínicos, o risco de hepatotoxicidade foi amenizado pela exclusão de pacientes com hepatite ou

anormalidades significativas nos testes de função hepática. No estudo clínico 301, pacientes com ALT e AST basais

≥ 2,5 vezes o limite superior da normalidade, na ausência de metástases hepáticas, e maior que 5 vezes o limite

superior da normalidade, na presença de metástases hepáticas, foram excluídos. No estudo clínico 302, pacientes

com metástases hepáticas não foram elegíveis e pacientes com ALT e AST basais ≥ 2,5 vezes o limite superior da

normalidade foram excluídos. As alterações nos testes de função hepática que se desenvolveram em pacientes

participando de estudos clínicos foram vigorosamente manejados pela interrupção do tratamento e permissão para

reiniciá-lo apenas depois do retorno dos testes de função hepática ao nível basal do paciente. Os pacientes que

apresentaram elevações da ALT ou AST maior que 20 vezes o limite superior da normalidade não reiniciaram o

tratamento. A segurança do reinício do tratamento em tais pacientes é desconhecida. O mecanismo para

hepatotoxicidade associado com ZYTIGATM

não é compreendido.

Experiência de pós-comercialização

As reações adversas apresentadas a seguir, foram identificadas durante a experiência pós-comercialização, com base

em relatos espontâneos com o uso de ZYTIGATM

Distúrbios respiratórios, torácicos e mediastinais:

Reação rara (≥ 1/10.000 e <1/1.000): alveolite alérgica.

Distúrbios musculoesqueléticos e do tecido conjuntivo:

Reação incomum (≥ 1/1000 and < 1/100): rabdomiólise, miopatia.

Atenção: este produto é um medicamento novo e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança

aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou

desconhecidos. Nesse caso, notifique os eventos adversos pelo Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária

- NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária

Estadual ou Municipal.

SUPERDOSE

A experiência de superdose em humanos é limitada.

Não há antídoto específico. Em caso de superdosagem, a administração de ZYTIGATM

deve ser interrompida e

medidas gerais de suporte devem ser adotadas, incluindo o monitoramento para arritmias. A função hepática

também deve ser avaliada.

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

DIZERES LEGAIS PARA EMBALAGEM LATINA – ITÁLIA

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.