Bula do Glibenclamida produzido pelo laboratorio Biosintética Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
glibenclamida
Biosintética Farmacêutica Ltda.
comprimido
5 mg
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BULA PARA PROFISSIONAL DE SAÚDE
Bula de acordo com a Resolução-RDC nº 47/2009
I- IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Medicamento genérico Lei nº 9.787, de 1999
APRESENTAÇÕES
Comprimidos 5 mg: embalagens com 30 comprimidos.
USO ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido de glibenclamida contém:
glibenclamida...........................................................................................................05 mg
Excipientes: dióxido de silicio, amido, lactose monoidratada e estearato de magnésio.
II- INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Este medicamento é destinado ao tratamento oral do diabetes mellitus não insulino-dependente
(Tipo 2 ou diabetes do adulto), quando os níveis sanguíneos de glicose não podem ser
controlados apenas por dieta, exercício físico e redução de peso.
A eficácia de glibenclamida no controle do diabetes tipo 2 pode ser comprovada no estudo
multicêntrico envolvendo 15 centros de pesquisa, 4075 pacientes, divididos em vários grupos de
análises, dentre eles, grupos usando metformina, insulina e glibenclamida. Clauson, et al
demonstraram, em um estudo randomizado envolvendo 39 pacientes acompanhados por um
ano, que a glibenclamida é eficaz e melhora o controle da glicemia a longo prazo. Fischer, et al
comprovaram também a eficácia de glibenclamida em seu estudo com 77 pacientes diabéticos
tipo 2, estudo este randomizado, duplo cego placebo controlado por 16 semanas, ou seja,
comprovou uma melhora substancial no controle da glicose. Liu, et al comprovaram a eficácia
de glibenclamida em conjunto com insulina no controle glicêmico dos mesmos, estudando
pacientes diabéticos não insulino- dependentes por 12 meses. Liu D. também afirma que essa
terapia combinada induz a produção maior de insulina endógena.
Martin, et al publicaram um estudo de coorte multicêntrico envolvendo 91 pacientes com
diabetes tipo 2 por 1 ano, com resultados de eficácia da glibenclamida, diminuindo o peso dos
pacientes e melhorando o controle de glicemia.
Propriedades farmacodinâmicas
Glibenclamida apresenta como princípio ativo a glibenclamida, antidiabético oral do grupo das
sulfonilureias, dotado de potente ação hipoglicemiante e ótima tolerabilidade.
Tanto em pessoas saudáveis quanto em pacientes com diabetes mellitus não insulino-
dependentes (tipo 2), a glibenclamida reduz a concentração plasmática de glicose através da
estimulação da liberação de insulina pelas células beta do pâncreas.
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Este efeito funciona em interação com a glicose (melhora da resposta das células beta ao
estímulo fisiológico da glicose). A glibenclamida também apresenta efeitos extrapancreáticos:
ela reduz a produção de glicose hepática e melhora a ligação e a sensibilidade da insulina nos
tecidos periféricos.
Após dose única matinal, o efeito hipoglicemiante permanece detectável por, aproximadamente,
24 horas.
Durante o tratamento a longo prazo, o efeito hipoglicemiante da glibenclamida se mantém,
enquanto que os níveis de insulina voltam ao valor normal.
A glibenclamida apresenta uma leve ação diurética e aumenta a depuração de água livre.
Propriedades farmacocinéticas
Absorção
A glibenclamida é rapidamente absorvida após administração oral. A absorção da glibenclamida
não é significativamente afetada pelos alimentos. É bem absorvida pelo trato gastrintestinal; os
níveis séricos máximos ocorrem cerca de 2 a 4 horas após a dose oral e persistem por 24 horas.
O início da ação ocorre em aproximadamente em 1 hora a 90 minutos.
Distribuição
A biodisponibilidade de glibenclamida a partir dos comprimidos é de, aproximadamente, 70%.
O pico de concentração plasmática é atingido após 2 a 4 horas.
A meia-vida sérica de glibenclamida após administração oral é de aproximadamente 2 a 5 horas,
embora alguns estudos sugiram que em pacientes com diabetes mellitus possa haver meia-vida
mais prolongada de 8 a 10 horas.
Não ocorre acúmulo de glibenclamida.
A ligação da glibenclamida às proteínas plasmáticas é maior que 98%; in vitro, esta ligação é
predominantemente não iônica.
Metabolismo
A glibenclamida é completamente metabolizada pelo fígado. O principal metabólito é o 4-trans-
hidroxiglibenclamida; outro é o 3-cis-hidroxiglibenclamida. Os metabólitos da glibenclamida
apresentam alguma contribuição para o efeito redutor da glicemia no sangue.
Excreção
Os metabólitos da glibenclamida são excretados por via urinária e biliar. Aproximadamente
50% da dose são excretadas na urina e 50% por via biliar. A excreção se completa após 45 a 72
horas.
Farmacocinética em Populações Especiais
Pacientes com Insuficiência Renal: Em pacientes com insuficiência renal, há aumento da
excreção de metabólitos na bile.
Este aumento é dependente da gravidade da insuficiência renal.
Gestantes e Lactantes
A glibenclamida atravessa a placenta em pequenas quantidades. Assim como outras
sulfonilureias, a glibenclamida é
presumivelmente excretada no leite materno.
Glibenclamida não deve ser administrado:
- em pacientes com diabetes mellitus insulino-dependente (Tipo 1 ou diabetes juvenil), por
exemplo, diabéticos com histórico de cetoacidose;
- no tratamento de cetoacidose diabética;
- no tratamento de pré-coma ou coma diabético;
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- em pacientes com disfunção renal e/ou hepática graves ;
- em pacientes com hipersensibilidade a glibenclamida ou a qualquer um dos componentes da
fórmula;
- em mulheres grávidas;
- em mulheres lactantes;
- em pacientes tratados com bosentana (vide “Interações Medicamentosas”).
Este medicamento é contraindicado para uso por pacientes com disfunção renal e/ou
hepática graves.
Este medicamento é contraindicado na faixa etária pediátrica.
Categoria de risco na gravidez: categoria C. Este medicamento não deve ser utilizado por
mulheres grávidas sem
orientação médica.
ADVERTÊNCIAS
Os sinais clínicos da hiperglicemia são: diurese frequente, sede intensa, boca seca, pele seca.
E os sinais clínicos da hipoglicemia são: fome intensa, sudorese, tremor, agitação, irritabilidade,
cefaleias, distúrbios do sono, depressão do humor e distúrbios neurológicos transitórios (ex.:
alterações da fala, visão e sensação de paralisia).
Em situações excepcionais de estresse (por exemplo, traumas, cirurgias, infecções febris), o
controle da glicemia pode não ser adequado e a substituição temporária por insulina pode ser
necessária para manter um bom controle metabólico.
As pessoas alérgicas a outros derivados de sulfonamidas também podem desenvolver uma
reação alérgica à glibenclamida.
PRECAUÇÕES
Para atingir o objetivo do tratamento com glibenclamida, isto é, controle adequado da glicemia
plasmática, a aderência à dieta, a prática de exercícios físicos regulares e suficientes e, se
necessário, a redução de peso, são tão necessários quanto à administração regular de
glibenclamida.
Durante o tratamento com glibenclamida os níveis de glicose no sangue e na urina devem ser
medidos regularmente. Além disso, recomenda-se a realização de determinações regulares da
proporção de hemoglobina glicosilada.
O monitoramento da glicemia plasmática e urinária também auxilia a detecção de falha
terapêutica tanto primária quanto secundária.
De acordo com as diretrizes atuais (por exemplo, o consenso europeu NIDDM), o
monitoramento de alguns outros parâmetros também é recomendado.
Quando iniciar o tratamento, o paciente deve ser informado quanto aos efeitos e aos riscos de
glibenclamida e quanto às interações com a dieta e com os exercícios físicos; deve-se ressaltar a
importância da cooperação adequada por parte do paciente.
Assim como com qualquer outro medicamento redutor de glicose no sangue, é necessário que o
paciente e o médico estejam cientes do risco de hipoglicemia.
Os fatores que favorecem a hipoglicemia incluem:
relutância (mais comumente em paciente idosos) ou incapacidade do paciente cooperar;
subnutrição, horários irregulares das refeições ou refeições perdidas;
desequilíbrio entre esforço físico e ingestão de carboidratos;
alterações na dieta;
disfunção renal;
disfunção hepática grave;
superdosagem com glibenclamida;
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distúrbios descompensados do sistema endócrino afetando o metabolismo dos
carboidratos e da contraregulação da hipoglicemia (como por exemplo, em certos
distúrbios da função tireoideana e insuficiência na pituitária anterior ou adrenocortical);
uso concomitante com outros medicamentos (vide “Interações Medicamentosas”);
tratamento com glibenclamida na ausência de qualquer indicação.
O paciente deve informar seu médico sobre os fatores citados acima e sobre episódios de
hipoglicemia, uma vez que eles podem indicar a necessidade de um monitoramento cuidadoso.
Se tais fatores de risco de hipoglicemia estiverem presentes, pode ser necessária uma alteração
na dosagem de glibenclamida ou do tratamento completo. Isto também se aplica em casos de
surgimento de doença durante o tratamento ou toda vez que o estilo de vida do paciente mudar.
Os pacientes idosos são particularmente susceptíveis à ação hipoglicêmica de medicamentos
redutores de glicose. Pode ser difícil reconhecer hipoglicemia em idosos. As doses inicial e de
manutenção devem ser conservadoras para evitar reações de hipoglicemia.
Estes sintomas de hipoglicemia, que refletem a contrarregulação adrenérgica corpórea (vide
“Reações Adversas”), podem ser mais leves ou ausentes quando a hipoglicemia se desenvolve
gradualmente, quando há neuropatia autonômica ou quando o paciente está recebendo
tratamento concomitante com betabloqueadores, clonidina, reserpina, guanitidina ou outros
medicamentos simpatolíticos.
A hipoglicemia quase sempre pode ser rapidamente corrigida através da ingestão imediata de
carboidratos (glicose ou açúcar tais como açúcar puro, suco de frutas ou chá adoçados com
açúcar). Para esta finalidade os pacientes devem sempre levar consigo um mínimo de 20 g de
glicose. Eles podem necessitar de auxílio de outras pessoas para evitar complicações.
Os adoçantes artificiais não são eficazes no controle da glicemia.
Apesar das medidas de controle terem sucesso inicialmente, a hipoglicemia pode ocorrer
novamente. Os pacientes devem, portanto, permanecer sob constante observação.
A hipoglicemia severa ou episódios prolongados, os quais somente podem ser temporariamente
controlados utilizando açúcar, requerem tratamento imediato e acompanhamento médico e, em
alguns casos, cuidados hospitalares.
Se outras doenças surgirem durante o tratamento com glibenclamida, o médico que está
orientando o tratamento deve ser imediatamente informado.
Se tratado por outro médico (por exemplo, internações hospitalares após acidente, doença num
feriado), o paciente deve informá-lo que é diabético e qual é o seu tratamento.
O tratamento dos pacientes com deficiência de G6PD (glicose-6-fosfato-desidrogenase) com
sulfonilureias pode levar à anemia hemolítica. Uma vez que a glibenclamida pertence à classe
das sulfonilureias, deve-se ter cautela em pacientes com deficiência de G6PD, e a utilização de
um agente alternativo não-sulfonilureia deve ser considerado.
Gravidez
Glibenclamida não deve ser administrado durante a gravidez (Vide “Contraindicações”). O
tratamento com glibenclamida deverá ser substituído por insulina durante a gravidez.
As pacientes que planejam engravidar devem informar ao seu médico. Recomenda-se que para
estas pacientes, o tratamento seja substituído por insulina.
Lactação
Para prevenir uma possível ingestão através do leite materno, glibenclamida não deve ser
administrado durante a lactação. Se necessário, o tratamento com glibenclamida deverá ser
substituído por insulina, ou deverá interromper a amamentação.
População Especial
Pacientes idosos
A hipoglicemia ocorre com maior frequência em pacientes idosos que usam glibenclamida.
Recomenda-se o uso de doses conservadoras em pacientes idosos para evitar hipoglicemia.
Outros grupos de risco
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Glibenclamida não deve ser utilizado por pacientes com disfunção renal e/ou hepática graves.
Risco de dirigir veículos ou realizar outras tarefas que exijam atenção
O tratamento de diabetes com glibenclamida requer monitoramento constante. O estado de
alerta e o tempo de reação podem ser prejudicados por episódios de hipo ou hiperglicemia
especialmente no início ou após alteração no tratamento ou quando glibenclamida não é tomado
regularmente. Isto pode, por exemplo, afetar a habilidade de dirigir ou operar máquinas.
Dados de Segurança Pré-clínicos
Toxicidade Aguda
Segue abaixo a LD50 por administração oral:
Camundongo > 15 g/kg de peso corpóreo
Rato > 15 g/kg de peso corpóreo
Porquinho da Índia > 15 g/kg de peso corpóreo
Coelho > 10 g/kg de peso corpóreo
Cachorro > 10 g/kg de peso corpóreo
A LD 50 para injeção intraperitoneal:
Rato 6,3 a 8,4 g/kg de peso corpóreo
Toxicidade Crônica
Doses orais diárias de 11 mg/kg de peso corpóreo (200 ppm) em ratos e 20 mg/kg de peso
corpóreo por 18 meses em cachorros foram toleradas sem sinal de toxicidade.
Carcinogênese
Um estudo de oncogenicidade em camundongos administrando doses iguais ou inferiores a
3000 mg/kg de peso corpóreo, diariamente, por 2 anos não demonstrou promoção ou indução de
carcinogenicidade.
Mutagênese
Um estudo de mutagenicidade em teste de Salmonela/microssoma (teste de Ames) não indicou
mutagenicidade. Isto é confirmado através de várias investigações adicionais de mutagenicidade
descritas na literatura.
Teratogênese
Os estudos de teratogenicidade em ratos e coelhos não apresentaram indicação de qualquer
efeito teratogênico da glibenclamida. Entretanto, após doses muito elevadas (cem vezes a dose
terapêutica diária máxima) administradas na fase de organogênese, foram observadas lesões
embriotóxicas (malformações do olho). Tais lesões podem ser interpretadas como consequência
da redução excessiva da glicemia plasmática e também podem ser causadas por hipoglicemia
induzida pela insulina.
Após administração de doses muito elevadas de glibenclamida em ratas durante a gestação e
lactação, foram descritas deformações dos ossos longos dos membros da prole. Estes resultados
são considerados como sendo efeitos peri- e/ou pós-natal.
Quando doses excessivas são administradas em coelhas, morte fetal intrauterina foi mais
frequente do que nos controles e ocorreram abortos. Existem resultados contraditórios com
relação à incidência aumentada de óbito embriofetal intrauterino após administração de doses
extremamente altas em ratas e camundongos fêmea.
Foram observadas malformações em crianças de mulheres tratadas com glibenclamida durante a
gravidez. Uma relação causal com a glibenclamida não pode ser excluída. Neste contexto, é
importante apontar que um aumento na incidência de malformações é conhecido em mulheres
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O uso concomitante de glibenclamida com outros fármacos pode levar à atenuação ou aumento
indesejado de sua ação hipoglicemiante. Por esta razão, outros fármacos não devem ser usados
sem o conhecimento do médico.
Associações não recomendadas
Bosentana: observou-se um aumento na incidência de elevação das enzimas hepáticas em
pacientes recebendo glibenclamida concomitantemente com bosentana. Tanto a glibenclamida
quanto a bosentana inibem a bomba de liberação de sal biliar, levando a um acúmulo
intracelular de sais biliares citotóxicos. Portanto, esta associação não deve ser utilizada.
Interações que devem ser consideradas
Os pacientes que fazem uso de alguns medicamentos ou param de usá-los durante o tratamento
com glibenclamida podem apresentar alterações no controle da glicemia.
A glibenclamida é metabolizada principalmente pelo CYP2C9 e em menor extensão pelo
CYP3A4. Isto deve ser levado em consideração quando a glibenclamida é coadministrada com
indutores ou inibidores do CYP2C9.
Potencialização do efeito hipoglicemiante de glibenclamida, em alguns casos hipoglicemia,
pode ocorrer quando se usa os seguintes medicamentos: insulina e outros hipoglicemiantes
orais, inibidores da ECA, esteróides anabolizantes e hormônios sexuais masculinos,
cloranfenicol, derivados cumarínicos, ciclofosfamida, disopiramida, fenfluramina, feniramidol,
fibratos, fluoxetina, ifosfamidas, inibidores da MAO, miconazol, ácido paramino-salicílico,
pentoxifilina (uso parenteral em altas doses), fenilbutazona, azapropazone, oxifembutazona,
probenicida, quinolonas; salicilatos, sulfimpirazona, sulfonamidas, agentes simpatolíticos tais
como beta-bloqueadores, e guanetidina, claritromicina, tetraciclina, tritoqualina, trofosfamida.
A atenuação do efeito hipoglicemiante de glibenclamida e consequente elevação do nível de
glicose podem ocorrer quando há o uso concomitante dos seguintes medicamentos:
acetazolamida, barbitúricos, corticosteroides, diazóxido, diuréticos, epinefrina (adrenalina), e
outras medicações simpaticomiméticas, glucagon, laxativos (após uso prolongado), ácido
nicotínico (em altas doses), estrogênio e progestágenos, fenotiazínicos, fenitoína, hormônios
tireoidianos e rifampicina.
Pode ocorrer potencialização ou redução de efeito de glibenclamida em pacientes fazendo uso
concomitante de antagonistas do receptor H2, clonidina e reserpina.
Sob a influência de drogas simpatolíticas, tais como beta-bloqueadores, clonidina, guanetidina e
reserpina, os sinais da contrarregulação adrenérgica da hipoglicemia podem ser reduzidos ou
tornarem-se ausentes.
O uso de glibenclamida pode potencializar ou diminuir os efeitos dos derivados cumarínicos.
Glibenclamida pode elevar a concentração plasmática da ciclosporina e potencialmente levar a
um aumento da sua toxicidade.
Portanto, recomenda-se o monitoramento e um ajuste na dose da ciclosporina quando estes
medicamentos forem coadministrados.
O colesevelam se liga à glibenclamida e reduz a absorção da glibenclamida no trato
gastrointestinal. Não foi observada interação quando a glibenclamida é administrada pelo menos
4 horas antes do colesevelam. Portanto, a glibenclamida deve ser administrada pelo menos 4
horas antes da administração do colesevelam.
Álcool: A ingestão aguda ou crônica de bebidas alcoólicas pode atenuar ou aumentar a ação
hipoglicemiante de glibenclamida de maneira imprevisível.
Alimentos: Até o momento não há dados disponíveis sobre a interferência de alimentos na ação
de glibenclamida.
Testes laboratoriais: Não há dados disponíveis até o momento sobre a interferência de
glibenclamida em testes laboratoriais.
Conservar em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C). Proteger da luz e umidade. Desde que
respeitados os cuidados de armazenamento, o medicamento apresenta uma validade de 24 meses
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a contar da data de sua fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem
original.
Características físicas e organolépticas
Comprimido branco, de formato oblongo, biconvexo e com vinco em um dos lados e liso do
outro lado.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
A princípio, a dose de glibenclamida é determinada pelo nível de glicemia desejado. A dosagem
de glibenclamida deve ser a menor dose eficaz possível.
O tratamento com glibenclamida deve ser iniciado e monitorado pelo médico. O paciente deve
tomar glibenclamida nos horários e doses prescritos pelo médico.
glibenclamida deve ser administrado por via oral, inteiro, sem mastigar, com quantidade
suficiente de líquido.
Dose Inicial e Titulação da Dose
Dose inicial usual: ½ a 1 comprimido de glibenclamida 5 mg uma vez ao dia.
Recomenda-se que o tratamento seja iniciado com a menor dose eficaz possível. Isto se aplica
particularmente aos pacientes que apresentam uma tendência a hipoglicemia (vide
“Advertências e Precauções”) ou que pesam menos que 50 kg.
Se necessário, a dose diária pode ser aumentada gradativamente, isto é, em incrementos de no
máximo ½ comprimido de glibenclamida 5 mg em intervalos de uma a duas semanas, e que este
aumento seja guiado através do monitoramento da glicemia plasmática.
Variação de Dose em Pacientes com diabetes bem controlada; doses máximas
Dose única usual: ½ a 2 comprimidos de glibenclamida 5 mg. Uma dose única de 2
comprimidos de glibenclamida 5 mg não deve ser excedida. Doses maiores devem ser divididas
em no mínimo duas doses.
Dose diária usual: 1 ou 2 comprimidos. Exceder a dose diária total de 3 comprimidos não é
recomendado, uma vez que doses diárias maiores, de até 4 comprimidos de glibenclamida 5 mg,
são mais eficazes apenas em casos excepcionais.
Distribuição das Doses
As doses e os horários devem ser decididos pelo médico levando-se em consideração o estilo de
vida do paciente.
Normalmente uma dose única diária de glibenclamida é suficiente.
É recomendado que doses diárias de até 2 comprimidos de glibenclamida 5 mg sejam
administradas antes do desjejum (café da manhã) substancial ou antes da primeira refeição
principal, e qualquer porção remanescente da dose diária total seja administrada antes do jantar.
É muito importante não pular as refeições depois de ter tomado um comprimido.
Dose em Adultos Jovens com Diabetes Mellitus Tipo 2
A dose é basicamente a mesma que para os adultos mais velhos.
Ajuste de Dose Secundário
Como a melhora do controle do diabetes é, por si própria, associada a uma maior sensibilidade à
insulina, as necessidades de glibenclamida podem diminuir com a evolução do tratamento. Para
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evitar hipoglicemia, reduções momentâneas ou a suspensão do tratamento com glibenclamida
devem ser consideradas.
Correções de dosagem devem ser também consideradas sempre que:
o peso do paciente se altera;
o estilo de vida do paciente se altera;
surgem outros fatores os quais causam aumento da susceptibilidade a hipo ou
hiperglicemia (vide “Advertências e Precauções”).
Duração do Tratamento
O tratamento com glibenclamida é normalmente de longo prazo.
Substituição de outro Hipoglicemiante oral por glibenclamida
Não existe nenhuma relação de dose entre glibenclamida e outros hipoglicemiantes orais.
Quando houver a substituição por glibenclamida, recomenda-se que seja adotado o mesmo
procedimento utilizado para dose inicial, iniciando com doses diárias de ½ a 1 comprimido de
glibenclamida. Este procedimento se aplica até mesmo nos casos onde o paciente está trocando
uma dose máxima de outro hipoglicemiante oral por glibenclamida.
Deve-se considerar a potência e a duração da ação do agente hipoglicemiante previamente
utilizado. Um intervalo na medicação pode ser necessário para evitar qualquer potencialização
de efeitos, implicando em risco de hipoglicemia.
A dosagem é prescrita através dos resultados de exames laboratoriais (doseamento de glicose no
sangue e na urina).
Risco de uso por via de administração não recomendada
Não há estudos dos efeitos de glibenclamida administrado por vias não recomendadas. Portanto,
por segurança e para garantir a
eficácia deste medicamento, a administração deve ser somente por via oral.
Este medicamento não deve ser mastigado.
As frequências das reações adversas estão listadas a seguir de acordo com a seguinte convenção:
Reação muito comum (≥ 1/10).
Reação comum (≥ 1/100 e < 1/10).
Reação incomum (≥ 1/1.000 e < 1/100).
Reação rara (≥ 1/10.000 e < 1/1.000).
Reação muito rara (< 1/10.000).
Distúrbios de Metabolismo e Nutrição
Hipoglicemia, às vezes prolongada e até mesmo com risco de vida, pode ocorrer como resultado
da ação redutora da glicose sanguínea de glibenclamida. Isto ocorre quando existe um
desequilíbrio entre a dose de glibenclamida e a ingestão de carboidratos (dieta), a realização de
exercício físico e outros fatores que interfiram no metabolismo.
Os possíveis sintomas de hipoglicemia incluem: dor de cabeça, fome exagerada, náusea, vômito,
cansaço, sonolência, distúrbios do sono, inquietação, agressividade, incapacidade de
concentração, vigilância e reação, depressão, confusão, distúrbios de fala, afasia, distúrbios
visuais, tremor, paresia, distúrbios sensoriais, tontura, desamparo, perda do autocontrole, delírio,
convulsões cerebrais e perda de consciência incluindo coma, respiração superficial e
bradicardia.
Além disso, sinais de contrarregulação adrenérgica, tais como sudorese, pele pegajosa,
ansiedade, taquicardia, hipertensão, palpitações, angina pectoris e arritmias cardíacas podem
estar presentes.
O quadro clínico de um ataque hipoglicêmico severo pode assemelhar-se ao de um derrame.
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Os sintomas de hipoglicemia quase sempre diminuem quando a hipoglicemia é corrigida.
Distúrbios Visuais
Especialmente no início do tratamento podem ocorrer distúrbios visuais temporários devido à
alteração dos níveis de glicose sanguínea. A causa é uma alteração temporária na turgidez e,
portanto, do índice refrativo das lentes, o qual é dependente da glicemia.
Distúrbios Gastrintestinais
Ocasionalmente, sintomas gastrintestinais tais como: náuseas, vômitos, sensação de plenitude
gástrica ou peso no epigastro, dor abdominal e diarreias podem ocorrer. Entretanto, apesar da
manutenção do tratamento, estes sintomas frequentemente diminuem e normalmente não há
necessidade de descontinuar o tratamento com glibenclamida.
Em casos isolados, pode haver hepatite, elevação do nível das enzimas hepáticas e/ou colestase
e icterícia, as quais podem regredir depois da suspensão de glibenclamida, embora possam levar
a risco de vida por insuficiência hepática.
Distúrbios Hematológicos e no Sistema Linfático
Alterações hematológicas potencialmente graves podem ocorrer. Elas podem incluir raros casos
de trombocitopenia (púrpura) leve a severa e, em casos isolados, anemia hemolítica,
eritrocitopenia, leucopenia, granulocitopenia, agranulocitose e pancitopenia (devido a
mielossupressão). A princípio, estas reações são reversíveis com a suspensão do tratamento com
glibenclamida.
Distúrbios Gerais
Ocasionalmente, reações pseudoalérgicas ou alérgicas podem ocorrer na forma de prurido e
rash. Em casos isolados, reações leves em forma de urticária, podem evoluir para reações sérias
e graves que implicam em risco de vida com dispneia e queda da pressão arterial, algumas
vezes, evoluindo para choque. Em casos de urticária, o médico deverá ser imediatamente
notificado.
A reação de hipersensibilidade pode ser diretamente devido à glibenclamida, mas também pode
ser engatilhada pelos excipientes. A alergia aos derivados de sulfonamida também pode ser
responsável por reações alérgicas à glibenclamida.
Em casos isolados pode surgir vasculite alérgica e, em algumas circunstâncias, pode implicar
em risco de vida. Em casos isolados, pode ocorrer hipersensibilidade da pele à luz e pode haver
redução da concentração sérica de sódio.
Se estas reações ocorrerem, o médico deve decidir se a terapia com glibenclamida deve ser
descontinuada ou não.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância
Sanitária - NOTIVISA, disponível
em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual
ou Municipal.