Bula do Cloridrato de Nortriptilina produzido pelo laboratorio Medley Indústria Farmacêutica Ltda
para o Paciente com todas as informações sobre este medicamento
cloridrato de nortriptilina
Medley Indústria Farmacêutica Ltda.
cápsula
50 mg e 75 mg
cloridrato de nortriptilina
Medicamento Genérico, Lei nº 9.787, de 1999
APRESENTAÇÕES
Cápsulas de 50 mg e 75 mg: embalagem com 30 cápsulas.
USO ADULTO
USO ORAL
COMPOSIÇÃO
Cada cápsula contém:
cloridrato de nortriptilina ........................................ 57 mg (1)
........................................ 85,5 mg (2)
excipientes q.s.p. ..................................................... 1 cápsula ....................................... 1 cápsula
(amido, copovidona, estearato de magnésio, silicona)
(1)
correspondente a 50 mg de nortriptilina base
(2)
correspondente a 75 mg de nortriptilina base
INFORMAÇÕES AO PACIENTE
Este medicamento tem como princípio ativo o cloridrato de nortriptilina, que é um antidepressivo.
O cloridrato de nortriptilina é um antidepressivo tricíclico não inibidor da monoaminoxidase. O
mecanismo de melhora do humor por antidepressivos tricíclicos é, no momento, desconhecido. O
cloridrato de nortriptilina inibe a recaptação de norepinefrina e serotonina no Sistema Nervoso Central,
mas sua atividade como antidepressivo é mais complexa e não muito elucidada. Este medicamento
aumenta o efeito vasoconstritor da norepinefrina, mas bloqueia a resposta vasoconstritora da
feniletilamina.
O início de ação é de 2 semanas. Uma melhora inicial pode ocorrer dentro de 2 a 7 dias. Pacientes idosos
deprimidos podem precisar de 6 semanas para responder.
O uso deste medicamento ou de outros antidepressivos tricíclicos simultaneamente com inibidores da
monoaminoxidase (IMAO) é contraindicado.
Advertências
Piora clínica e risco de suicídio
Pacientes com distúrbio depressivo principal, adulto e pediátrico, podem experimentar piora da sua
depressão e/ou o surgimento do pensamento e comportamento suicida ou mudanças incomuns de
comportamento, se eles estiverem tomando ou não medicamentos antidepressivos, e este risco pode
persistir até que ocorra remissão significante. Existe uma preocupação de longa data de que os
antidepressivos possam induzir a piora da depressão e o surgimento do comportamento suicida em
determinados pacientes. Os antidepressivos aumentaram o risco do pensamento e comportamento suicida
em estudos de curta duração em crianças e adolescentes com Distúrbio Depressivo Principal (DDP) e
outros distúrbios psiquiátricos.
Análises coletadas de estudos placebo-controlado de curta duração de nove drogas antidepressivas (ISRSs
e outras) em crianças e adolescentes com DDP, transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) ou outros
distúrbios psiquiátricos (um total de 24 estudos envolvendo 4.400 pacientes) têm revelado um risco maior
de eventos adversos representando pensamento ou comportamento suicida, durante os primeiros meses de
tratamento, naqueles recebendo antidepressivos. O risco médio de tais eventos de pacientes recebendo
antidepressivos foi de 4%, o dobro do risco com placebo que foi de 2%. Há uma variação considerável de
risco dentre as drogas, mas uma tendência de aumento para quase todas elas foi estudada. O risco do
comportamento suicida foi mais consistentemente observado nos estudos de DDP, mas há sinais de risco
levantados em alguns estudos em outras indicações (transtorno obsessivo-compulsivo e distúrbio da
ansiedade social) também. Não ocorreram suicídios em nenhum destes estudos. Não se sabe se o risco de
comportamento suicida em pacientes pediátricos estende-se ao uso crônico, isto é, durante vários meses.
Também não se sabe se o comportamento suicida estende-se a adultos.
Todos os pacientes pediátricos que estão sendo tratados com antidepressivos para qualquer indicação
devem ser observados com atenção quanto à piora do quadro clínico, comportamento suicida e mudanças
incomuns de comportamento, especialmente durante os primeiros meses da medicação, ou nas alterações
de dose, tanto aumento quanto redução. Tal observação incluiria, geralmente, uma consulta presencial,
pelo menos semanalmente, com pacientes ou algum familiar ou cuidador durante as primeiras 4 semanas
de tratamento, posteriormente visitas a cada 4 semanas, e mais adiante, a cada 12 semanas e, quando
clinicamente indicado, além das 12 semanas. Adicionalmente, o contato por telefone pode ser apropriado
entre as visitas presenciais.
Adultos com DDP ou depressão comórbida, nos quais outras doenças psiquiátricas estão sendo tratadas
com antidepressivos, devem ser observados similarmente quanto à piora do quadro clínico e
comportamento suicida, especialmente durante os primeiros meses da medicação, ou nas alterações de
dose, tanto aumento quanto redução.
Os sintomas de ansiedade como agitação, ataque de pânico, insônia, irritabilidade, hostilidade,
agressividade, impulsividade, inquietação psicomotora, hipomania e mania, têm sido relatados em
pacientes adultos e pediátricos tratados com antidepressivos para os principais distúrbios, tão bem quanto
para outras indicações, tanto as psiquiátricas quanto as não psiquiátricas. Apesar da ligação causal entre o
surgimento de tais sintomas e a piora da depressão e/ou o surgimento dos impulsos de suicídio não tenha
sido estabelecida, existe a preocupação de que tais sintomas possam representar precursores para o
aparecimento do comportamento suicida.
Deve-se considerar a alteração do regime terapêutico, incluindo a possibilidade de descontinuação da
medicação, em pacientes cuja depressão piora persistentemente, ou aqueles que estão vivenciando o
aparecimento do comportamento suicida ou com sintomas que podem ser precursores da piora da
depressão ou do comportamento suicida, especialmente se estes sintomas forem graves, de início
repentino, ou não faziam parte do quadro de sintomas do paciente.
Familiares e cuidadores de pacientes pediátricos tratados com antidepressivos para os principais
distúrbios depressivos ou outras indicações, tanto psiquiátricas quanto não psiquiátricas, devem ser
alertados sobre a necessidade de monitorar os pacientes quanto ao aparecimento de agitação,
irritabilidade, mudanças incomuns de comportamento e de outros sintomas descritos anteriormente, tão
bem quanto o aparecimento do comportamento suicida, e relatar tais sintomas imediatamente ao médico
do paciente. As prescrições de cloridrato de nortriptilina devem ser feitas considerando a menor
quantidade de cápsulas consistente com o bom gerenciamento do paciente, para reduzir o risco de
superdose. Familiares e cuidadores de adultos em tratamento da depressão devem ser similarmente
aconselhados.
Examinando pacientes com transtorno bipolar
O principal episódio depressivo pode ser a apresentação inicial do transtorno bipolar. Acredita-se,
geralmente (embora não estabelecido em estudos clínicos) que tratando tal episódio com apenas um
antidepressivo pode-se aumentar a probabilidade de precipitação de um episódio de mania/misto em
pacientes com risco de transtorno bipolar.
Não se sabe se os sintomas anteriormente descritos representam tal conversão. Entretanto, antes de iniciar
o tratamento com um antidepressivo, pacientes com sintomas depressivos devem ser adequadamente
examinados para determinar se eles estão em risco de ter o transtorno bipolar; tal exame deve conter uma
história psiquiátrica detalhada, incluindo um histórico familiar de suicídio, transtorno bipolar e depressão.
Deve ser notado que o cloridrato de nortriptilina não está aprovado para o tratamento da depressão
bipolar.
Pacientes com doença cardiovascular deverão tomar cloridrato de nortriptilina somente sob estrita
supervisão, devido à tendência da droga de produzir aumento da frequência cardíaca e alterar o tempo de
condução do ritmo do coração. Há relatos de infarto do miocárdio, arritmia e acidente vascular cerebral.
A ação anti-hipertensiva da guanetidina e de agentes similares pode ser bloqueada. Por causa de sua
atividade anticolinérgica, o cloridrato de nortriptilina deve ser usado com muita cautela em pacientes que
têm glaucoma ou história de retenção urinária. Os pacientes com história de crises convulsivas deverão
ser rigorosamente monitorados quando da administração de cloridrato de nortriptilina, visto que este
medicamento pode reduzir o limiar convulsivo. Muito cuidado deve ser tomado quando este medicamento
for administrado a pacientes com hipertireoidismo ou que estiverem em tratamento com hormônios
tireoidianos, devido à possibilidade de ocorrerem arritmias cardíacas.
Alteração na capacidade de dirigir veículos ou operar máquinas
Este medicamento pode prejudicar a concentração e/ou a capacidade de execução de tarefas arriscadas,
como operar máquinas ou dirigir automóveis; portanto, deve-se alertar o paciente em relação a este risco.
Durante o tratamento, o paciente não deve dirigir veículos ou operar máquinas, pois sua habilidade
e atenção podem estar prejudicadas.
O consumo excessivo de álcool durante o tratamento com a nortriptilina pode produzir efeito
potencializador, capaz de aumentar o risco de tentativas de suicídio ou de superdose, especialmente em
pacientes com história de distúrbios emocionais ou ideação suicida.
A administração concomitante de quinidina e nortriptilina pode resultar no aumento significativo da meia-
vida plasmática, aumento da AUC e redução do clearance (depuração) da nortriptilina.
Precauções
Informações para pacientes
Prescritores ou outros profissionais da saúde devem informar os pacientes, seus familiares e seus
cuidadores sobre os benefícios e os riscos associados ao tratamento com cloridrato de nortriptilina e
devem aconselhá-los no seu uso apropriado.
Deve-se recomendar aos pacientes, seus familiares e seus cuidadores que se atentem quanto ao
aparecimento de ansiedade, agitação, ataque do pânico, insônia, irritabilidade, hostilidade, agressividade,
impulsividade, inquietação psicomotora, hipomania, mania, outras mudanças incomuns de
comportamento, piora da depressão, ideação suicida, especialmente no início do tratamento com
antidepressivo e quando a dose é ajustada para mais ou para menos. Familiares e cuidadores de pacientes
devem ser aconselhados a observarem a manifestação de tais sintomas diariamente, pois as alterações
podem acontecer repentinamente. Tais sintomas devem ser relatados ao médico do paciente,
especialmente se forem graves, de início abrupto, ou que não faziam parte do quadro de sintomas
vivenciado pelo paciente. Sintomas como estes podem estar associados com um aumento do risco de
pensamento e comportamento suicida e indicam uma necessidade de monitoramento próximo e,
possivelmente, a alteração na medicação.
O uso de cloridrato de nortriptilina em pacientes esquizofrênicos pode produzir exacerbação da psicose
ou ativar sintomas esquizofrênicos latentes. Se o medicamento for administrado a pacientes
demasiadamente ativos ou agitados, pode ocorrer aumento de ansiedade e de agitação. Em pacientes com
distúrbio bipolar, o cloridrato de nortriptilina pode induzir à manifestação e sintomas de mania.
Em alguns pacientes, o cloridrato de nortriptilina pode induzir um quadro de hostilidade. Como com
outros medicamentos dessa classe terapêutica, podem ocorrer convulsões, por redução do limiar
convulsivo.
Quando for indispensável, o medicamento poderá ser administrado com terapia eletroconvulsiva, embora
os riscos possam aumentar. Se possível, deve-se descontinuar o medicamento por vários dias antes de
cirurgias eletivas.
Considerando-se que a possibilidade de tentativa de suicídio por parte de um paciente deprimido
permanece após o início do tratamento, é importante que, em qualquer ocasião durante o mesmo, se evite
que grandes quantidades do medicamento fiquem à disposição do paciente.
Gravidez e amamentação
Ainda não está estabelecida a segurança do uso de cloridrato de nortriptilina durante a gravidez e a
lactação; portanto, quando este medicamento for administrado a pacientes grávidas, em período de
lactação ou a mulheres com possibilidade de engravidar, os potenciais benefícios devem ser pesados
contra os possíveis riscos. Estudos de reprodução animal apresentaram resultados inconclusivos.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.
Uso em crianças
A segurança e eficácia do cloridrato de nortriptilina em pacientes pediátricos ainda não foram
estabelecidas. Portanto, o uso deste medicamento em crianças deve ser avaliado, considerando os
potenciais riscos contra as necessidades clínicas do paciente.
Ingestão concomitante com outras substâncias
Informe a seu médico sobre qualquer medicamento que esteja usando, antes do início, ou durante o
tratamento.
A administração de reserpina durante o tratamento com um antidepressivo tricíclico pode produzir efeito
“estimulante” em alguns pacientes deprimidos.
Recomenda-se supervisão rigorosa e ajuste cuidadoso da posologia quando o cloridrato de nortriptilina
for administrado em associação com outros medicamentos anticolinérgicos e simpatomiméticos.
A administração concomitante de cimetidina pode aumentar significativamente as concentrações
plasmáticas de antidepressivos tricíclicos. O paciente deve ser informado de que o efeito de bebidas
alcoólicas pode ser potencializado. Há relato de um caso de hipoglicemia significativa em um paciente
com diabetes tipo II em tratamento com clorpropamida (250 mg/dia), após a adição de nortriptilina (125
mg/dia).
Drogas metabolizadas pelo citocromo P450 2D6
A atividade bioquímica da metabolização do fármaco pela isoenzima citocromo P450 2D6 (hidroxilase
debrisoquina) é reduzida a uma pequena parcela da população caucasiana (cerca de 7% a 10% de
caucasianos que são chamados de “metabolizadores lentos”); estimativas confiáveis da prevalência da
atividade reduzida da isoenzima P450 2D6 entre os asiáticos, africanos e outras populações não estão
ainda disponíveis.
Os “metabolizadores lentos” apresentam concentrações plasmáticas mais elevadas do que as esperadas de
antidepressivos tricíclicos (ATCs) em doses usuais. Dependendo da fração do fármaco metabolizado pela
P450 2D6, o aumento na concentração plasmática pode ser pequeno ou muito grande (aumento de 8 vezes
na AUC de ATCs no plasma).
Adicionalmente, certas drogas inibem a atividade desta isoenzima e fazem com que os metabolizadores
normais assemelhem- se aos “metabolizadores lentos”. Um indivíduo que é estável numa determinada
dose de ATCs pode tornar-se abruptamente intolerante quando uma destas substâncias inibidoras é
administrada em terapia concomitante. Os fármacos que inibem o citocromo P450 2D6 incluem algumas
drogas que não são metabolizadas pela enzima (quinidina, cimetidina) e muitas outras que são substratos
para o P450 2D6 (vários antidepressivos, fenotiazinas e os antiarrítmicos tipo 1C propafenona e
flecainida). Embora todos os inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRSs), por ex., fluoxetina,
sertralina e paroxetina, inibam o P450 2D6, eles podem variar na extensão desta inibição. A definição de
quais interações ISRSs e ATCs podem apresentar problemas clínicos, dependerá do grau da inibição e da
farmacocinética do ISRS envolvido. Apesar disso, recomenda-se cautela na coadministração de ATCs
com qualquer ISRSs e também na transição de um para outro. É particularmente importante, que se tenha
transcorrido tempo suficiente antes de se iniciar a terapia com ATC no paciente cujo tratamento com
fluoxetina foi descontinuado, devido à longa meia-vida do fármaco inalterado e do metabólito ativo (pelo
menos 5 semanas podem ser necessárias). O uso concomitante de antidepressivos tricíclicos com
fármacos que possam inibir o citocromo P450 2D6 pode requerer doses mais baixas do que as usualmente
prescritas, tanto para antidepressivos tricíclicos quanto para outras drogas. Além disso, sempre que uma
destas outras substâncias for descontinuada da coterapia, uma dose maior de antidepressivos tricíclicos
pode ser necessária. É recomendável monitorar o nível plasmático de ATCs sempre que estes forem
coadministrados com outros fármacos inibidores do P450 2D6.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
Este medicamento deve ser mantido em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C). Proteger da umidade.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Características do medicamento
- cloridrato de nortriptilina 50 mg: cápsula gelatinosa dura, corpo branco e tampa branca, contendo pó
branco homogêneo.
- cloridrato de nortriptilina 75 mg: cápsula gelatinosa dura, corpo marrom e tampa marrom, contendo pó
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você
observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
O uso de cloridrato de nortriptilina não é recomendado em crianças.
O cloridrato de nortriptilina é administrado por via oral, na forma de cápsulas. Doses menores do que as
usuais são recomendadas para pacientes idosos e adolescentes. Recomendam-se doses mais baixas para
pacientes ambulatoriais do que para pacientes internados, sob rigorosa supervisão. Deve-se iniciar o
tratamento com doses baixas e aumentá-las gradualmente, observando-se com cuidado a resposta clínica e
eventuais evidências de intolerância. Após a remissão, a manutenção do medicamento pode ser necessária
por um período de tempo prolongado na dose que mantenha a remissão.
Se o paciente desenvolver efeitos colaterais discretos, deve-se reduzir a dose. O medicamento deve ser
suspenso imediatamente se ocorrerem efeitos colaterais graves ou manifestações alérgicas.
A duração do tratamento é conforme orientação médica.
Dose usual para adultos: 25 mg três ou quatro vezes ao dia; o tratamento deve ser iniciado com doses
baixas, aumentadas de acordo com a necessidade. Como esquema posológico alternativo, a dose diária
total pode ser administrada uma vez ao dia. Quando forem administradas doses diárias superiores a 100
mg, os níveis plasmáticos de nortriptilina deverão ser monitorizados e mantidos na faixa de 50-150
ng/mL. Não são recomendadas doses diárias superiores a 150 mg.
Pacientes idosos e adolescentes: 30 mg a 50 mg por dia, em 2 ou 3 administrações, ou a dose total diária
pode ser administrada uma vez ao dia.
Estudos clínicos com o cloridrato de nortriptilina não incluíram números suficientes de pacientes acima
de 65 anos para determinar se eles respondem diferentemente dos pacientes jovens. Outra experiência
clínica relatada indica que, assim como ocorre com outros antidepressivos tricíclicos, eventos adversos
hepáticos (caracterizados principalmente pela icterícia e aumento das enzimas do fígado) são observados
muito raramente em pacientes geriátricos, e mortes associadas ao dano no fígado colestático têm sido
relatadas isoladamente. A função cardiovascular, particularmente arritmias e flutuações na pressão
sanguínea, deve ser monitorada. Existem também relatos de estados de confusão seguidos da
administração de antidepressivos tricíclicos em idosos. Aumento da concentração plasmática do
metabólito ativo de nortriptilina, 10- hidroxinortriptilina, tem sido relatado também em pacientes idosos.
Assim como outros antidepressivos tricíclicos, a escolha da dose para este grupo de pacientes deve,
geralmente, ser limitada à menor dose diária total efetiva.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do
tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.
Se você se esquecer de tomar seu medicamento, tome assim que puder. Se estiver quase na hora da
próxima dose, espere até lá e então tome seu medicamento e pule a dose esquecida. Não tome
medicamento a mais para compensar a dose esquecida. Se você toma apenas uma dose na hora de dormir,
você não deve tomar a dose esquecida de manhã.
Sintomas de abstinência: embora essas manifestações não sejam indicativas de dependência, a suspensão
abrupta do medicamento após tratamento prolongado pode produzir náusea, cefaleia e indisposição.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.
Nota: na relação apresentada a seguir, estão incluídas algumas reações adversas que, não
necessariamente, foram relatadas com esta substância. Contudo, as similaridades farmacológicas entre os
medicamentos antidepressivos tricíclicos requerem que cada uma das reações discriminadas a seguir seja
considerada quando a nortriptilina for administrada.
Cardiovasculares
Aumento ou diminuição da pressão arterial, aumento da frequência cardíaca, palpitação, infarto do
miocárdio, ritmo irregular do coração, parada cardíaca, acidente vascular cerebral.
Psiquiátricas
Estados de confusão mental (principalmente em idosos) com alucinações, desorientação; ansiedade,
inquietação, agitação; insônia, pânico, pesadelos; hipomania; exacerbação de psicoses.
Neurológicas
Torpor, formigamentos, alteração de coordenação, alteração de equilíbrio, tremores; neuropatia periférica;
sintomas de incoordenação; convulsões, alteração do traçado de eletroencefalograma; zumbido.
Anticolinérgicas
Boca seca e, raramente, aumento do volume de glândulas debaixo da língua; visão turva, distúrbios da
acomodação visual, aumento do diâmetro das pupilas; intestino preso, retenção e diminuição da urina,
dilatação do trato urinário.
Alérgicas
Erupções na pele, pontos avermelhados na pele, urticária, coceira, fotossensibilidade (evitar excessiva
exposição à luz solar); inchaço (generalizado ou da face e da língua), aumento de temperatura da pele,
sensibilidade cruzada com outros tricíclicos.
Hematológicas
Depressão da medula óssea, inclusive agranulocitose; eosinofilia; púrpura; trombocitopenia.
Gastrintestinais
Náusea e vômito, anorexia, dor epigástrica, diarreia, alterações do paladar, estomatite, cólicas
abdominais, inflamação de língua.
Endócrinas
Aumento de volume das mamas em homens e mulheres, aumento da produção de leite pelas glândulas
mamárias em mulheres; aumento ou diminuição do desejo sexual, impotência sexual; inchaço testicular;
elevação ou redução da glicemia; síndrome da secreção inapropriada de HAD (hormônio antidiurético).
Outras
Icterícia (simulando quadro obstrutivo); alterações de função do fígado; ganho ou perda de peso; aumento
do suor; vermelhidão na face; aumento da frequência da necessidade de urinar durante o dia e durante à
noite; sonolência, tonturas, fraqueza, cansaço; dor de cabeça; inflamação das parótidas e queda de cabelo.
Sintomas de abstinência
Embora essas manifestações não sejam indicativas de dependência, a suspensão abrupta do medicamento
após tratamento prolongado pode produzir náusea, cefaleia e indisposição.
Fratura óssea
Os estudos epidemiológicos, realizados principalmente em pacientes com 50 anos de idade ou mais
mostram um aumento do risco de fraturas ósseas em pacientes que recebem ISRSs e antidepressivos
tricíclicos. O mecanismo que leva a esse risco é desconhecido.
Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis
pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.
DESTE MEDICAMENTO?
A superdose com esta classe de medicamentos pode ocasionar o óbito. A ingestão de múltiplas drogas
(incluindo álcool) é comum na superdose deliberada com antidepressivo tricíclico. É recomendável que o
médico consulte informações atualizadas sobre o tratamento, pois o gerenciamento é complexo e alterado
com frequência. Os sinais e sintomas de intoxicação surgem rapidamente após superdose com
antidepressivos tricíclicos, portanto, o pronto-socorro deve ser procurado imediatamente.
Sinais e sintomas
Manifestações clínicas de superdose incluem: alterações do ritmo cardíaco, aumento da pressão arterial
grave, choque, insuficiência cardíaca congestiva, edema pulmonar, convulsões e depressão do SNC,
incluindo coma. Alterações no eletrocardiograma, particularmente no eixo ou largura do QRS, são
indicadores clinicamente significantes de intoxicação por antidepressivos tricíclicos.
Outros sinais de superdose incluem: confusão, inquietação, dificuldade de concentração, alucinações
visuais transientes, pupilas dilatadas, agitação, reflexo hiperativo, estupor, sonolência, rigidez muscular,
vômito, diminuição ou aumento da temperatura ou quaisquer sintomas agudos listados em “Quais os
males que este medicamento pode me causar?”. Há relatos de pacientes recuperados de superdose de
até 525 mg.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e
leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar
de mais orientações.