Bula do Plaketar para o Profissional

Bula do Plaketar produzido pelo laboratorio Biolab Sanus Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Plaketar
Biolab Sanus Farmacêutica Ltda - Profissional

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BULA COMPLETA DO PLAKETAR PARA O PROFISSIONAL

PLAKETAR®

Biolab Sanus Farmacêutica Ltda.

Comprimido Revestido

cloridrato de ticlopidina 250 mg

 

Biolab Sanus Plaketar (Profissional da Saúde) – 06/2014-1

MODELO DE BULA

DO PROFISSIONAL DE SAÚDE

Plaketar

cloridrato de ticlopidina

IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO

• APRESENTAÇÃO:

Comprimido revestido 250 mg: embalagem com 20 e 30 comprimidos.

• USO ORAL

• USO ADULTO

• Composição:

Cada comprimido revestido contém:

cloridrato de ticlopidina .......................................... 250 mg

Excipientes:etilcelulose, celulose microcristalina, ácido esteárico, ácido cítrico, estearato de magnésio,

povidona, amido, dióxido de titânio, macrogol, hipromelose, laurilsulfato de sódio, croscarmelose sódica

e dióxido de dilício coloidal.

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES

Este medicamento é destinado ao tratamento de:

* Redução do risco de acidente vascular cerebral primário ou recorrente, em pacientes com

história de pelo menos um dos seguintes eventos: AVC isquêmico completo, AVC menor, déficit

neurológico isquêmico reversível ou ataque isquêmico transitório (inclusive amaurose monocular

transitória).

* Prevenção de acidentes isquêmicos extensos, especialmente coronarianos, em pacientes com

arteriosclerose obliterante crônica dos membros inferiores, com sintomas de claudicação intermitente.

* Prevenção e correção dos distúrbios plaquetários induzidos por circuitos extracorpóreos:

- cirurgia com circulação extracorpórea;

- hemodiálise crônica

* Prevenção de oclusões subagudas após implantação de “stent” coronariano

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

Ticlopidina é uma droga antiplaquetária com mecanismo de ação diferente do acido acetil

salicílico (aas) e dos antiinflamatórios não-esteroidais. A ticlopidina demonstrou reduzir o risco de AVC

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trombótico em pacientes com AVC prévio. A droga está indicada para pacientes submetidos a implante

de stent coronário (junto com o aas). Devido ao risco associado à neutropenia ou agranulocitose, a

ticlopidina deve ser reservada a pacientes que sejam intolerantes ao aas, se indicado. O uso preliminar da

ticlopidina para doenças tromboembólicas demonstrou utilidade na manutenção da patência do enxerto

em pacientes com “pontes” coronárias, mantendo a patência do acesso aos sítios nos pacientes em

“regime” de hemodiálise, melhorando o desempenho do exercício nos pacientes com doença cardíaca

isquêmica e prevenindo a trombose venosa profunda pós-operatória. A ticlopidina pode também ser útil

na prevenção da mortalidade cardiovascular, do infarto do miocárdio, e na prevenção da oclusão de vasos

durante as crises de anemia falciforme (crise de “falcização”). Estudos definitivos são necessários para

avaliar a utilidade clínica da ticlopidina nestas áreas. (Anon, 2002; Panak E et al , 1983; Johnson M et al ,

1977; Knudsen JB, Gormsen J, 1979; David JL et al, 1979; O´Brien JR, 1978; Thebault JJ et al, 1975)

Uma meta-análise de estudos comparando a terapia antiplaquetária com placebo ou uma

alternativa antiplaquetária, indica que esta terapia proporciona a profilaxia efetiva contra o infarto

miocárdico, AVC ou morte vascular ou por causas desconhecidas em pacientes de alto risco (Anon,

2002). Esta meta-análise foi desenvolvida pelo grupo ANTITHROMBOTIC TRIALISTS'

COLLABORATION (localizado na Inglaterra); este foi um estudo randomizado com estudos disponíveis

antes de setembro de 1997, e estava constituído por 287 estudos envolvendo 135.000 pacientes em

comparação do agente antiplaquetário com placebo (197 estudos) (Panak E, 1983). 77.000 pacientes em

comparação de diferentes regimes antiplaquetários (90 estudos). Os pacientes incluídos foram agrupados

de acordo com eventos vasculares ou condições que os colocassem sob alto risco – infarto miocárdico

(IM), IM prévio, AVC agudo, AVC prévio, ou outra condição de alto risco (como angina estável,

fibrilação atrial, doença arterial periférica). A mortalidade geral (vascular), IAM não-fatal, ou AVC não-

fatal ocorreu em 7705 dos 71.912 pacientes (10,7%) no grupo da terapia antiplaquetária comparada com

9502 de 72.139 (13,2%) alocado para o grupo controle (p menor que 0,0001). O grupo recebendo da

terapia antiplaquetária foi associado a uma redução de risco para morte por causas vasculares de 15%;

com uma redução de risco para IM não-fatal de 34%, e uma redução de risco para o AVC não fatal de

25%. No geral, a terapia antiplaquetária resultou em uma redução de risco proporcional de

aproximadamente 25% para qualquer evento vascular sério entre todas as categorias de pacientes de alto

risco, exceto para aqueles com AVC agudo. Entre os estudos que reportaram ao menos 1 AVC

hemorrágico, houve um aumento do AVC hemorrágico fatal ou não-fatal para 22% (p menor que 0,01) e

reduziu os AVC fatais e não-fatais de 30% (p menor que 0,0001).O risco absoluto de AVC foi reduzido

significantemente. Entre os pacientes com AVC agudo a redução absoluta no risco de um evento vascular

sério em 9 de 1000 pacientes (p=0,0009); por comparação, o risco foi reduzido de 22 para 38 eventos a

menos em 1000 pacientes, aqueles com IAM, com IAM prévio, com história de AVC ou outra condição

(p menor que 0,0001 para todos). AAS foi o antiplaquetário mais comum estudado, e doses diariamente

de 75 a 150 milligramas (mg) foram ao menos tão efetivos quanto as maiores doses. Clopidogrel

demonstrou reduzir os eventos vasculares para, adicionalmente 10% comparada com AAS, e ticlopidina

conferiu uma redução 12% superior ao aas; adicionando o dipiridamol ao aas, não teve efeito

significativo. Os autores notaram também que seus achados suportavam a introdução da terapia

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antiplaquetária durante um AVC agudo presumido, com a continuação a longo prazo da terapia

antiplaquetária. (Anon, 2002; Panak E et al , 1983; Johnson M et al , 1977; Knudsen JB, Gormsen J,

1979; David JL et al, 1979; O´Brien JR, 1978; Thebault JJ et al, 1975).

3. CARACTERISTICAS FARMACOLÓGICAS

Propriedades Farmacodinâmicas:

PLAKETAR é um antiagregante plaquetário que produz a inibição da agregação das plaquetas e

da liberação de fatores plaquetários; essa inibição é dependente da dose e do tempo de administração e

reflete-se por um prolongamento do tempo de sangramento.

A ticlopidina não tem ação significativa in vitro, mas apenas in vivo; entretanto, não há

evidência de metabólito ativo circulante.

PLAKETAR interfere com a agregação plaquetária inibindo a ligação ADP-dependente do

fibrinogênio à membrana da plaqueta; sua ação não envolve inibição da ciclo-oxigenase, como ocorre

com o ácido acetilsalicílico. O AMP cíclico plaquetário não parece estar envolvido no mecanismo de ação

da ticlopidina.

O tempo de sangramento medido pelo método de Ivy, com manguito sob pressão de 40 mm Hg,

alcança mais de duas vezes os valores iniciais, ao passo que essa medida sem manguito não aumenta

substancialmente. Após a suspensão do tratamento, o tempo de sangramento e outros testes da função

plaquetária voltam aos valores normais dentro de uma semana, na maioria dos pacientes.

O efeito antiagregante plaquetário pode ser observado após dois dias do início da administração

de PLAKETAR, na dose de 250 mg duas vezes ao dia. O efeito máximo é alcançado após 5 a 8 dias de

tratamento com a referida dose.

Em doses terapêuticas, o PLAKETAR inibe 50 a 70% da agregação plaquetária induzida pelo

ADP (2,5 micromol/l). Doses menores correspondem a um menor efeito antiagregante.

Em um estudo comparativo com o ácido acetilsalicílico realizado nos Estados Unidos, mais de

3000 pacientes que haviam experimentado ataque isquêmico transitório cerebral ou acidente vascular

cerebral (AVC) menor foram tratados e controlados por um período médio de 3 anos. Os resultados

mostram que a ticlopidina reduziu em 48% o risco de AVC fatal ou não fatal no primeiro ano, em

comparação ao ácido acetilsalicílico. Essa redução de risco ao longo do estudo foi de 27%, valor ainda

estatisticamente significativo. Outro estudo comparando ticlopidina e placebo em 1073 pacientes com

AVC isquêmico prévio demonstrou clara superioridade da ticlopidina na redução do risco de novo AVC;

essa redução foi de 33% no primeiro ano de tratamento. Um terceiro estudo multicêntrico em 687

pacientes com claudicação intermitente mostrou que a ticlopidina foi significativamente superior ao

placebo na redução da mortalidade (29%) e de eventos cardio ou cerebrovasculares (fatais ou não

fatais)(41%).

Propriedades Farmacocinéticas:

A absorção da ticlopidina é rápida. Após administração por via oral em dose única, valores

plasmáticos máximos são alcançados em cerca de 2 horas. A absorção é praticamente completa, e a

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biodisponibilidade do PLAKETAR é aumentada quando o medicamento é administrado após as

refeições.

Concentrações plasmáticas de equilíbrio são alcançadas 7 a 10 dias após administração de

250mg duas vezes ao dia. A meia-vida média de eliminação após o equilíbrio plasmático é de cerca de 30

a 50 horas. Entretanto, a inibição da agregação plaquetária não está correlacionada às concentrações

plasmáticas.

A ticlopidina é largamente metabolizada no fígado. Após administração oral do medicamento

marcado radioativamente, 50 a 60% da radioatividade são detectados na urina e o restante nas fezes.

4. CONTRAINDICAÇÕES

Este medicamento é contraindicado para uso em:

* Diáteses hemorrágicas.

* Lesões orgânicas suscetíveis de sangramento, por exemplo, úlcera gastroduodenal em atividade,

AVC hemorrágico em fase aguda.

* Hematopatias com aumento do tempo de sangramento.

* Antecedentes de hipersensibilidade a ticlopidina ou a qualquer outro componente da fórmula.

* Antecedentes de leucopenia, trombocitopenia ou agranulocitose.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

Foram observados efeitos adversos hematológicos e hemorrágicos, com consequências usualmente

graves e às vezes fatais (vide “Reações Adversas”).

Tais efeitos graves podem estar associados a:

- monitorização inadequada, diagnóstico tardio e medidas terapêuticas inadequadas quanto aos

efeitos adversos;

- administração concomitante de anticoagulantes ou antiagregantes plaquetários tais como ácido

acetilsalicílico ou AINEs. Entretanto, no caso de implantação de “stent”, a ticlopidina pode ser associada

ao ácido acetilsalicílico (100 a 325 mg diários) durante cerca de um mês, conforme orientação do seu

médico.

Controle hematológico

Durante os primeiros três meses de tratamento com PLAKETAR o paciente deve realizar

hemograma completo (inclusive contagem de plaquetas) a partir do início do tratamento e a intervalos de

duas semanas durante os três primeiros meses, e no decorrer de 15 dias após a suspensão do

PLAKETAR, caso o tratamento seja interrompido antes de três meses. Em caso de neutropenia

confirmada (menos de 1500 neutrófilos/mm3) ou de trombocitopenia (menos de 100.000 plaquetas/mm3)

o tratamento deve ser suspenso e os parâmetros hematológicos controlados até o seu retorno aos valores

normais.

Controle clínico

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Todos os pacientes devem ser cuidadosamente acompanhados quanto a sinais e sintomas de reações

adversas, especialmente nos três primeiros meses de tratamento. Os pacientes devem ser instruídos sobre

sinais e sintomas possivelmente relacionados à neutropenia (febre, dor de garganta, ulcerações na mucosa

oral), a trombocitopenia ou alteração da hemostasia (sangramento prolongado ou inusitado, equimoses,

púrpura, fezes escuras) e hepatite (incluindo icterícia, urina escura e fezes claras).

Os pacientes devem ser avisados para suspender o tratamento e procurar imediatamente o médico,

caso surja algum destes sintomas.

A decisão de reiniciar o tratamento dependerá do resultado dos exames clínicos e laboratoriais.

O diagnóstico clínico de púrpura trombocitopênica trombótica (PTT) caracteriza-se pela presença de

trombocitopenia, anemia hemolítica, sintomas neurológicos, disfunção renal e febre. O início pode ser

súbito. Na maioria dos casos, a PTT foi detectada nas primeiras 8 semanas de tratamento. Tendo em vista

o risco de óbito, sugere-se acompanhamento por equipe de especialistas em caso de suspeita de PTT. O

tratamento com plasmaferese pode melhorar o prognóstico.

Sensibilidade cruzada entre tienopiridinas

Pacientes devem ser avaliados quanto à história de hipersensibilidade com outra tienopiridina (como

clopidogrel, prasugrel), já que reatividade cruzada entre tienopiridinas tem sido reportada (vide “Reações

Adversas”). As tienopiridinas podem causar reações alérgicas leves a severas, tais como rash, angioedema

ou reações hematológicas como trombocitopenia e neutropenia. Pacientes que tenham desenvolvido

reação alérgica anteriormente e/ou reação hematológica a uma tienopiridina, podem ter um risco

aumentado de desenvolver a mesma ou outra reação com uma outra tienopiridina. É aconselhável o

monitoramento de sensibilidade cruzada.

Hemostasia

O uso do PLAKETAR deve ser feito com prudência em pacientes com risco aumentado de

sangramento. Em princípio, a ticlopidina não deve ser associada à heparina, anticoagulantes orais e a

antiagregantes plaquetários (vide “Interações medicamentosas”). No caso excepcional de tratamento

concomitante, o controle clínico e hematológico deverá ser cuidadoso, incluindo determinações do tempo

de sangramento.

Em caso de intervenção cirúrgica eletiva, sempre que possível o tratamento com a ticlopidina deve

ser suspenso pelo menos 10 dias antes da cirurgia.

Em situação de emergência cirúrgica o risco de hemorragia e de tempo de sangramento prolongado

pode ser diminuído pelas seguintes medidas, isoladas ou combinadas: administração de 0,5 a 1,0 mg/kg

de metilprednisolona I.V., que pode ser repetida; desmopressina na dose de 0,2 a 0,4 mcg/kg I.V.;

administração de concentrado de plaquetas.

Sendo PLAKETAR extensamente metabolizado no fígado, ele deve ser usado com cuidado nos

pacientes com insuficiência hepática e, em casos de disfunção hepática, testes da função hepática devem

ser realizados. O tratamento deve ser descontinuado em caso de hepatite ou icterícia.

Efeitos sobre a capacidade de dirigir e operar máquinas

As reações adversas da ticlopidina, como tontura, podem prejudicar a habilidade de dirigir e operar

máquinas.

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Gravidez e lactação

A segurança de ticlopidina em mulheres grávidas não foi estabelecida. PLAKETAR não deve ser

usado por mulheres grávidas a menos que seja absolutamente necessário.

Estudos em ratas mostram que a ticlopidina é excretada no leite. A segurança da ticlopidina em

lactantes não foi estabelecida. A não ser em casos de indicação estrita, PLAKETAR não deverá ser

administrado a lactantes.

Categoria de risco na gravidez: B.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do

cirurgião-dentista.

Populações especiais

Idosos

Os principais estudos clínicos incluíram uma amostragem com idade média de 64 anos. A

farmacocinética da ticlopidina é modificada em pacientes idosos, mas as atividades farmacológicas e

terapêuticas de doses de 500mg/dia não são afetadas pela idade do paciente.

Crianças

A segurança e eficácia na população pediátrica não foram estabelecidas.

Uso em pacientes com disfunção hepática

Como a ticlopidina é extensivamente metabolizada pelo fígado, deve ser utilizada com cuidado em

pacientes com disfunção hepática. O tratamento deve ser suspenso e testes da função hepática

monitorados se o paciente desenvolver hepatite ou icterícia.

Uso em pacientes com disfunção renal

A experiência em pacientes com disfunção renal é limitada. Em estudos clínicos controlados, não

foram encontrados problemas inesperados em pacientes com disfunção renal leve e não há experiência

com ajuste de dose em pacientes com disfunção renal mais severa. No entanto, pode ser necessária a

redução da dose de ticlopidina em pacientes com disfunção renal ou ainda, a descontinuação do

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

- medicamento-medicamento

Associações que aumentam o risco hemorrágico:

• Antiinflamatórios não esteroidais

Aumento de risco hemorrágico pelo aumento da atividade antiagregante plaquetária e do efeito dos

AINEs sobre a mucosa gastroduodenal. Caso o uso de antiinflamatórios seja imprescindível ao paciente,

deve-se proceder a cuidadoso controle clínico e laboratorial.

• Antiagregantes plaquetários

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Aumento do risco hemorrágico (aumento da atividade antiagregante plaquetária). Se a associação não

puder ser evitada, é necessário um estrito controle clínico e laboratorial do paciente.

• Anticoagulantes orais

Aumento do risco hemorrágico pela combinação da ação anticoagulante com a atividade

antiplaquetária da ticlopidina. Caso esses fármacos sejam necessários, deve-se realizar estrito controle

clínico e biológico.

• Heparinas

Aumento do risco hemorrágico (combinação da ação anticoagulante com a atividade antiplaquetária).

Caso a associação tenha que ser prescrita, o paciente deve merecer cuidadoso controle clínico e biológico

(inclusive APTT).

• Derivados salicilados (inclusive ácido acetilsalicílico), via sistêmica

Aumento de risco hemorrágico pela soma do efeito antiplaquetário e da ação lesiva dos derivados

salicilados sobre a mucosa gastroduodenal. É necessário um estrito controle clínico e laboratorial do

paciente. No caso de implante de “stent” ver item Advertências.

Associações que exigem precauções especiais:

• Teofilina

Possibilidade de aumento dos níveis plasmáticos de teofilina com risco de superdose (diminuição do

clearance plasmático de teofilina). Deve-se realizar controle clínico estrito e, se necessário, determinações

do nível plasmático da teofilina. Adaptar a dose de teofilina durante e após o tratamento com a

ticlopidina.

• Digoxina

Possibilidade de redução (aproximadamente 15%) nos nível plasmático de digoxina, sem, contudo,

afetar sua eficácia terapêutica.

• Fenobarbital

Estudos em voluntários sadios não mostraram efeito de administração crônica do fenobarbital sobre a

ação antiplaquetária da ticlopidina.

• Fenitoína

Estudos in vitro mostram que a ticlopidina não altera a ligação da fenitoína às proteínas plasmáticas.

Entretanto, não foram feitos estudos in vivo. Existem raros relatos de aumento nos níveis de fenitoína e

toxicidade de fenitoína quando ticlopidina é co-prescrita. A administração conjunta deve ser feita com

cautela, e o nível sérico de fenitoína deve ser medido, ao se iniciar ou descontinuar a ticlopidina.

• Outros medicamentos

O PLAKETAR foi utilizado concomitantemente com beta-bloqueadores, antagonistas dos canais de

cálcio e diuréticos, sem que fosse observada nenhuma interação clinicamente significativa.

Estudos in vitro indicam que a ticlopidina se liga às proteínas plasmáticas (98%) de modo reversível,

sem, contudo, interagir com a ligação do propranolol (droga que tem alta ligação às proteínas

plasmáticas) às mesmas.

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Em ocasiões muito raras, foi relatada redução dos níveis sanguíneos da ciclosporina. Portanto, os

níveis de ciclosporina devem ser monitorizados se houver co-administração com ticlopidina.

- medicamento-alimento

Não há dados disponíveis até o momento sobre a interferência de alimentos na ação de PLAKETAR.

- medicamento-exame laboratorial

Existe a possibilidade da ocorrência de alterações laboratoriais com o uso de PLAKETAR. Por isso,

recomenda-se monitoramento médico (vide “Reações Adversas”).

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

PLAKETAR deve ser mantido em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C), proteger da luz e

umidade.

Prazo de validade: 24 meses a partir da data de fabricação.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Este medicamento é apresentado na forma de comprimidos revestidos redondos de cor branca.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

Os comprimidos devem ser ingeridos sem mastigar, com líquido, durante ou logo após as duas

principais refeições, por via oral.

Uso em adultos: 2 comprimidos ao dia, durante as refeições.

Não há estudos dos efeitos de PLAKETAR administrado por vias não recomendadas. Portanto,

por segurança e para eficácia deste medicamento, a administração deve ser somente por via oral.

População especial: vide item “Advertências e precauções”

Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.

9. REAÇÕES ADVERSAS

Reação muito comum (> 1/10).

Reação comum (> 1/100 e < 1/10).

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Reação incomum (> 1/1.000 e < 1/100).

Reação rara (> 1/10.000 e < 1/1.000).

Reação muito rara (< 1/10.000).

• Distúrbios do sangue e sistema linfático

Em dois estudos clínicos de larga escala conduzidos em 2048 pacientes com ataque isquêmico

transitório/acidente vascular cerebral tratados com ticlopidina (estudos clínicos controlados e

multicêntricos CATS e TASS), a contagem de células sanguíneas foi cuidadosamente monitorada (vide

“Advertências e Precauções”).

Comuns: neutropenia incluindo neutropenia severa.

A maioria dos casos de neutropenia severa ou agranulocitose manifetou-se nos primeiros três

meses de tratamento com ticlopidina (necessária monitorização das células sanguíneas). A medula óssea

revelou redução dos precursores mielóides.

Raros: púrpura trombocitopênica trombótica (vide “Advertências e Precauções”), aplasia

medular ou pancitopenia.

Incomuns: trombocitopenia isolada ou excepcionalmente acompanhada de anemia hemolítica.

• Sistema nervoso

Dor de cabeça, tontura e neuropatia periférica tem sido reportadas.

• Distúrbios vasculares

Complicações hemorrágicas, principalmente, mas não limitado a, hematoma ou equimose e

epistaxe podem ocorrer durante o tratamento. Foram relatados casos de hemorragia pré ou pós-operatória

(vide “Advertências e Precauções”). Hemorragia intracerebral, hematúria e hemorragia da conjuntiva

também foram reportadas.

• Distúrbios gastrointestinais

Diarreia foi a reação mais comumente relatada seguida em frequência, pela náusea. A diarreia é

usualmente leve e transitória, ocorrendo principalmente durante os primeiros três meses de tratamento.

Geralmente essas manifestações regridem em 1 a 2 semanas, mesmo na vigência do tratamento. Foram

relatados muito raramente casos de diarreia grave com colite (incluindo colite linfocítica). Se o efeito for

severo e persistente, o tratamento deve ser descontinuado.

Úlcera gastroduodenal também foi reportada.

• Distúrbios da pele e tecidos subcutâneos

Foram descritos casos de erupções cutâneas, particularmente maculopapulares ou urticariformes,

frequentemente acompanhados com prurido. Tais manifestações aparecem em geral nos primeiros três

meses de tratamento (tempo médio de início: 11 dias), e podem ser generalizadas. Com a suspensão do

tratamento as reações cutâneas regridem em poucos dias. Estes rashes cutâneos podem ser generalizados.

Têm sido relatados raros casos de eritema multiforme, Síndrome de Stevens Johnson e Síndrome de

Lyell.

Dermatite esfoliativa também foi reportada.

• Distúrbios Hepatobiliares

O tratamento com ticlopidina foi acompanhado do aumento das enzimas hepáticas. O aumento

(isolado ou não) de fosfatases alcalinas e transaminases (incidência maior que duas vezes o limite normal)

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foi observada em ambos os grupos (ticlopidina e placebo) (vide “Advertências e Precauções”). O

tratamento com ticlopidina também foi acompanhado de pequena elevação de bilirrubina.

Raros:hepatite (citolítica e/ou colestática) nos primeiros meses de tratamento. A evolução foi em

geral favorável após suspensão do tratamento. No entanto foram relatados casos raríssimos de óbito.

Casos de hepatite fulminante também foram reportados.

• Distúrbios do sistema imune

Muito raros: reações imunológicas com diferentes manifestações, tais como: reações alérgicas,

anafilaxia, artralgia, pneumopatia alérgica, vasculite, síndrome lúpica, edema de Quincke, nefropatia por

hipersensibilidade resultando às vezes em falência renal, eosinofilia.

Desconhecidos: reação cruzada de hipersensibilidade à droga entre tienopiridinas (como

clopidogrel, prasugrel) (vide “Advertências e Precauções”).

• Distúrbios gerais

Muito raro: febre isolada.

• Alterações laboratoriais

Hematológicas

Neutropenia e, mais raramente, pancitopenia, assim como trombocitopenia isolada ou

excepcionalmente associada à anemia hemolítica, foram descritas durante o tratamento com a ticlopidina.

Hepáticas

O uso de ticlopidina pode ser acompanhado de elevação isolada ou não da fosfatase alcalina,

transaminases (mais que 2 vezes o limite de normalidade) e bilirrubina (pequeno aumento).

Investigações

Tratamento crônico com ticlopidina pode estar associado a aumento de colesterol e triglicerídeos

séricos. Os níveis de HDL-C, LDL-C, VLDL-C e triglicerídeos podem aumentar de 8 a 10% após 1 a 4

meses de tratamento, sem progressão posterior com a continuação da terapia. As relações das sub-frações

lipoprotéicas (especialmente a relação HDL-LDL) permanecem inalteradas.

Resultados de ensaios clínicos demonstram que esse efeito é independente da idade, sexo,

ingestão de álcool ou diabetes, e não tem influência sobre o risco cardiovascular.

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária -

NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária

Estadual ou Municipal.

10. SUPERDOSE

O risco de sangramento é esperado, de acordo com as propriedades farmacodinâmicas da

ticlopidina. Em caso de superdose acidental, recomenda-se, lavagem gástrica e medidas gerais de suporte.

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

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Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.