Bula do Pancuron para o Profissional

Bula do Pancuron produzido pelo laboratorio Cristália Produtos Químicos Farmacêuticos Ltda.
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

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Bula do Pancuron
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BULA COMPLETA DO PANCURON PARA O PROFISSIONAL

PANCURON®

brometo de pancurônio

Cristália Produtos Químicos Farmacêuticos Ltda.

Solução Injetável

2 mg/mL

Modelo de Bula para Profissional de Saúde

IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO

APRESENTAÇÕES

Solução injetável

2 mg/mL em embalagens contendo 50 ampolas de 2 mL.

USO INTRAVENOSO (EXCLUSIVAMENTE)

USO ADULTO E PEDIÁTRICO

COMPOSIÇÃO

brometo de pancurônio ........................................................................ 2 mg

Veículo estéril q.s.p. ............................................................................ 1 mL

(Veículo estéril: acetato de sódio triidratado, ácido acético, cloreto de sódio e água para injetáveis).

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES

Este medicamento é indicado como adjuvante da anestesia geral, para facilitar a intubação traqueal e

promover o relaxamento da musculatura esquelética durante os procedimentos cirúrgicos de média e

longa duração.

Indicados para pacientes que necessitam de ventilação mecânica em UTIs e Centro Cirúrgicos, podendo

ou não estar instável hemodinamicamente, para pacientes com broncoespasmo grave que não respondem

à terapia convencional; pacientes com tétano grave ou intoxicação por onde o espasmo muscular proíbe

ventilação adequada; pacientes em estado de mal-epiléptico incapazes de manter sua própria ventilação;

pacientes com tremores nos quais a demanda metabólica de oxigênio deve ser reduzida.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

Os relaxantes musculares, por exemplo, pancurônio, succinilcolina, atracúrio (existem muitos outros),

relaxam o diafragma e os músculos abdominais e podem permitir que a anestesia seja utilizada. Os

relaxantes musculares relaxam as cordas vocais e facilitam a passagem de um tubo endotraqueal para

ajudar a passar anestésico, gases ou oxigênio. Os pacientes que receberam um relaxante muscular devem

sempre ser assistidos com respiração controlada quando o fentanil é usado 1

.

Tem sido relatada anestesia satisfatória com altas doses de fentanil citrato (30 a 50 µg/kg) em prematuros

quando usado como único anestésico, em conjunto com pancurônio, para ligadura do canal arterial 2

Um estudo clínico avaliou 40 pacientes que seriam submetidos a cirurgia. Sendo esses divididos em 2

grupos: grupo A, composto por 20 pacientes que receberam 0,6mL/Kg de lidocaína 0,5% (3 mg/Kg) e

grupo B, composto por 20 pacientes que receberam 0,6mL/Kg de lidocaína 0,25% (1,5 mg/Kg) com a

adição de 1 µg/Kg de fentanil e 0,5 mg de pancurônio. A anestesia foi um sucesso em 18 pacientes do

grupo A e 17 do grupo B. Não foi verificada diferença entre os dois grupos analisados em relação à dor.

Não foi observado efeitos adversos nos pacientes do grupo A, e no grupo B apenas 1 paciente apresentou

diplopia transitória3

. Em resumo, com a adição de fentanil (1µg/kg) e pancurônio (0,5mg) para a solução

de anestésico local, é possível injetar apenas 1,5 mg/kg de lidocaína com uma solução de 0,25 % em vez

dos habituais 3 mg/kg. Essa combinação tripla produz a mesma qualidade de anestesia que com a solução

de lidocaína 0,5%. Assim, esta modificação da técnica de anestesia regional intravenosa pode ser uma

abordagem interessante para reduzir a dose e potencial toxicidade do anestésico local3

Doxacúrio e pancurônio, utilizados para facilitar ventilação mecânica ou reduzir pressão intracraniana,

também apresentaram idêntico perfil farmacocinético e de efeitos adversos em ensaio clínico. Apenas se

observou que, apos a suspensão de tratamento, o grupo que recebeu pancurônio apresentou tempo de

recuperação mais prolongado e variável que doxacúrio4

Foi realizado um estudo com 90 pacientes para avaliar a capacidade do diazepam em prevenir as

fasciculações produzidas pela succinilcolina (SCh). Divididos em três grupos. Pacientes do grupo 1 não

receberam nenhuma medicação e serviram de grupo controle.

Pacientes do grupo 2 foram pré-tratados com diazepam 0,1 mg/kg 3 minutos antes da administração de

succinilcolina, enquanto que os pacientes de grupo 3 foram pré-tratados com pancurônio 0,015 mg/kg 3

minutos antes da succinilcolina. A dosagem de succinilcolina foi de 1,0 mg/kg nos grupos 1 e 2 e de 1,5

mg/kg no grupo 3. Fasciculação e a condição de intubação foram avaliadas em todos os grupos. A

fasciculação apareceu em 93% dos pacientes do grupo controle e em 17% no grupo do pancurônio,

enquanto que o diazepam se mostrou ineficaz na prevenção da frequência e intensidade das fasciculações.

As condições de intubação foram consideradas adequadas em todos os pacientes dos três grupos.

Concluindo, o pré-tratamento com o pancurônio é um método efetivo na prevenção da fasciculação5

Um estudo avaliou a influência de duas diferentes frequências de estímulos sobre o tempo de instalação

do bloqueio produzido pelo pancurônio e pelo rocurônio. Foram incluídos no estudo 120 pacientes, estado

físico ASA (Associação Americana de Anestesiologia) I e II, submetidos a cirurgias eletivas sob anestesia

geral, distribuídos aleatoriamente em dois grupos, de acordo com a frequência de estímulo empregada,

para a monitorização do bloqueio neuromuscular: Grupo I - 0,1Hz (n = 60) e Grupo II - 1Hz (n = 60). Em

cada grupo formaram-se dois subgrupos (n = 30) de acordo com o bloqueador neuromuscular empregado:

Subgrupo P (pancurônio) e Subgrupo R (rocurônio). A medicação pré-anestésica consistiu de midazolam

(0,1 mg/kg) por via muscular, 30 minutos antes da cirurgia. A indução anestésica foi obtida com propofol

(2,5 µg/kg) precedido de alfentanil (50 µg/kg) e seguido de pancurônio ou rocurônio. Foram avaliados:

tempo de início de ação do pancurônio e do rocurônio; tempo para instalação do bloqueio total e

condições de intubação traqueal. Concluindo-se que o início de ação e o tempo para obtenção do bloqueio

neuromuscular total no músculo adutor do polegar, produzidos pelo rocurônio e pelo pancurônio, são

mais curtos quando há emprego de maiores frequências de estímulos6

Considerando a frequente necessidade de utilização de doses adicionais de bloqueador neuromuscular em

cirurgias abdominais, na fase de fechamento da parede, foi realizado um estudo para analisar a vigência

de recuperação parcial do bloqueio neuromuscular induzido pelo pancurônio, o efeito da administração de

dose complementar de atracúrio sobre a recuperação espontânea do bloqueio neuromuscular.

Foram estudados 30 pacientes, divididos em dois grupos, 14 pacientes formaram o grupo pancurônio e 16

pacientes, o grupo atracúrio. A indução da anestesia foi feita com propofol, fentanil, pancurônio 0,08

mg/kg e a manutenção com N2O 60% em oxigênio e isoflurano na concentração expirada de 0,5%.

Quando a primeira contração da sequência de quatro estímulos (T1) recuperou 25%, o grupo pancurônio

recebeu pancurônio 0,025 mg/kg e o grupo atracúrio, 0,20 mg/kg de atracúrio. Após a dose complementar

foram anotados os tempos para recuperação espontânea, concluindo-se que nas condições deste estudo, a

complementação com atracúrio não promoveu alteração na recuperação espontânea inicial do bloqueio

neuromuscular induzido pelo pancurônio e promoveu diminuição de 20% no tempo de recuperação total7

Foi realizado um estudo com o objetivo de demonstrar eventuais diferenças na interação do midazolam

com três bloqueadores neuromusculares (BNM): pancurônio, atracúrio e alcurônio, com referência aos

efeitos cardiocirculatórios produzidos durante a indução anestésica e as manobras de laringoscopia e

intubação traqueal (IOT) em 30 pacientes saudáveis, recebendo midazolam (0,3 mg/kg) seguido por um

dos três agentes bloqueador neuromuscular: pancurônio 0,1 mg/kg (n = 10), atracúrio 0,5 mg/kg (n =10)

ou alcurônio 0,3 mg/kg (n =10). Não houve alterações na frequência cardíaca (FC), pressão arterial

sistólica (PAS) ou pressão arterial diastólica (PAD) durante o período de indução, no entanto, após a

intubação traqueal, houve aumentos significativos na frequência cardíaca (HR) nos pacientes que

receberam pancurônio ou alcurônio, sem mudanças ocorridas naqueles que receberam atracúrio. A

pressão arterial sistólica (PAS) aumentou em todos os pacientes, independentemente do relaxante

muscular usado; esses aumentos foram breves e autolimitados. A pressão arterial diastólica (PAD)

aumentou em todos os grupos, mas o seu aumento foi sustentado até o final do período de observação

apenas nos pacientes que receberam pancurônio. Houve alta incidência de sialorreia, lacrimejamento e

movimentos anormais durante e após a indução e intubação traqueal8

Referências Bibliográficas

1. HARRIS, N. D., GREENE, R. J. Pathology and Therapeutics for Pharmacists – A bases for clinical

pharmacy pratice. 3° edition.

Pharmaceutical Press.London, 2008, p. 473.

2. SWEETMAN, S.C. Martindale – The complete Drug Reference. BPharma, FRPharmaS. 36° edition.

London, 2009, p. 1794,1901 – 1905.

3. SZTARK, F. MD et all. The use of 0.25% Lidocaine with Fentanyl and Pancuronium for Intravenous

Regional Anesthesia. International Anesthesia Research Society, França, 1997. 84, pág 777 – 779.

4. MINISTERIO DA SAÚDE. Formulário terapêutico nacional (RENAME). Brasilia: 2008.

5. IMBELONE, L. E. Diazepam não previne as fasciculações produzidas pela succinilcolina: estudo

comparativo entre diazepam e pancurônio. Biblioteca virtual em saúde. Disponível em: http:

//bases.bireme.br/cgibin/wxislind.exe/iah/online/?IsisScript=iah/iah.xis&src=google&base=LILACS&lan

g=p&nextAction=lnk&exprSearch=45637&indexSearch=ID.

6. MUNHOZ, D. C., BRAGA, A. F. A., POTÈRIO, G. M. B. Influência da frequência de estímulos na

instalação do bloqueio neuromuscular produzido pelo Rocurônio e Pancurônio. Avaliação pelo método

acelerográfico. Revista Brasileira de Anestesiologia. Vol. 54, N° 1, Jan/Fev, 2004.

7. RODRIGUES, M. L. F., ANGELA, T. M., CASSIA, R. R. Efeito da administração do atracúrio sobre a

recuperação do bloqueio neuromuscular induzido pelo pancurônio. Revista Brasileira de Anestesiologia.

Vol. 54, 2004.

8. AGUIAR, L. M.M., LINHARES, S. F., PEDERNEIRA, S. G., FILHO, T. N., FILHO, G. R. O.

Resposta circulatória à indução e intubação traqueal. Estudo com midazolam e três bloqueadores

neuromusculares. Revista Brasileira de Anestesiologia. Vol. 42. N°4, jul/Agosto, 1992.

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

O brometo de pancurônio é um aminoéster bloqueador neuromuscular de longa duração não

despolarizante, quimicamente designado como o aminoesteroide dibrometo 1,1' (3α, 17β diacetoxi-5α-

androstan-2β, 16β-ileno) bis (1-metilpiperidinio). Possui fórmula molecular igual a C35H60Br2N2O4 e peso

molecular igual a 732,7.

Farmacodinâmica

O brometo de pancurônio bloqueia o processo de transmissão entre a terminação nervosa e a musculatura

estriada ligando-se, competitivamente com a acetilcolina, aos receptores nicotínicos localizados na região

terminal da placa motora do músculo estriado. Diferente dos agentes bloqueadores neuromusculares

despolarizantes, como o suxametônio (succinilcolina), o brometo de pancurônio não causa fasciculações

musculares. O brometo de pancurônio não tem atividade hormonal, exerce uma ação vagolítica

insignificante e dose dependente, e dentro dos limites de dosagem clínica, não exerce atividade

bloqueadora ganglionar. Os inibidores de acetilcolinesterase, como a neostigmina, piridostigmina ou

edrofônio, antagonizam a ação de brometo de pancurônio. A dose necessária para produzir 95 % de

supressão da contratilidade muscular padrão (ED95) é aproximadamente 0,06 mg de brometo de

pancurônio por Kg de peso corpóreo sob anestesia neuroléptica. Após a administração intravenosa de uma

dose de 0,1mg de brometo de pancurônio por Kg de massa corpórea, dentre 90 a 120 segundos, podem ser

alcançadas condições clinicamente aceitáveis para a intubação. A paralisia muscular geral adequada para

qualquer tipo de procedimento é estabelecida dentro de 2 a 4 minutos. A duração clínica (duração até

recuperação espontânea em relação ao estímulo padrão) com esta dose é de aproximadamente 100

minutos. A duração total (tempo até recuperação espontânea em relação ao estímulo padrão) é de 120 a

180 minutos. Com doses menores de brometo de pancurônio o tempo para o início do bloqueio máximo é

prolongado e a duração da ação é reduzida.

Farmacocinética

O pancurônio apresenta um volume aparente de distribuição em condições de equilíbrio de 180 a 290

mL/Kg. O metabolismo ocorre principalmente por desacetilação, formando 3-OH pancurônio e em menor

extensão 17-OH e 3,17-OH pancurônio. Estes metabólitos não contribuem significativamente com o

bloqueio neuromuscular que ocorre após a administração de brometo de pancurônio. A excreção renal é a

principal via de eliminação, mas a excreção biliar também foi significativa. A dose inicial de brometo de

pancurônio é excretada de 40 a 70% pela urina, principalmente na forma de pancurônio inalterado; 5 a

15% é excretada pela bile; menos de 5% da dose é excretada na urina como 17-OH e 3,17-OH pancurônio

e aproximadamente 20% na urina e na bile como 3-OH pancurônio. O clearance plasmático do

pancurônio é de 0,8 a 3,0mL/min/Kg e a meia-vida de eliminação plasmática é de 110 a 190 minutos.

4. CONTRAINDICAÇÕES

O PANCURON®

é contraindicado para pacientes com miastenia gravis e nos casos de reações

anafiláticas/anafilactoides anteriores ao pancurônio ou ao íon brometo ou hipersensibilidade a qualquer

componente de brometo de pancurônio.

Categoria de risco C na gravidez.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do

cirurgião-dentista.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

Uma vez que PANCURON®

provoca paralisia da musculatura respiratória, pacientes medicados com este

fármaco devem receber ventilação mecânica até que haja restauração adequada da respiração espontânea.

Devem ser tomadas precauções especiais sempre que for necessária administração de medicamentos que

agem como bloqueadores neuromusculares, devido ao risco de ocorrer reações alérgicas, principalmente

em caso de reações anafiláticas anteriores. Não há dados suficientes que recomendem o uso de brometo

de pancurônio em Unidades de Tratamento Intensivo (UTI). Em geral, após o uso prolongado de

bloqueadores neuromusculares na UTI, foi notada paralisia prolongada e/ou fraqueza da musculatura

esquelética.

Para ajudar a impedir um possível prolongamento do bloqueio neuromuscular e/ou superdosagem, é

fortemente recomendado que a transmissão neuromuscular seja monitorizada durante o uso de

bloqueadores neuromusculares. Além disso, os pacientes devem receber analgesia e sedação adequadas.

Os bloqueadores neuromusculares devem ser ajustados para cada paciente de acordo com o efeito, por ou

sob a supervisão de um médico que esteja familiarizado com a sua ação e com técnicas apropriadas de

monitorização neuromuscular.

é sempre utilizado juntamente com outros agentes, e que é possível a

ocorrência de hipertermia maligna durante a anestesia, mesmo na ausência de agentes conhecidos como

gatilho, os médicos devem estar familiarizados com sinais precoces, diagnóstico confirmatório e

tratamento da hipertermia maligna, antes do início de qualquer anestesia. Baseado nos dados de

farmacovigilância, pode-se concluir que brometo de pancurônio não está associado com a hipertermia

maligna.

O produto não deverá ser administrado a não ser que as facilidades para intubação, respiração artificial,

terapia com oxigênio e fármacos para reversão do quadro de bloqueio estejam à disposição. Os médicos

deverão estar preparados para assistência ventilatória do paciente.

Seu uso deve ser evitado nos pacientes com miastenia gravis.

O uso do estimulador nervoso periférico é válido para assegurar o efeito do PANCURON®

em muitos

pacientes.

Não deve ser administrado com o paciente consciente.

Após a administração de agentes bloqueadores neuromusculares, podem ocorrer reações anafiláticas, por

isto sempre devem ser tomadas precauções para tratar tais reações. Particularmente no caso de reações

anafiláticas prévias devem ser tomadas precauções especiais.

Embora o PANCURON®

tenha sido usado com sucesso em muitos pacientes com problemas pulmonares,

hepáticos ou renais, seu uso deverá ser feito com muito cuidado. Isto é particularmente importante nos

pacientes com problemas renais, pois a maior parte do PANCURON®

é excretada inalterada na urina.

Condições que podem aumentar o efeito de brometo de pancurônio: hipocalemia (por exemplo: após

vômitos intensos, diarreia e terapia diurética), hipermagnesemia, hipocalcemia (por exemplo: após

transfusões maciças), hipoproteinemia, desidratação, acidose, hipercapnia, caquexia. Distúrbios

eletrolíticos graves, pH sanguíneo alterado ou desidratação devem, portanto, ser corrigidos tão logo

quanto possível.

Uso em idosos: pacientes idosos apresentam clearance plasmático de pancurônio diminuído devido à

diminuição da excreção renal relacionada à idade.

Uso durante a gravidez (Risco C): não existem dados suficientes sobre o uso de brometo de pancurônio

durante a gestação humana ou animal que possam assegurar prováveis danos ao feto. O fármaco pode ser

empregado em mulheres submetidas à cesariana, podendo ser empregado com adjuvante de anestesia

geral e para intubação endotraqueal. O brometo de pancurônio deve ser administrado em mulheres

gestantes ou que estejam amamentando somente quando o médico concluir que os benefícios superam os

potenciais riscos. A reversão do bloqueio neuromuscular induzido pelo brometo de pancurônio pode ser

inibida ou insatisfatória em pacientes que estiverem recebendo sulfato de magnésio para toxemia

gravídica, pois os sais de magnésio potencializam o bloqueio neuromuscular. Portanto, pacientes em uso

de sulfato de magnésio devem receber doses menores de brometo de pancurônio, ajustadas

cuidadosamente à resposta de contratilidade muscular.

Estudos com brometo de pancurônio demonstraram sua segurança para uso em cesarianas. O brometo de

pancurônio não afeta o índice de Apgar, o tônus muscular fetal, nem a adaptação cardiorrespiratória. Da

amostragem do cordão umbilical, constatou-se que ocorreu apenas uma mínima transferência placentária

de brometo de pancurônio, a qual não leva à observação de efeitos clínicos adversos no recém-nascido.

Apesar da rápida transferência dos agentes voláteis através da barreira placentária, a concentração fetal

permanece menor que a materna, mesmo após longo período de exposição, não assegurando anestesia e

imobilidade fetal, permitindo uma terapia intrauterina segura.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do

cirurgião-dentista.

Insuficiência renal: uma vez que a excreção renal é a principal via de eliminação do pancurônio, a meia-

vida de eliminação é prolongada e a depuração plasmática é reduzida nos pacientes com insuficiência

renal. O prolongamento da meia-vida de eliminação nos pacientes com insuficiência renal é frequente,

mas nem sempre é associado a uma extensão da duração do bloqueio neuromuscular. Nesses pacientes, a

velocidade de recuperação do bloqueio neuromuscular pode também estar diminuída. A insuficiência

renal pode aumentar a meia-vida de eliminação plasmática (acima de quatro vezes).

Doença hepática e/ou das vias biliares: apesar do modesto papel do fígado na eliminação do

pancurônio, as maiores alterações farmacocinéticas foram observadas em pacientes com doença hepática.

Pode ocorrer resistência à atividade bloqueadora neuromuscular de brometo de pancurônio, devido a um

aumento considerável (até 50%) no volume de distribuição do fármaco. Ao mesmo tempo, doenças

hepáticas e/ou das vias biliares podem prolongar a meia-vida de eliminação de pancurônio. A

possibilidade de ocorrer retardo do início de ação, a exigência de dosagens mais altas e o prolongamento

do tempo de duração e do tempo de recuperação devem ser levados em consideração, quando brometo de

pancurônio for usado nesses pacientes. A insuficiência hepática resulta principalmente em aumento da

meia-vida de eliminação plasmática, além do possível aumento do volume de distribuição

(aproximadamente 50%). No caso de obstrução do trato biliar o clearance também pode diminuir.

Tempo de circulação prolongado: condições associadas com o tempo de circulação prolongado, como

doenças cardiovasculares, idade avançada e estados edematosos, resultando em um aumento do volume

de distribuição, podem contribuir para um aumento no tempo de início de ação.

Doença neuromuscular: como os demais agentes bloqueadores neuromusculares, brometo de

pancurônio deve ser usado com extrema cautela em pacientes com doença neuromuscular ou após

poliomielite, uma vez que a resposta aos bloqueadores neuromusculares, nesses pacientes, pode estar

consideravelmente alterada. A magnitude e direção dessas alterações podem variar amplamente. Nos

pacientes com miastenia gravis ou síndrome miastênica (Eaton Lambert), pequenas doses de brometo de

pancurônio podem apresentar profundos efeitos, portanto, deve ser ajustado de acordo com a resposta.

Hipotermia: em operações sob hipotermia, o efeito bloqueador neuromuscular de brometo de pancurônio

é aumentado e a duração prolongada.

Obesidade: brometo de pancurônio pode apresentar um prolongamento na duração e na recuperação

espontânea em pacientes obesos quando administrado em doses calculadas com base no peso corporal

ideal.

Queimaduras: pacientes com queimaduras sabidamente desenvolvem resistência a agentes não

despolarizantes. Recomenda-se que a dose seja ajustada à resposta.

Efeitos sobre a habilidade de dirigir e operar máquinas: não é recomendado utilizar equipamentos

potencialmente perigosos ou dirigir veículos 24 horas após a completa recuperação da ação bloqueadora

neuromuscular de brometo de pancurônio.

Pacientes com comprometimento cardiovascular: pancurônio tem um efeito vagolítico direto, assim

como os efeitos simpatomiméticos, que pode causar taquicardia e hipertensão leve.

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Os seguintes fármacos demonstraram influenciar a magnitude e/ou a duração de ação dos bloqueadores

neuromusculares não despolarizantes:

Aumento do efeito: anestésicos halogenados voláteis e éter; altas doses de tiopental, metohexital,

cetamina, fentanil, gamahidroxibutirato, etomidato e propofol; outros agentes bloqueadores

neuromusculares não despolarizantes; administração prévia de brometo de suxametônio (succinilcolina);

antibióticos: aminoglicosídeos, lincosamida e antibióticos polipeptídeos, tetraciclina,

acilaminopenicilínicos, altas doses de metronidazol; diuréticos, tiamina, agentes inibidores da MAO

(monoaminoxidase), quinidina, protamina, agentes bloqueadores alfa-adrenérgicos, sais de magnésio,

agentes bloqueadores dos canais de cálcio e sais de lítio.

Diminuição do efeito: neostigmina, edrofônio, piridostigmina, derivados de aminopiridina;

administração prévia crônica de corticosteroides, fenitoína ou carbamazepina; noradrenalina, azatioprina

(somente um efeito transitório e limitado), teofilina, cloreto de cálcio e de potássio.

Efeito variável: bloqueadores neuromusculares despolarizantes administrados previamente ao brometo

de pancurônio podem produzir potencialização ou atenuação do efeito bloqueador neuromuscular.

Opioides: observou-se aumento na frequência cardíaca, redução na pressão arterial e no índice de

resistência vascular sistêmica.

Glicosídeos cardíacos: pode resultar em aumento da incidência de arritmias.

Sulfato de magnésio: potencializa o bloqueio neuromuscular induzido pelo brometo de pancurônio.

Pacientes em uso de sulfato de magnésio devem receber doses menores de brometo de pancurônio,

ajustadas cuidadosamente à resposta de contratilidade muscular.

Não há aumento da intensidade do bloqueio ou duração da ação do PANCURON®

com o uso de

tiobarbituratos, analgésicos narcóticos, óxido nitroso ou droperidol.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

O PANCURON®

deve ser mantido em sua embalagem original, devendo ser armazenado sob refrigeração

(temperatura entre 2ºC e 8°C), protegido da luz. O prazo de validade é de 24 meses a partir da data de

fabricação.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

O brometo de pancurônio, sob a forma de solução injetável, é um medicamento estéril; portanto as

soluções diluídas devem ser utilizadas imediatamente após a diluição.

Uma vez que o PANCURON®

não contém conservante, a solução deve ser utilizada imediatamente após

a abertura da ampola.

Características físicas: solução incolor e límpida, essencialmente livre de partículas visíveis.

Antes de usar observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

Atenção: medicamentos parenterais devem ser bem inspecionados visualmente antes da administração,

para se detectar alterações de coloração ou presença de partículas sempre que o recipiente e a solução

assim o permitirem.

O produto destina-se a administração em dose única, não podendo ser armazenado depois de aberto. A

estabilidade após diluição contempla apenas o teor do princípio ativo. Portanto, o produto deve ser

administrado imediatamente após a diluição, pois sua condição de esterilidade pode ser comprometida

durante o armazenamento da solução diluída.

O início de ação depende da dose, sendo que com a administração de 0,04 mg/kg, o início da ação,

medido com estimulador nervoso periférico, acontece dentro de 45 segundos e o pico do efeito

normalmente dentro de 4 1/2 minutos. A recuperação de 90% do controle acontece em menos de 1 hora.

Doses maiores, mais adequadas para a intubação endotraqueal como 0,08 mg/kg tem um início de ação

dentro de 30 segundos e o pico de ação de efeito dentro de 3 minutos. O brometo de pancurônio tem

pequeno efeito sobre o sistema circulatório.

Administração

O PANCURON®

é administrado somente por via intravenosa, preferencialmente como injeção em

“bolus” no equipo de infusão. Não existem dados suficientes para recomendar a administração por

infusão contínua.

Como os demais bloqueadores neuromusculares, PANCURON®

deve ser administrado apenas por ou sob

supervisão de médicos especializados e familiarizados com o uso e efeitos desses medicamentos tendo

aparato para ventilação assistida.

Posologia

A dosagem de PANCURON®

deve ser individualizada a cada paciente. A técnica anestésica usada, a

provável duração da cirurgia, a possível interação com outros fármacos que forem administrados antes ou

durante a anestesia e as condições do paciente devem ser levadas em consideração para se determinar a

dose. O uso de uma técnica apropriada de monitorização neuromuscular é recomendado para avaliar o

bloqueio neuromuscular e sua recuperação. Os anestésicos inalatórios potencializam o efeito do bloqueio

neuromuscular de brometo de pancurônio. No entanto, esta potencialização torna-se clinicamente

relevante durante a anestesia quando os agentes voláteis alcançam as concentrações tissulares requeridas

para a referida interação. Consequentemente, os ajustes de dose de brometo de pancurônio devem ser

feitos pela administração de doses de manutenção menores em intervalos menos frequentes, durante

procedimentos sob anestesia inalatória (ver item “INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS”). Em adultos,

as doses apresentadas a seguir podem servir de diretriz para intubação traqueal e relaxamento muscular

em procedimentos cirúrgicos de média a longa duração. É utilizado em clínica com dose inicial de 0,04 a

0,1 mg/Kg, seguido de 0,01 a 0,02 mg/Kg quando necessário, geralmente em intervalos compreendidos

entre 20 e 40 minutos.

Estes incrementos aumentam levemente a magnitude do bloqueio e aumentam significativamente a sua

duração porque um significante número de junções mioneurais está ainda bloqueadas quando há a

necessidade clínica de mais fármaco.

Intubação traqueal

A dose padrão para intubação durante anestesia de rotina é de 0,06 a 0,1 mg de brometo de pancurônio

por Kg de peso corpóreo. Dentro de 90 a 120 segundos após a administração intravenosa de uma dose de

0,1 mg de brometo de pancurônio por Kg de peso corpóreo e dentro de 120 a 180 segundos após uma

dose de 0,08 mg de brometo de pancurônio por Kg, já se desenvolvem as condições de intubação

clinicamente aceitáveis. O tempo desde a administração intravenosa até a recuperação de 25% da

contratilidade muscular padrão é de aproximadamente 75 minutos após a dose de 0,08 mg de brometo de

pancurônio/Kg e aproximadamente 100 minutos após a dose de 0,1 mg de brometo de pancurônio/Kg.

Procedimentos cirúrgicos após intubação com suxametônio (succinilcolina)

A dose recomendada é de 0,04 a 0,06 mg de brometo de pancurônio por Kg de peso corpóreo. Com essas

doses, o tempo da administração intravenosa até a recuperação de 25 % da contratilidade muscular padrão

é de aproximadamente 22 a 35 minutos, dependendo da dose de suxametônio (succinilcolina)

administrada. A administração de brometo de pancurônio deve ser adiada até que o paciente apresente

recuperação clínica do bloqueio neuromuscular induzido pelo suxametônio (succinilcolina).

Manutenção do relaxamento muscular

A dose de brometo de pancurônio recomendada para a manutenção é de 0,01 a 0,02 mg/Kg de peso

corpóreo. A fim de se limitar efeitos cumulativos, recomenda-se administrar doses de manutenção de

brometo de pancurônio apenas quando houver recuperação de no mínimo 25% da contratilidade muscular

padrão.

Doses em pacientes obesos e com excesso de peso

Quando utilizado em pacientes acima do peso ou obesos (definido como pacientes com massa corpórea de

30% ou mais acima do peso ideal), as doses devem ser reduzidas levando em consideração o peso

corpóreo ideal.

Doses na pediatria

Estudos clínicos demonstraram que as doses necessárias para neonatos (0 a 1 mês) e lactentes (1 a 12

meses) são comparáveis às doses necessárias para os adultos. Devido à sensibilidade variável aos agentes

bloqueadores neuromusculares não despolarizantes, é recomendado o uso de uma dose inicial teste de

0,01 a 0,02 mg/Kg nos neonatos.

Compatibilidade

Recomenda-se não misturar brometo de pancurônio com outras soluções ou fármacos na mesma seringa

ou equipo de infusão, exceto os seguintes: solução de cloreto de sódio 0,9%, solução de dextrose a 5% ou

solução de Ringer Lactato. A administração deve ser iniciada imediatamente após a mistura, devendo ser

finalizada dentro das 24 horas seguintes. As soluções não utilizadas devem ser descartadas.

Incompatibilidades

Assim como ocorre com diversos outros fármacos, foi constatada incompatibilidade de brometo de

pancurônio quando adicionado ao tiopental. Não é recomendado que brometo de pancurônio seja

misturado a outras soluções ou a fármacos na mesma seringa ou frasco, exceto àquelas já citadas

anteriormente como compatíveis. Se o brometo de pancurônio for administrado na mesma via de infusão

utilizada para outros fármacos, é importante que a linha seja lavada adequadamente (por exemplo, com

solução de cloreto de sódio a 0,9%) entre a administração de brometo de pancurônio e dos fármacos para

os quais foi demonstrada incompatibilidade ou cuja compatibilidade ainda não tenha sido estabelecida. As

soluções remanescentes de brometo de pancurônio devem ser desprezadas quando não utilizadas dentro

de poucas horas após a abertura de seu recipiente.

9. REAÇÕES ADVERSAS

As seguintes reações adversas ao brometo de pancurônio foram relatadas e são muito raras, isto é,

ocorrem com frequência de menos de 1 a cada 10.000.

Reversão inadequada do bloqueio neuromuscular por agentes anticolinesterásicos tem sido observada

com o uso do PANCURON®

bem como com todos os agentes curariformes. Estas reações adversas

podem ser controladas por ventilação mecânica ou manual.

Bloqueio neuromuscular prolongado: a reação adversa mais frequente aos agentes não despolarizantes

consiste na extensão da ação farmacológica do fármaco além do intervalo de tempo necessário. Esta pode

variar de fraqueza da musculatura esquelética ao bloqueio neuromuscular esquelético profundo e

prolongado, resultando em insuficiência respiratória ou apneia.

Cardiovasculares: moderada elevação da frequência cardíaca, pressão arterial, broncoespasmo, débito

cardíaco e taquiarritmias. Esses efeitos, que são devidos à leve ação vagolítica, cardio seletiva do

fármaco, devem ser levados em consideração, particularmente quando forem administradas doses acima

das recomendadas e quando se avaliar a dosagem e/ou uso de fármacos vagolíticos para a pré-medicação

ou indução de anestesia. Através de sua ação vagolítica, brometo de pancurônio antagoniza a depressão

cardíaca devido ao uso de alguns anestésicos inalatórios. Além disso, a bradicardia causada por alguns

potentes anestésicos e analgésicos é corrigida pelo uso de brometo de pancurônio. Sem sedação

concomitante, o uso de brometo de pancurônio está associado a riscos psicológicos, taquiarritmias,

paralisia prolongada, interações medicamentosas e desconexão do ventilador sem ser detectado.

Oftálmicas: apesar de não relatado durante a farmacovigilância, a literatura indica que brometo de

pancurônio pode produzir uma significativa redução na pressão intraocular normal e elevada, por alguns

minutos após sua administração, e também produz miose. Estas alterações podem atenuar a elevação da

pressão intraocular devido à laringoscopia e intubação traqueal. O brometo de pancurônio pode, portanto,

ser utilizado em cirurgias oftálmicas.

Reações anafiláticas: embora muito raras, foram relatadas reações anafiláticas graves a agentes

bloqueadores neuromusculares, incluindo brometo de pancurônio. São exemplos de reações

anafiláticas/anafilactoides: broncoespasmo, alterações cardiovasculares (ex.: hipertensão, taquicardia,

choque/colapso circulatório) e alterações cutâneas (ex.: angioedema, urticária). Em alguns casos essas

reações foram fatais. Devido à possível gravidade destas reações, deve-se sempre supor que elas podem

ocorrer e tomar as precauções necessárias.

Liberação de histamina e reações histaminoides: uma vez que os bloqueadores neuromusculares são

conhecidos como capazes de induzir a liberação de histamina local ou sistemicamente, a possível

ocorrência de prurido e reação eritematosa no local de injeção e/ou reações histaminoides (anafilactoides)

generalizadas (vide também reações anafiláticas) devem ser sempre levadas em consideração quando são

administradas essas medicações. Estudos experimentais com injeção intradérmica de brometo de

pancurônio têm demonstrado que esse fármaco tem apenas uma fraca capacidade de induzir liberação de

histamina local. Estudos controlados no homem não demonstraram qualquer aumento significativo nos

níveis de histamina no plasma humano após administração intravenosa de brometo de pancurônio.

Reações Gastrintestinais: algumas vezes nota-se salivação durante a anestesia, especialmente se a pré-

medicação anticolinérgica não é utilizada.

Reações Dermatológicas: uma ocasional e passageira irritação da pele pode aparecer após o uso de

PANCURON®

.

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária –

NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância

Sanitária Estadual ou Municipal.

10. SUPERDOSE

Em caso de superdosagem ou bloqueio neuromuscular prolongado, o paciente deve continuar a receber

suporte ventilatório e sedação. Deve-se administrar um inibidor da acetilcolinesterase (ex.: neostigmina,

edrofônio, piridostigmina) em doses adequadas, até que se inicie a recuperação espontânea. Quando a

administração de agentes inibidores da acetilcolinesterase não reverter os efeitos neuromusculares de

brometo de pancurônio, deve-se continuar com a ventilação até que a respiração espontânea seja

restaurada. A administração de doses repetidas de inibidores da acetilcolinesterase pode ser perigosa.

Recomenda-se a administração antes ou concomitantemente de atropina ou outro agente anticolinérgico

adequado, com o antagonista, para neutralizar seus efeitos colaterais colinérgicos. Os pacientes devem ser

observados por no mínimo uma hora após a reversão do bloqueio não-despolarizante, por haver

possibilidade de retorno do relaxamento muscular. Os antagonistas são meramente adjuvantes e não

devem substituir a instituição de medidas que assegurem a ventilação adequada. A assistência ventilatória

deve ser continuada até que o paciente possa manter uma troca ventilatória adequada sem assistência.

Para o tratamento de hipotensão ou choque grave administrar fluidos e vasopressores.

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.