Bula do Iquego Sulfametoxazol + Trimetoprima para o Profissional

Bula do Iquego Sulfametoxazol + Trimetoprima produzido pelo laboratorio Indústria Química do Estado de Goiás S/a - Iquego
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Iquego Sulfametoxazol + Trimetoprima
Indústria Química do Estado de Goiás S/a - Iquego - Profissional

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BULA COMPLETA DO IQUEGO SULFAMETOXAZOL + TRIMETOPRIMA PARA O PROFISSIONAL

IQUEGO-SULFAMETOXAZOL+TRIMETOPRIMA

IQUEGO - INDÚSTRIA QUÍMICA DO ESTADO DE

GOIÁS S.A.

Comprimido 400+80 mg

Suspensão oral 4%+,08%

1 de 10

sulfametoxazol+trimetoprima

APRESENTAÇÕES

Comprimido de 400 + 80 mg. Embalagem com 10.

Suspensão oral 4% + 0,8%. Frasco com 50 mL.

VIA ORAL. COMPRIMIDO - USO ADULTO E PEDIÁTRICO A PARTIR DE 12 ANOS DE IDADE.

SUSPENSÃO - USO ADULTO E PEDIÁTRICO A PARTIR DE 6 SEMANAS DE VIDA.

COMPOSIÇÃO:

Cada comprimido contém:

Sulfametoxazol...........................................400 mg

Trimetoprima................................................80 mg

Excipiente q.s.p.................................1 comprimido

Excipientes: amido, estearato de magnésio, laurilsulfato de sódio, água purificada.

Cada mL de suspensão oral contém:

Sulfametoxazol...........................................40 mg

Trimetoprima................................................8 mg

Excipiente q.s.p.............................................1 mL

Excipientes: metilparabeno, propilparabeno, silicone, essência de framboesa, sacarina, corante vermelho eritrosina, dióxido de

silício, álcool etílico, carboximetilcelulose, ciclamato de sódio, polissorbato 80, sorbitol e água purificada.

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES

IQUEGO-SULFAMETOXAZOL+TRIMETOPRIMA somente deve ser usado quando o benefício do tratamento superar qualquer

risco possível; considerações devem ser feitas quanto ao agente bacteriano efetivo. Como a suscetibilidade da bactéria in vitro varia

geograficamente e com o tempo, a situação local deve ser considerada quando se seleciona uma antibioticoterapia.

IQUEGO-SULFAMETOXAZOL+TRIMETOPRIMA (comprimido e suspensão)

Este medicamento é indicado para o tratamento das infecções causadas por microrganismos sensíveis à associação trimetoprima +

sulfametoxazol, tais como:

- infecções do trato respiratório e otites: exacerbações agudas de quadros crônicos de bronquite, sinusite, tratamento e profilaxia

(primária e secundária) da pneumonia por Pnemocystis carinii em adultos e crianças. Otite média em crianças, quando há boas

razões para se preferir essa combinação a um antibiótico simples;

- infecções do trato urinário e renais: cistites agudas e crônicas, pielonefrites, uretrites, prostatites e cancroides;

- infecções genitais em homens e mulheres, inclusive uretrite gonocócica;

- infecções gastrointestinais, incluindo febre tifoide e paratifoide, e tratamento dos portadores, cólera (como medida conjunta à

reposição de líquidos e eletrólitos), diarreia dos viajantes causada pela Escherichia coli enterotoxicogênica, shiguellose (cepas

sensíveis de Shigella flexneri e Shigella sonnei, quando o tratamento antibacteriano for indicado);

- infecções da pele e tecidos moles: piodermite, furúnculos, abscessos e feridas infectadas;

- Outras infecções bacterianas causadas por uma grande variedade de microrganismos (tratamento possivelmente em combinação

com outros antibióticos): osteomielite aguda e crônica, brucelose aguda, nocardiose, blastomicose sul-americana, actonomicetoma.

Infecções do trato respiratório

Exacerbação aguda de bronquite crônica e otite média em crianças, quando há evidência de sensibilidade ao SMZ-TMP e uma boa

razão para preferir essa combinação a um antibiótico simples nas duas indicações.

Tratamento e profilaxia (primária e secundária) da Pneumonia por Pnemocystis carinii em adultos e crianças.

Infecções do trato urogenital

Infecções do trato urinário, uretrites gonocócicas e cancroide.

Infecções do trato gastrointestinal

Febre tifoide e paratifoide, shigelose (cepas susceptíveis de Shigela flexneri e Shigela sonnei, quando a terapia antibacteriana é

indicada) diarreia dos viajantes causada por Escherichia coli enterotoxigênica e cólera (como medida conjunta à reposição de

líquidos e eletrólitos).

Outras infecções bacterianas

Infecções causadas por uma ampla variedade de organismos (possivelmente tratamento em combinação com outros antibióticos),

por exemplo, brucelose, osteomielite aguda e crônica, nocardiose, actinomicetoma, blastomicose sul-americana e septicemia.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

IQUEGO-SULFAMETOXAZOL+TRIMETOPRIMA mostra-se eficaz no tratamento de inúmeras infecções. Nas infecções

respiratórias superiores e inferiores, em crianças e adultos, com eficácia comparável à eritromicina e amoxicilina (Bottone et al.,

1982; Davies et al.,1983).

Na otite média aguda sua eficácia é similar à amoxicilina, cefaclor e ceftriaxona (Feldman et al., 1988; Blumer et al., 1984; Shurin

et al., 1980; Barnett et al., 1997), e é opção nas infecções causadas por H. influenzae resistente à ampicilina ou em pacientes com

hipersensibilidade à penicilina (Shurin et al., 1980). Pode ser usado na profilaxia da otite média recorrente e otite média crônica

(Gaskins et al., 1982; Krause et al., 1982). Na sinusite aguda, pode ser considerado agente de primeira linha (Fagnan, 1998).

No tratamento das pneumonias mostra eficácia similar ao cefadroxil, à penicilina G procaína e cefalexina (Phadtare & Rangnekar,

1988; Castro, 1986; Keeley et al.,1990) e pode ser uma opção em casos leves a moderados; contudo, deve-se sempre considerar a

resistência local (Nierdman et al., 1993). Também se mostra eficaz na bronquite crônica agudizada (Pines et al., 1969).

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IQUEGO-SULFAMETOXAZOL+TRIMETOPRIMA é considerado medicamento de escolha na profilaxia e no tratamento da

pneumonia por P. carinii em adultos e crianças HIV positivo (Anon, 1992; Schneider et al., 1992). Nesses pacientes, seu uso

mostra-se também eficaz na profilaxia primária da toxoplasmose cerebral (Carr et al., 1992).

Nas infecções agudas, não complicadas, do trato urinário inferior, IQUEGO-SULFAMETOXAZOL+TRIMETOPRIMA tem

eficácia similar ao ofloxacino e ciprofloxacino no tratamento com duração de três dias (McCarty et al., 1999), similar ao

norfloxacino e nitrofurantoína em estudos que avaliaram o tratamento por sete dias (Anon,1987; Spencer et al., 1994) e, similar ao

ciprofloxacino, no tratamento por dez dias (Henry et al., 1986). Também é efetivo na profilaxia de infecções recorrentes do trato

urinário (Anon, 1987; Stamm et al., 1980). No tratamento da pielonefrite aguda não complicada, I IQUEGO-

SULFAMETOXAZOL+TRIMETOPRIMA tem eficácia similar ao cefaclor e à ofloxacina (Trager et al., 1980; Cox et al., 1986) e,

quando usado em associação com gentamicina, apresenta menor resistência antimicrobiana significativa, quando comparada à

associação ampicilina com gentamicina, além de oferecer menor custo (Johnson et al., 1991).

Nas prostatites agudas e crônicas, mostra-se eficaz devido à sua alta concentração no tecido prostático (Lipsky et al., 1999).

IQUEGO-SULFAMETOXAZOL+TRIMETOPRIMA demonstrou ser tão eficaz quanto à estreptomicina e, provavelmente, superior

à tetraciclina no tratamento do cancroide (Fitzpatrick et al., 1981). Na uretrite gonocócica e não gonocócica (por clamídias) é um

tratamento alternativo. Verifica-se a eliminação do gonococo em dois dias de tratamento e da clamídia em cinco a dez dias de

tratamento com IQUEGO-SULFAMETOXAZOL+TRIMETOPRIMA (Tavares W, 1996).

IQUEGO-SULFAMETOXAZOL+TRIMETOPRIMA é efetivo no tratamento das infecções gastrointestinais por Salmonella,

Shigella e E. coli enteropatogênica (Ansdell et al., 1999; Du Pont et al., 1993; Thisyakorn & Mansuwan, 1992). Na diarreia dos

viajantes, estudos mostram eficácia similar ao ciprofloxacino, com o tratamento de cinco dias (Ericson et al., 1987).

Em adultos, IQUEGO-SULFAMETOXAZOL+TRIMETOPRIMA, por sete dias, mostrou-se tão eficaz quanto à amoxicilina/ácido

clavulânico em infecções de pele e do subcutâneo (Davies et al., 1983).

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3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Farmacodinâmica

IQUEGO-SULFAMETOXAZOL+TRIMETOPRIMA contém dois componentes ativos, sulfametoxazol e trimetoprima, agindo

sinergicamente pelo bloqueio sequencial de duas enzimas que catalisam estágios sucessivos da biossíntese do ácido folínico no

microrganismo. Esse mecanismo habitualmente resulta em atividade bactericida in vitro em concentrações nas quais as substâncias

individualmente são apenas bacteriostáticas. Adicionalmente, IQUEGO-SULFAMETOXAZOL+TRIMETOPRIMA é

frequentemente eficaz contra organismos que são resistentes a um dos seus dois componentes. Devido ao seu mecanismo de ação,

o risco de resistência bacteriana é minimizado.

O efeito antibacteriano de IQUEGO-SULFAMETOXAZOL+TRIMETOPRIMA in vitro atinge um amplo espectro de

microrganismos patogênicos gram-positivos e gram-negativos, embora a sensibilidade possa depender da área geográfica em que é

utilizado.

Microrganismos geralmente sensíveis (CIM = concentração inibitória mínima < 80 mg/L)* : * Equivalente ao SMZ.

Cocos: Branhamella catarrhalis.

Bacilos gram-negativos: Haemophilus influenzae (betalactamase positivo, betalactamase negativo), Haemophilus parainfluenzae,

E. coli, Citrobacter freundii, Citrobacter spp., Klebsiella oxytoca, Klebsiella pneumoniae, outras Klebsiella spp., Enterobacter

cloacae, Enterobacter aerogenes, Hafnia alvei, Serratia marcescens, Serratia liquefaciens, outras Serratia spp., Proteus mirabilis,

Proteus vulgaris, Morganella morganii, Shigella spp., Yersinia enterocolitica, outras Yersinia spp., Vibrio cholerae.

Outros diversos bacilos gram-negativos: Edwardsiella tarda, Alcaligenes faecalis, Pseudomonas cepacia, Burkholderia

(Pseudomonas) pseudomallei.

Com base em experiência clínica, os seguintes microrganismos devem também ser considerados como sensíveis: Brucella,

Listeria monocytogenes, Nocardia asteroides, Pneumocystis carinii, Cyclospora cayetanensis.

Microrganismos parcialmente sensíveis (CIM = 80 – 160 mg/L)*: * Equivalente ao SMZ.

Cocos: Staphylococcus aureus (meticilina sensíveis e meticilina resistentes), Staphylococcus spp. (coagulase negativo),

Streptococcus pneumoniae (penicilina sensíveis, penicilina resistentes),

Bacilos gram-negativos: Haemophilus ducreyi, Providencia rettgeri, outras Providencia spp., Salmonella typhi, Salmonella-

enteritidis Stenotrophomonas maltophilia (anteriormente denominado Xanthomonas maltophilia).

Outros diversos bastonetes gram-negativos: Acinetobacter lwoffi, Acinetobacter anitratus (principalmente A. baumanii),

Aeromonas hydrophila.

Microrganismos resistentes (CIM > 160 mg/L)*: * Equivalente ao SMZ.

Mycoplasma spp., Mycobacterium tuberculosis, Treponema pallidum.

A prevalência local de resistência a IQUEGO-SULFAMETOXAZOL+TRIMETOPRIMA entre as bactérias pertinentes à infecção

tratada deve ser conhecida quando IQUEGO-SULFAMETOXAZOL+TRIMETOPRIMA é prescrito em bases empíricas.

Para excluir resistência, especialmente em infecções com probabilidade de serem causadas por um patógeno parcialmente sensível,

o isolado deve ser testado para sensibilidade.

A sensibilidade a IQUEGO-SULFAMETOXAZOL+TRIMETOPRIMA pode ser determinada por métodos padronizados, tais como

os testes de disco ou de diluição recomendados pelo National Comittee for Clinical Laboratory Standards – NCCLS.

Os seguintes critérios para sensibilidade recomendados pelo NCCLS são disponibilizados na tabela abaixo:

Tabela 1. Critérios para sensibilidade recomendados pelo NCCLS

Teste de disco*Diâmetro da zona de inibição (mm)

Teste de diluição** CIM (µg/mL)

TMP SMZ

Sensível ≥ 16 ≤ 2 ≤ 38

Parcialmente sensível 11-15 4 76

Resistente ≤ 10 ≥ 8 ≥ 152

* Disco: 1,25 µg TMP (trimetoprima) e 23,75 µg SMZ (sulfametoxazol).

** TMP (trimetoprima) e SMZ (sulfametoxazol) em uma proporção de 1 para 19.

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Farmacocinética

As propriedades farmacocinéticas da trimetoprima (TMP) e do sulfametoxazol (SMZ) são muito semelhantes.

Absorção

Após administração oral, a TMP e o SMZ são rapidamente e quase completamente absorvidos na porção superior do trato

gastrointestinal. Após dose única de 160 mg de TMP + 800 mg de SMZ, são obtidas concentrações plasmáticas máximas de 1,5 – 3

µg /mL para TMP e 40 – 80 µg /mL para SMZ, dentro de uma a quatro horas. Se a administração for repetida a cada 12 horas, as

concentrações plasmáticas no estado de equilíbrio, atingidas em dois ou três dias, variam entre 1,3 e 2,8 µg g/mL para o TMP e

entre 32 e 63 µg /mL para o SMZ.

Distribuição

O volume de distribuição da TMP é cerca de 130 litros e do SMZ é cerca de 20 litros, sendo que 45% de TMP e 66% de SMZ estão

ligadas às proteínas plasmáticas.

O TMP em relação ao SMZ penetra melhor em tecido prostático não inflamado, fluido seminal, fluido vaginal, saliva, tecido

pulmonar normal inflamado e fluido biliar; a penetração no liquor e humor aquoso são similares para ambos componentes.

Grandes quantidades de TMP e pequenas quantidades de SMZ passam da corrente sanguínea para os líquidos intersticiais e para

outros líquidos orgânicos extravasculares. Entretanto, em associação, as concentrações de TMP e SMZ são superiores às

concentrações inibitórias mínimas (CIM) para a maioria dos microrganismos suscetíveis.

Em seres humanos, TMP e SMZ são detectados nos tecidos fetais (placenta, fígado, pulmão), no sangue do cordão umbilical e

líquido amniótico, indicando a transferência placentária dos dois fármacos. Em geral, concentrações fetais de TMP são similares às

concentrações maternas, e as de SMZ do feto, menores que as da mãe.

Tanto TMP quando SMZ são excretados pelo leite materno. Concentrações no leite materno são similares à concentração do plasma

materno para TMP e mais baixas para SMZ.

Metabolismo

Aproximadamente 50 – 70% da dose de TMP e 10 – 30% da dose de SMZ são excretados inalterados na urina. Os principais

metabólitos de TMP são os derivados óxidos 1 e 3 e hidroxi 3' e 4'; alguns metabólitos são microbiologicamente ativos. A SMZ é

metabolizada no fígado, predominantemente por acetilação N4, e, em uma menor extensão, por conjugação glicuronídica; seus

metabólitos são inativos.

Eliminação

As meias-vidas dos dois componentes são muito semelhantes (em média de dez horas para TMP e onze horas para SMZ).

Os dois fármacos, assim como seus metabólitos, são eliminados quase exclusivamente por via renal por meio de filtração glomerular

e secreção tubular, o que determina concentrações urinárias das substâncias ativas consideravelmente mais altas que as

concentrações no sangue. Apenas uma pequena parte dos fármacos é eliminada por via fecal.

Farmacocinética em condições clínicas especiais

As meias-vidas de TMP e SMZ não são significativamente alteradas nos pacientes idosos com função renal normal. Em pacientes

com comprometimento da função renal (clearance de creatinina de 15 – 30 mL/min), as meias-vidas dos dois componentes podem

estar aumentadas, exigindo ajustes dos regimes de doses.

4. CONTRAINDICAÇÕES

IQUEGO-SULFAMETOXAZOL+TRIMETOPRIMA está contraindicado nos casos de lesões graves do parênquima hepático e em

pacientes com insuficiência renal grave quando não se pode determinar regularmente a concentração plasmática.

Da mesma forma, IQUEGO-SULFAMETOXAZOL+TRIMETOPRIMA está contraindicado aos pacientes com história de

hipersensibilidade à sulfonamida ou trimetoprima ou a qualquer um dos componentes da formulação.

IQUEGO-SULFAMETOXAZOL+TRIMETOPRIMA não deve ser utilizado em combinação com dofetilida (vide item Interações

medicamentosas).

Este medicamento é contraindicado para uso por prematuros e recém-nascidos durante as primeiras seis semanas de vida.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

O tratamento deve ser descontinuado imediatamente ao primeiro sinal de aparecimento de rash cutâneo ou qualquer outra reação

adversa grave.

IQUEGO-SULFAMETOXAZOL+TRIMETOPRIMA deve ser administrado com cautela em pacientes com história de alergia e

asma brônquica.

Existe maior risco de reações adversas graves em pacientes idosos ou em pacientes que apresentem as seguintes condições:

insuficiência hepática, insuficiência renal ou uso concomitante de outros fármacos (nesse caso, o risco pode ser relacionado à

dosagem ou duração do tratamento). Embora raro, já foi descrito caso fatal relacionado com reações graves, tais como: discrasias

sanguíneas, eritema exsudativo multiforme (síndrome de Stevens-Johnson), necrólise epidérmica tóxica (síndrome de Lyell),

erupção cutânea medicamentosa com eosinofilia e sintomas sistêmicos (DRESS) e necrose hepática fulminante.

Para diminuir o risco de reações indesejáveis, a duração do tratamento com IQUEGO-SULFAMETOXAZOL+TRIMETOPRIMA

deve ser a menor possível, especialmente em pacientes idosos. Em caso de comprometimento renal, a dose deve ser ajustada.

Pacientes em uso prolongado de IQUEGO-SULFAMETOXAZOL+TRIMETOPRIMA devem fazer controle regular de hemograma.

Caso surja redução significativa de qualquer elemento figurado do sangue, o tratamento com IQUEGO-

SULFAMETOXAZOL+TRIMETOPRIMA deve ser suspenso.

A não ser em casos excepcionais, IQUEGO-SULFAMETOXAZOL+TRIMETOPRIMA não deve ser administrado a pacientes com

alterações hematológicas graves.

Foram relatados casos de pancitopenia em pacientes que receberam a combinação trimetoprima com metotrexato (vide item

Interações medicamentosas).

Nos pacientes idosos ou em pacientes com história de deficiência de ácido fólico ou insuficiência renal, podem ocorrer alterações

hematológicas indicativas de deficiência de ácido fólico. Essas alterações são reversíveis administrando-se ácido folínico.

Pacientes em uso prolongado de IQUEGO-SULFAMETOXAZOL+TRIMETOPRIMA devem fazer exame de urina e avaliação da

função renal (em particular, pacientes com insuficiência renal) regularmente. É necessário o monitoramento da ingestão adequada de

líquidos e diurese, durante o tratamento, para evitar cristalúria.

Devido à possibilidade de hemólise, IQUEGO-SULFAMETOXAZOL+TRIMETOPRIMA não deve ser administrado a pacientes

portadores de deficiência de G6PD (desidrogenase de glicose-6-fosfato), a não ser em casos de absoluta necessidade e em doses

mínimas.

Notou-se que o TMP prejudica o metabolismo da fenilalanina, mas isso não é significativo em pacientes fenilcetonúricos com

restrição dietética apropriada.

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Como com todos os fármacos com sulfonamidas, é aconselhável ter cuidado com pacientes com porfiria ou disfunção da tireoide.

Pacientes que são acetiladores lentos podem ser mais suscetíveis a reações idiossincráticas às sulfonamidas.

Gravidez e lactação.

Categoria de risco na gravidez: C.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

Com base em relatórios de estudos incluindo gestantes, revisão de literatura e relatórios espontâneos de malformações, o uso de

IQUEGO-SULFAMETOXAZOL+TRIMETOPRIMA parece não apresentar risco de teratogenicidade em seres humanos.

Em animais de laboratório, doses muito elevadas de TMP e SMZ produziram malformações fetais típicas de antagonismo de ácido

fólico.

Uma vez que tanto TMP como SMZ atravessam a barreira placentária e podem, portanto, interferir no metabolismo do ácido fólico,

IQUEGO-SULFAMETOXAZOL+TRIMETOPRIMA somente deverá ser utilizado durante a gravidez se os possíveis riscos para o

feto justificarem os benefícios terapêuticos esperados. Recomenda-se que toda gestante em tratamento com IQUEGO-

SULFAMETOXAZOL+TRIMETOPRIMA receba concomitantemente 5 a 10 mg de ácido fólico diariamente. Deve-se evitar o uso

de IQUEGO-SULFAMETOXAZOL+TRIMETOPRIMA durante o último estágio da gravidez, tanto quanto possível, devido ao

risco de kernicterus no neonato.

Tanto TMP como SMZ são excretados no leite materno. Embora a quantidade ingerida pelo lactente seja pequena, possíveis riscos

para o lactente (kernicterus, hipersensibilidade) devem ser ponderados frente aos benefícios terapêuticos esperados para a mãe.

Atenção: IQUEGO-SULFAMETOXAZOL+TRIMETOPRIMA suspensão contém açúcar, portanto, deve ser usado com

cautela em portadores de diabetes.

Até o momento, não há informações de que IQUEGO-SULFAMETOXAZOL+TRIMETOPRIMA (sulfametoxazol e trimetoprima)

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Diuréticos: aumento da incidência de trombocitopenia com púrpura foi observado em pacientes idosos recebendo

concomitantemente certos diuréticos, principalmente tiazídicos.

digoxina: níveis sanguíneos elevados de digoxina podem ocorrer com terapia concomitante com IQUEGO-

SULFAMETOXAZOL+TRIMETOPRIMA, especialmente em pacientes idosos. Níveis séricos de digoxina devem ser monitorados.

varfarina: foi descrito que IQUEGO-SULFAMETOXAZOL+TRIMETOPRIMA pode aumentar significativamente o efeito

antitrombótico do anticoagulante varfarina. Essa interação deve ser considerada quando IQUEGO-

SULFAMETOXAZOL+TRIMETOPRIMA é administrado a pacientes já sob terapêutica anticoagulante. Em tais casos, o tempo de

coagulação deve ser novamente determinado.

fenitoína: IQUEGO-SULFAMETOXAZOL+TRIMETOPRIMA pode inibir o metabolismo hepático da fenitoína. Um aumento de

39% na meia-vida da fenitoína e 27% de diminuição na taxa de clearance metabólico da fenitoína foram observados, seguindo a

administração de IQUEGO-SULFAMETOXAZOL+TRIMETOPRIMA sob dosagens clínicas normais. Se os dois fármacos forem

administrados simultaneamente, é importante observar a toxicidade da fenitoína.

ciclosporina: deterioração reversível da função renal, evidenciada por aumento da creatinina sérica, foi observada em pacientes

tratados com TMP-SMZ e ciclosporina após transplante renal. Esse efeito combinado é provavelmente devido ao componente

trimetoprima. Uma diminuição reversível no clearance de creatinina foi observada em pacientes com função renal normal. Isso é

provavelmente causado por uma inibição reversível da secreção tubular da creatinina.

Antidepressivos: a eficácia dos antidepressivos tricíclicos pode diminuir quando coadministrados com IQUEGO-

SULFAMETOXAZOL+TRIMETOPRIMA.

metotrexato: as sulfonamidas, incluindo SMZ, podem competir com a ligação proteica e também com o transporte renal de

metotrexato, aumentando, portanto, a fração do metotrexato livre e sua exposição sistêmica. Foram relatados casos de pancitopenia

em pacientes tratados com a combinação de trimetoprima com metotrexato (vide item Advertências e precauções). A trimetoprima

apresenta baixa afinidade para a deidrofolato-redutase humana, mas pode aumentar a toxicidade do metotrexato, levando à

possibilidade de interações adversas hematológicas relacionadas ao medicamento metotrexato, especialmente na presença de outros

fatores de risco, tais como idade avançada, hipoalbuminemia, insuficiência renal e reserva da medula óssea diminuída. Tais reações

adversas podem ocorrer especialmente com metotrexato administrado em doses elevadas. Recomenda-se tratar esses pacientes com

ácido fólico, para contrabalançar os efeitos sobre a hematopoiese.

pirimetamina: relatos ocasionais sugerem que os pacientes recebendo pirimetamina, como na profilaxia da malária, em doses

excedendo 25 mg semanalmente podem desenvolver anemia megaloblástica, se IQUEGO-SULFAMETOXAZOL+

TRIMETOPRIMA for prescrito concomitantemente.

Hipoglicemiantes orais: IQUEGO-SULFAMETOXAZOL+TRIMETOPRIMA, assim como outras sulfonamidas, potencializa o

efeito dos hipoglicemiantes orais.

indometacina: aumento de níveis sanguíneos de SMZ pode ocorrer em pacientes que estão também recebendo indometacina.

amantadina: delírio tóxico tem sido relatado após ingestão concomitante de SMZ-TMP e amantadina.

Há evidências de que trimetoprima pode interagir com dofetilida pela inibição de seu sistema de transporte renal. Trimetoprima 160

mg em combinação com sulfametoxazol 800 mg, duas vezes ao dia, coadministrado com dofetilida 500 μg, duas vezes ao dia,

durante quatro dias, resultou em um aumento na área sob a curva concentração-tempo (ASC) de dofetilida em 103% e um aumento

de 93% na concentração plasmática máxima (Cmax). Dofetilida pode causar arritmias ventriculares sérias associadas com

prolongamento do intervalo QT, incluindo torsades de pointes, que são diretamente relacionadas com a concentração plasmática de

dofetilida. Portanto, a administração concomitante de dofetilida e trimetoprima é contraindicada.

Influência em métodos diagnósticos

IQUEGO-SULFAMETOXAZOL+TRIMETOPRIMA, especialmente o componente trimetoprima, pode interferir na determinação

sérica do metotrexato, utilizando a técnica de ligação proteica competitiva, quando a diidrofolato redutase bacteriana for utilizada

como proteína de ligação. Não ocorre nenhuma interferência, entretanto, se o metotrexato for dosado por radioimunoensaio. A

presença de TMP e SMZ também pode interferir na reação de picrato alacalino de Jaffé, usada na determinação de creatinina,

resultando em aumento dos valores normais em cerca de 10%.

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7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

IQUEGO-SULFAMETOXAZOL+TRIMETOPRIMA deve ser conservado em temperatura ambiente (entre 15 e 30 ºC).

Número de lote e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Para sua segurança, mantenha o medicamento na embalagem original.

Aspectos físicos e características organolépticas: Comprimido circular, cor branca. Suspensão oral, cor rosa, sabor framboesa, isenta

de partículas estranhas.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

IQUEGO-SULFAMETOXAZOL+TRIMETOPRIMA comprimido e suspensão:

As doses de IQUEGO-SULFAMETOXAZOL+TRIMETOPRIMA comprimido e suspensão devem ser administradas por via oral,

pela manhã e à noite, de preferência após uma refeição, e com quantidade suficiente de líquido.

O frasco da suspensão de IQUEGO-SULFAMETOXAZOL+TRIMETOPRIMA deve ser agitado antes da administração.

Posologia

IQUEGO-SULFAMETOXAZOL+TRIMETOPRIMA comprimido e suspensão

Posologia padrão

Adultos e crianças acima de 12 anos:

Dose habitual: 2 comprimidos de IQUEGO-SULFAMETOXAZOL+TRIMETOPRIMA

ou 20 mL de IQUEGO-SULFAMETOXAZOL +TRIMETOPRIMA suspensão a cada 12 horas.

Dose mínima e dose para tratamento prolongado (mais de 14 dias):

1 comprimido de IQUEGO-SULFAMETOXAZOL+TRIMETOPRIMA

ou 10 mL de IQUEGO-SULFAMETOXAZOL+TRIMETOPRIMA suspensão a cada 12 horas.

Dose máxima (casos especialmente graves): 3 comprimidos de IQUEGO-SULFAMETOXAZOL+TRIMETOPRIMA

ou 30 mL de IQUEGO-SULFAMETOXAZOL+TRIMETOPRIMA suspensão a cada 12 horas.

Crianças abaixo de 12 anos:

Os esquemas abaixo para crianças são aproximadamente equivalentes à dose diária de 6 mg de trimetoprima e 30 mg

sulfametoxazol por kg de peso.

Para infecções graves, a dose apresentada para crianças pode aumentar em até 50%.

Tabela 2. Dose normal para crianças abaixo de 12 anos de idade

Idade Dose da suspensão a cada 12 horas

6 semanas a 5 meses 2,5 mL

6 meses a 5 anos 5,0 mL

6 anos a 12 anos 10,0 mL

Duração do tratamento

Em infecções agudas, IQUEGO-SULFAMETOXAZOL+TRIMETOPRIMA deve ser administrado por pelo menos cinco dias, ou

até que o paciente esteja assintomático por pelo menos dois dias. Se a melhora clínica não for evidente após sete dias de tratamento,

o paciente deve ser reavaliado.

Posologias especiais

a. Cancroide: 2 comprimidos de IQUEGO-SULFAMETOXAZOL+TRIMETOPRIMA, duas vezes ao dia. Se não ocorrer

cicatrização aparente após sete dias, um curso adicional de sete dias de tratamento deve ser considerado. Entretanto, o médico deve

estar ciente de que a falha na resposta pode indicar que a doença é causada por um microrganismo resistente.

b. Gonorreia – Adultos: 5 comprimidos de IQUEGO-SULFAMETOXAZOL+TRIMETOPRIMA duas vezes ao dia, pela manhã e

à noite, em um único dia de tratamento.

c. Pacientes em hemodiálise: após administração da dosagem normal, doses de 1/2 ou 1/3 da dosagem original devem ser

administradas a cada 24 – 48 horas.

d. Infecções urinárias agudas não complicadas: para mulheres com infecções urinárias não complicadas, recomenda-se dose

única de 6 comprimidos de IQUEGO-SULFAMETOXAZOL+TRIMETOPRIMA. Os comprimidos devem ser tomados, se possível

à noite, após a refeição ou antes de deitar.

e. Pneumonia por Pneumocystis carinii: Recomenda-se até 20 mg/kg de trimetoprima e 100 mg/kg de sulfametoxazol nas 24 horas

(doses iguais, fracionadas a cada seis horas), durante 14 dias.

A tabela seguinte fornece a orientação relativa ao limite superior de dosagem, por peso corpóreo, para pacientes com pneumonia

causada pelo Pneumocystis carinii.

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Tabela 3. Orientação relativa ao limite superior de dose para pacientes com pneumonia causada pelo Pneumocystis carinii

Peso corporal Dose a cada 6 horas

kg Suspensão medidas (mL) Comprimidos

8 1 (5mL) –

16 2 (10 mL) 1

24 3 (15 mL) 1 1/2

32 4 (20 mL) 2

40 5 (25 mL) 2 1/2

48 6 (30 mL) 3

64 8 (40 mL) 4

80 10 (50 mL) 5

Para a profilaxia da pneumonia por Pneumocistis carinii, a dose recomendada para adolescentes e adultos é de 1 comprimido de

IQUEGO-SULFAMETOXAZOL+TRIMETOPRIMA ao dia. A dose ótima para profilaxia não foi estabelecida.

Crianças – profilaxia de pneumonia causada por Pneumocystis carinii.

Para crianças a dose recomendada é de 150 mg/m

2

/dia TMP com 750 mg/m

/dia SMZ administrados por via oral em doses iguais

divididas em duas vezes, durante 3 dias consecutivos por semana. A dose diária total não deve exceder 320 mg/dia TMP e 1600 mg

SMZ.

A tabela seguinte fornece orientação relativa à dosagem recomendada de acordo com a superfície corpórea, em crianças, para a

profilaxia da pneumonia causada por Pneumocystis carinii:

Tabela 4. Orientação relativa à dose recomendada para crianças para a profilaxia da pneumonia causada por Pneumocystis carinii

Superfície corporal Dose a cada 12 horas

m2

Medidas da suspensão Comprimidos

0,26 1/2 (2,5 mL) –

0,53 1 (5 mL) 1/2

1,06 2 (10 mL) 1

f. Pacientes com insuficiência renal

A tabela a seguir apresenta o esquema de dose recomendada para pacientes com insuficiência renal.

Tabela 5. Dose recomendada para pacientes com insuficiência renal

Clearance de creatinina Esquema posológico recomendado

acima de 30 mL/min dose padrão

15 – 30 mL/min metade da dose padrão

menos de 15 mL/min não é recomendável o uso de IQUEGO-SULFAMETOXAZOL+TRIMETOPRIMA

g. Pacientes com nocardiose: a dose diária recomendada para pacientes adultos com nocardiose é de 6 – 8 comprimidos de

IQUEGO-SULFAMETOXAZOL+TRIMETOPRIMA, durante pelo menos três meses. Essa dose requer ajustes de acordo com a

idade do paciente, o peso e função renal, bem como a gravidade da doença. Foi relatada a duração de tratamento de 18 meses.

h. Pacientes idosos: pacientes idosos com função renal normal devem receber as mesmas doses que um adulto mais jovem.

a. Pacientes com pneumonia por Pneumocystis carinii

A dose recomendada para pacientes com pneumonia por P. carinii é de até 20 mg/kg de TMP e 100 mg/kg de SMZ nas 24 horas,

dadas em doses iguais e fracionadas a cada seis horas, durante 14 dias.

b. Pacientes com insuficiência renal

A tabela abaixo apresenta o esquema de dose recomendada para pacientes com insuficiência renal.

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Tabela 6. Dose recomendada para crianças com insuficiência renal

Acima de 30 mL/min Posologia padrão

15 – 30 mL/min metade da posologia padrão

c. Pacientes com nocardiose: a dose diária recomendada para pacientes adultos com nocardiose é de 480 – 640 mg TMP e 2.400 –

3.200 mg SMZ por pelo menos três meses. Essa dose requer ajustes de acordo com a idade do paciente, o peso e função renal, bem

como a gravidade da doença. Foi relatada a duração de tratamento de 18 meses.

d. Pacientes idosos: pacientes idosos com função renal normal devem receber as mesmas doses que um adulto mais jovem.

9. REAÇÕES ADVERSAS

Nas doses recomendadas, IQUEGO-SULFAMETOXAZOL+TRIMETOPRIMA é geralmente bem tolerado. Os efeitos colaterais

mais comuns são os rashes cutâneos e os distúrbios gastrointestinais.

As categorias utilizadas como padrões de frequência são as seguintes:

Muito comum ≥ 1/10; comum ≥ 1/100 e ‹ 1/10; incomum ≥ 1/1.000 e ‹ 1/100; raro ≥ 1/10.000 e ‹ 1/1.000 e muito raro ‹ 1/10.000.

Efeitos adversos relatados nos pacientes tratados com trimetoprima + sulfametoxazol

– Infecções e infestações

Muito raro: infecções fúngicas, como candidíase, têm sido relatadas.

– Desordens hematológicas e do sistema linfático

Raro: a maioria das alterações hematológicas observadas tem sido discreta, assintomática e reversível com a suspensão da

medicação. As alterações mais comumente observadas foram leucopenia, neutropenia e trombocitopenia.

Muito raro: agranulocitose, anemia (megaloblástica, hemolítica/autoimune, aplástica), meta-hemoglobinemia, pancitopenia ou

púrpura.

– Desordens do sistema imune

Muito raro: assim como qualquer outra droga, reações alérgicas podem ocorrer em pacientes que são hipersensíveis aos

componentes da medicação: por exemplo, febre, edema angioneurótico, reações anafilactoides, reações de hipersensibilidade e

doença do soro. Infiltrados pulmonares, tais como ocorrem em alveolite alérgica ou eosinofílica, tem sido relatados. Elas podem se

manifestar por meio de sintomas, como tosse ou respiração ofegante. Se tais sintomas aparecerem ou, inexplicavelmente, piorarem,

o paciente deve ser reavaliado e a descontinuação da terapia com IQUEGO-SULFAMETOXAZOL+TRIMETOPRIMA ser

considerada.

Casos de periarterite nodosa e miocardite alérgica têm sido relatados.

– Desordens metabólicas e nutricionais

Muito raro: altas doses de TMP, como as usadas em pacientes com pneumonia por Pneumocystis carinii, induzem um progressivo,

mas reversível, aumento de concentração de potássio sérico em um número substancial de pacientes. Mesmo doses recomendadas de

TMP podem causar hipercalemia quando administradas a pacientes com doenças subjacentes de metabolismo do potássio,

insuficiência renal ou que estejam recebendo drogas que induzem à hipercalemia. É necessário monitoramento rigoroso do potássio

sérico nesses pacientes. Casos de hiponatremia foram relatados. Casos de hipoglicemia em pacientes não diabéticos tratados com

SMZ-TMP têm sido relatados, geralmente, após poucos dias de tratamento. Pacientes com redução da função renal, doença hepática,

desnutrição ou recebendo altas doses de SMZ-TMP estão especialmente sob risco.

– Desordens psiquiátricas

Muito raro: casos isolados de alucinações têm sido relatados.

– Desordens do sistema nervoso

Muito raro: neuropatia (incluindo neurite periférica e parestesia), uveíte. Meningite asséptica ou sintomas semelhantes à meningite,

ataxia, convulsões, vertigem e tinido foram relatados.

– Efeitos colaterais gastrintestinais

Comum: náusea (com ou sem vômito).

Raro: estomatite, glossite e diarreia.

Muito raro: enterocolite pseudomembranosa.

Casos de pancreatite aguda têm sido relatados, sendo que vários desses pacientes tinham doenças graves, incluindo pacientes

portadores de AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida).

– Desordens hepatobiliares

Muito raro: necrose hepática, hepatite, colestase, elevação de bilirrubinas e transaminases e casos isolados de síndrome de

desaparecimento do ducto biliar têm sido relatados.

– Desordens cutâneas e subcutâneas

Comum: múltiplas reações na pele têm sido relatadas, as quais são geralmente leves e rapidamente reversíveis após suspensão da

medicação.

Muito raro: como ocorre com muitas outras drogas que contêm sulfonamidas, o uso IQUEGO-

SULFAMETOXAZOL+TRIMETOPRIMA tem, em raros casos, sido relacionado à fotossensibilidade, eritema multiforme,

síndrome de Stevens-Johnson e necrólise epidérmica tóxica (síndrome de Lyell), erupção cutânea medicamentosa com eosinofilia e

sintomas sistêmicos (DRESS) e púrpura de Henoch-Schöenlein.

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– Desordens do sistema musculoesquelético, do tecido conjuntivo e dos ossos

Muito raro: casos de artralgia e mialgia e casos isolados de rabdomiólise foram relatados.

– Desordens do sistema renal e urinário

Muito raro: casos de comprometimento da função renal, nefrite intersticial, elevação da ureia e da creatinina séricas e cristalúria

foram reportados. Sulfonamidas, incluindo IQUEGO-SULFAMETOXAZOL+TRIMETOPRIMA, podem induzir o aumento da

diurese, particularmente em pacientes com edema de origem cardíaca.

Segurança de sulfametoxazol + trimetoprima em pacientes infectados pelo HIV.

Os pacientes portadores de HIV têm o espectro de possíveis eventos adversos similar ao espectro dos pacientes não infectados.

Entretanto, alguns eventos adversos podem ocorrer com frequência maior e com quadros clínicos diferenciados.

Essas diferenças relacionam-se aos seguintes sistemas:

Muito comum: leucopenia, granulocitopenia e trombocitopenia.

Muito comum: hiponatremia.

Incomum: hiponatremia, hipoglicemia.

– Desordens gastrintestinais

Muito comum: anorexia, náusea com ou sem vômito, diarreia.

Elevação de transaminases.

Muito comum: rash maculopapular, geralmente com prurido.

– Desordens em geral e condições do local de administração

Muito comum: febre, geralmente associada com erupção maculopapular.

Em caso de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível em

www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

10. SUPERDOSE

Sintomas

Sintomas da superdose aguda podem incluir náusea, vômito, diarreia, cefaleia, vertigens, tontura e distúrbios mentais e visuais;

cristalúria, hematúria e anemia podem ocorrer em casos severos. Em superdose crônica, depressão da medula óssea, manifestada

como trombocitopenia ou leucopenia e outras discrasias sanguíneas, devida à deficiência de ácido folínico, pode ocorrer.

Tratamento

Dependendo dos sintomas, recomendam-se as seguintes medidas terapêuticas: impedir absorção adicional, promoção da excreção

renal por meio de diurese forçada (alcalinização da urina aumenta a eliminação de SMZ), hemodiálise (nota: diálise peritoneal não é

eficaz), monitoramento hematológico e dos eletrólitos. Se ocorrer significativa discrasia sanguínea ou icterícia, deve-se instituir

tratamento específico para essas condições. A administração de folinato de cálcio, por via intramuscular, de 3 a 6 mg, durante cinco

a sete dias, pode contrabalançar os efeitos da TMP na hematopoiese.

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.