Bula do Cefalexina produzido pelo laboratorio Medley Indústria Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
cefalexina
Medley Indústria Farmacêutica Ltda.
Suspensão oral
50 mg/mL e 100 mg/mL
Medicamento Genérico, Lei nº 9.787, de 1999
APRESENTAÇÕES
Suspensão oral de 250 mg/5 mL e 500 mg/5 mL: frasco com 100 mL + seringa dosadora.
USO ORAL
USO ADULTO E PEDIÁTRICO
COMPOSIÇÃO
Cada 5 mL da suspensão oral de 250 mg/5 mL contém:
cefalexina monoidratada ................................................... 263 mg (correspondente a 250 mg de cefalexina
base)
veículo q.s.p. ..................................................................... 5 mL
(aroma de abacaxi, aroma de limão, butilparabeno, cloreto de sódio, corante laca amarelo crepúsculo,
crospovidona, dióxido de silício, estearato de alumínio, lecitina de soja, óleo de rícino hidrogenado
etoxilado, sacarose, sucralose, vanilina, triglicerídeo de ácidos cáprico e caprílico)
Cada 5 mL da suspensão oral de 500 mg/5 mL contém:
cefalexina monoidratada ................................................... 526 mg (correspondente a 500 mg de cefalexina
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
A cefalexina é indicada para o tratamento das infecções listadas abaixo, quando causadas por cepas
sensíveis dos seguintes microrganismos:
Sinusites bacterianas causadas por estreptococos, S. pneumoniae e Staphylococcus aureus (somente os
sensíveis à meticilina).
Infecções do trato respiratório causadas por S. pneumoniae e S. pyogenes (a penicilina é o antibiótico
de escolha no tratamento e prevenção de infecções estreptocócicas, incluindo a profilaxia da febre
reumática. A cefalexina é geralmente eficaz na erradicação de estreptococos da nasofaringe; contudo,
dados substanciais estabelecendo a eficácia da cefalexina na prevenção tanto da febre reumática como da
endocardite bacteriana não estão disponíveis até o momento).
Otite média causada por S. pneumoniae, H. influenzae, M. catarrhalis, outros estafilococos e
estreptococos.
Infecções da pele e tecidos moles causadas por estafilococos e/ou estreptococos sensíveis à cefalexina.
Infecções ósseas causadas por estafilococos e/ou P. mirabilis.
Infecções do trato geniturinário incluindo prostatite aguda, causadas por E. coli, P. mirabilis e
Klebsiella pneumoniae.
Infecções dentárias causadas por estafilococos e/ou estreptococos sensíveis à cefalexina.
Nota: deverão ser realizados testes de sensibilidade à cefalexina e culturas apropriadas do microrganismo
causador. Estudos da função renal devem ser efetuados quando indicado pelo médico.
Infecções do trato respiratório superior
Nos estudos clínicos, mais de 400 pacientes foram tratados com cefalexina para tonsilite, faringite ou
escarlatina causadas pelo estreptococo beta- hemolítico grupo A. A dose habitual variou de 20 a 30
mg/kg/dia por 10 dias. Uma resposta satisfatória, indicada como uma remissão clínica dos sintomas e
culturas negativas no período de acompanhamento atingiu 94% dos pacientes.
McLinn13
avaliou a segurança e eficácia da cefalexina administrada duas a quatro vezes ao dia no
tratamento de pacientes com faringite estreptocócica. A idade dos pacientes variou de menos de 1 ano até
20 anos. Uma resposta sintomática satisfatória ao tratamento (melhora significante ou desaparecimento
dos sinais e sintomas com nenhuma recidiva durante os 7 dias após o período de pós-tratamento) foi
observada em 92 dos 97 pacientes tratados duas vezes ao dia (95%) e em 85 dos 89 pacientes tratados
quatro vezes ao dia (96%). O autor concluiu que no tratamento da faringite estreptocócica, a cefalexina
administrada duas vezes ao dia pareceu ser tão eficaz quanto à administrada quatro vezes ao dia, desde
que as doses totais diárias fossem equivalentes e o tratamento continuado por 10 dias.
Browning1
comparou a eficácia da cefalexina, 500 mg administrada duas vezes ao dia com 1 g
administrada duas vezes ao dia, em pacientes com infecções do trato respiratório superior, principalmente
tonsilite, faringite, sinusite e otite média; do trato respiratório inferior, primeiramente com bronquite
aguda e exacerbações agudas da bronquite crônica. Oito por cento de todos os pacientes ou mais foram
tratados “com êxito” ou apresentaram “melhora considerável” após 6 dias de tratamento com a cefalexina.
Não houve diferença de eficácia entre as duas escalas de dose.
Marks e Garrett11
relataram uma taxa de sucesso de 88% em otite média. Disney3
revisou a literatura da
cefalexina no tratamento da otite média. As doses eficazes foram de 50 a 100 mg/kg/dia, exceto para o
Haemophilus influenzae, na qual houve uma taxa de falhas de 50%.
McLinn et al12
estudaram a cefalexina no tratamento de otite média em 97 crianças. A cefalexina foi
administrada a uma dose de 100 mg/kg/dia dividida em quatro vezes ao dia por 10 a 12 dias. Foi notado
um êxito do resultado clínico e bacteriológico em 90/97 (93%) das crianças no primeiro período de
acompanhamento (48 horas).
Infecções do trato respiratório inferior
Durante os estudos clínicos, 785 pacientes avaliáveis foram tratados com cefalexina para infecções do
trato respiratório inferior. Trezentos e vinte e um desses pacientes foram diagnosticados com bronquite
aguda ou com exacerbações agudas da bronquite crônica. As doses mais frequentemente usadas foram de
25 a 50 mg/kg/dia para crianças e de 1 a 2 gramas diários para adultos. O período habitual de tratamento
foi de 1 semana.
O Streptococcus pneumoniae foi o patógeno mais comum, seguido pelo Haemophilus influenzae como o
segundo mais comum. Foi relatada uma resposta clínica satisfatória em 716 dos 785 pacientes (91%). Foi
registrada uma resposta clínica satisfatória em 89% do subgrupo de bronquite.
Fass et al5
revisaram o experimento com cefalexina no tratamento da pneumonia nos pacientes adultos.
Os resultados nos casos de pneumonia em crianças foram relatados por Rosenthal et al15
.
Dois estudos adicionais publicados relataram o uso de cefalexina em pacientes com exacerbações
purulentas de bronquite crônica. A dose habitual foi de 2 g/dia por 10 dias e, em alguns casos, de 4 g/dia
por 5 dias.
Infecções da pele e tecidos moles
A cefalexina foi eficaz no tratamento de infecções da pele e de tecidos moles, assim como nas infecções
traumáticas e do pós-operatório. Nos estudos clínicos, a cura bacteriológica foi notada em 93% dos
pacientes tratados com infecções da pele e de estruturas da pele causadas por Staphylococcus aureus. As
condições tratadas incluíram infecções de feridas, furúnculos, impetigo, pioderma, úlcera da pele,
abscesso subcutâneo, celulite e linfadenite.
DiMattia et al2
relataram resultados de um estudo multicêntrico, comparando a eficácia da cefalexina em
regimes de dose de duas vezes ao dia vs. quatro vezes ao dia no tratamento de 154 pacientes com
infecções dermatológicas. A idade da população variou de 1 mês a 70 anos. A dose total para o adulto foi
de 1 g/dia e a dose pediátrica foi de 20 a 30 mg/kg/dia. Ambas as escalas de dose exibiram uma eficácia
maior que 97%.
comparou doses de 1 g com 2 g de cefalexina administradas como 500 mg ou 1 g duas vezes
ao dia no tratamento de infecções da pele e de estruturas da pele. Uma resposta satisfatória foi vista em
99%.
Infecções do trato urinário
Cento e oitenta e quatro pacientes foram admitidos em um estudo multi-institucional, paralelo, duplo-
cego comparando cefalexina 250 mg administrada quatro vezes ao dia com cefalexina 500 mg
administrada duas vezes ao dia em pacientes com infecções agudas do trato urinário inferior. Uma
resposta sintomática satisfatória, definida como o desaparecimento ou melhora dos sinais e sintomas da
infecção com nenhuma reincidência em 5 a 9 dias após o tratamento, foi vista em 92% dos pacientes na
escala de administração duas vezes ao dia e em 90% dos pacientes na escala de administração quatro
vezes ao dia. A cura bacteriológica foi atingida em 93% dos pacientes da escala de administração duas
vezes ao dia e em 91% dos pacientes da escala de administração quatro vezes ao dia.
Fennell et al6
avaliaram a eficácia da cefalexina no tratamento de bacteriúria em 93 crianças. A cefalexina
foi administrada como uma dose oral de 12,5 mg/kg quatro vezes ao dia por 2 semanas, seguida da
mesma dose administrada duas vezes ao dia por 4 semanas. O tratamento com cefalexina erradicou os
organismos sensíveis em 97% dos casos sem relação de reincidência, anomalia estrutural ou estado da
função renal.
Weinstein19
revisou vários estudos da cefalexina no tratamento de infecções do trato urinário. Mais de
90% dos indivíduos com cistite, pielonefrite aguda (não sendo necessária a hospitalização) e infecções
agudas do trato urinário não diferenciadas responderam satisfatoriamente ao tratamento com cefalexina.
O autor notou que concentrações significantes na urina são obtidas sempre após a administração de doses
relativamente baixas. Aproximadamente 800 mcg de cefalexina por mL de urina estão presentes 2 horas
após a administração de uma dose de 250 mg, e 50 mcg/mL estão presentes após 8 horas. Com uma dose
de 500 mg, a urina contém quase 2200 mcg/mL em 2 horas e, após 8 horas, as concentrações são de 400 a
500 mcg/mL. Ele notou que a eficácia da cefalexina contra os patógenos comuns do trato urinário foi bem
estabelecida. O atributo de concentração na urina da cefalexina permite a obtenção de concentrações
urinárias além de um excesso daqueles que necessitam inibir os microrganismos que poderiam ser
considerados resistentes se eles fossem responsáveis por infecções em outros locais.
Levinson et al10
observaram 23 pacientes que receberam uma dose de 500 mg de cefalexina administrada
quatro vezes ao dia por períodos de 2 a 3 semanas. A maioria dos pacientes teve evidências de anomalias
estruturais ou infecções crônicas do trato urinário. Todos os 23 pacientes tornaram-se abacteriúricos
dentro de 72 horas após o início do tratamento e 10 pacientes (43%) permaneceram abacteriúricos por 2
ou mais meses após a descontinuação do tratamento. Fairley4
relatou êxito no tratamento de 82% das
infecções recorrentes do trato urinário em mulheres. A dose foi de 2 g/dia de cefalexina administrada por
1 a 2 semanas.
Infecções ósseas
Os resultados de um ensaio quantitativo de cefalexina presente no osso alveolar mandibular foram
relatados por Shuford 16
. Dezesseis pacientes receberam doses múltiplas de cefalexina (500 mg a cada 6
horas por no mínimo 48 horas) e amostras foram obtidas para o ensaio aproximadamente 1 hora após a
última dose. Concentrações mensuráveis no osso alveolar variaram de 0,77 a 9,3 mcg/g, com uma média
de 2,8 mcg/g.
Cinquenta espécimes de fluido articular foram obtidos de 16 crianças com artrite séptica. Após a
administração de uma dose de 25 mg/kg de cefalexina, amostras simultâneas do soro e do fluido articular
foram obtidas com concentrações médias de 17,1/11,3 mcg/mL em 2 horas, 3,1/6,2 mcg/mL em 4 horas e
0,7/1,8 mcg/mL em 6 horas.
Jalava et al7
administraram cefalexina 1 g por via oral a cada 6 horas em 13 pacientes com artrite
reumatoide e efusões crônicas do joelho sem artrite bacteriana. As concentrações encontradas no líquido
sinovial (3,8 a 15,5 mcg/mL), sinóvia (1,6 a 5,6 mcg/g), cartilagem (3,0 a 5,3 mcg/g) e osso (1,3 a 3,1
mcg/g), após uma dose oral, foram altas o bastante para ter um efeito terapêutico na artrite bacteriana
devido aos organismos sensíveis à cefalexina.
Não é possível a correlação direta dos níveis ósseos e dos resultados clínicos. Entretanto, os estudos
clínicos demonstraram a eficácia da cefalexina no tratamento da osteomielite quando causada por
organismos sensíveis.
Tetzlaff et al18
avaliaram o uso da cefalexina após 5 a 9 dias do tratamento com antibiótico parenteral em
pacientes pediátricos com osteomielite e artrite supurativa. A cefalexina foi eficaz e bem tolerada por
pacientes que receberam a droga em doses de 100 a 150 mg/kg/dia por 3 semanas a 14 meses.
Hughes et al9
relataram a eficácia da cefalexina no tratamento da osteomielite crônica em 14 pacientes.
Muitos dos pacientes no estudo apresentavam-se com infecções que estavam presentes por, no mínimo, 1
ano; um paciente apresentava uma infecção por 15 anos. A dose de cefalexina foi de 1 g administrada
quatro vezes ao dia, seguida por 500 mg administrada quatro vezes ao dia por um total de 6 semanas. O
período de acompanhamento variou de 2 a 5 anos com uma média de 3,75 anos.
Infecções dentárias
Testes qualitativos in vitro indicam que a cefalexina tem atividade contra vários organismos isolados da
cavidade oral, incluindo Peptostreptococcus, Bacteroides, Veillonella, Fusobacterium, Actinomyces e
estreptococo alfa.
Johnson e Foord8
relataram a respeito de 19 pacientes com infecções dentárias que receberam cefalexina,
1 ou 2 g por 7 dias. As respostas satisfatórias foram relatadas em 89% dos pacientes.
Stratford17
relatou a respeito de pacientes tratados de várias infecções, incluindo três com abscessos
apicais da raiz. Os organismos infectantes foram Streptococcus mitis, Staphylococcus aureus e
estreptococo beta-hemolítico (grupo C ou G). A dose de cefalexina foi de 4 g/dia por 5 dias. As infecções
melhoraram em cada instância.
Os resultados de um ensaio quantitativo da cefalexina presente no osso alveolar mandibular e no sangue
foram relatados por Shuford16
. O estudo consistiu de 16 pacientes submetidos a extrações selecionadas e a
alveoloplastia para o tratamento das condições dentárias. Todos os pacientes receberam cefalexina, 500
mg a cada 6 horas por no mínimo 48 horas antes da obtenção das amostras para o teste. Os níveis médios
no sangue e no osso foram de 4,67 mcg/mL (variação de 1,1 a 12,6 mcg/mL) e 2,8 mcg/g (variação de
0,77 a 9,3 mcg/g), respectivamente. O autor notou que a média das concentrações de cefalexina no sangue
e no osso excedeu aos valores de concentração mínima inibitória para os organismos comumente
encontrados nas infecções dentárias e bacteremias.
Nord14
demonstrou a presença de cefalexina sob os dentes no osso da mandíbula após a administração
oral. Seis pacientes sem infecção na maxila receberam 500 mg de cefalexina após 12 horas de jejum. O
pico dos níveis ósseos foi obtido após cerca de 2 horas e variou de 2,5 a 3,5 mcg/mL.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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A cefalexina é um antibiótico semissintético do grupo das cefalosporinas para administração oral. É o
ácido 7-(D-amino-fenilacetamido)-3-metil-3-cefem-4-carboxílico monoidratado. Sua fórmula molecular é
C16H17N3O4S●H2O e peso molecular de 365,4. Possui o núcleo dos demais antibióticos cefalosporínicos.
O composto é um zwitterion, isto é, a molécula contém agrupamentos ácido e básico. O ponto isoelétrico
da cefalexina em água é de aproximadamente 4,5 a 5. A forma cristalina da cefalexina é de monoidrato. É
um pó cristalino branco, com sabor amargo. A solubilidade em água é baixa à temperatura ambiente; 1 ou
2 mg/mL podem ser dissolvidos rapidamente; porém, concentrações mais altas são obtidas com
dificuldade. As cefalosporinas diferem das penicilinas na estrutura do sistema bicíclico de anéis. A
cefalexina tem um radical D-fenilglicílico como substituinte na posição 7-amino e um radical metil na
posição 3.
Propriedades Farmacocinéticas
A cefalexina é ácido estável, podendo ser administrada sem considerar as refeições. É rapidamente
absorvida após administração oral. Após doses de 250 mg, 500 mg e 1 g, níveis sanguíneos máximos
médios de aproximadamente 9, 18 e 32 mcg/mL, respectivamente, foram obtidos em uma hora. Níveis
mensuráveis estavam presentes por 6 horas após a administração. A cefalexina é excretada na urina por
filtração glomerular e secreção tubular. Os estudos demonstraram que mais de 90% da droga foi
excretada inalterada na urina dentro de 8 horas. As concentrações máximas na urina durante este período
foram de aproximadamente 1.000 mcg, 2.200 mcg e 5.000 mcg/mL, após doses de 250 mg, 500 mg e 1 g,
respectivamente.
Propriedades Farmacodinâmicas
Testes in vitro demonstram que as cefalosporinas são bactericidas porque inibem a síntese da parede
celular. A cefalexina mostrou ser ativa tanto in vitro como em infecções clínicas contra a maioria dos
seguintes microrganismos, conforme relacionadas no item Indicações:
- aeróbios Gram-positivos: Estreptococos beta-hemolítico; Estafilococos (incluindo cepas coagulase
positivas, coagulase negativas e produtoras de penicilinase); Streptococcus pneumoniae (cepas sensíveis à
penicilina).
- aeróbios Gram-negativos: Escherichia coli; Haemophilus influenzae; Klebsiella spp.; Moraxella
catarrhalis; Proteus mirabilis.
Nota: os estafilococos meticilino-resistentes e a maioria das cepas de enterococos são resistentes à
cefalexina. Não é ativa contra a maioria das cepas de Enterobacter spp., Morganella morganii e Proteus
vulgaris. A cefalexina não tem atividade contra as espécies de Pseudomonas spp. ou Acinetobacter
calcoaceticus. Os Streptococcus pneumoniae penicilino-resistentes apresentam usualmente resistência
cruzada aos antibióticos beta-lactâmicos.
Testes de Sensibilidade
Técnicas de Difusão
Os métodos quantitativos que requerem medidas de diâmetro de halos de inibição fornecem estimativas
reproduzíveis da sensibilidade da bactéria às substâncias antimicrobianas. Um desses métodos
padronizados, que foi recomendado para uso, com discos de papel para testar a sensibilidade dos
microrganismos à cefalexina, utiliza discos com 30 mcg de cefalotina. A interpretação do método
correlaciona os diâmetros dos halos de inibição obtidos com os discos com a concentração inibitória
mínima (CIM) para cefalexina. Os relatórios de laboratório, dando resultados do teste de sensibilidade
com disco único padrão, com um disco de cefalotina de 30 mcg devem ser interpretados de acordo com os
seguintes critérios:
Diâmetro do halo (mm) Interpretação
≥ 18 (S) Sensível
15 - 17 (I) Intermediário
≤ 14 (R) Resistente
Um resultado "sensível" significa que o patógeno pode ser inibido pelas concentrações da substância
antimicrobiana geralmente alcançáveis no sangue.
Um resultado "intermediário" indica que o resultado deve ser considerado equivocado e, se o
microrganismo não apresentar sensibilidade a outras drogas clinicamente alternativas, o teste deve ser
então repetido. Esta classificação sugere uma possível indicação clínica nos locais do organismo onde a
droga se concentra fisiologicamente ou em situações nas quais altas doses da droga podem ser usadas.
Esta classificação também abrange uma zona tampão que previne contra fatores técnicos que possam
causar discrepâncias maiores na interpretação.
Um resultado "resistente" indica que as concentrações alcançáveis da substância antimicrobiana no
sangue são insuficientes para serem inibitórias e que outra terapia deverá ser escolhida.
As medidas de CIM e das concentrações alcançáveis das substâncias antimicrobianas podem ser úteis
para orientar a terapia em algumas infecções (vide “Propriedades Farmacocinéticas” - informações
sobre as concentrações alcançáveis nos locais da infecção e outras propriedades farmacocinéticas desta
droga antimicrobiana).
Os métodos padronizados requerem o uso de microrganismos controlados em laboratório. O disco de
cefalotina de 30 mcg deve dar os seguintes halos de inibição quando testados com estas cepas de controle
para testes de laboratório:
Microrganismo Diâmetro do halo (mm)
E. coli ATCC 25922 15-21
S. aureus ATCC 25923 29-37
Técnicas de Diluição
Os métodos quantitativos usados para determinar os valores de CIM fornecem estimativas reproduzíveis
da sensibilidade da bactéria às substâncias antimicrobianas. Um desses métodos padronizados utiliza a
diluição em caldo, ágar, microdiluição ou equivalente com cefalotina. Os resultados da CIM devem ser
interpretados de acordo com os seguintes critérios:
CIM (mcg/mL) Interpretação
≤ 8 (S) Sensível
16 (I) Intermediário
≥ 32 (R) Resistente
A interpretação deve ser como a estabelecida anteriormente para resultados usando métodos de difusão.
Como com os métodos-padrão de difusão, os métodos de diluição requerem o uso de microrganismos de
controle em laboratório. A cefalotina padrão em pó deve fornecer os seguintes valores de CIM:
Microrganismo Variação do CIM (mcg/mL)
E. coli ATCC 25922 4-16
E. faecalis ATCC 29212 8-32
S. aureus ATCC 29213 0,12-0,5
Este medicamento é contraindicado em pacientes alérgicos às cefalosporinas.
Gerais
Antes de ser instituída a terapêutica com a cefalexina, deve-se pesquisar cuidadosamente reações prévias
de hipersensibilidade às cefalosporinas e às penicilinas. Os derivados da cefalosporina-C devem ser
administrados cuidadosamente a pacientes alérgicos à penicilina.
Reações agudas graves de hipersensibilidade podem levar à necessidade do uso de adrenalina ou outras
medidas de emergência. Há alguma evidência clínica e laboratorial de imunogenicidade cruzada parcial
entre as penicilinas e as cefalosporinas. Foram relatados casos de pacientes que apresentaram reações
graves (incluindo anafilaxia) a ambas as drogas.
Qualquer paciente que tenha demonstrado alguma forma de alergia, particularmente a drogas, deve
receber antibióticos com cautela, não devendo haver exceção com a cefalexina.
Foi relatada colite pseudomembranosa com praticamente todos os antibióticos de amplo espectro
(incluindo os macrolídeos, penicilinas semissintéticas e cefalosporinas); portanto, é importante considerar
este diagnóstico em pacientes que apresentam diarreia em associação ao uso de antibióticos. Essas colites
podem variar de gravidade, de leve a intensa com risco de vida. Casos leves de colite pseudomembranosa
usualmente respondem somente com a interrupção do tratamento. Em casos moderados a graves, medidas
apropriadas devem ser tomadas.
Os pacientes devem ser seguidos cuidadosamente para que qualquer reação adversa ou manifestação
inusitada de idiossincrasia à droga possa ser detectada. Se ocorrer uma reação alérgica à cefalexina, a
droga deverá ser suspensa e o paciente tratado com drogas apropriadas (por ex.: adrenalina ou outras
aminas pressoras, anti-histamínicos ou corticosteroides).
O uso prolongado e/ou inadequado da cefalexina poderá resultar na proliferação de bactérias resistentes.
A observação cuidadosa do paciente é essencial. Se uma superinfecção ocorrer durante a terapia, devem-
se tomar as medidas apropriadas.
Quando indicada uma intervenção cirúrgica, esta deverá ser feita junto com a terapia antibiótica.
Antibióticos de amplo espectro devem ser prescritos com cuidado a pacientes com história de doença
gastrintestinal, particularmente colite.
Carcinogênese, mutagênese, danos à fertilidade
A administração oral diária de cefalexina a ratos em doses de 250 ou 500 mg/kg, antes e durante a
gravidez, ou ratos e camundongos durante somente o período de organogênese, não teve efeito adverso na
fertilidade, viabilidade fetal, peso fetal ou tamanho da ninhada. A cefalexina não mostrou aumento de
toxicidade em ratos recém-nascidos e em desmamados, comparados com ratos adultos.
Pacientes Idosos e outros grupos de risco: deve-se administrar com cautela a cefalexina suspensão oral
nestes indivíduos.
Gravidez e lactação
A excreção da cefalexina no leite aumentou até 4 horas após uma dose de 500 mg, alcançando o nível
máximo de 4 mcg/mL, decrescendo gradualmente, até desaparecer 8 horas após a administração;
portanto, a cefalexina deve ser administrada com cuidado a mulheres que estão amamentando.
Categoria de risco na gravidez: B. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas
sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Pacientes Idosos
De um total de 701 indivíduos participantes de 3 estudos clínicos de cefalexina publicados, 433 (62%)
tinham 65 anos ou mais. Em geral, não foram observadas diferenças na segurança e eficácia entre os
pacientes idosos em comparação com indivíduos jovens, e em outra experiência clínica realizada não
foram identificadas diferenças nas respostas entre pacientes idosos e jovens, mas a grande sensibilidade
de alguns indivíduos idosos não pode ser descartada.
Este medicamento é conhecido por ser substancialmente excretado pela via renal, e o risco de reações
tóxicas devido ao medicamento pode ser grande em pacientes com insuficiência renal. Devido aos
pacientes idosos serem mais propensos a apresentarem função renal diminuída, a escolha da dose deve ser
feita com cautela e a função renal deve ser monitorada.
Insuficiência renal
A cefalexina deve ser administrada com cuidado na presença de insuficiência renal grave. Tal condição
requer uma observação clínica cuidadosa, bem como exames de laboratório frequentes, porque a dose
segura poderá ser menor do que a usualmente recomendada.
Atenção: este medicamento contém açúcar, portanto, deve ser usado com cautela em portadores de
Interações medicamento - medicamento
Em indivíduos saudáveis usando doses únicas de 500 mg de cefalexina e metformina, a Cmax plasmática e
a AUC da metformina aumentaram em média 34% e 24%, respectivamente. O clearance renal dessa
droga diminuiu em média 14%. Não há informações acerca da interação de cefalexina e metformina em
doses múltiplas.
Como ocorre com outros antibióticos beta-lactâmicos, a excreção renal da cefalexina é inibida pela
probenecida.
Interações medicamento - exame laboratorial
Testes de COOMBS direto positivos foram relatados durante o tratamento com antibióticos
cefalosporínicos. Em estudos hematológicos, nas provas de compatibilidade sanguínea para transfusão,
quando são realizados testes “MINOR” de antiglobulina, ou nos testes de COOMBS nos recém-nascidos,
cujas mães receberam antibióticos cefalosporínicos antes do parto, deve-se lembrar que um resultado
positivo poderá ser atribuído à droga.
Poderá ocorrer uma reação falso-positiva para glicose na urina com as soluções de Benedict ou Fehling
ou com os comprimidos de sulfato de cobre para teste.
Interações medicamento - alimento
A cefalexina suspensão oral pode ser usada independente das refeições.
Este medicamento deve ser mantido em temperatura ambiente (entre 15 e 30º C).
Conservar o frasco bem tampado.
Prazo de validade: 24 meses a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas e organolépticas
Este medicamento se apresenta na forma de:
cefalexina de 250 mg/5 mL: suspensão viscosa, homogênea, de cor laranja e com odor característico.
cefalexina de 500 mg/5 mL: suspensão viscosa, homogênea, de cor laranja e com odor característico.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
A cefalexina suspensão oral deve ser administrada por via oral e independente das refeições.
Agitar bem o frasco de cefalexina suspensão oral todas as vezes que for utilizar o produto.
Não há estudo de cefalexina suspensão oral administrada por vias não recomendadas. Portanto, por
segurança e eficácia deste medicamento, a administração deve ser somente por via oral.
Instruções de uso
1. Antes de utilizar o medicamento pela primeira vez, agite VIGOROSAMENTE o frasco até que todo
o pó depositado no fundo do frasco seja ressuspendido. Volte a agitar o frasco toda vez que for
utilizar o produto.
2. Retire a tampa do frasco de cefalexina suspensão oral e encaixe o bico adaptador (fornecido com a
seringa) na boca do frasco. Pressione até que fique perfeitamente ajustado.
3. Encaixe a seringa dosadora no bico adaptador que foi colocado na boca do frasco.
4. Vire o frasco de cabeça para baixo e puxe o êmbolo da seringa até atingir a quantidade (dose)
receitada pelo médico.
5. Administre a dose contida na seringa diretamente na boca do paciente, empurrando o êmbolo até o
final.
6. Feche bem o frasco.
7. Lave várias vezes a seringa com água, limpando-a bem para que possa ser utilizada novamente.
Tampe a seringa e guarde-a em local limpo, junto com o frasco do medicamento.
Posologia
Adultos
As doses para adultos variam de 1 a 4 g diários, em doses fracionadas. A dose usual para adultos é de 250
mg a cada 6 horas. Para tratar faringites estreptocócicas, infecções da pele e estruturas da pele e cistites
não complicadas em pacientes acima de 15 anos de idade, uma dose de 500 mg ou 1 g pode ser
administrada a cada 12 horas. O tratamento de cistites deve ser de 7 a 14 dias. Para infecções do trato
respiratório, causadas por S. pneumoniae e S. pyogenes é necessário usar uma dose de 500 mg a cada 6
horas. Infecções mais graves ou causadas por microrganismos menos sensíveis requerem doses mais
elevadas. Se houver necessidade de doses diárias de cefalexina acima de 4 g, o médico deve considerar o
uso de uma cefalosporina injetável, em doses adequadas.
Crianças
A dose diária recomendada para crianças é de 25 a 50 mg/kg em doses fracionadas. Para faringites
estreptocócicas em pacientes com mais de um ano de idade, infecções leves e não complicadas do trato
urinário e infecções da pele e estruturas da pele, a dose diária total poderá ser fracionada e usada a cada
12 horas.
Nas infecções graves a dose pode ser dobrada.
No tratamento da otite média, os estudos clínicos demonstraram que são necessárias doses de 75 a 100
mg/kg/dia fracionadas em 4 doses.
No tratamento de infecções causadas por estreptococos beta-hemolíticos, a dose terapêutica deve ser
administrada por 10 dias, no mínimo.
Exemplos de doses de cefalexina suspensão oral 250 mg/5 mL (1 seringa dosadora) conforme o peso
da criança:
Peso
(kg)
Dose de 25 mg/kg Dose de 50 mg/kg
Quatro vezes ao dia Duas vezes ao dia Quatro vezes ao dia Duas vezes ao dia
10 ¼ seringa dosadora ½ seringa dosadora ½ seringa dosadora 1 seringa dosadora
20 ½ seringa dosadora 1 seringa dosadora 1 seringa dosadora 2 seringas dosadoras
40 1 seringa dosadora 2 seringas dosadoras 2 seringas dosadoras 4 seringas dosadoras
Gastrintestinais
Sintomas de colite pseudomembranosa podem aparecer durante ou após o tratamento com antibióticos,
náuseas e vômitos têm sido relatados raramente. A reação adversa mais frequente tem sido a diarreia,
sendo raramente grave o bastante para determinar a cessação da terapia. Tem também ocorrido dispepsia,
dor abdominal e gastrite. Como acontece com algumas penicilinas ou cefalosporinas, tem sido raramente
relatada hepatite transitória e icterícia colestática.
Hipersensibilidade
Foram observadas reações alérgicas na forma de erupções cutâneas, urticária, angioedema e raramente
eritema multiforme, síndrome de Stevens-Johnson, ou necrólise tóxica epidérmica. Essas reações
geralmente desaparecem com a suspensão da droga. Terapia de suporte pode ser necessária em alguns
casos. Anafilaxia também foi relatada.
Outras reações têm incluído prurido anal e genital, monilíase genital, vaginite e corrimento vaginal,
tonturas, fadiga e dor de cabeça, agitação, confusão, alucinações, artralgia, artrite e doenças articulares.
Tem sido raramente relatada nefrite intersticial reversível. Eosinofilia, neutropenia, trombocitopenia,
anemia hemolítica e elevações moderadas da transaminase glutâmico-oxalacética no soro (TGO) e
transaminase glutâmico-pirúvica no soro (TGP) têm sido referidas.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária–
NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância
Sanitária Estadual ou Municipal.
Os sintomas de uma superdose oral podem incluir náusea, vômito, dor epigástrica, diarreia e hematúria.
Se outros sintomas surgirem é provável que sejam secundários à doença concomitante, a uma reação
alérgica ou aos efeitos tóxicos de outra medicação.
Ao tratar uma superdose, considerar a possibilidade de intoxicação múltipla, interação entre drogas e
cinética inusitada da droga no paciente.
Não será necessária a descontaminação gastrintestinal, a menos que tenha sido ingerida uma dose 5 a 10
vezes maior que a dose habitualmente recomendada.
Proteger a passagem de ar para o paciente e manter ventilação e perfusão.
Monitorar e manter meticulosamente dentro de limites aceitáveis os sinais vitais do paciente, os gases do
sangue, eletrólitos séricos, etc. A absorção de drogas pelo trato gastrintestinal pode ser diminuída
administrando-se carvão ativado, que em muitos casos é mais eficaz do que a êmese ou a lavagem;
considerar o carvão ativado ao invés de ou em adição ao esvaziamento gástrico. Doses repetidas de
carvão ativado podem acelerar a eliminação de algumas drogas que foram absorvidas. Proteger as vias
aéreas do paciente quando empregar o esvaziamento gástrico ou carvão ativado.
Diurese forçada, diálise peritoneal, hemodiálise ou hemoperfusão com carvão ativado não foram
estabelecidos como métodos benéficos nos casos de superdosagem com cefalexina; assim, seria muito
pouco provável que um desses procedimentos pudesse ser indicado. A DL50 oral da cefalexina em ratos é
de 5.000 mg/kg.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.