Bula do Vacina Raiva (Inativada) para o Profissional

Bula do Vacina Raiva (Inativada) produzido pelo laboratorio Instituto Butantan
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

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Bula do Vacina Raiva (Inativada)
Instituto Butantan - Profissional

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BULA COMPLETA DO VACINA RAIVA (INATIVADA) PARA O PROFISSIONAL

SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE

INSTITUTO BUTANTAN

VACINA RAIVA (INATIVADA) – BULA PROFISSIONAL BLSRAFRFA V01

vacina raiva (inativada)

vírus rábico inativado

FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO

Pó liofilizado injetável e diluente para suspensão injetável.

- Cartucho contendo 5 frascos de uma dose + 5 ampolas com 0,5mL de diluente.

A vacina raiva (inativada) deve ser administrada por VIA INTRAMUSCULAR.

USO ADULTO E PEDIÁTRICO

Composição:

 Liofilizado:

Vírus Inativados da raiva (Wistar PM 1503-3M)............................................. 2,5UI*

Maltose (estabilizante).................................................................................... 25mg

Albumina humana (estabilizante)................................................................... 25mg

 Diluente:

Solução de cloreto de sódio a 0,4 % .................................................. 0,5mL

A vacina também pode conter traços de estreptomicina, neomicina e/ou polimixina B.

* Potência mensurada utilizando o teste NIH em camundongos.

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES:

A vacina raiva (inativada) é indicada para a prevenção da raiva em crianças e adultos. Esta vacina

pode ser administrada antes e após a exposição, como uma vacinação primária ou como uma dose

de reforço.

Vacinação Pré-exposição (Prevenção da Raiva antes da exposição)

A vacinação pré-exposição deve ser oferecida aos indivíduos com alto risco de contaminação pelo

vírus da raiva, para todos os que estão em risco permanente, como: pessoas que trabalham em

laboratório de diagnóstico, de pesquisa, ou produção do vírus da raiva. Um teste sorológico é

recomendado a cada 6 meses. A vacinação pré-exposição também deve ser considerada para

indivíduos em risco frequente de exposição ao vírus da raiva, tais como:

 Veterinários, assistentes de veterinários, tratadores de animais;

 Caçadores e guarda-caças, fazendeiros, trabalhadores florestais, taxidermistas e

espeleólogos.

 Outras pessoas (especialmente crianças) que vivem ou viajam para áreas de alto risco.

Os testes de sorologia para anticorpos da raiva devem ser realizados em intervalos regulares de

acordo com o risco de exposição ao vírus.

A dose de reforço deve ser administrada de acordo com o risco de exposição do indivíduo.

Vacinação Pós-exposição (Prevenção da Raiva depois da exposição)

A vacinação após a exposição deve ser iniciada imediatamente ao menor risco de contaminação pelo

vírus da raiva.

A administração da vacina deve ser realizada sob supervisão médica (de acordo com as

recomendações locais) em um centro de tratamento especializado antirrábico. O tratamento após a

exposição inclui: tratamento local do ferimento; imunização passiva com imunoglobulinas (RIGs) e

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vacinação. O tipo da lesão, o estado imunológico do paciente e estado do animal infectado irá

determinar o tipo de tratamento. Conforme as Tabelas 1 e 2 a seguir:

Tabela 1:

Circunstâncias

Conduta

Comentários

animal paciente

Animal não disponível para

avaliação –

Circunstâncias suspeitas

ou não suspeitas

Direcionar para o

centro

antirrábico

O ciclo completo de

tratamento(b)

deve ser

sempre concluído

Animal morto –

circunstâncias suspeitas

Cérebro

enviado

para um

laboratório

autorizado

para

análise

antirrábico para

tratamento

O tratamento(b)

pode ser

descontinuado em caso de

resultado negativo ou deve

ser continuado em caso de

resultado positivo

Animal vivo –

circunstâncias não

suspeitas

Manter sob

vigilância

veterinária(a)

Decisão para

adiada

será

prosseguido dependendo

da vigilância veterinária

do animal

descontinuado se a

vigilância invalidar as

dúvidas iniciais ou, caso

contrário, deve ser

continuado

(a) De acordo com as recomendações da OMS, o período de observação mínima para vigilância veterinária de cachorros e

gatos é de 10 dias.

(b) O tratamento é recomendado de acordo com a gravidade do ferimento: vide Tabela 2 a seguir.

Tabela 2:

Categoria da Severidade

Tipo de contato com o

animal(c)

selvagem

presumido ou

confirmado raivoso ou

um animal que não pode

ser colocado sob

supervisão.

Tratamento Recomendado

I

Tocar ou alimentar os

animais; lambedura na

pele sã

Nenhum, se for possível obter o

histórico confiável do caso.

II

Mordidas leves na pele

lesada, pequenos

arranhões ou arranhadura

superficial sem

sangramento, lambedura

da pele machucada,

mordedura única

Administrar a vacina

imediatamente(d)

III

Mordedura única ou

múltipla, arranhadura

profunda. Contaminação

das mucosas com saliva

Administração de

imunoglobulinas e vacina

imediatamente. (d)

(através da lambedura).

Exposição a morcegos

(c) Contato com roedores, coelhos e lebres normalmente não necessitam de tratamento especifico para raiva.

(d) Tratamento interrompido se o animal está saudável após 10 dias de observação (para gatos e cachorros) ou, se após o

animal ter sido sacrificado, os resultados da pesquisa para raiva por técnicas laboratoriais apropriadas forem negativas.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA:

Pré- exposição

O esquema de vacinação pré-exposição é composto de 3 doses divididas em D0, D7 e D28 (ou D21)

por via intramuscular e foi avaliada em vários estudos clínicos. Após a série primária, todos os

indivíduos vacinados atingiram título de anticorpos séricos > 0,5UI/mL, considerado pela OMS capaz

de conferir proteção.

Após D42, houve decréscimo nos títulos de anticorpos, entretanto, mais de 85% dos indivíduos ainda

estavam protegidos em D365.

Após a administração da dose de reforço um ano depois do esquema primário, todos os indivíduos

estavam protegidos novamente.

O acompanhamento por 10 anos de 49 pacientes que receberam as 3 injeções, seguida por uma

dose de reforço após 1 ano, demonstrou uma manutenção de soroconversão em mais de 95% dos

vacinados por até 10 anos.

Pós-exposição

O esquema pós-exposição foi estudado em adultos expostos à raiva. Os indivíduos receberam 5

doses da vacina raiva (inativada) administrada por via intramuscular em D0, D3, D7, D14 e D28 e

imunoglobulina antirrábica humana.

Todos os vacinados alcançaram título de anticorpos séricos > 0,5UI/mL na terceira injeção em D14,

considerado pela OMS capaz de conferir proteção à raiva.

Indivíduos que receberam o esquema de pré-exposição, com a administração de duas doses com 3

dias de intervalo D0 e D3, demonstram ser capazes de atingir o nível de anticorpos de proteção. O

uso da imunoglobulina antirrábica não é necessário nestes casos.

A eficácia da vacina raiva (inativada) foi avaliada por vários estudos realizados em crianças e

adultos utilizando o calendário recomendado pela OMS. Indivíduos mordidos por um animal infectado

confirmado receberam a vacina raiva (inativada) e imunoglobulina e nenhum destes desenvolveu a

doença.

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS:

A vacina é preparada a partir do vírus da raiva, cepa WISTAR PM/WI 38-1503-3M, cultivados sobre

células VERO. Após o crescimento em cultura de célula VERO, a substância ativa é purificada por

ultracentrifugação, inativada pela beta-propiolactona, estabilizada com albumina humana, maltose e

liofilizada.

Os vírus causadores da raiva pertencem à família Rhabdoviridae, e se caracterizam por apresentar

uma única cadeia de ácido ribonucléico.

A raiva é uma patologia bastante grave cuja encefalite pode manifestar-se sob diferentes formas:

espasticidade, demência ou paralisia, todas elas de igual gravidade e que quase sempre levam o

paciente a morte.

No Brasil, o cão é o principal reservatório/transmissor da raiva urbana. Na zona rural, o morcego

constitui o mais importante veículo do vírus rábico, sendo responsável por enzootias em bovinos.

Outros animais ocasionalmente envolvidos na transmissão da raiva para humanos são: gatos,

macacos, raposas, etc. Os primeiros sinais clínicos da raiva humana surgem em média de 20 a 90

dias após a infecção; entretanto, o período de incubação pode ser muito mais curto (menos de uma

semana) ou muito mais longo (de alguns meses a mais de um ano).

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O período de incubação é mais curto quando a doença acomete crianças ou quando a infecção viral

ocorre em sítios bastante inervados como: cabeça, face, pescoço, dedos e órgãos sexuais. Uma vez

que foram relatados períodos de incubação da doença muito longos, mesmo pessoas que se

apresentam para avaliação e tratamento muito tempo após uma mordida, ou exposição considerada

de risco, devem ser tratadas de forma semelhante àquelas que referem exposição recente.

A utilização da vacina raiva (inativada) na prevenção da raiva humana abrange a profilaxia pré-

exposição (vacinação preventiva) e a profilaxia pós-exposição (vacinação curativa).

4. CONTRAINDICAÇÕES:

Pré-exposição

Contraindicações em caso de vacinação preventiva (profilaxia pré-exposição):

 Hipersensibilidade a qualquer componente da vacina.

 Estado febril e doença infecciosa aguda, uma vez que os sintomas da doença podem ser

confundidos com eventuais eventos adversos da vacina. Nestes casos, a vacinação deve ser

adiada.

Observação: Em caso de risco substancial de exposição ao vírus rábico, deve-se sempre levar em

consideração a relação risco/benefício da administração da vacina raiva (inativada) em indivíduos

portadores de condições de saúde que normalmente contraindicariam o emprego de vacinas.

Pós-exposição

Em virtude da evolução fatal da infecção pelo vírus da raiva, a profilaxia pós-exposição (vacinação

curativa) não apresenta qualquer contraindicação.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES:

 A vacina raiva (inativada) pode conter traços de neomicina, estreptomicina e polimixina B que

são utilizados durante a produção da vacina. Precaução deve ser exercida quando a vacina é

administrada em indivíduos com hipersensibilidade a esses antibióticos (e outros antibióticos da

mesma classe – se apropriado).

 Para atingir um nível de anticorpos suficientes de proteção, as recomendações para o uso da

vacina raiva (inativada) deve ser seguida rigorosamente, uma insuficiente resposta imune pode

levar a casos fatais de raiva.

 A vacina raiva (inativada) não deve ser administrada por via intravascular. Assegurar que a

agulha não penetre no vaso sanguíneo.

 Para garantir uma proteção contínua, um exame sorológico (análise de títulos de anticorpos

neutralizantes) por RFFIT (Teste Rápido de Inibição de Focos Fluorescentes) deve ser realizado a

cada 6 meses em indivíduos com exposição contínua e pode ser realizado a cada 2 anos após os

reforços em 1 e 5 anos em indivíduos com exposição frequente à raiva.

O nível de anticorpos mínimo aceitável neste teste é definido como ≥ 0,5UI/mL ou neutralização

completa do vírus, na diluição 1:5 de soro.

Se o resultado for abaixo do nível aceitável, uma dose de reforço deve ser administrada.

 Em indivíduos com imunodeficiência congênita ou adquirida, a resposta imunológica à vacina

pode ser insuficiente. Portanto, é recomendável monitorar o nível de proteção destes pacientes

através de testes sorológicos de 2 a 4 semanas após a vacinação. Se o nível de anticorpos

estiver abaixo ao considerado de proteção, ou seja, < 0,5 UI/mL, uma dose de reforço deve ser

administrada.

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Se a vacinação pós-exposição for necessária, a imunoglobulina antirrábica deve ser administrada

em associação com a vacina para a categoria II e III de exposição.

 Como a administração intramuscular pode causar hematoma no local de aplicação, a vacina

raiva (inativada) não deve ser ministrada em pessoas com alguma desordem de coagulação,

como hemofilia ou trombocitopenia, ou em pessoas em terapia anticoagulante, a menos que os

benefícios potenciais sejam claramente superiores ao risco. Se a decisão for feita para administrar

a vacina a estas pessoas, a injeção deve ser feita com precaução para evitar o risco de formação

de hematoma após a aplicação.

 Antes da administração da vacina raiva (inativada), deve-se conhecer o estado de saúde

recente do paciente, o histórico de imunização e qualquer evento adverso após a vacinação

anterior. Nos indivíduos que tiveram história de reação séria ou grave dentro de 48 horas da

aplicação anterior com uma vacina contendo componentes semelhantes à vacina raiva

(inativada), a vacinação deve ser cuidadosamente analisada.

 Houve relatos frequentes de tontura pós-vacinação. Este evento adverso pode temporariamente

afetar a habilidade de conduzir veículos e operar máquinas.

 O risco potencial de apneia e a necessidade de monitoramento respiratório por 48-72h devem ser

considerados quando é administrada a série de imunização primária em crianças prematuras

(nascidos < 28 semanas de gestação), e particularmente para aquelas com história prévia de

imaturidade respiratória. Como o benefício da administração desta vacina é elevado neste grupo

de recém-nascidos, a vacinação não deve ser suspensa ou atrasada.

 Uso na gravidez e lactação

Devido à gravidade da doença, a gravidez não é uma contraindicação para a vacinação contra a raiva

em situações pós-exposição.

A vacinação pré-exposição em mulheres grávidas deve ser realizada apenas se claramente

necessário, e após avaliação dos riscos e benefícios.

Esta vacina não deve ser utilizada em mulheres grávidas sem orientação médica.

Não se sabe se esta vacina é excretada no leite humano. Cuidados devem ser exercidos quando a

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS:

• Corticosteroides e tratamentos imunossupressores podem interferir na produção de anticorpos e

causar falha na imunização. Por tanto, é aconselhável realizar um teste sorológico (análise de títulos

de anticorpos neutralizantes por RFFIT - Teste Rápido de Inibição de Focos Fluorescentes) de 2 a 4

semanas após a última aplicação.

• Quando imunoglobulina antirrábica for administrada com a vacina raiva (inativada), elas não

devem ser combinadas na mesma seringa ou aplicadas no mesmo local. Se possível, a vacina deve

ser aplicada em membro diferente ao do local de administração de imunoglobulina.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO:

A vacina raiva (inativada) deve ser armazenada e transportada à temperatura entre +2ºC e +8ºC.

Não deve ser colocada no congelador ou "freezer".

Prazo de validade:

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Desde que mantida sob refrigeração entre +2ºC e +8ºC, o prazo de validade da vacina raiva

(inativada) é de 36 meses, a partir da data de fabricação. A data de validade refere-se ao último dia

do mês indicado na embalagem.

“Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.”

“Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem

original.”

Após preparo, usar imediatamente.

Esta vacina consiste de um pó liofilizado injetável acompanhado de uma solução diluente. O pó

liofilizado injetável deve ser homogêneo e branco. Após a reconstituição, a suspensão deve ser

homogênea, límpida e isenta de qualquer partícula.

“Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.”

“Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.”

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR:

Antes da reconstituição, o pó liofilizado tem uma coloração uniforme branca.

Para a reconstituição da vacina:

- Retire o lacre do frasco do produto liofilizado;

- Injetar o diluente da seringa pré-enchida para dentro do frasco que contém o pó liofilizado;

- Agite delicadamente para obter uma suspensão homogênea da vacina. A vacina reconstituída

apresenta aspecto de um líquido límpido;

- Imediatamente retire 0,5mL da suspensão;

- Aplique no paciente.

A vacina raiva (inativada) é administrada por via intramuscular, na região deltoide, em adultos ou

ântero-lateral da coxa em crianças. Esta vacina não deve ser administrada por via subcutânea e

intravascular. Assegurar que a agulha não penetre um vaso sanguíneo. A vacina raiva (inativada)

não deve ser aplicada na região glútea, pois os níveis mais fracos de anticorpos neutralizantes foram

observados quando esta área é utilizada. Como a vacina raiva (inativada) não contém conservante,

a utilização da vacina deve ser imediata após a reconstituição.

A posologia da vacina raiva (inativada) em adultos e crianças é a mesma (0,5mL).

O cronograma de vacinação deve ser adaptado de acordo com as circunstâncias da exposição e o

estado imune antirrábico do paciente.

• Vacinação pré-exposição

Para os países que seguem as recomendações da OMS, o esquema para vacinação pré-exposição

consiste em 3 doses da vacina nos dias D0, D7 e D28. Uma a três semanas após a última dose deve

ser verificada a taxa de anticorpos neutralizantes no indivíduo vacinado. O reforço periódico é

recomendado em consequência às dosagens de anticorpos neutralizantes para a raiva com a

seguinte periodicidade de amostragem:

 06 meses para indivíduos que manuseiam o vírus rábico vivo (laboratório de diagnóstico,

pesquisa ou produção);

 12 meses para indivíduos em contínuo risco de exposição.

O reforço deverá ser administrado quando o título de anticorpos obtido for inferior a 0,5UI/mL, nível

este considerado protetor de acordo com a OMS.

Para indivíduos não expostos ao risco, deve-se fazer uma dose de reforço 1 ano após a primeira

dose e depois um reforço a cada 3 anos. Conforme tabela a seguir:

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Tabela 3: Recomendação para vacinação primária e dose de reforço

Vacinação Primária 3 injeções D0, D7 e D28*

Primeiro reforço 1 ano depois

Reforços posteriores Cada 3 anos

* A injeção D28 pode ser administrada em D21.

A vacina raiva (inativada) pode ser administrada como uma dose reforço após a vacinação primária

com vacina raiva (inativada) preparada em células VERO ou em células diploide humana - HDCV.

• Tratamento pós-exposição

Tratamento de primeiros socorros

O tratamento dos ferimentos é muito importante e deve ser feito imediatamente após as mordidas e

arranhões.

Os procedimentos recomendados de primeiros socorros incluem uma lavagem imediata do ferimento

por no mínimo 15 minutos com água limpa, sabão, detergente, iodopovidona ou outras substâncias

de efeito letal comprovado para uma eliminação eficiente do vírus da raiva. Se o sabão ou um agente

anti-viral não estiver disponível, a ferida deve ser cuidadosamente e extensivamente lavada com

água.

Dependendo da gravidade dos ferimentos, imunoglobulinas antirrábicas (RIGs) podem ser

administradas em associação com a vacina. Neste caso, consulte as instruções na bula da

imunoglobulina.

Se necessário, o tratamento pode ser complementado pela administração de profilaxia do tétano,

tratamento e / ou antibioticoterapia.

Indivíduos totalmente imunizados

Vacinação em indivíduos previamente imunizados (vacinação preventiva completa comprovada):

 Vacinação com menos de 1 ano: 1 injeção (D0);

 Vacinação com mais de 1 ano e menos de 3 anos: 3 injeções (D0, D3 e D7);

 Vacinação com mais de 3 anos ou incompleta: Vacinação curativa completa com soroterapia

se for necessária.

Se for necessário, o tratamento será completado pela administração de vacina tétano e antibióticos

para evitar outras infecções.

Indivíduos não imunizados

Cinco doses da vacina raiva (0,5mL) devem ser administradas em D0, D3, D7, D14 e D30.

Imunoglobulinas antirrábica (RIGs) deve ser administrada concomitantemente com a primeira dose

em caso de uma grave lesão (categoria III, segundo a OMS de classificação de risco da raiva).

Imunoglobulina humana e equina podem ser utilizadas com a vacina raiva (inativada).

A posologia de imunoglobulinas antirrábicas (RIGs) reconhecida internacionalmente é a seguinte:

- Imunoglobulina humana antirrábica (HRI): 20 UI/kg peso corporal

- Imunoglobulina equina antirrábica: 40 UI/kg peso corporal.

Como RIGs podem inibir parcialmente a produção de anticorpos ativos, a dose administrada não

deve ser maior do que a recomendada.

A vacina deve ser aplicada em membro diferente do local de administração da imunoglobulina.

Em áreas enzoótica da raiva, a administração de duas doses da vacina em D0 pode ser justificada,

por exemplo: no caso de lesões que são extremamente graves ou perto do sistema nervoso, ou

quando o indivíduo é imunodeficiente, ou quando a consulta médica não foi imediata após a

exposição.

9. REAÇÕES ADVERSAS A MEDICAMENTOS:

Os eventos adversos estão classificados de acordo com a frequência utilizando a seguinte

convenção:

Muito comum: > 10%

Comum: > 1% e <10%

Incomum: > 0,1% e <1%

Raro: > 0,01% e <0,1%

Muito raro <0,01%, incluindo relatos isolados

 Reações adversas observadas a partir de estudos clínicos

Os seguintes eventos adversos são originados de diversos estudos clínicos em que a vacina raiva

(inativada) tem sido utilizada em casos de pré-exposição e pós-exposição.

Desordens Gerais e Reações Locais

• Muito comum: dor no local da aplicação, febre, mal-estar

• Comum: eritema, prurido, hematoma e induração no local da aplicação, astenia, sintomas gripais.

•Incomum: edema no local de aplicação

Desordens do Sistema Sanguíneo e Linfático

• Muito Comum: linfadenopatia

Desordens do Sistema Imune

• Comum: reações alérgicas cutâneas tipo rash, prurido (coceira) e edema.

•Incomum: urticária, angioedema, dispneia.

Desordens do Sistema Nervoso

• Comum: dor de cabeça, tonturas, sonolência.

Desordens Gastrintestinais

• Comum: dor abdominal, náuseas

•Incomum: diarreia.

Desordens nos Tecidos conjuntivos e Musculoesqueléticos

• Muito comum: mialgia,

• Comum: artralgia, calafrios (tremores).

 Reações adversas Pós-Comercialização

Os seguintes eventos adversos foram relatados muito raramente (<1/100.000) durante a vigilância

pós-comercialização da vacina raiva (inativada). Baseados em relatos espontâneos, sua frequência

foi estimada utilizando o número de relatórios e estimativa do número de pacientes. Entretanto, a

incidência exata não pode ser calculada com precisão.

• Reações anafiláticas

• Reações tipo doença do soro

• Encefalite, convulsões

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• Vômitos

Informe a empresa sobre o aparecimento de eventos indesejáveis e problemas com este

medicamento, entrando em contato através do Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC)

do Instituto Butantan pelo telefone 0800 701 2850 ou pelo e-mail: sac@butantan.gov.br.

“Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária -

NOTIVISA, disponível em http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a

Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.”

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.