Bula do Diabecontrol para o Profissional

Bula do Diabecontrol produzido pelo laboratorio Sanval Comércio e Indústria Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Diabecontrol
Sanval Comércio e Indústria Ltda - Profissional

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BULA COMPLETA DO DIABECONTROL PARA O PROFISSIONAL

SSAANNVVAALL Comércio e Indústria Ltda.

Indústria Farmacêutica

R. Nicolau Alayon, 441 – Interlagos – CEP 04802-000 – PABX (11) 5660-4000 – FAX (11) 5666-8664 – São Paulo – SP

E-mail: registro@sanval.com.br

Bula Diabecontrol Cód 60609.0035 – R1

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I - IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO

Nome comercial: Diabecontrol

Nome genérico: clorpropamida

APRESENTAÇÕES

Comprimidos de 250 mg em embalagens contendo 30, 100 e 500 comprimidos.

VIA DE ADMINISTRAÇÃO: ORAL

USO ADULTO

COMPOSIÇÃO

Cada comprimido de Diabecontrol contém 250 mg de clorpropamida.

Excipientes: Lactose*, amido de milho, microcelulose, carbonato de cálcio, povidona (PVP K-30),

croscarmelose, lauril sulfato de sódio, estearato de magnésio, bióxido de silício, álcool.

* “Atenção: Este medicamento contém açúcar, portanto, deve ser utilizado com cautela em

portadores de Diabetes.”

II - INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES

Diabetes tipo 2

Clorpropamida comprimidos está indicado para uso em associação com uma dieta e exercícios para

melhorar o controle da glicemia em adultos com diabetes tipo 2.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

Resultados do Estudo Prospectivo de Diabetes do Reino Unido mostraram que clorpropamida apresenta

maior eficácia no tratamento da diabete do tipo 2 quando comparado ao uso da glibenclamida. Esse estudo

mostrou ainda que o uso de clorpropamida promove um atraso equivalente a um ano na necessidade de

terapia adicional para o controle da glicemia quando comparado ao uso da glibenclamida (Matthews et al,

1998; Rendell, 2004).

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Propriedades Farmacodinâmicas

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A clorpropamida é um hipoglicemiante oral, da classe da sulfonilureia. Embora a clorpropamida seja um

derivado sulfonamídico, é desprovida de atividade antibacteriana.

Mecanismo de ação

Seu exato mecanismo de ação não é completamente conhecido, mas não se trata de uma insulina oral.

Acredita-se que o mecanismo de ação da clorpropamida se dê através do estímulo da síntese e liberação da

insulina endógena, efeito dependente do funcionamento das células beta no pâncreas. O efeito

extrapancreático pode ser parte do mecanismo de ação das sulfonilureias orais.

Há evidências de que uma melhora na função das células beta-pancreáticas, com consequente melhora na

tolerância à glicose, pode ocorrer durante o tratamento prolongado com clorpropamida. Assim, em

indivíduos com diabetes mellitus assintomática, manifestada principalmente por uma tolerância anormal à

glicose, o uso continuado de clorpropamida pode resultar na “normalização” de sua tolerância à glicose.

A potência da clorpropamida é aproximadamente seis vezes a da tolbutamida. Alguns resultados

experimentais sugerem que sua eficácia aumentada pode ser o resultado de uma excreção mais lenta e da

ausência de uma desativação significativa.

Propriedades Farmacocinéticas

A clorpropamida é rapidamente absorvida pelo trato gastrintestinal. Dentro de uma hora após a

administração de uma única dose oral, ela é prontamente detectável no sangue, sendo que os níveis séricos

máximos são alcançados dentro de 2 a 4 horas. É metabolizada em humanos e é excretada na urina como

fármaco inalterado e como metabólitos hidroxilados ou hidrolisados. A meia-vida biológica do

medicamento é, em média, de 36 horas. Nas primeiras 96 horas, 80 a 90% de uma única dose oral é

excretada na urina. No entanto, a administração em longo prazo de doses terapêuticas não produz acúmulo

no sangue, desde que as taxas de absorção e excreção tornem-se estáveis em aproximadamente 5 a 7 dias

após o início do tratamento.

A clorpropamida exerce um efeito hipoglicemiante em indivíduos normais dentro de 1 hora, tornando-se

máximo em 3 a 6 horas e persistindo por, no mínimo, 24 horas.

Dados de Segurança Pré-Clínicos

Estudos de toxicidade crônica foram realizados em cães e ratos. Os cães foram tratados por 6, 13 ou 20

meses com doses de clorpropamida 20 vezes a dose recomendada para humanos, não tendo apresentado

grandes alterações histológicas ou patológicas. Após o tratamento com 100 mg/kg de clorpropamida, por

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20 meses, nenhum cão apresentou alterações histopatológicas hepáticas. Os ratos tratados continuamente

por 6 a 12 meses apresentaram vários graus de supressão de espermatogênese com altas doses (até 125

mg/kg). O grau de supressão pareceu seguir a extensão do retardo no crescimento associado com a

administração crônica de doses

altas de clorpropamida em ratos.

Testes pré-clínicos determinaram a DL50 oral de 1.675 mg/kg para camundongos, 800 mg/kg em cães e

2.390 mg/kg em ratos.

Efeitos teratogênicos: não foram realizados estudos de reprodução animal com clorpropamida.

4. CONTRAINDICAÇÕES

Clorpropamida é contraindicado a pacientes portadores de:

1. Conhecida hipersensibilidade a qualquer componente da fórmula;

2. Cetoacidose diabética com ou sem coma. Esta condição deve ser tratada com insulina;

3. Diabetes tipo 1.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

Deficiência de G6PD

Visto que a clorpropamida pertence à classe das sulfonilureias, deve-se ter cuidado ao usá-la em pacientes

com deficiência de G6PD. O tratamento de pacientes com deficiência de G6PD com sulfonilureias pode

levar à anemia hemolítica e uma alternativa não sulfonilureia deve ser considerada.

Hipoglicemia

Todas as sulfonilureias, incluindo clorpropamida, são capazes de produzir hipoglicemia grave, que pode

resultar em coma e necessidade de hospitalização. Pacientes com hipoglicemia devem ser tratados com

terapia adequada com glicose e serem monitorados por, no mínimo, 24 a 48 horas (vide item 10.

Superdosagem).

Seleção de pacientes, posologia e instruções adequadas são importantes para evitar episódios de

hipoglicemia.

Uma ingestão regular de carboidratos é importante para evitar que eventos de hipoglicemia ocorram quando

uma refeição é atrasada ou quando for ingerida uma quantidade insuficiente de comida ou, ainda, quando a

ingestão de carboidratos não for balanceada.

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Insuficiência renal ou hepática pode afetar a disponibilidade da clorpropamida e pode também diminuir a

capacidade de gliconeogênese; ambas podem aumentar ainda o risco de ocorrer reações hipoglicemiantes

graves.

Pacientes idosos, debilitados ou desnutridos, e aqueles com insuficiência suprarrenal ou pituitária, são

particularmente suscetíveis à ação hipoglicemiante dos fármacos redutores de glicose. A hipoglicemia pode

ser difícil de ser reconhecida em idosos e em pessoas que estão sob tratamento com fármacos bloqueadores

beta-adrenérgicos. A hipoglicemia comumente ocorre quando há deficiência de ingestão calórica, após

exercícios intensos ou prolongados, durante ingestão alcoólica ou quando mais de um fármaco redutor de

glicose é utilizado.

Devido à longa meia-vida da clorpropamida, pacientes que se tornam hipoglicêmicos durante o tratamento

com clorpropamida requerem uma cuidadosa supervisão da dose e intervalos curtos entre as refeições por,

no mínimo, 3 a 5 dias. Hospitalização e glicose intravenosa podem ser necessárias.

Perda do controle da glicemia no sangue

Quando um paciente estabilizado, sob qualquer tratamento para diabetes, se expuser a condições de estresse

tais como febre, trauma, infecção ou cirurgia, pode haver perda do controle da glicemia. Nestes casos, pode

ser necessário interromper o uso de clorpropamida e administrar insulina.

Com o passar do tempo, a eficácia de qualquer hipoglicemiante oral, inclusive clorpropamida, na redução da

glicose no sangue até níveis desejados, diminui em muitos pacientes, o que pode ser devido à progressão da

doença ou diminuição da resposta ao fármaco. Esse fenômeno é considerado como falha secundária, o que

se diferencia da falha primária, na qual o fármaco é ineficaz em um paciente individual quando a mesma é

administrada pela primeira vez. Ajustes adequados na dose e adesão à dieta devem ser avaliados antes de

classificar o paciente como falha secundária.

Testes Laboratoriais

A dosagem sanguínea de hemoglobina glicada deve ser realizada periodicamente.

Informação ao Paciente

O paciente deve ser informado dos potenciais riscos e benefícios de clorpropamida e dos outros tratamentos

alternativos. O paciente também deve ser orientado sobre a importância da dieta, dos exercícios regulares e

dos exames regulares de dosagem de glicose no sangue.

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O risco de hipoglicemia, seus sintomas e tratamento, e condições que predispõem o seu surgimento, devem

ser explicados aos pacientes e responsáveis familiares. As falhas primárias e secundárias devem também ser

informadas.

O paciente deve ser instruído a procurar imediatamente seu médico se houver qualquer sintoma de

hipoglicemia ou outras reações adversas.

Efeitos na Habilidade de Dirigir e Operar Máquinas

O efeito de clorpropamida na habilidade de dirigir e operar máquinas não foi estudado. Entretanto, não há

evidência que sugira que a clorpropamida possa afetar essas habilidades. Os pacientes devem ficar atentos

para os sintomas de hipoglicemia e tomar cuidado ao dirigir e operar máquinas.

Uso durante a Gravidez

Não se sabe se clorpropamida pode prejudicar o feto quando administrado a mulheres grávidas, ou se pode

afetar a capacidade de reprodução.

Clorpropamida só deve ser administrado durante a gravidez se o benefício potencial justificar o risco

potencial para a paciente e para o feto.

Uma vez que os dados sugerem que os níveis anormais de glicose no sangue durante a gravidez estão

associados a uma maior incidência de anormalidades congênitas, muitos especialistas recomendam o uso da

insulina durante a gravidez para manter os níveis glicêmicos o mais próximo possível da normalidade.

Hipoglicemia grave por tempo prolongado (4 a 10 dias) foi relatada em recém-nascidos de mães que

receberam sulfonilureias na época do parto. Isto foi mais frequentemente relatado com o uso de agentes com

meias-vidas prolongadas. Se clorpropamida for usado durante a gravidez, o mesmo deverá ser

descontinuado pelo menos um mês antes da data esperada do parto e outra terapia deve ser instituída para

manter o nível sanguíneo de glicose o mais próximo do normal.

Clorpropamida é um medicamento classificado na categoria C de risco de gravidez. Portanto, este

medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica.

Uso durante a Lactação

Uma análise da composição de duas amostras de leite materno, tiradas cinco horas após a ingestão de 500

mg de clorpropamida por uma paciente, revelou uma concentração de 5 mcg/mL. Para referência, o pico

sanguíneo normal de clorpropamida após a ingestão de uma dose única de 250 mg é de 30 mcg/mL.

Portanto, não se recomenda que a mulher amamente enquanto estiver tomando a medicação.

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Uso em Crianças

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Os produtos abaixo podem levar à hipoglicemia:

A ação hipoglicemiante das sulfonilureias pode ser potencializada por alguns fármacos, incluindo fármacos

antiinflamatórios não esteroides e outros agentes que são altamente ligados a proteínas, salicilatos,

sulfonamidas, cloranfenicol, probenecida, cumarínicos, inibidores da monoaminoxidase e agentes

bloqueadores betaadrenérgicos.

Quando tais fármacos são administrados a um paciente recebendo clorpropamida, o mesmo deve ser

observado atentamente quanto à hipoglicemia. Quando tais fármacos são retirados de um paciente

recebendo clorpropamida, este deve ser cuidadosamente observado quanto à perda de controle.

Antifúngicos

- voriconazol: embora não estudado, o voriconazol pode aumentar os níveis plasmáticos de sulfonilureias

(por ex., tolbutamida, glipizida e glibenclamida) e, portanto, causar hipoglicemia. Recomenda-se

monitoramento cuidadoso da glicose sanguínea durante a coadministração.

- miconazol: uma interação potencial entre o miconazol oral e os agentes hipoglicêmicos orais levando a

hipoglicemia grave foi relatada com algumas sulfonilureias. Não se sabe se essa interação também ocorre

com preparações de miconazol intravenosas, tópicas ou vaginais.

Álcool

Em alguns pacientes pode-se produzir uma reação tipo dissulfiram devido à ingestão de álcool. Doses de

álcool moderadas a grandes podem aumentar o risco de hipoglicemia.

Os produtos abaixo podem levar à hiperglicemia:

Alguns fármacos tendem a produzir hiperglicemia levando à perda de controle. Esses fármacos incluem as

tiazidas e outros diuréticos, corticosteroides, fenotiazinas e agentes derivados da tiroide, estrogênios,

contraceptivos orais, fenitoína, ácido nicotínico, simpatomiméticos, agentes bloqueadores dos canais de

cálcio e isoniazida.

Quando tais substâncias são administradas a pacientes recebendo clorpropamida, os mesmos devem ser

cuidadosamente observados quanto à perda de controle. Quando essas substâncias forem descontinuadas

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em pacientes recebendo clorpropamida, os mesmos deverão ser também cuidadosamente observados quanto

à hipoglicemia.

Testes de laboratório

Clorpropamida não interfere com testes usuais para detectar albumina na urina.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Diabecontrol deve ser conservado em temperatura ambiente (entre 15 e 30ºC), protegido da luz e umidade e

pode ser utilizado por 24 meses a partir da data de fabricação.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem externa.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido.

Guarde-o em sua embalagem original.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

Características físicas e organolépticas: comprimido branco, circular abaulado sem vinco.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

1. Não existe um regime posológico fixo para o tratamento de diabetes tipo 2 com clorpropamida ou outros

agentes hipoglicêmicos. A glicose sanguínea do paciente deverá ser monitorada periodicamente para

determinar a sua dose mínima eficaz, para detectar falha primária, isto é, resposta hipoglicemiante

inadequada à máxima dose recomendada, e falha secundária, isto é, perda da resposta hipoglicemiante

adequada após um período inicial de eficácia.

2. O nível de hemoglobina glicada deverá ser também avaliado ao se analisar a resposta do paciente ao

tratamento.

3. A administração em curto prazo de clorpropamida poderá ser suficiente durante períodos transitórios de

perda de controle em pacientes geralmente bem controlados com a dieta. A dose total diária é geralmente

tomada uma única vez, junto com café da manhã. Ocasionalmente, casos de intolerância gastrintestinal

poderão ser reduzidos ao se dividir a dose diária.

4. UMA DOSE DE ATAQUE INICIAL NÃO É NECESSÁRIA E NÃO DEVE SER ADMINISTRADA.

5. Ao se iniciar o tratamento de pacientes com diabetes tipo 2, deve-se enfatizar o uso de dieta como

primeira forma de tratamento. Restrição calórica e perda de peso são essenciais no tratamento do paciente

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diabético obeso. A dieta isolada pode ser eficaz no controle de glicemia e nos sintomas de hiperglicemia. A

importância das atividades físicas regulares deve ser também enfatizada e os fatores de riscos

cardiovasculares devem seridentificados e medidas corretivas aplicadas quando possível.

O uso de clorpropamida deve ser visto pelo clínico e pelo paciente como um tratamento adicional à dieta, e

não como substituto à dieta ou como mecanismo conveniente para se evitar restrições da dieta. Além disso,

a perda do controle glicêmico sob dieta controlada pode ser transitória, requerendo uma administração de

clorpropamida por curto prazo.

6. Ao considerar o uso de clorpropamida em pacientes assintomáticos, deve-se observar que o controle da

glicemia em pacientes com diabetes tipo 2 não dependente de insulina ainda não foi definitivamente

estabelecido como eficaz na prevenção das complicações cardiovasculares ou neurológicas a longo prazo do

diabetes.

7. Alguns pacientes demonstraram resposta inicial inadequada (falha primária) ou perda gradativa da

resposta às sulfonilureias (falha secundária), incluindo clorpropamida. Alternativamente, clorpropamida

pode ser efetivo em alguns pacientes que não responderam, ou tiveram a resposta cessada às sulfonilureias.

Pacientes que necessitem doses elevadas ou uso frequente de outros hipoglicemiantes orais podem ter

controle facilitado com o uso de clorpropamida.

8. Seleção de pacientes: o paciente mais adequado ao tratamento é aquele com diabetes tipo 2, estável e não

controlável somente por dieta. História anterior de coma diabético não se contrapõe necessariamente ao

sucesso do controle terapêutico com clorpropamida. Um período de observação pode ser indicado para

determinados pacientes, dos quais se esperaria uma resposta a este tipo de medicação, mas nos quais

fracassaram as tentativas iniciais, ou após estarem recebendo outras sulfonilureias, ou em pacientes cujo

controle do diabetes com tais agentes não tenha sido satisfatório. Clorpropamida pode mostrar-se eficaz e

proporcionar um melhor controle deste tipo de diabetes. A avaliação final da resposta em pacientes

qualificados como candidatos ao tratamento com clorpropamida consiste numa experiência terapêutica de

pelo menos 7 dias. Durante este período, a ausência de cetonúria juntamente com um controle satisfatório

indica que o paciente é responsivo e capaz de ser controlado com o medicamento. Entretanto, o

desenvolvimento de cetonúria dentro do período de 24 horas após a retirada da insulina, em geral, indica

uma resposta insuficiente. O paciente será considerado não responsivo caso não apresente redução

satisfatória da glicemia ou deixe de obter uma melhora clínica objetiva ou subjetiva, ou caso apresente

cetonúria ou glicosúria. A insulina é indicada no tratamento destes pacientes.

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Tratamento inicial

O paciente diabético estável de meia idade, com diabetes tipo 2 de grau leve a moderadamente grave, deve

iniciar com a dose diária de 250 mg (um comprimido).

Não é necessário um período de transição ao transferir pacientes em uso de outros hipoglicemiantes orais

para clorpropamida. O medicamento anterior pode ser descontinuado em qualquer ocasião, e a

clorpropamida iniciada imediatamente. Ao prescrever a clorpropamida, deverá ser dada a devida

consideração a sua maior potência.

A grande maioria dos pacientes de meia idade com diabetes tipo 2, estável, de grau leve ou moderadamente

grave, em tratamento com insulina, pode passar a usar diretamente o medicamento oral, com descontinuação

imediata da insulina. Nos pacientes que necessitam de mais de 40 unidades diárias de insulina, o tratamento

com clorpropamida pode ser iniciado com uma redução de 50% de insulina durante os primeiros dias, e com

reduções subsequentes dependendo da resposta.

Durante o período de retirada da insulina, o paciente deve fazer o automonitoramento para avaliar os níveis

de glicose, pelo menos três vezes ao dia. No caso de resultados anormais, o médico deve ser notificado

imediatamente. Em alguns casos é aconselhável considerar a hospitalização durante o período de transição.

Cinco a sete dias após o início do tratamento, o nível sérico de clorpropamida atinge um platô. A dosagem

pode ser subsequentemente ajustada para aumento ou redução, sendo que os aumentos não deverão ser

superiores a 50-125 mg em intervalos de 3 a 5 dias para obtenção do controle ideal. Ajustes mais freqüente

em geral não são aconselháveis.

Terapia de manutenção

A maioria dos pacientes de meia idade com diabetes tipo 2, estável, moderadamente grave é controlada com

aproximadamente 250 mg diários (1 comprimido). Vários investigadores constataram que alguns pacientes

com diabetes de menor intensidade são bem controlados com doses diárias de 125 mg (1/2 comprimido) ou

menos.

Muitos dos pacientes diabéticos mais graves podem requerer 500 mg diários (2 comprimidos) para um

controle adequado.

OS PACIENTES QUE NÃO RESPONDEM ADEQUADAMENTE À DOSE DE 500 mg DIÁRIOS

GERAL NÃO RESPONDERÃO A DOSES MAIS ELEVADAS.

Doses de manutenção superiores a 750 mg diários (3 comprimidos) devem ser evitadas.

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Uso em pacientes idosos e pacientes com alto risco

Para diminuir o risco de hipoglicemia em pacientes de risco incluindo pacientes idosos, debilitados ou

desnutridos, pacientes com ingestão calórica irregular e pacientes com distúrbios da função renal ou

hepática, a dose inicial e de manutenção deverá ser conservadora para evitar reações hipoglicemiantes (vide

item 5.

Advertências e Precauções e item 8. Posologia e Modo de Usar – Terapia Inicial).

Devido ao fato do paciente diabético geriátrico parecer ser mais sensível ao efeito hipoglicêmico das

sulfonilureias, seu tratamento deve ser iniciado com doses menores de clorpropamida: 125 mg diários.

Clorpropamida em pacientes com Diabetes Insipidus

Alguns estudos até esta data demonstraram que a clorpropamida também é útil no tratamento do diabetes

insipidus idiopático.

No tratamento de diabetes insipidus a dose diária normalmente utilizada é de 125 a 500 mg. Devido ao risco

de desenvolvimento de hipoglicemia nestes pacientes, é aconselhável iniciar o tratamento com a dose mais

baixa, ajustando-a gradativamente conforme necessário. Os pacientes sob tratamento devem ser orientados

quanto à possibilidade e tratamento de reações hipoglicemiantes, especialmente durante infecções

intercorrentes ou outros períodos de redução da ingestão de alimentos. Em tais circunstâncias a terapia com

clorpropamida deve ser imediatamente descontinuada e o médico comunicado.

O médico deve manter-se permanentemente consciente da possibilidade de ocorrência de reações

hipoglicemiantes nestes pacientes, particularmente quando doenças não relacionadas ou outras causas

implicarem na redução da ingestão de alimentos. Em tais casos, clorpropamida deve ser temporariamente

descontinuado e o tratamento deve ser substituído por hormônio antidiurético.

9. REAÇÕES ADVERSAS

A maioria das reações adversas está associada à dose, é transitória e responde bem à redução da dose ou a

descontinuação do medicamento. Entretanto, a experiência clínica tem até então demonstrado que, assim

como ocorre com outras sulfonilureias, algumas reações adversas associadas à hipersensibilidade podem ser

graves, sendo que alguns óbitos foram relatados.

Sistema sanguíneo e linfático: leucopenia, agranulocitose, trombocitopenia, anemia hemolítica, anemia

aplática, pancitopenia.

Endócrino: secreção inapropriada do hormônio antidiurético.

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Metabolismo e nutrição: hiponatremia, hipoglicemia, intolerância ao álcool, redução do apetite.

Sistema nervoso: tontura, dor de cabeça.

Gastrintestinal: diarreia, vômito, náusea, distúrbios gastrintestinais.

Hepato-biliar: icterícia colestática.

Pele e tecido subcutâneo: urticária, rash maculopapular, reações de fotossenssibilidade, eritema

multiforme, dermatite esfoliativa, prurido, dermatite alérgica, rash.

Congênito, familiar e genético: porfiria não aguda.

Geral: fome.

Laboratorial: teste laboratorial anormal, redução da osmolaridade sanguínea, aumento da osmolaridade

urinária.

Distúrbios gastrintestinais tendem a ser relacionados à dose e desaparecem quando a dose é reduzida.

Reações dermatológicas podem ser transitórias e podem desaparecer apesar do uso contínuo de

clorpropamida. Se as reações persistirem, o medicamento deve ser descontinuado.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.