Bula do Lydian para o Profissional

Bula do Lydian produzido pelo laboratorio Cosmed Industria de Cosmeticos e Medicamentos S.a.
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Lydian
Cosmed Industria de Cosmeticos e Medicamentos S.a. - Profissional

Download
BULA COMPLETA DO LYDIAN PARA O PROFISSIONAL

LYDIAN

(acetato de ciproterona +

etinilestradiol)

Cosmed Indústria de Cosméticos e Medicamentos S.A.

Comprimido Revestido

2mg + 0,035mg

Lydian – Comprimido Revestido – Bula para o profissional da saúde 1

I - IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO:

acetato de ciproterona + etinilestradiol

APRESENTAÇÃO

Embalagens contendo 21* e 63 comprimidos revestidos.

* Quantidade também da AMOSTRA GRÁTIS.

VIA DE ADMINISTRAÇÃO: ORAL

USO ADULTO

COMPOSIÇÃO

Cada comprimido revestido contém:

acetato de ciproterona ............................................................................................................................. 2mg

etinilestradiol ................................................................................................................................... 0,035mg

excipientes q.s.p. ....................................................................................................... 1comprimido revestido

(amido, povidona, laurilsulfato de sódio, lactose monoidratada, croscarmelose sódica, ácido esteárico,

álcool polivinílico, macrogol, talco, dióxido de titânio, óxido de ferro amarelo, óxido de ferro vermelho)

Lydian – Comprimido Revestido – Bula para o profissional da saúde 2

II - INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE:

1. INDICAÇÕES

Para o tratamento de distúrbios andrógeno-dependentes na mulher, tais como a acne, principalmente nas

formas pronunciadas e naquelas acompanhadas de seborreia, inflamações ou formações de nódulos (acne

papulopustulosa, acne nodulocística); casos leves de hirsutismo; síndrome de ovários policísticos (SOP).

Para o tratamento da acne, LYDIAN deve ser usado quando terapia tópica ou tratamentos com

antibióticos sistêmicos não forem considerados adequados.

Embora o medicamento LYDIAN também funcione como um contraceptivo oral, ele não deve ser

utilizado exclusivamente em mulheres para contracepção, mas sim reservado apenas para mulheres que

necessitam de tratamento para as condições andrógeno-dependentes descritas.

Recomenda-se ainda, que o tratamento seja retirado de 3 a 4 ciclos após a condição indicada ter sido

resolvida e que o LYDIAN não seja continuado unicamente para fornecer contracepção oral.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

Dados de eficácia de 3 estudos pivotais com 2mg de acetato de ciproterona + 0,035 mg de etinilestradiol

incluíram resultados de 1462 mulheres com sintomas de androgenização (como acne, seborreia e

hirsutismo) durante um período de 23.549 ciclos de tratamento. Casos de acne facial apresentaram uma

taxa de melhora/cura de 38% ou mais com acetato de ciproterona + etinilestradiol após 3 meses de

tratamento. Ocorreu uma melhora continua durante o período de tratamento, resultando em melhoria ou

normalização dos sinais e sintomas, na maioria das pacientes após 9 meses. A avaliação após 12 ciclos de

terapia demonstrou uma taxa de melhora/cura de 91% de melhora/cura com uma taxa de cura completa de

68%. Durante o ciclo 36, todos os casos de acne facial foram completamente curados.

Um perfil de eficácia similar foi observado nos casos de acne localizada na área das costas e do tórax.

Novamente, 35% a 55% dos pacientes apresentaram melhora ou cura dos sinais e sintomas após 3 meses

de tratamento com acetato de ciproterona + etinilestradiol. A melhoria das condições foi notada mesmo

antes do término do tratamento, quando 83% a 100% dos pacientes apresentaram melhora/cura após 9 a

12 meses de terapia.

Os sintomas associados à androgenização (seborreia e hirsutismo) também apresentaram melhora ao

longo dos 3 estudos clínicos. No ciclo 9, a melhora na oleosidade da pele foi notada em 61% a 87% das

mulheres que usaram acetato de ciproterona + etinilestradiol. Uma melhora significativa no hirsutismo

ocorreu mais lentamente, entretanto a tendência de melhoria foi observada consistentemente durante o

período de tratamento, sem sinais de estabilização. Após 36 ciclos de tratamento com acetato de

ciproterona + etinilestradiol, o hirsutismo na face, tórax e abdômen regrediram em 60%, 95% e 82% dos

pacientes, respectivamente.

Uma dose diária de mg de acetato de ciproterona foi considerada a dose para a inibição da ovulação. A

supressão ovariana com 2mg de acetato de ciproterona combinado com 0,035mg de etinilestradiol foi

demostrada em dois estudos clínicos. Um grande estudo internacional de fase 3 com uso estendido de

acetato de ciproterona + etinilestradiol até 36 meses em 1.165 pacientes com sinais clínicos de

hiperandrogenização (resultando em 21.196 ciclos) revelou um índice de Pearl de 0,1. O índice de Pearl

de um grande estudo clínico observacional foi de 0,37 com limite de confiança superior 95% de 0,65.

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

o Farmacodinâmica

A unidade pilossebácea, constituída pela glândula sebácea e pelo folículo piloso, é um componente da

pele sensível à ação de andrógenos. Acne, seborreia e hirsutismo são condições clínicas resultantes de

alterações neste órgão alvo que podem ser causadas pelo aumento da sensibilidade ou níveis elevados de

andrógeno no plasma. Ambas as substâncias contidas em LYDIAN influenciam, beneficamente, o estado

hiperandrogênico: o acetato de ciproterona, um antagonista competitivo do receptor de andrógeno,

apresenta efeito inibitório nas células alvo e produz diminuição da concentração de andrógeno no sangue

através de um efeito antigonadotrópico. Este efeito antigonadotrópico é ampliado pelo etinilestradiol que

regula o aumento e a síntese de globulinas de ligação aos hormônios sexuais (SHBG) no plasma. Desse

modo, reduz o andrógeno livre biologicamente presente na circulação sanguínea.

Um grande estudo de coorte prospectivo, de 3 braços demonstrou que a frequência de diagnóstico de TEV

(Tromboembolismo Venoso) varia entre 8 e 10 por 10.000 mulheres por ano que utilizam COC com baixa

dose de estrogênio (< 0,05mg de etinilestradiol).

Lydian – Comprimido Revestido – Bula para o profissional da saúde 3

Dados mais recentes sugerem que a frequência de diagnóstico de TEV é de aproximadamente 4,4 por

10.000 mulheres por ano não usuárias de COCs e não grávidas.

Essa faixa está entre 20 a 30 por 10.000 mulheres grávidas ou no pós-parto.

O tratamento com LYDIAN leva, geralmente após 3 a 4 meses de terapia, à resolução das erupções da

acne preexistente. A oleosidade excessiva da pele geralmente desaparece mais cedo. Em mulheres que

exibem formas leves de hirsutismo e, em particular, nos casos de leve aumento de pelos faciais, os

resultados apenas tornam-se aparentes após vários meses de tratamento.

O efeito contraceptivo de LYDIAN baseia-se na interação de diversos fatores, sendo que os mais

importantes são inibição da ovulação e alterações na secreção cervical. Além da ação contraceptiva, as

combinações estrogênio/progestógeno apresentam diversas propriedades positivas. O ciclo menstrual

torna-se mais regular, a menstruação apresenta-se frequentemente menos dolorosa e o sangramento

menos intenso, o que, neste último caso, pode reduzir a possibilidade de ocorrência de deficiência de

ferro.

o Farmacocinética

• acetato de ciproterona

Absorção:

O acetato de ciproterona, administrado por via oral, é rápida e completamente absorvido.

Os níveis séricos máximos de 15ng/mL são alcançados em cerca de 1,6h após administração de dose

única. A biodisponibilidade é de cerca de 88%.

Distribuição:

O acetato de ciproterona liga-se quase que exclusivamente à albumina sérica. Cerca de 3,5 a 4,0% das

concentrações séricas totais do acetato de ciproterona apresentam-se sob a forma livre. O aumento nos

níveis de SHBG (globulinas de ligação aos hormônios sexuais) induzido pelo etinilestradiol não afeta a

ligação do acetato de ciproterona à proteína sérica. O volume aparente de distribuição do acetato de

ciproterona é de cerca de 986 ± 437L.

Metabolismo:

O acetato de ciproterona é quase que completamente metabolizado. O metabólito principal no plasma foi

identificado como 15-beta-OH-CPA, o qual é formado via enzima CYP3A4 do citocromo P450. A taxa

de depuração a partir do soro é de cerca de 3,6mL/min/kg.

Eliminação:

Os níveis séricos do acetato de ciproterona diminuem em duas fases, caracterizadas por meias-vidas de

cerca de 0,8 horas e 2,3 – 3,3 dias. O acetato de ciproterona é parcialmente excretado na forma inalterada.

Seus metabólitos são excretados pelas vias urinária e biliar na proporção de 1:2. A meia-vida de excreção

dos metabólitos é de cerca de 1,8 dias.

Condições no estado de equilíbrio:

A farmacocinética do acetato de ciproterona não é influenciada pelos níveis de SHBG.

Após ingestão diária, os níveis séricos do acetato de ciproterona aumentam cerca de 2,5 vezes, atingindo

as condições do estado de equilíbrio durante a segunda metade de um ciclo de tratamento.

• etinilestradiol

O etinilestradiol, administrado por via oral, é rápida e completamente absorvido. Níveis séricos máximos

de cerca de 71pg/mL são alcançados em 1,6 horas. Durante a absorção e metabolismo de primeira

passagem, o etinilestradiol é metabolizado extensivamente, resultando em biodisponibilidade oral média

de aproximadamente 45%, com ampla variação interindividual de cerca de 20 a 65%.

O etinilestradiol liga-se alta e inespecíficamente à albumina sérica (aproximadamente 98%) e induz

aumento das concentrações séricas de SHBG. Foi determinado o volume aparente de distribuição de cerca

de 2,8 a 8,6L/kg.

Lydian – Comprimido Revestido – Bula para o profissional da saúde 4

O etinilestradiol está sujeito à conjugação pré-sistêmica, tanto na mucosa do intestino delgado como no

fígado. É metabolizado principalmente por hidroxilação aromática, mas com formação de diversos

metabólitos hidroxilados e metilados que estão presentes nas formas livre e conjugada com glicuronídios

e sulfato. A taxa de depuração do etinilestradiol é de cerca de 2,3 a 7mL/min/kg.

Os níveis séricos de etinilestradiol diminuem em duas fases de disposição, caracterizadas por meias-vidas

de cerca de 1 hora e 10 a 20 horas, respectivamente. O etinilestradiol não é eliminado na forma inalterada;

seus metabólitos são eliminados com meia-vida de aproximadamente um dia. A proporção de excreção é

de 4 (urina): 6 (bile).

As condições no estado de equilíbrio são alcançadas durante a segunda metade de um ciclo de tratamento,

quando os níveis séricos de etinilestradiol elevam-se em 60%, comparados com dose única.

o Dados de segurança pré-clínica

O perfil de toxicidade do etinilestradiol é bem conhecido. Não há dados de relevância pré-clínica, que

forneçam informações adicionais de segurança, além daquelas mencionadas em outros itens desta bula.

Toxicidade sistêmica

Dados pré-clínicos não demonstram risco específico para humanos, baseados em estudos convencionais

de toxicidade de dose repetida.

Embriotoxicidade/teratogenicidade

Investigações sobre a embriotoxicidade, utilizando a associação das duas substâncias ativas, não

mostraram sinais indicativos de efeitos teratogênicos, seguindo o tratamento durante a organogênese,

antes do desenvolvimento dos órgãos genitais externos. A administração de doses elevadas de acetato de

ciproterona durante a fase de diferenciação sexual, que é dependente de hormônios, promoveu sinais de

feminilização em fetos masculinos. A observação do recém-nascido do sexo masculino, exposto ao

acetato de ciproterona no útero, não mostrou quaisquer sinais de feminilização. Entretanto, a gravidez é

uma contraindicação ao uso de acetato de ciproterona + etinilestradiol.

Genotoxicidade e carcinogenicidade

Reconhecidos testes de primeira linha para genotoxicidade apresentaram resultados negativos, quando

conduzidos com acetato de ciproterona. No entanto, testes posteriores mostraram que o acetato de

ciproterona foi capaz de produzir aductos com DNA (e um aumento da atividade reparadora do DNA) em

células hepáticas de ratos e macacos e também em hepatócitos humanos recém-isolados; o nível de

aducto-DNA em células hepáticas de cães foi extremamente baixo.

Esta formação de aducto-DNA ocorreu em exposições sistêmicas que poderiam ser esperadas de ocorrer

em regimes de dose recomendada de acetato de ciproterona. As consequências in vivo, do tratamento com

acetato de ciproterona, foram o aumento da incidência de lesões hepáticas focais, possivelmente pré-

neoplásicas, nas quais as enzimas celulares foram alteradas em ratas e um aumento da frequência de

mutação em ratas transgênicas, portadoras de um gene bacteriano como alvo para mutações.

A experiência clínica e ensaios epidemiológicos bem conduzidos até o momento não apoiariam uma

incidência aumentada de tumores hepáticos no homem. Investigações sobre a tumorigenicidade do acetato

de ciproterona em roedores não revelaram qualquer sinal indicativo de potencial tumorigênico específico.

Entretanto, deve-se ter em mente que esteroides sexuais podem estimular o crescimento de certos tecidos

e tumores dependentes de hormônio.

Em geral, os achados disponíveis não mostram qualquer objeção ao uso de LYDIAN em humanos, se

utilizado de acordo com as instruções para a indicação e na dose recomendada.

4. CONTRAINDICAÇÕES

Lydian – Comprimido Revestido – Bula para o profissional da saúde 5

Medicamentos contendo combinações de estrogênio/progestógeno não devem ser utilizados na

presença das seguintes condições:

- presença ou histórico de processos trombóticos/tromboembólicos arteriais ou venosos, (por

exemplo, trombose venosa profunda, embolia pulmonar, infarto do miocárdio) ou de acidente

vascular cerebral;

- presença ou histórico de sintomas e/ou sinais prodrômicos de trombose (por exemplo, ataque

isquêmico transitório, angina pectoris);

- um alto risco de trombose arterial ou venosa (veja item “Advertências e Precauções”);

- histórico de enxaqueca com sintomas neurológicos focais;

- diabetes mellitus com comprometimento vascular;

- hepatopatia grave, enquanto os valores da função hepática não retornarem ao normal;

- presença ou histórico de tumores hepáticos (benignos ou malignos);

- diagnóstico ou suspeita de neoplasias influenciadas por esteroides sexuais (por exemplo, dos

órgãos genitais ou das mamas);

- sangramento vaginal não-diagnosticado;

- uso concomitante com contraceptivo hormonal;

- suspeita ou diagnóstico de gravidez;

- lactação;

- hipersensibilidade às substâncias ativas ou a qualquer um dos excipientes.

Se qualquer uma das condições citadas anteriormente ocorrer pela primeira vez durante o uso de

medicamentos contendo combinações de estrogênio/progestógeno, a sua utilização deve ser

descontinuada imediatamente.

Este medicamento é contraindicado para uso por homens.

Gravidez

Categoria de risco na gravidez: X

Em estudos em animais e mulheres grávidas, o fármaco provocou anomalias fetais, havendo clara

evidência de risco para o feto que é maior do que qualquer benefício possível para a paciente.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas ou que possam ficar grávidas

durante o tratamento.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

LYDIAN é composto pelo progestógeno acetato de ciproterona e pelo estrogênio etinilestradiol e é

administrado por 21 dias do ciclo mensal. Sua composição é similar a de um contraceptivo oral

combinado (COC).

A experiência clínica e epidemiológica com medicamentos contendo combinações de

estrogênio/progestógeno, como no caso de LYDIAN, baseia-se, predominantemente, nos

contraceptivos orais combinados (COCs). Portanto, as advertências abaixo relacionadas ao uso de

COC também se aplicam a LYDIAN.

Advertências

Em caso de ocorrência de qualquer uma das condições ou fatores de risco mencionados a seguir, os

benefícios da utilização de LYDIAN devem ser avaliados frente aos possíveis riscos para cada

paciente individualmente e discutidos com a mesma antes de optar pelo início de sua utilização. Em

caso de agravamento, exacerbação ou aparecimento pela primeira vez de qualquer uma dessas

condições ou fatores de risco, a paciente deve entrar em contato com seu médico. Nesses casos, a

continuação do uso de LYDIAN deve ficar a critério médico.

o Distúrbios circulatórios

Estudos epidemiológicos sugerem associação entre a utilização de COCs e um aumento do risco de

distúrbios tromboembólicos e trombóticos arteriais e venosos, tais como infarto do miocárdio,

trombose venosa profunda, embolia pulmonar e acidentes vasculares cerebrais. A ocorrência destes

eventos é rara.

Lydian – Comprimido Revestido – Bula para o profissional da saúde 6

O risco de ocorrência de tromboembolismo venoso (TEV) é mais elevado durante o primeiro ano de

uso do contraceptivo hormonal. Este risco aumentado está presente após iniciar pela primeira vez o

uso de COC ou ao reiniciar o uso (após um intervalo de 4 semanas ou mais sem uso de pílula) do

mesmo COC ou de outro COC. Dados de um grande estudo coorte prospectivo, de 3 braços,

sugerem que este risco aumentado está presente principalmente durante os 3 primeiros meses. Em

geral, o risco de TEV em usuárias de contraceptivos orais contendo estrogênio em baixa dose (<

0,05mg de etinilestradiol) é duas a três vezes maior que em não usuárias de COCs que não estejam

grávidas e continua a ser menor do que o risco associado à gravidez e ao parto.

O TEV pode provocar risco para a vida da paciente ou pode ser fatal (em 1 a 2% dos casos).

O tromboembolismo venoso (TEV) que se manifesta como trombose venosa profunda e/ou embolia

pulmonar pode ocorrer durante o uso de qualquer COC.

Em casos extremamente raros, tem sido observada a ocorrência de trombose em outros vasos

sanguíneos como, por exemplo, em veias e artérias hepáticas, mesentéricas, renais, cerebrais ou

retinianas em usuárias de COCs. Não há consenso sobre a associação da ocorrência destes eventos e

o uso de COCs.

Sintomas de trombose venosa profunda (TVP) podem incluir: inchaço unilateral em membro

inferior ou ao longo de uma veia da perna; dor ou sensibilidade na perna que pode ser sentida

apenas quando se está em pé ou andando, calor aumentado na perna afetada; descoloração ou

vermelhidão da pele da perna. Sintomas de embolia pulmonar (EP) podem incluir: início súbito e

inexplicável de dispneia ou taquipneia; tosse de início abrupto que pode levar a hemoptise; dor

torácica aguda que pode aumentar com a respiração profunda; ansiedade, tontura severa ou

vertigem; taquicardia ou arritmia cardíaca. Alguns destes sintomas (por exemplo, dispneia, tosse)

não são específicos e podem ser erroneamente interpretados como eventos mais comuns ou menos

graves (por exemplo, infecções do trato respiratório).

Um evento tromboembólico arterial pode incluir acidente vascular cerebral, oclusão vascular ou

infarto do miocárdio (IM). Sintomas de um acidente vascular cerebral podem incluir: diminuição

da sensibilidade ou da força motora afetando, de forma súbita a face, braço ou perna,

especialmente em um lado do corpo; confusão súbita, disfasia ou dificuldade para compreender;

dificuldade repentina para enxergar com um ou ambos os olhos; súbita dificuldade para caminhar,

tontura; perda de equilíbrio ou de coordenação, cefaleia repentina, intensa ou prolongada, sem

causa conhecida; perda de consciência ou desmaio, com ou sem convulsão. Outros sinais de oclusão

vascular podem incluir: dor súbita, inchaço e cianose de uma extremidade; abdome agudo.

Sintomas de infarto do miocárdio (IM) podem incluir: dor, desconforto, pressão, peso, sensação de

aperto ou estufamento no tórax, braço ou região sub-esternal; desconforto que se irradia para o

dorso, mandíbula, garganta, braços, estômago; saciedade, indigestão ou sensação de asfixia;

sudorese, náuseas, vômitos ou tontura; fraqueza extrema, ansiedade ou dispneia; taquicardia ou

arritmia cardíaca.

Eventos tromboembólicos arteriais podem provocar risco para a vida da paciente ou podem ser

fatais.

O potencial para um risco sinérgico aumentado de trombose deve ser considerado em mulheres que

possuem uma combinação de fatores de risco ou apresentem fator de risco individual de maior

gravidade. Este risco aumentado pode ser maior que o simples risco cumulativo de fatores

LYDIAN não deve ser prescrito quando uma avaliação risco-benefício for negativa (veja item

“Contraindicações”).

O risco de processos trombóticos/tromboembólicos arteriais ou venosos, ou de acidente vascular

cerebral, aumenta com:

- idade;

- obesidade (índice de massa corpórea superior a 30Kg/m2

);

- histórico familiar positivo (isto é, tromboembolismo venoso ou arterial detectado em um(a)

irmão(ã) ou em um dos progenitores em idade relativamente jovem) – se houver suspeita ou

conhecimento de predisposição hereditária, a usuária deverá ser encaminhada a um especialista

antes de decidir pelo uso de qualquer COC;

- imobilização prolongada, cirurgia de grande porte, qualquer intervenção cirúrgica em membros

inferiores ou trauma extenso. Nestes casos, é aconselhável descontinuar o uso do COC - em casos de

Lydian – Comprimido Revestido – Bula para o profissional da saúde 7

cirurgia eletiva com pelo menos 4 semanas de antecedência - e não reiniciá-lo até que sejam

decorridas duas semanas após o restabelecimento completo;

- tabagismo (com consumo elevado de cigarros e aumento da idade, o risco torna-se ainda maior,

especialmente em mulheres com idade superior a 35 anos);

- dislipoproteinemia;

- hipertensão;

- enxaqueca;

- valvopatia;

- fibrilação atrial.

Não há consenso quanto a possível influência de veias varicosas e de tromboflebite superficial no

tromboembolismo venoso.

Deve-se considerar o aumento do risco de tromboembolismo no puerpério (para informações sobre

gravidez e lactação veja item “Gravidez e lactação”).

O grupo de usuárias de LYDIAN provavelmente inclui pacientes que podem ter um aumento

inerente de risco cardiovascular tais como os associados à síndrome do ovário policístico.

Outras condições clínicas que também têm sido associadas aos eventos adversos circulatórios são:

diabetes mellitus, lúpus eritematoso sistêmico, síndrome hemolítico-urêmica, doença inflamatória

intestinal crônica (por exemplo, doença de Crohn ou colite ulcerativa) e anemia falciforme.

O aumento da frequência ou gravidade da enxaqueca durante o uso de LYDIAN COCs pode ser

motivo para a suspensão imediata do mesmo, dada a possibilidade deste quadro representar o

início de um evento vascular cerebral.

Os fatores bioquímicos que podem indicar predisposição hereditária ou adquirida para trombose

arterial ou venosa incluem: resistência à proteína C ativada (PCA), hiper-homocisteinemia,

deficiências de antitrombina III, de proteína C e de proteína S, anticorpos antifosfolipídios

(anticorpos anticardiolipina, anticoagulante lúpico).

Na avaliação da relação risco-benefício, o médico deve considerar que o tratamento adequado de

uma condição clínica pode reduzir o risco associado de trombose e que o risco associado à gestação

é mais elevado do que aquele associado ao uso de COCs de baixa dose (< 0,05mg de etinilestradiol).

o Tumores

O fator de risco mais importante para o câncer cervical é a infecção persistente por HPV

(papilomavírus humano). Alguns estudos epidemiológicos indicaram que o uso de COCs por

período prolongado pode contribuir para este risco aumentado, mas continua existindo

controvérsia sobre a extensão em que esta ocorrência possa ser atribuída aos efeitos concorrentes,

por exemplo, da realização de citologia cervical e do comportamento sexual, incluindo a utilização

de contraceptivos de barreira. Uma meta-análise de 54 estudos epidemiológicos demonstrou que

existe pequeno aumento do risco relativo (RR = 1,24) para câncer de mama diagnosticado em

mulheres que estejam usando COCs. Este aumento desaparece gradualmente nos 10 anos

subsequentes à suspensão do uso do COC. Uma vez que o câncer de mama é raro em mulheres com

idade inferior a 40 anos, o aumento no número de diagnósticos de câncer de mama em usuárias

atuais e recentes de COCs é pequeno, se comparado ao risco total de câncer de mama. Estes estudos

não fornecem evidências de causalidade. O padrão observado de aumento do risco pode ser devido

ao diagnóstico precoce de câncer de mama em usuárias de COCs, aos efeitos biológicos dos COCs

ou à combinação de ambos. Os casos de câncer de mama diagnosticados em usuárias de alguma vez

de COCs tendem a ser clinicamente menos avançados do que os diagnosticados em mulheres que

nunca utilizaram COCs.

Foram observados, em casos raros, tumores hepáticos benignos e, mais raramente, malignos em

usuárias de COCs. Em casos isolados, estes tumores provocaram hemorragias intra-abdominais

com risco para a vida da paciente. A possibilidade de tumor hepático deve ser considerada no

diagnóstico diferencial de usuárias de COCs que apresentarem dor intensa em abdome superior,

hepatomegalia ou sinais de hemorragia intra-abdominal.

Tumores malignos podem provocar risco para a vida da paciente ou podem ser fatais.

o Outras condições

Mulheres com hipertrigliceridemia, ou histórico familiar da mesma, podem apresentar risco

aumentado de desenvolver pancreatite durante o uso de COCs.

Lydian – Comprimido Revestido – Bula para o profissional da saúde 8

Embora tenham sido relatados discretos aumentos da pressão arterial em muitas usuárias de

COCs, os casos de relevância clínica são raros. Entretanto, no caso de desenvolvimento e

manutenção de hipertensão clinicamente significativa, durante o uso de COCs é prudente que o

médico descontinue o uso do COC e trate a hipertensão. Se for considerado apropriado, o uso do

COC pode ser reiniciado, caso os níveis pressóricos se normalizem com o uso de terapia anti-

hipertensiva.

Foi relatada ocorrência ou agravamento das seguintes condições, tanto durante a gestação quanto

durante o uso de COC, no entanto, a evidência de uma associação com o uso de COC é

inconclusiva: icterícia e/ou prurido relacionados à colestase; formação de cálculos biliares; porfiria;

lúpus eritematoso sistêmico; síndrome hemolítico-urêmica; coreia de Sydenham; herpes

gestacional; perda auditiva relacionada com a otosclerose. Em mulheres com angioedema

hereditário, estrogênios exógenos podem induzir ou intensificar os sintomas de angioedema.

Distúrbios agudos ou crônicos da função hepática podem requerer a descontinuação do uso de

COC, até que os marcadores da função hepática retornem aos valores normais. A recorrência de

icterícia colestática que tenha ocorrido pela primeira vez durante a gestação, ou durante o uso

prévio de esteroides sexuais, requer a descontinuação do uso de COCs.

Embora os COCs possam exercer efeito na resistência periférica à insulina e na tolerância à glicose,

não há qualquer evidência da necessidade de alteração do regime terapêutico em usuárias de COCs

de baixa dose (< 0,05mg de etinilestradiol) que sejam diabéticas. Entretanto, deve-se manter

cuidadosa vigilância enquanto estas pacientes estiverem utilizando COCs.

O uso de COCs tem sido associado à doença de Crohn e à colite ulcerativa.

Ocasionalmente, pode ocorrer cloasma, sobretudo em usuárias com histórico de cloasma gravídico.

Mulheres predispostas ao desenvolvimento de cloasma devem evitar exposição ao sol ou à radiação

ultravioleta enquanto estiverem usando COCs.

Caso as pacientes que sofrem de hirsutismo tenham os sintomas desenvolvidos ou aumentados

substancialmente, as causas (tumor produtor de andrógeno, defeito da enzima adrenal) devem ser

esclarecidas através de diagnósticos diferenciais.

"Este medicamento requer uso cuidadoso, sob vigilância médica estrita e acompanhado por

controles periódicos da função hepática (bilirrubinas e transaminases) por causar hepatotoxicidade

(tóxico para o fígado) aos 8, 15, 30 e 90 dias de tratamento. Este medicamento não é aprovado para

uso exclusivo como anticoncepcional."

o Consultas/exames médicos

Antes de iniciar ou retomar o tratamento com LYDIAN, são necessários anamnese e exame clínico

completo, considerando os itens descritos em “Contraindicações” e “Advertências e Precauções”,

que deverão ser repetidos periodicamente durante a terapia com LYDIAN. A avaliação médica

periódica é igualmente importante porque as contraindicações (por exemplo, ataque isquêmico

transitório, etc.) ou fatores de risco (por exemplo, histórico familiar de trombose arterial ou venosa)

podem aparecer pela primeira vez durante a utilização de LYDIAN. A frequência e a natureza

destas avaliações devem ser baseadas nas condutas médicas estabelecidas e adaptadas a cada

paciente, mas devem, em geral, incluir atenção especial à pressão arterial, mamas, abdome e órgãos

pélvicos, incluindo citologia cervical.

As pacientes devem ser informadas que medicamentos do tipo de LYDIAN não protegem contra

infecções causadas pelo HIV (AIDS) e outras doenças sexualmente transmissíveis.

o Redução da eficácia

O efeito contraceptivo de LYDIAN pode ser reduzido nos casos de esquecimento de tomada de

comprimidos revestidos (veja subitem “Comprimidos Revestidos esquecidos”), distúrbios

gastrintestinais (veja subitem “Procedimento em caso de distúrbios gastrintestinais”) ou tratamento

concomitante com outros medicamentos (veja itens “Posologia e modo de usar” e “Interações

medicamentosas”).

o Redução do controle do ciclo

Como ocorre com todos os medicamentos contendo combinações de estrogênio/progestógeno, pode

ocorrer sangramento irregular (gotejamento ou sangramento de escape), especialmente durante os

Lydian – Comprimido Revestido – Bula para o profissional da saúde 9

primeiros meses de uso. Portanto, a avaliação de qualquer sangramento irregular somente será

significativa após um intervalo de adaptação de cerca de três ciclos.

Se o sangramento irregular persistir ou ocorrer após ciclos anteriormente regulares, devem ser

consideradas causas não-hormonais e, nestes casos, são indicados procedimentos diagnósticos

apropriados para exclusão de neoplasia ou gestação.

Estas medidas podem incluir a realização de curetagem.

É possível que em algumas usuárias não ocorra o sangramento por privação durante o intervalo de

pausa. Se a paciente ingeriu os comprimidos revestidos segundo as instruções descritas no item

“Posologia e modo de usar”, é pouco provável que esteja grávida.

Porém, se o COC não tiver sido ingerido corretamente no ciclo em que houve ausência de

sangramento por privação ou se não ocorrer sangramento por privação em dois ciclos consecutivos,

deve-se excluir a possibilidade de gestação antes de continuar a utilização do COC.

o Gravidez e lactação

Este medicamento causa malformação ao bebê durante a gravidez.

LYDIAN não é indicado durante a gravidez.

Caso a usuária engravide durante o uso de LYDIAN, deve-se descontinuar o seu uso (veja item

“Dados de segurança pré-clínica”).

A administração de LYDIAN também é contraindicada durante a lactação. O acetato de

ciproterona é excretado com o leite materno. Cerca de 0,2% da dose materna irá atingir o neonato

através do leite, em uma proporção de cerca de 1mcg/kg. Durante o período de lactação, 0,02% da

dose materna diária de etinilestradiol poderia ser transferida ao neonato através do leite materno.

Categoria de risco na gravidez: X

Em estudos em animais e mulheres grávidas, o fármaco provocou anomalias fetais, havendo clara

evidência de risco para o feto que é maior do que qualquer benefício possível para a paciente.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas ou que possam ficar grávidas

durante o tratamento.

o Alterações em exames laboratoriais:

O uso de esteroides presentes em LYDIAN pode influenciar os resultados de certos exames

laboratoriais, incluindo parâmetros bioquímicos das funções hepática, tiroidiana, adrenal e renal;

níveis plasmáticos de proteínas (transportadoras), por exemplo, globulina de ligação a

corticosteroides e frações lipídicas/lipoproteicas; parâmetros do metabolismo de carboidratos e

parâmetros da coagulação e fibrinólise. As alterações geralmente permanecem dentro do intervalo

laboratorial considerado normal.

o Efeitos sobre a habilidade de dirigir veículos ou operar máquinas

Não foram conduzidos estudos e não foram observados efeitos sobre a habilidade de dirigir veículos

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Efeitos de outros medicamentos em LYDIAN

Podem ocorrer interações com fármacos indutores das enzimas microssomais o que pode resultar

em aumento da depuração dos hormônios sexuais e causar sangramento de escape e/ou diminuição

da eficácia do contraceptivo oral. Pacientes sob tratamento com qualquer uma das substâncias

acima citadas devem utilizar temporária e adicionalmente um método contraceptivo de barreira ou

escolher um outro método contraceptivo. O método de barreira deve ser usado concomitantemente

durante o período de administração concomitante da substância, assim como nos 28 dias

posteriores à sua descontinuação. Se o período de utilização do método de barreira estender-se

além do final da cartela de LYDIAN, a cartela seguinte deverá ser iniciada imediatamente após o

término da cartela em uso, sem proceder ao intervalo de pausa habitual.

• Substâncias que aumentam a depuração de LYDIAN (diminuição da eficácia de LYDIAN

por indução enzimática), por exemplo:

Lydian – Comprimido Revestido – Bula para o profissional da saúde 10

fenitoína, barbitúricos, primidona, carbamazepina, rifampicina e possivelmente, também com

oxcarbazepina, topiramato, felbamato, griseofulvina e produtos contendo Erva de São João.

• Substâncias com efeitos variáveis na depuração de LYDIAN, por exemplo:

Quando coadministrados com LYDIAN, muitos inibidores de protease do HIV/HCV e inibidores da

transcriptase reversa não nucleosídicos podem aumentar ou diminuir as concentrações plasmáticas

de estrogênios ou progestógenos. Estas alterações podem ser clinicamente relevantes em alguns

casos.

Efeitos de medicamentos contendo combinações estrogênio/progestógeno em outros medicamentos:

Medicamentos contendo combinações estrogênio/progestógeno, como a contida em LYDIAN,

podem afetar o metabolismo de alguns outros fármacos.

Consequentemente, as concentrações plasmática e tecidual podem aumentar (por exemplo,

ciclosporina) ou diminuir (por exemplo, lamotrigina).

Deve-se avaliar também as informações contidas na bula do medicamento utilizado

concomitantemente a fim de identificar interações em potencial.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Conservar em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C). Proteger da luz e umidade.

Validade do medicamento: 24 meses.

Número de lote, data de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

LYDIAN apresenta-se na forma de comprimido revestido, circular e de cor salmão.

Antes de usar, observar o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

LYDIAN deve ser tomado regularmente, a fim de alcançar a eficácia terapêutica e o efeito contraceptivo.

O uso de contracepção hormonal deve ser descontinuado antes do uso de LYDIAN. O regime posológico

de LYDIAN é similar ao da maioria dos contraceptivos orais combinados. Portanto, as mesmas regras de

administração devem ser seguidas. Contraceptivos orais combinados, quando usados corretamente, o

índice de falha é de aproximadamente 1% ao ano.

A ingestão irregular pode levar a sangramentos intermenstruais, além de reduzir a eficácia terapêutica e o

efeito contraceptivo de LYDIAN.

o Como tomar os comprimidos revestidos

Os comprimidos revestidos devem ser ingeridos na ordem indicada na cartela, por 21 dias consecutivos,

mantendo-se aproximadamente o mesmo horário e, se necessário, com pequena quantidade de líquido.

Cada nova cartela é iniciada após um intervalo de pausa de 7 dias sem a ingestão de comprimidos

revestidos, durante o qual deve ocorrer sangramento por privação hormonal (em 2-3 dias após a ingestão

do último comprimido revestido). Este sangramento pode não haver cessado antes do início de uma nova

cartela.

o Início do uso de LYDIAN:

- Quando nenhum outro contraceptivo hormonal foi utilizado no mês anterior:

No caso da paciente não ter utilizado contraceptivo hormonal no mês anterior, a ingestão deve ser iniciada

no 1º dia do ciclo (1º dia de sangramento menstrual).

- Mudando de outro contraceptivo oral combinado, anel vaginal ou adesivo transdérmico

(contraceptivo) para LYDIAN:

A paciente deve começar o uso de LYDIAN preferencialmente no dia posterior à ingestão do último

comprimido revestido ativo (último comprimido revestido contendo hormônio) do contraceptivo usado

anteriormente ou, no máximo, no dia seguinte ao último dia de pausa ou de tomada de comprimidos

revestidos inativos (sem hormônio). Se estiver mudando de anel vaginal ou adesivo transdérmico, deve

Lydian – Comprimido Revestido – Bula para o profissional da saúde 11

começar preferencialmente no dia da retirada do último anel ou adesivo do ciclo ou, no máximo, no dia

previsto para a próxima aplicação.

- Mudando de um método contraceptivo contendo somente progestógeno (minipílula, injeção,

implante) ou Sistema Intrauterino (SIU) com liberação de progestógeno para LYDIAN:

A paciente poderá iniciar o uso de LYDIAN em qualquer dia no caso da minipílula, ou no dia da retirada

do implante ou do SIU, ou no dia previsto para a próxima injeção. Em todos esses casos (uso anterior de

minipílula, injeção, implante ou Sistema Intrauterino com liberação de progestógeno), recomenda-se usar

adicionalmente um método de barreira nos 7 primeiros dias da ingestão de LYDIAN.

- Após abortamento de primeiro trimestre:

Pode-se iniciar o uso de LYDIAN imediatamente, sem necessidade de adotar medidas contraceptivas

adicionais.

- Após parto ou abortamento no segundo trimestre:

Para amamentação, veja o item “Gravidez e lactação”.

Após parto ou abortamento no segundo trimestre, a usuária deve ser aconselhada a iniciar o uso de

LYDIAN no período entre o 21º e o 28º dia após o procedimento. Se começar em período posterior, deve-

se aconselhar o uso adicional de um método de barreira nos 7 dias iniciais de ingestão. Se já tiver

ocorrido relação sexual, deve-se certificar de que a mulher não esteja grávida antes de iniciar o uso de

LYDIAN ou, então, aguardar a primeira menstruação.

o Comprimidos revestidos esquecidos

Se houver transcorrido menos de 12 horas do horário habitual de ingestão, a proteção contraceptiva não

será reduzida. A usuária deve tomar imediatamente o comprimido revestido esquecido e continuar o

restante da cartela no horário habitual. Se houver transcorrido mais de 12 horas, a proteção contraceptiva

pode estar reduzida neste ciclo. Neste caso, deve-se ter em mente duas regras básicas: 1) a ingestão dos

comprimidos revestidos nunca deve ser interrompida por mais de 7 dias; 2) são necessários 7 dias de

ingestão contínua dos comprimidos revestidos para conseguir supressão adequada do eixo

hipotálamohipófise- ovário. Consequentemente, na prática diária, pode-se usar a seguinte orientação:

- Esquecimento na 1ª semana:

A usuária deve ingerir imediatamente o último comprimido revestido esquecido, mesmo que isto

signifique a ingestão simultânea de dois comprimidos revestidos. Os comprimidos revestidos restantes

devem ser tomadas no horário habitual. Adicionalmente, deve-se adotar um método de barreira (por

exemplo, preservativo) durante os 7 dias subsequentes. Se tiver ocorrido relação sexual nos 7 dias

anteriores, deve-se considerar a possibilidade de gravidez. Quanto mais comprimidos revestidos forem

esquecidos e mais perto estiverem do intervalo normal sem tomada de comprimidos revestidos (pausa),

maior será o risco de gravidez.

- Esquecimento na 2ª semana:

signifique a ingestão simultânea de dois comprimidos revestidos e deve continuar tomando o restante da

cartela no horário habitual. Se nos 7 dias precedentes ao primeiro comprimido revestido esquecido, todos

os comprimidos revestidos tiverem sido tomados conforme as instruções, não é necessária qualquer

medida contraceptiva adicional. Porém, se isto não tiver ocorrido, ou se mais do que um comprimido

revestido tiver sido esquecido, deve-se aconselhar a adoção de precauções adicionais (por exemplo, uso

de preservativo) por 7 dias.

- Esquecimento na 3ª semana:

O risco de redução da eficácia é iminente pela proximidade do intervalo sem ingestão de comprimidos

revestidos (pausa). No entanto, ainda se pode minimizar a redução da proteção contraceptiva ajustando o

esquema de ingestão dos comprimidos revestidos. Se nos 7 dias anteriores ao primeiro comprimido

revestido esquecido a ingestão foi feita corretamente, a usuária poderá seguir qualquer uma das duas

opções abaixo, sem precisar usar métodos contraceptivos adicionais. Se não for este o caso, ela deve

Lydian – Comprimido Revestido – Bula para o profissional da saúde 12

seguir a primeira opção e usar medidas contraceptivas adicionais (por exemplo, uso de preservativo)

durante os 7 dias seguintes.

1) Tomar o último comprimido revestido esquecido imediatamente, mesmo que isto signifique a

ingestão simultânea de dois comprimidos revestidos e continuar tomando os comprimidos revestidos

seguintes no horário habitual. A nova cartela deve ser iniciada assim que acabar a cartela atual, isto é,

sem o intervalo de pausa habitual entre eles. É pouco provável que ocorra sangramento por privação

até o final da segunda cartela, mas pode ocorrer gotejamento ou sangramento de escape durante os

dias de ingestão dos comprimidos revestidos.

2) Suspender a ingestão dos comprimidos revestidos da cartela atual, fazer um intervalo de até 7 dias

sem ingestão de comprimidos revestidos (incluindo os dias em que se esqueceu de tomá-los) e, a

seguir, iniciar uma nova cartela.

Se não ocorrer sangramento por privação no primeiro intervalo normal sem ingestão de comprimido

revestido (pausa), deve-se considerar a possibilidade de gravidez.

• Procedimento em caso de distúrbios gastrintestinais

No caso de distúrbios gastrintestinais graves, a absorção pode não ser completa e medidas contraceptivas

adicionais devem ser tomadas.

Se ocorrerem vômitos dentro de 3 a 4 horas após a ingestão de um comprimido revestido, deve-se seguir

o mesmo procedimento usado no item “Comprimidos revestidos esquecidos”. Se a usuária não quiser

alterar seu esquema habitual de ingestão, deve retirar o(s) comprimido(s) revestido (s) adicional(is) de

outra cartela.

o Duração do tratamento

O tempo para início da eficácia é de pelo menos 3 meses para acne, e os efeitos são mais pronunciados

com maior duração do tratamento (no máximo após 12 meses de tratamento).

O tempo para início da eficácia para o tratamento do hirsutismo é mais longo quando comparado ao da

acne (6-12 meses). A necessidade da continuação do tratamento deve ser avaliada periodicamente pelo

médico.

O tempo para início da eficácia para síndrome dos ovários policísticos também é mais longo e depende da

gravidade dos sintomas. O tratamento deve ser realizado por vários meses e a necessidade da continuação

do tratamento deve ser avaliada pelo médico.

Caso o uso de LYDIAN seja reiniciado (após 4 semanas ou mais de intervalo sem pílula) deve-se

considerar risco aumentado de tromboembolismo venoso (TEV) (ver “Advertências e Precauções”).

LYDIAN não deve ser utilizado exclusivamente como contraceptivo.

o Informações adicionais para populações especiais

- Crianças e adolescentes

LYDIAN é indicado apenas para uso após a menarca.

- Pacientes idosas

Não aplicável. LYDIAN não é indicado para uso após a menopausa.

- Pacientes com insuficiência hepática

LYDIAN é contraindicado em mulheres com hepatopatia grave enquanto os valores da função hepática

não retornarem ao normal. Veja item “Contraindicações”.

- Pacientes com insuficiência renal

LYDIAN não foi estudado especificamente em pacientes com insuficiência renal. Dados disponíveis não

sugerem alteração no tratamento desta população de pacientes.

Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.

9. REAÇÕES ADVERSAS

Foram observadas as seguintes reações adversas em usuárias de COCs, sem que a exata relação de

causalidade tenha sido estabelecida*:

Lydian – Comprimido Revestido – Bula para o profissional da saúde 13

*Foi utilizado o termo MedDRA (versão 12.0) mais apropriado para descrever uma determinada

reação. Sinônimos ou condições relacionadas não foram listados, mas também devem ser

considerados.

As seguintes reações adversas graves, que estão descritas no item “Advertências e precauções”

foram reportadas em mulheres que utilizam COCs:

- distúrbios tromboembólicos venosos;

- distúrbios tromboembólicos arteriais;

- acidentes vasculares cerebrais;

- hipertensão;

- hipertrigliceridemia;

- alterações na tolerância à glicose ou efeitos sobre a resistência periférica a insulina;

- tumores hepáticos (benignos e malignos);

- distúrbios das funções hepáticas;

- cloasma;

- em mulheres com angioedema hereditário, estrogênios exógenos podem induzir ou intensificar

sintomas de angioedema;

- ocorrência ou piora de condições para as quais a associação com o uso de COC não é conclusiva:

icterícia e/ou prurido relacionado à colestase; formação de cálculos biliares, porfiria, lúpus

eritematoso sistêmico, síndrome hemolítico urêmica, corea de Sydenham, herpes gestacional, perda

auditiva relacionada a otosclerose, doença de Crohn, colite ulcerativa, câncer cervical.

A frequência de diagnóstico de câncer de mama é ligeiramente maior em usuárias de

contraceptivos orais. Como o câncer de mama é raro em mulheres com menos de 40 anos de idade,

o aumento do risco é pequeno em relação ao risco geral de câncer de mama. A causalidade com uso

de COC é desconhecida. Para mais informações veja os itens “Contraindicações” e “Advertências e

precauções”.

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária –

NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou

Municipal.

Lydian – Comprimido Revestido – Bula para o profissional da saúde 14

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.