Bula do Clotrimazol produzido pelo laboratorio Laboratório Farmacêutico da Marinha
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
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LFM-CLOTRIMAZOL
LABORATÓRIO FARMACÊUTICO DA MARINHA – LFM
CREME DERMATOLÓGICO
1%
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LFM-CLOTRIMAZOL 1% CREME
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
LFM-CLOTRIMAZOL 1% CREME – bisnaga 20g
DCB: CLOTRIMAZOL
APRESENTAÇÕES
Creme dermatológico contendo 10 mg de Clotrimazol em cada grama de creme. Embalagem contendo 20 g.
“USO EXTERNO”
“USO ADULTO E PEDIÁTRICO”
COMPOSIÇÃO
Cada 1 g de creme contém 10 mg de Clotrimazol.
Componentes inertes: água purificada, cera auto-emulsificante, vaselina sólida, propilenoglicol e metilparabeno.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Dermatomicoses causadas por dermatófitos, leveduras, fungos, etc. (por ex.: Tinea pedis, Tinea manuum,
Tinea corporis, Tinea inguinalis, Pityriasis versicolor) e eritrasma.
Infecções dos genitais externos e áreas adjacentes na mulher, assim como inflamação da glande e
prepúcio do parceiro sexual causada por leveduras (vulvite e balanite por Candida).
A formulação de clotrimazol (creme 1%) mostrou índice de cura entre 69 e 92%, dependendo do tipo de infecção
fúngica. A tabela abaixo fornece uma visão dos índices médios de cura.
Tipo de infecção
fúngica
Índice de cura
clínica em
estudos abertos
Índice de cura clínica
em estudos duplo-cegos
Índice de cura em
estudos duplo-cegos
Dermatomicose em
geral
1% creme 69% (6) --------------------- 1% creme 88% (4)
Infecções por
dermatófitos
1% creme 72% (9) 1% creme 72% (18) 1% creme 78% (23)
Candidíase de pele 1% creme 88% (12) 1% creme 82% (11) 1% creme 78% (15)
Pitiríase versicolor 1% creme 92% (8) 1% creme 80% (5) 1% creme 91% (8)
Eritrasma 1% creme 91% (4) 1% creme 88% (3) -----------------------
O clotrimazol, princípio ativo de LFM-Clotrimazol, é um derivado imidazólico com amplo espectro de atividade
antimicótica.
Mecanismo de ação
O clotrimazol age contra fungos por meio da inibição da síntese do ergosterol. A inibição da síntese do ergosterol
causa dano estrutural e funcional da membrana citoplasmática.
Propriedades Farmacodinâmicas
LFM-Clotrimazol possui amplo espectro de ação antimicótica in vitro e in vivo, que inclui dermatófitos,
leveduras, fungos, etc.
Sob condições apropriadas de teste, os valores da CIM para esses tipos de fungos estão na faixa inferior a 0,062 -
8,0 µg/ml de substrato. O modo de ação do clotrimazol é primariamente fungistático ou fungicida, dependendo da
concentração de clotrimazol no local da infecção. A atividade in vitro é limitada aos elementos fúngicos em
proliferação; os esporos de fungos são apenas levemente sensíveis.
Além de sua ação antimicótica, LFM-Clotrimazol também age sobre Trichomonas vaginalis, microrganismos
gram-positivos (estreptococos / estafilococos) e microorganismos gram-negativos (Bacteroides / Gardnerella
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vaginalis). In vitro, o clotrimazol inibe a multiplicação de Corynebacteria e de cocos gram-positivos com exceção
dos enterococos - nas concentrações de 0,5-10 µg/ml de substrato - e exerce ação tricomonicida na concentração
de 100 µg/ml.
São muito raras as variantes de resistência primária de espécies de fungos sensíveis. Até o momento, foi
observado o desenvolvimento de resistência secundária por fungos, sob condições terapêuticas, somente em casos
muito isolados.
Propriedades Farmacocinéticas
Pesquisas farmacocinéticas após aplicação dermatológica demonstraram que o clotrimazol é minimamente
absorvido para a circulação sanguínea pela pele intacta ou inflamada. O pico das concentrações plasmáticas de
clotrimazol ficou abaixo do limite de detecção de 0,001 µg/ml, sugerindo que o clotrimazol aplicado topicamente
na pele provavelmente não leve a efeitos sistêmicos mensuráveis ou a efeitos colaterais.
Dados de segurança pré-clínicos
Estudos toxicológicos em diferentes animais com aplicação intravaginal ou local mostraram boa tolerabilidade
vaginal e local.
Dados pré-clínicos baseados em estudos convencionais de toxicidade de dose única e repetida não revelaram risco
especial ao homem, nem genotoxicidade e toxicidade na reprodução.
Hipersensibilidade ao clotrimazol ou a qualquer outro componente da formulação.
Não há contraindicações relativas a faixas etárias para o uso de LFM-Clotrimazol creme.
LFM-Clotrimazol creme pode reduzir a eficácia e a segurança de produtos à base de látex, como preservativos e
diafragmas, quando aplicado sobre a área genital (mulheres: genitais externos e áreas adjacentes da vulva;
homens: prepúcio e glande do pênis). Também pode reduzir a eficácia de espermicidas vaginais, utilizados como
método anticoncepcional. O efeito é temporário e ocorre somente durante o tratamento.
Evite o contato com os olhos. Não ingerir.
Nenhum efeito tem sido observado na capacidade de dirigir veículos e operar máquinas.
Categoria de risco na gravidez: B
Embora não existam estudos clínicos controlados em mulheres grávidas, as pesquisas epidemiológicas não
fornecem indicação de que se possam esperar efeitos prejudiciais para a mãe e para a criança quando clotrimazol é
usado durante a gravidez.
No entanto, como qualquer outro medicamento, LFM-Clotrimazol creme deve ser usado nos 3 primeiros
meses de gravidez somente sob orientação médica.
“Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião –
LFM-CLOTRIMAZOL creme reduz a eficácia de outros medicamentos utilizados para tratar as micoses
(anfotericina e outros antibióticos polienos, como a nistatina e a natamicina).
Conservar em temperatura ambiente (15°C-30°C).
O prazo de validade do medicamento é de 24 meses a partir da data de sua fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
“Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.”
LFM-Clotrimazol creme apresenta-se na forma de creme branco e sem cheiro.
“Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.”
“Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.”
Para assegurar cura completa, dependendo da indicação, deve-se continuar o tratamento por cerca de duas
semanas após o desaparecimento dos sintomas subjetivos.
Geralmente os sintomas desaparecem após os seguintes períodos de tratamento:
Dermatomicoses 3-4 semanas
Eritrasma 2-4 semanas
Pitiríase versicolor 1-3 semanas
Vulvite e balanite por Candida 1-2 semanas
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Os pacientes devem procurar o seu médico se não houver melhora após 4 semanas de tratamento.
O creme é aplicado em camada fina 2 a 3 vezes por dia e delicadamente friccionado. Meio centímetro de
comprimento de creme é suficiente para tratar uma área aproximadamente igual à palma da mão.
As reações adversas estão baseadas nos relatos espontâneos, assim a organização por categoria de frequência de
acordo com CIOMS III (Conselho de Organizações Internacionais de Ciências Médicas) não é possível.
Distúrbios do sistema imune
Reações alérgicas (síncope, hipotensão, dispnéia e urticária)
Distúrbios da pele e tecido subcutâneo
Bolhas, desconforto/dor, edema, irritação, descamação/ esfoliação, prurido, erupção cutânea e ardor/queimação.
“Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA,
disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal e
entre em contato com o setor de Farmacovigilância do Laboratório Farmacêutico da Marinha pelo telefone
(21) 3860-2859.”