Bula do Espironolactona produzido pelo laboratorio Eurofarma Laboratórios S.a.
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
ESPIRONOLACTONA
Eurofarma Laboratórios S.A.
25 mg e 50 mg
COMPRIMIDO SIMPLES
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25/7/2013
RDC Nº 47 de 08/09/2009
espironolactona
Medicamento genérico Lei nº 9.787, de 1999.
Comprimido
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÕES:
Embalagens com 30 comprimidos contendo 25 mg ou 50 mg de espironolactona.
USO ORAL
USO ADULTO E PEDIÁTRICO
COMPOSIÇÃO:
Cada comprimido de espironolactona 25 mg contém:
espironolactona ........................... 25 mg
excipientes q.s.p.* ........................ 1 comprimido
*Excipientes: sulfato de cálcio di-hidratado, amido, povidona, estearato de magnésio.
Cada comprimido de espironolactona 50 mg contém:
espironolactona ........................... 50 mg
excipientes q.s.p.* ....................... 1 comprimido
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Espironolactona comprimidos é indicada para o tratamento da hipertensão essencial; distúrbios edematosos, tais
como: edema e ascite da insuficiência cardíaca congestiva, cirrose hepática e síndrome nefrótica; edema
idiopático; como terapia auxiliar na hipertensão maligna; na hipopotassemia quando outras medidas forem
consideradas impróprias ou inadequadas; profilaxia da hipopotassemia e hipomagnesemia em pacientes tomando
diuréticos, ou quando outras medidas forem inadequadas ou impróprias. Espironolactona é indicada para o
diagnóstico e tratamento do hiperaldosteronismo primário e tratamento pré-operatório de pacientes com
hiperaldosteronismo primário.
O Estudo Randomizado de Avaliação de espironolactona (RALES, na sigla em inglês) foi um estudo duplo-cego,
multinacional, em 1.663 pacientes com fração de ejeção ≤35%, história de insuficiência cardíaca classe IV da
New York Heart Association (NYHA, na sigla em inglês) de 6 meses e insuficiência cardíaca de classe III-IV na
época da randomização. Todos os pacientes deveriam estar tomando um diurético de alça e, se tolerado, um
inibidor da ECA. Pacientes com creatinina >2,5 mg/dL na linha de base ou um aumento recente de 25% ou com
potássio sérico >5,0 mEq/L na linha de base foram excluídos.
Os pacientes foram randomizados 1:1 para 25 mg de espironolactona por via oral uma vez ao dia ou ao placebo
correspondente. Consultas de seguimento e avaliações laboratoriais (incluindo potássio sérico e creatinina) foram
realizadas a cada quatro semanas durante as primeiras 12 semanas, a seguir a cada 3 meses durante o primeiro
ano e depois a cada 6 meses.
O endpoint primário do estudo RALES foi o tempo até o evento fatal de todas as causas. O RALES foi concluído
antecipadamente, após um acompanhamento médio de 24 meses, por causa do benefício sobre a mortalidade
detectado em uma análise intermediária planejada. As curvas de sobrevida por grupo de tratamento são
mostradas na Figura 1.
Figura 1. Sobrevida por grupo de tratamento no estudo RALES
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A espironolactona reduziu o risco de morte em 30% comparado ao placebo (p<0,001; intervalo de confiança de
95% de 18% a 40%). A espironolactona reduziu o risco de morte cardíaca, a morte primariamente súbita e a
morte por insuficiência cardíaca progressiva em 31% comparada ao placebo (p<0,001; intervalo de confiança de
95%, de 18% a 42%).
A espironolactona também reduziu o risco de hospitalização por causas cardíacas (definidas como piora da
insuficiência cardíaca, angina, arritmias ventriculares ou infarto do miocárdio) em 30% (p<0,001, intervalo de
confiança 95%, de 18% a 41%). Alterações na classe NYHA foram mais favoráveis com a espironolactona: no
grupo de espironolactona, a classe NYHA no final do estudo melhorou em 41% dos pacientes e piorou em 38%
comparado com melhora em 33% e piora em 48% no grupo placebo (P < 0,001).
Os índices de risco de mortalidade para alguns subgrupos são mostrados na Figura 2. O efeito favorável da
espironolactona na mortalidade se mostrou semelhante em ambos os sexos e em todos os grupos etários, exceto
em pacientes abaixo de 55 anos; não havia não brancos em número suficiente no estudo RALES para obter
qualquer conclusão sobre efeitos diferenciais por raça. O benefício da espironolactona se mostrou maior em
pacientes com níveis de potássio sérico baixos na linha de base e menor em pacientes com frações de ejeção
<0,2. Estas análises de subgrupo devem ser interpretadas com cautela.
Figura 2. Índices de risco de mortalidade por todas as causas por subgrupos no RALES
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Figura 2: o tamanho de cada caixa é proporcional ao tamanho da amostra e à frequência do evento. ACEI
significa inibidor da enzima conversora de angiotensina, LVEF significa fração de ejeção ventricular
esquerda, Cr Clearance significa clearance de creatinina e Ser Creatinine significa creatinina sérica.
A eficácia e tolerância de longo prazo de espironolactona na hipertensão essencial foram avaliadas entre 20.812
pacientes em um estudo prospectivo conduzido por Jeunemaitre e cols. Em pacientes tratados com
espironolactona sozinha durante um período de acompanhamento médio de 23 meses, uma dose média de 96,5
mg reduziu a pressão sistólica e a pressão diastólica em respectivamente, 18 e 10 mm Hg abaixo dos níveis pré-
tratamento. A redução da pressão arterial foi maior com doses de 75 a 100 mg (12,4% e 12,2%) do que com
doses de 25 a 50 mg (5,3 e 6,5%, p <0,001). O nível de creatinina plasmática aumentou modestamente (8,3
µmol/litro), assim como o nível de potássio plasmático (0,6 mmol/litro) (ambos <0,001); o nível de ácido úrico
aumentou, mas não significativamente (10,5 µmol/litro). Os níveis de glicose em jejum e de colesterol total não
mudaram, os níveis de triglicérides aumentaram ligeiramente (0,1 mmol/litro, p <0,05). Estas alterações foram
semelhantes em ambos os sexos e não foram influenciadas pela duração do acompanhamento. Os autores
concluíram que a espironolactona administrada na prática diária reduziu a pressão arterial sem induzir efeitos
adversos metabólicos.
Nishizaka e cols avaliaram o benefício anti-hipertensivo de adição de baixas doses de espironolactona a regimes
de múltiplos fármacos, que incluíram um diurético e um inibidor da enzima conversora de angiotensina (ECA)
ou um bloqueador do receptor de angiotensina (BRA) em pacientes com hipertensão resistente com e sem
aldosteronismo primário. A espironolactona em baixas doses foi associada com uma redução média adicional da
pressão arterial de 21 ± 21/10 ± 14 mm Hg após 6 semanas e 25 ± 20/12 ± 12 mm Hg no acompanhamento de 6
meses. A redução da pressão arterial foi semelhante em pacientes com e sem aldosteronismo primário e foi
aditiva ao uso de inibidores da ECA, BRAs e diuréticos. Os autores concluíram que baixas doses de
espironolactona proporcionam uma redução aditiva significativa da pressão arterial em pacientes afro--
americanos e brancos com hipertensão resistente, com e sem aldosteronismo primário.
Saruta e cols avaliaram 40 pacientes pré-operatoriamente com aldosteronismo primário devido a adenoma
examinando a gravidade da hipertensão, história familiar de hipertensão, idade dos pacientes, duração da
hipertensão, atividade da renina plasmática, concentração da aldosterona plasmática e eficácia de
espironolactona (100 mg por dia por 10 dias) na pressão arterial. Em 30 dos 40 pacientes a pressão arterial foi
reduzida para menos de 160/95 mm Hg dentro de um ano após adrenalectomia (respondedores). Em outros 10
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pacientes, a pressão arterial não foi reduzida marcadamente e permaneceu acima de 160/95 mm Hg (não-
respondedores). Foi observada uma redução da pressão arterial média de mais de 15 mm Hg após administração
de espironolactona em 29 dos 30 respondedores. O outro único paciente apresentou uma redução de 11 mm Hg
da pressão arterial média. Por outro lado, nenhum dos não respondedores mostrou uma redução da pressão
arterial média de mais de 15 mm Hg após a administração de espironolactona. A partir destes resultados os
autores concluíram que a resposta pré-operatória da pressão arterial à administração de 100 mg por dia de
espironolactona por 10 dias representa um indicador útil para o prognóstico pós-operatório de hipertensão em
pacientes com aldosteronismo primário devido a adenoma.
Propriedades Farmacodinâmicas
Mecanismo de Ação: a espironolactona é um antagonista farmacológico específico da aldosterona, atuando no
local de troca de íons sódio-potássio dependente de aldosterona, localizado no túbulo contornado distal do rim. A
espironolactona causa aumento das quantidades de sódio e água a serem excretados, enquanto o potássio é
retido.
A espironolactona atua como diurético e como anti-hipertensivo por este mecanismo. Ela pode ser administrada
sozinha ou com outros agentes diuréticos que atuam mais proximamente no túbulo renal.
Atividade antagonista da aldosterona: por aumento dos níveis de mineralocorticoides, a aldosterona está presente
no hiperaldosteronismo primário e secundário. Estados edematosos em que o aldosteronismo secundário é
usualmente envolvido incluem a insuficiência cardíaca congestiva, cirrose hepática e a síndrome nefrótica. Pela
competição com a aldosterona pelos receptores, a espironolactona promove uma terapia eficaz no tratamento de
edema e ascites nestas condições. A espironolactona atua contra o aldosteronismo secundário induzido pelo
volume de depleção e associado com a perda de sódio causado pela terapia diurética.
A espironolactona é efetiva na diminuição da pressão sanguínea sistólica e diastólica em pacientes com
hiperaldosteronismo primário. É também efetiva na maioria dos casos de hipertensão essencial apesar do fato da
secreção de aldosterona estar dentro dos limites normais no início da hipertensão essencial.
A espironolactona não demonstrou elevar as concentrações séricas de ácido úrico, precipitar crises de gota, ou
alterar o metabolismo dos carboidratos.
Propriedades Farmacocinéticas
A espironolactona é rápida e extensamente metabolizada. Produtos contendo enxofre constituem os principais
metabólitos e acredita-se serem os principais responsáveis, junto à espironolactona, pelos efeitos terapêuticos do
medicamento. Os dados farmacocinéticos foram obtidos de 12 voluntários saudáveis que receberam 100mg de
espironolactona diariamente por 15 dias. No décimo quinto dia, a espironolactona apresentou resultados
imediatamente na coleta de sangue após um café da manhã de baixa caloria.
Fator de Acumulação: AUC
(0-24h, 15º dia)/AUC (0-
24h, 1º dia)
Pico Máximo na
Concentração Sérica
Média (SD) Meia-vida pós-
estado de repouso
7-α-(tiometil)
espironolactona (TMS)
1,25 391ng/mL às 3,2hs 13,8h (6,4) (terminal)
6-β-hidroxi-7-α-(tiometil)
espironolactona (HTMS)
1,50 125ng/mL às 5,1hs 15,0hs (4,0) (terminal)
canrenona (C) 1,41 181ng/mL às 4,3hs 16,5 h (6,3) (terminal)
espironolactona 1,30 80ng/mL às 2,6hs Aproximadamente 1,4hs
(0,5) (β meia-vida)
A atividade farmacológica dos metabólitos da espironolactona no homem não é conhecida. Contudo, no rato
adrenalectomizado, as atividades antimineralocorticoides dos metabólitos C, TMS e HTMS, relativos à
espironolactona, foram 1,10, 1,28 e 0,32 respectivamente. Relativo à espironolactona, sua afinidade de ligação
ao receptor de aldosterona em lâmina de rim de rato foi 0,19, 0,86 e 0,06 respectivamente.
Em humanos, a potência do TMS 7-α-tioespironolactona na reversão dos efeitos do mineralocorticoide sintético,
fludrocortisona, na composição eletrolítica urinária foram 0,33 e 0,26 respectivamente, relativo à
espironolactona. Contudo, visto que as concentrações séricas deste esteroide não foram determinadas, sua
incompleta absorção e/ou metabolismo de primeira passagem não poderia ser excluído como uma razão para sua
reduzida atividade in vivo.
A espironolactona e seus metabólitos são mais de 90% ligados a proteínas plasmáticas. Os metabólitos são
excretados primariamente na urina e secundariamente na bile.
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O efeito de alimentos na absorção da espironolactona foi avaliado em estudo de dose única em 9 (nove)
voluntários saudáveis que não fazem uso de medicação. O alimento aumentou a biodisponibilidade da
espironolactona não metabolizado por aproximadamente 100%. A importância clínica deste achado não é
conhecida.
Dados de Segurança Pré-Clínicos, Carcinogênese, mutagênese e diminuição da fertilidade:
A espironolactona administrada oralmente demonstrou ser um tumorígeno em estudos de administração na dieta
realizados com ratos, com seus efeitos proliferativos manifestados nos órgãos endócrinos e no fígado. Em estudo
de 18 meses utilizando doses de espironolactona de 50, 150 e 500 mg/kg/dia, houve um aumento
estatisticamente significativo em adenomas benignos de tireoide e testículos e, em ratos machos, um aumento
relacionado à dose nas alterações proliferativas no fígado (incluindo hepatomegalia e nódulos hiperplásicos). Em
um estudo de 24 meses no qual a mesma espécie de ratos recebeu doses de 10, 30, 100 e 150 mg/kg/dia de
espironolactona, a faixa de efeitos proliferativos incluíram um aumento significativo de adenomas
hepatocelulares e células de tumor intersticial testicular em machos, e um aumento significativo de células de
adenoma folicular na tireoide e carcinomas em ambos os sexos. Há aumento estatisticamente significativo
também, porém, não relacionado à dose, em pólipos estruma endometrial uterino em fêmeas.
Foi observada incidência de leucemia mielocística relacionada à dose (acima de 20 mg/kg/dia), em ratos
alimentados diariamente com doses de canrenoato de potássio (um componente quimicamente similar a
espironolactona e cujo principal metabólito, canrenona, é também um principal produto da espironolactona no
homem), por um período de um ano. Em estudos de 2 anos em ratos, a administração oral de canrenoato de
potássio foi associada com leucemia mielocística e hepática, tireoide e tumores testiculares e mamários.
Nem espironolactona ou canrenoato de potássio produziram efeitos mutagênicos em testes utilizando bactérias
ou leveduras. Na ausência de ativação metabólica, nem espironolactona ou canrenoato de potássio se mostraram
mutagênicos em testes mamários in vitro. Na presença de ativação metabólica, foi relatado que a espironolactona
apresenta resultados negativos em alguns testes mutagênicos mamários in vitro e inconclusivos (mas
ligeiramente positivo) para mutagenicidade em outros testes mamários in vitro. Na presença de ativação
metabólica, canrenoato de potássio tem sido reportado resultados positivos para mutagenicidade em alguns testes
mamários in vitro, inconclusivo em alguns e negativo em outros.
Em um estudo de reprodução de 3 gerações no qual ratas fêmeas receberam doses diárias de 15 e 50 mg de
espironolactona/kg/dia, não houve efeitos no acasalamento e fertilidade, mas houve um pequeno aumento na
incidência de filhotes natimortos com doses de 50 mg/kg/dia. Quando injetado em ratas fêmeas [100 mg/kg/dia
por 7 dias via intraperitoneal (i.p.)] de espironolactona, parece aumentar o comprimento do ciclo estral pelo
prolongamento diestro durante o tratamento e induzindo constante diestro durante o período de observação pós-
-tratamento de duas semanas. Estes efeitos foram associados ao retardo do desenvolvimento do folículo ovariano
e uma redução dos níveis de estrógeno circulantes, que poderia ser esperado prejudicar o acasalamento,
fertilidade e fecundidade. A espironolactona (100mg/kg/dia), administrado via i.p. em camundongos fêmeas
durante um período de duas semanas de coabitação com machos não tratados, diminuiu o número de
concebimentos do acasalamento (este efeito mostrou ser causado pela inibição da ovulação) e diminuição do
número de embriões implantados e daqueles que se tornaram uma gravidez (este efeito mostrou ser causado por
uma inibição da implantação), e dose de 200mg/kg, também aumentou o período de latência para o
acasalamento.
Espironolactona é contraindicada à pacientes com insuficiência renal aguda, diminuição significativa da função
renal, anúria e hiperpotassemia ou outras condições associadas à hiperpotassemia, doença de Addison ou
hipersensibilidade à espironolactona ou de qualquer outro componente da fórmula, ou com uso concomitante de
eplerenona.
Gerais
O uso concomitante de espironolactona e outros diuréticos poupadores de potássio, inibidores da ECA (enzima
conversora de angiotensina), antagonistas da angiotensina II, bloqueadores da aldosterona, heparina, heparina de
baixo peso molecular ou outras drogas que possam causar hiperpotassemia, suplementos de potássio, uma dieta
rica em potássio ou substitutos do sal contendo potássio podem levar à hiperpotassemia grave.
É aconselhável realizar uma avaliação periódica dos eletrólitos séricos, tendo em vista a possibilidade de
hiperpotassemia, hiponatremia e uma possível elevação transitória da ureia plasmática especialmente em
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pacientes idosos e/ou com distúrbios preexistentes da função renal ou hepática, para os quais a relação
risco/benefício deve ser considerada.
Acidose metabólica hiperclorêmica reversível, usualmente em associação com hiperpotassemia, foi relatada em
alguns pacientes com cirrose hepática descompensada, mesmo quando a função renal é normal.
Uso Durante a Gravidez e Lactação
A espironolactona não apresentou efeitos teratogênicos em camundongos. Coelhos que receberam
espironolactona apresentaram taxa de concepção reduzida, aumento da taxa de reabsorção e número menor de
nascimentos vivos.
Nenhum efeito embriotóxico foi observado em ratos aos quais houve administração de altas doses de
espironolactona, no entanto, houve relato de hipoprolactinemia limitada e relacionada à dose, assim como
diminuição dos pesos da próstata ventral e da vesícula seminal em machos e aumento da secreção de hormônio
luteinizante e dos pesos ovariano e uterino em fêmeas. Feminização da genitália externa em fetos masculinos foi
relatada em outro estudo em ratos.
A espironolactona e seus metabólitos podem atravessar a barreira placentária. Não há estudos em mulheres
grávidas. A espironolactona deve ser usada durante a gravidez somente se o potencial benéfico justificar o risco
potencial para o feto.
A canrenona, um metabólito ativo e principal da espironolactona, aparece no leite materno. Devido a muitos
fármacos serem excretados no leite materno e devido ao desconhecido potencial para eventos adversos sobre o
lactante, uma decisão deve ser tomada em relação à descontinuação do tratamento levando-se em conta a
importância do fármaco para a mãe. Caso o uso de espironolactona durante o período da amamentação seja
considerado essencial, um método alternativo de alimentação para a criança deve ser instituído.
Espironolactona é um medicamento classificado na categoria C de risco de gravidez. Portanto, este
medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-
dentista.
Efeitos na Capacidade de Dirigir e Operar Máquinas
Sonolência e tontura ocorrem em alguns pacientes. É recomendada precaução ao dirigir ou operar máquinas até
que a resposta inicial ao tratamento seja determinada.
Há casos relatados de hiperpotassemia grave em pacientes que fazem uso de diuréticos poupadores de potássio,
incluindo espironolactona e inibidores da ECA ou outras drogas que causam hiperpotassemia.
A espironolactona potencializa o efeito de outros diuréticos e anti-hipertensivos quando administrados
concomitantemente. A dose desses fármacos deverá ser reduzida quando espironolactona for incluído ao
tratamento.
A espironolactona reduz a resposta vascular à norepinefrina. Devem ser tomados cuidados com a administração
em pacientes submetidos à anestesia enquanto esses estiverem sendo tratados com espironolactona.
Foi demonstrado que espironolactona aumenta à meia-vida da digoxina.
Foi demonstrado que ácido acetilsalicílico, indometacina e ácido mefenâmico atenuam o efeito diurético da
espironolactona.
A espironolactona aumenta o metabolismo da antipirina.
A espironolactona pode interferir na análise dos exames de concentração plasmática de digoxina.
Acidose metabólica hipercalêmica foi relatada em pacientes que receberam espironolactona concomitantemente
a cloreto de amônio ou colestiramina.
Coadministração de espironolactona e carbenoxolona podem resultar em eficácia reduzida de qualquer uma
dessas medicações.
Conservar em temperatura ambiente (entre 15ºC e 30ºC). Proteger da umidade.
O prazo de validade deste medicamento é de 24 meses.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
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Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Para sua segurança, mantenha o medicamento na embalagem original.
Características do medicamento espironolactona 25 mg e 50 mg: Comprimido circular biconvexo, liso de cor
branco a quase branco, sem vinco.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças
Adultos: A dose diária pode ser administrada em doses fracionadas ou em dose única.
Hipertensão Essencial: Dose usual de 50 a 100 mg por dia, que nos casos resistentes ou graves pode ser
gradualmente aumentada, em intervalos de duas semanas, até 200 mg/dia. O tratamento deve ser mantido por no
mínimo duas semanas, visto que uma resposta adequada pode não ocorrer antes desse período de tempo. A dose
deverá ser, posteriormente, reajustada de acordo com a resposta do paciente.
Doenças Acompanhadas por Edema
A dose diária pode ser administrada tanto em doses fracionadas como em dose única.
Insuficiência Cardíaca Congestiva: É recomendado administrar uma dose inicial diária de 100mg de
espironolactona, administrada em dose única ou dividida, podendo variar entre 25 e 200mg diariamente.
Quando o edema estiver controlado, a dose habitual de manutenção deve ser determinada para cada paciente.
Cirrose Hepática: Se a relação sódio urinário/potássio urinário (Na+ / K+) for maior que 1 (um), a dose usual é
de 100 mg/dia. Se essa relação for menor do que 1 (um), a dose recomendada é de 200 a 400 mg/dia. A dose de
manutenção deve ser determinada para cada paciente.
Síndrome Nefrótica: Habitualmente 100 a 200 mg/dia. Espironolactona não é medicamento anti-inflamatório,
não tendo sido demonstrado afetar o processo patológico básico, e seu uso é aconselhado somente se outra
terapia for ineficaz.
Edema Idiopático: A dose habitual é de 100 mg por dia.
Edema em Crianças: A dose diária inicial é de aproximadamente 3,3 mg por kg de peso administrada em dose
fracionada. A dosagem deverá ser ajustada com base na resposta e tolerabilidade do paciente.
Diagnóstico e Tratamento do Hiperaldosteronismo Primário
Espironolactona pode ser empregado como uma medida diagnóstica inicial para fornecer evidência presuntiva de
hiperaldosteronismo primário enquanto o paciente estiver em dieta normal.
Teste a Longo Prazo: espironolactona é administrada em uma dosagem diária de 400 mg por 3 ou 4 semanas.
Correção da hipopotassemia e da hipertensão revela evidência presuntiva para o diagnóstico de
hiperaldosteronismo primário.
Teste a Curto Prazo: espironolactona é administrada em uma dosagem diária de 400 mg por 4 dias. Se o potássio
sérico se eleva durante a administração de espironolactona, porém diminui quando é descontinuado, o
diagnóstico presuntivo de hiperaldosteronismo primário deve ser considerado.
Tratamento Pré-operatório de Curto Prazo de Hiperaldosteronismo Primário
Quando o diagnóstico de hiperaldosteronismo for bem estabelecido por testes mais definitivos, espironolactona
pode ser administrada em doses diárias de 100 a 400 mg como preparação para a cirurgia. Para pacientes
considerados inaptos para cirurgia, espironolactona pode ser empregado como terapia de manutenção em longo
prazo, com o uso da menor dose efetiva individualizada para cada paciente.
Hipertensão Maligna
Somente como terapia auxiliar e quando houver excesso de secreção de aldosterona, hipopotassemia e alcalose
metabólica. A dose inicial é de 100 mg/dia, aumentada quando necessário a intervalos de duas semanas para até
400 mg/dia. A terapia inicial pode incluir também a combinação de outros fármacos anti-hipertensivos à
espironolactona. Não reduzir automaticamente a dose dos outros medicamentos como recomendado na
hipertensão essencial.
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Hipopotassemia/ hipomagnesemia
A dosagem de 25 mg a 100 mg por dia é útil no tratamento da hipopotassemia e/ou hipomagnesemia induzida
por diuréticos, quando suplementos orais de potássio e/ou magnésio forem considerados inadequados.
Dose omitida: Caso o paciente esqueça-se de tomar espironolactona no horário estabelecido, deve fazê-lo assim
que lembrar. Entretanto, se já estiver perto do horário de administrar a próxima dose, deve desconsiderar a dose
esquecida e utilizar a próxima. Neste caso, o paciente não deve tomar a dose duplicada para compensar doses
esquecidas. O esquecimento de dose pode comprometer a eficácia do tratamento.
As seguintes reações adversas foram relatadas em tratamento com espironolactona:
Neoplasmas Benignos, Malignos e não específicos (incluindo cistos e pólipos): neoplasma benigno de mama.
Sistema Sanguíneo e Linfático: leucopenia (incluindo agranulocitose), trombocitopenia.
Metabólico e Nutricional: distúrbios eletrolíticos e hipercalemia.
Psiquiátrico: alterações na libido, confusão.
Sistema Nervoso: tontura.
Gastrointestinal: distúrbios gastrointestinais, náuseas.
Hepatobiliar: função hepática anormal.
Pele e Tecidos Subcutâneos: síndrome de Stevens-Johnson, necrólise epidérmica tóxica (NET), erupção à droga
com eosinofilia e sintomas sistêmicos (DRESS) alopecia, hipertricose (crescimento de cabelo anormal), prurido,
rash, urticária.
Musculoesquelético e Tecidos Conjuntivos: hiperpotassemia e cãibras nas pernas.
Sistema Renal e Urinário: insuficiência renal aguda.
Sistema Reprodutivo e Distúrbios Mamários: dor nas mamas, distúrbios menstruais, ginecomastia*.
Geral: mal-estar.
* A ginecomastia é geralmente reversível quando a espironolactona é descontinuada, embora, em casos raros, o
aumento das mamas pode persistir.
Outras reações também relatadas foram: sonolência, cansaço, dor de cabeça, confusão mental, febre, ataxia,
impotência. Foi observado carcinoma mamário em pacientes tomando espironolactona, todavia uma relação de
causa e efeito não pôde ser estabelecida.
Ginecomastia pode se desenvolver em associação com o uso de espironolactona e o médico deve estar alerta para
sua possível instalação.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA,
disponível em http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária
Estadual ou Municipal.