Bula do Vancotrat para o Paciente

Bula do Vancotrat produzido pelo laboratorio União Química Farmacêutica Nacional S/a
para o Paciente com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Vancotrat
União Química Farmacêutica Nacional S/a - Paciente

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BULA COMPLETA DO VANCOTRAT PARA O PACIENTE

VANCOTRAT®

(cloridrato de vancomicina)

União Química Farmacêutica Nacional S.A

Pó para solução injetável

500 mg

cloridrato de vancomicina

IDENTIFICAÇÃO DO PRODUTO

FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO

Pó para solução injetável 500 mg: embalagem contendo 1 frasco-ampola.

USO POR INFUSÃO ENDOVENOSA

USO ADULTO E PEDIÁTRICO

COMPOSIÇÃO:

Cada frasco-ampola contém:

cloridrato de vancomicina.......................................................................................................512,50 mg*

*Equivalente a 500 mg de vancomicina.

INFORMAÇÕES AO PACIENTE

1. PARA QUE ESTE MEDICAMENTO É INDICADO?

VANCOTRAT é indicado para o tratamento de infecções graves causadas pela bactéria Staphylococcus

aureus resistente a antibióticos betalactâmicos (ex.: penicilinas ou cefalosporinas). Também é indicado

para tratar infecções causadas por outras bactérias suscetíveis em pacientes alérgicos a antibióticos

betalactâmicos (ex.: penicilinas ou cefalosporinas) ou que não responderam a outros tratamentos.

VANCOTRAT é indicado para o tratamento de infecção óssea; septicemia (infecção no sangue); infecção

do trato respiratório inferior (pneumonia); infecção na pele e estruturas da pele. É indicado também para o

tratamento e prevenção de endocardite (infecção das válvulas do coração).

2. COMO ESTE MEDICAMENTO FUNCIONA?

VANCOTRAT é um medicamento antibacteriano da classe dos glicopeptídeos tricíclicos. Em doses

adequadas promove a morte das bactérias. O tempo para cura da infecção pode variar de dias a meses,

dependendo do local e do tipo de bactéria causadora da infecção e das condições do paciente.

3. QUANDO NÃO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?

VANCOTRAT é contraindicado em pacientes com conhecida alergia a esse antibacteriano ou a outro

glicopeptídeo.

4. O QUE DEVO SABER ANTES DE USAR ESTE MEDICAMENTO?

A vancomicina pode provocar queda de pressão exagerada, incluindo choque e, raramente, parada

cardíaca quando administrada solução em concentração alta (acima de 5 mg/mL) ou de forma rápida

(velocidade maior que 10 mg/minuto).

Geralmente, essas reações cessam prontamente ao se interromper a infusão.

A vancomicina pode causar toxicidade no ouvido (transitória ou permanente), sendo evidenciada por

tinitus (zumbido no ouvido), vertigem ou tontura. Geralmente ocorre em pacientes que receberam doses

excessivas, que tinham algum problema de perda de audição ou que estavam recebendo terapia

concomitante com outras drogas tóxicas ao ouvido.

A vancomicina pode causar toxicidade nos rins em pacientes que receberem doses excessivas ou que

estejam recebendo terapia concomitante com outras drogas tóxicas aos rins.

A vancomicina pode causar colite pseudomembranosa, caracterizada por dor e cólicas abdominais graves,

abdômen sensível ao toque, diarreia aquosa com ou sem sangue e febre.

Se ocorrer uma superinfecção durante o tratamento, devem ser tomadas as medidas apropriadas, não

descartando a possibilidade de crescimento de micro-organismos resistentes.

A vancomicina pode causar neutropenia (diminuição de neutrófilos no sangue) reversível em pacientes

recebendo vancomicina. Caso o paciente esteja realizando tratamento prolongado ou esteja recebendo

concomitantemente drogas neutropênicas, deve ser monitorado.

A vancomicina é irritante ao tecido e só deve ser administrada via infusão endovenosa (gota a gota na

veia). Se for administrada via intramuscular ou quando houver extravasamento acidental poderá ocorrer

dor, hipersensibilidade no local e até necrose (morte do tecido). A vancomicina não pode ser administrada

por via intratecal ou intraperitoneal.

Uso na gravidez: categoria de risco C.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do

cirurgião-dentista.

Uso na amamentação

Deve-se ter cuidado quando a vancomicina for administrada a mulheres que estejam amamentando.

Deve-se descontinuar a droga ou a amamentação, considerando a importância da droga para a mãe.

Uso em crianças

A concentração sérica de vancomicina deve ser controlada em crianças, especialmente em recém-nascidos

prematuros e lactentes jovens.

Uso em idosos

A concentração sérica de vancomicina deve ser controlada em idosos. Estes pacientes têm maior chance

de apresentar a função renal diminuída e consequentemente concentrações mais altas de vancomicina no

sangue. Os esquemas de doses de vancomicina devem ser ajustados de acordo com a função renal nos

pacientes idosos.

Interações medicamentosas

A vancomicina pode ter o risco aumentado de reações tóxicas nos ouvidos e nos rins com:

aminoglicosídeos (estreptomicina, neomicina, canamicina, tobramicina, gentamicina, amicacina);

colistina; anfotericina B; bacitracina; cisplatina; paromomicina; pentamidina; polimixina B; ciclosporina;

ácido etacrínico; furosemida; bumetanida; capreomicina; estreptozocina, carmustina, ácido acetilsalicílico

ou outro salicilato.

A vancomicina pode causar queda de pressão e aumentar a depressão neuromuscular com: agentes

anestésicos (ex.: tiopental, propofol, sulfentanila) e vecurônio.

Podem ocorrer reações anafilactoides e aumento das reações relacionadas à infusão, quando a

vancomicina é administrada com: agentes anestésicos (ex.: tiopental, propofol, sulfentanila).

A vancomicina pode causar eritema e vermelhidão em crianças, quando administrada com: agentes

anestésicos (ex.: tiopental, propofol, sulfentanila).

A vancomicina pode ter o efeito reduzido em meningite quando administrada com: dexametasona.

Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.

Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para sua saúde.

5. ONDE, COMO E POR QUANTO TEMPO POSSO GUARDAR ESTE MEDICAMENTO?

Manter o produto em sua embalagem original e conservar em temperatura ambiente (entre 15º e 30ºC).

O prazo de validade é de 24 meses a partir da data de fabricação (vide cartucho).

Após reconstituição com água para injetáveis, manter em temperatura ambiente (entre 15° e 30°C)

por até 24 horas ou sob refrigeração (entre 2° e 8°C) por até 14 dias (ver item “6. Como devo usar

este medicamento?”).

Após diluição com cloreto de sódio 0,9% ou glicose 5%, manter em temperatura ambiente (entre

15° e 30°C) por até 24 horas ou sob refrigeração (entre 2° e 8°C) por até 14 dias (ver item “6. Como

devo usar este medicamento?”).

Após diluição com Solução de Ringer Lactato, manter em temperatura ambiente (entre 15° e 30°C)

por até 24 horas ou sob refrigeração (entre 2° e 8°C) por até 96 horas (ver item “6. Como devo usar

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Aspecto físico (pó): pó amarelado a marrom.

Aspecto físico (solução reconstituída): solução límpida, isenta de partículas estranhas visíveis.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você

observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

6. COMO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?

VANCOTRAT é para uso injetável, por infusão (gota a gota na veia), portanto deve ser administrado

somente em serviços profissionais autorizados.

Posologia

Atenção: as doses são dadas em termos de vancomicina.

Adultos

A dose endovenosa usual é de 2 g/dia divididos em: 500 mg a cada 6 horas ou 1 g a cada 12 horas.

Outros fatores tais como idade ou obesidade, podem requerer modificação na dose usual diária.

• Pacientes com restrição de líquidos: a vancomicina deve ser administrada a uma concentração de no

máximo 10 mg/mL e a uma velocidade de infusão de no máximo 10 mg/minuto.

Atenção: concentrações acima de 5 mg/mL aumentam o risco de reações relacionadas com a infusão.

Eventos relacionados com a infusão podem, entretanto, ocorrer a qualquer velocidade ou concentração

(ver item “8. Quais os males que este medicamento pode me causar?”).

Endocardite (prevenção)

Quando pacientes alérgicos à penicilina e que têm doença cardíaca congênita, doença reumática ou outra

doença valvular adquirida, são submetidos a procedimentos cirúrgicos do trato gastrintestinal ou

geniturinário, a dose usual é de 1 g, administrado durante 2 horas. O término da infusão deve ocorrer 30

minutos antes do início da cirurgia (respeitando-se o tempo de infusão).

Dependendo do risco de infecção, a gentamicina pode ser associada, sendo administrada por via

intramuscular ou endovenosa, em local diferente, na dose de 1,5 mg/kg de peso corporal, não

ultrapassando 120 mg.

Adultos com função renal diminuída

 Dose inicial: 15 mg/kg de peso corporal.

 Dose de manutenção: ajustar as doses de acordo com o clearance de creatinina como indicado na

Tabela 1.

Tabela 1: Adultos com função renal diminuída – doses de manutenção

Clearance de creatinina (mL/ min) Dose

> 80 500 mg a cada 6 horas ou 1 g a cada 12 horas

50 – 80 1 g a cada 1 a 3 dias

10 – 50 1 g a cada 3 a 7 dias

< 10 1 g a cada 7 a 14 dias

Pacientes funcionalmente anéfricos (sem função renal)

A tabela não é válida para tais pacientes. Para pacientes funcionalmente anéfricos, uma dose inicial de 15

mg/kg deve ser administrada para alcançar prontamente as concentrações séricas terapêuticas. A dose

necessária para manter concentrações estáveis é de 1,9 mg/kg/dia.

Em pacientes com diminuição acentuada da função renal, pode ser mais conveniente administrar doses de

manutenção de 250 mg a 1 g, uma vez a cada diversos dias ao invés de doses diárias. Em caso de anúria,

tem sido recomendada a dose de 1 g a cada 7 a 10 dias.

Idosos

Administrar as mesmas doses de adultos.

Idosos têm maior chance de apresentar diminuição da função renal, pode ser necessário reduzir as doses

(ver “Adultos com função renal diminuída” acima).

Crianças

Crianças até 1 mês de idade

Estes pacientes têm um maior volume de distribuição e a função renal incompletamente desenvolvida,

portanto as normas posológicas diferem das recomendadas para crianças maiores de 1 mês de idade e

adultos, devendo-se diminuir as doses endovenosas diárias.

 Primeira semana de vida: dose inicial de 15 mg/kg de peso corporal, seguida de 10 mg/kg de peso

corporal a cada 12 horas; cada dose deve ser administrada por um tempo de no mínimo 60 minutos.

 Segunda semana até 1 mês de vida: dose inicial de 15 mg/kg de peso corporal, seguida de 10 mg/kg

de peso corporal a cada 8 horas.

Crianças acima de 1 mês a 12 anos de idade

A dose endovenosa usual é de 10 mg/kg de peso corporal a cada 6 horas, ou 20 mg/kg de peso corporal a

cada 12 horas.

Crianças com endocardite bacteriana

A dose endovenosa usual é de 20 mg/kg de peso corporal administrado durante 1 a 2 horas. O término da

infusão deve ocorrer 30 minutos antes do início da cirurgia (respeitando-se o tempo de infusão de no

mínimo 60 minutos).

Duração do tratamento

A duração do tratamento será determinada pelo médico. Como na terapia com antibióticos em geral, o

tratamento com VANCOTRAT deve ser prolongado por um mínimo de 48 a 72 horas após abaixar a

temperatura do paciente, ou após a constatação da eliminação das bactérias causadoras da infecção.

Modo de usar

VANCOTRAT é para uso injetável, portanto deve ser administrado em serviços profissionais autorizados.

Infusão endovenosa (gota a gota na veia)

Atenção:

 A vancomicina deve ser administrada exclusivamente por infusão endovenosa (gota a gota na veia) a

uma velocidade de no máximo 10 mg/minuto. A infusão deve sempre ser feita em pelo menos 60

minutos, mesmo quando soluções mais diluídas ou doses menores de 500 mg são administradas.

Diminui-se a possibilidade de tromboflebite usando soluções com concentração de no máximo 5 mg/mL

e fazendo rotação nos locais de administração (a menos que a administração se faça por cateter venoso

central).

 Não administrar por via intramuscular (pode haver necrose dos tecidos) e nem por via endovenosa

direta.

 O produto preparado em capela de fluxo unidirecional (laminar) validado pode ser armazenado pelos

tempos descritos a seguir. Para produtos preparados fora desta condição, recomenda-se o uso imediato.

VANCOTRAT – infusão endovenosa

Reconstituição

Diluente: água para injetáveis. Volume: 10 mL.

Após reconstituição, o produto tem volume final de aproximadamente 10,2 mL e concentração de

aproximadamente 49 mg/mL.

Aparência da solução reconstituída: solução límpida, isenta de partículas estranhas visíveis.

Estabilidade após reconstituição

Temperatura ambiente (entre 15º e 30ºC): 24 horas.

Sob refrigeração (entre 2º e 8ºC): 14 dias.

Diluição

Diluente: cloreto de sódio 0,9%, glicose 5% ou Solução de Ringer Lactato. Volume: 100 mL.

Após diluição, o produto tem concentração de aproximadamente 4,5 mg/mL.

Estabilidade após a diluição com cloreto de sódio 0,9% ou glicose 5%:

Estabilidade após a diluição com Solução de Ringer Lactato:

Sob refrigeração (entre 2º e 8ºC): 96 horas.

Tempo de infusão: 1 hora. Não ultrapassar 10 mg/minuto.

Incompatibilidades

A solução de vancomicina tem um pH baixo e pode provocar instabilidade química ou física quando

misturada com outros compostos (especialmente com soluções alcalinas).

A vancomicina tem demonstrado incompatibilidade com: albumina humana, aminofilina, anfotericina B

(complexo com colesteril sulfato), aztreonam, bivalirudina, cefazolina, cefotaxima, cefotetano, cefoxitina,

ceftazidima, ceftriaxona, cefuroxima, cloranfenicol (succinato sódico), dimenidrinato, fusidato sódico,

foscarnet, heparina sódica, idarrubicina, metotrexato sódico, nafcilina sódica, omeprazol, pantoprazol

sódico, piperacilina + tazobactam, propofol, sargramostim, ticarcilina + clavulanato de potássio e

varfarina.

A vancomicina não deve ser misturada com outros medicamentos.

Se clinicamente necessária a utilização concomitante de uma dessas drogas e vancomicina, elas devem ser

administradas separadamente (não misturá-las no mesmo frasco ou na mesma bolsa). Se estiver utilizando

a técnica em Y, suspender temporariamente a administração de um medicamento enquanto se administra

o outro.

Siga a orientação do seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do

tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.

7. O QUE DEVO FAZER QUANDO EU ME ESQUECER DE USAR ESTE MEDICAMENTO?

VANCOTRAT deve ser administrado em serviços profissionais autorizados. Deixar de administrar uma

ou mais doses ou não completar o tratamento pode comprometer o resultado.

Em caso de dúvidas procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

8. QUAIS OS MALES QUE ESTE MEDICAMENTO PODE ME CAUSAR?

As seguintes reações adversas foram relatadas:

Reações relacionadas com a infusão: reações no local da infusão como dor, hipersensibilidade no local

e inflamação da veia; reações anafilactoides, como diminuição da pressão arterial, chiado, dificuldade

para respirar, urticária ou coceira, choque e parada cardíaca; Síndrome do Homem Vermelho, que é uma

reação que acontece geralmente quando o medicamento é administrado de forma rápida (os sintomas são

arrepios ou febre, desmaio, aceleração dos batimentos cardíacos, quedas de pressão, coceira na pele,

náusea ou vômito, erupção e vermelhidão na parte superior do corpo). As reações relacionadas com a

infusão são raras se a vancomicina for administrada corretamente: diluída a concentrações de no máximo

5 mg/mL e infundidas na velocidade de até 10 mg/minuto. A infusão deve sempre ser feita em pelo

menos 60 minutos, mesmo quando doses menores de 500 mg são administradas.

Ototoxicidade: toxicidade nos ouvidos (evidenciado por: zumbido nos ouvidos, tontura, vertigem).

Renal: toxicidade nos rins.

Gastrintestinais: colite pseudomembranosa (suspeitar se houver: dor e cólicas abdominais graves,

abdômen sensível ao toque, diarreia aquosa com ou sem sangue, febre).

Sanguíneas: neutropenia (diminuição de neutrófilos), trombocitopenia (diminuição de plaquetas).

Pele: erupções na pele, coceira, reações de hipersensibilidade, Síndrome de Stevens-Johnson, necrólise

epidérmica tóxica e vasculite (inflamação dos vasos sanguíneos).

Outras: febre medicamentosa, náusea, calafrios.

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis

pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.

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Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.