Princípio Ativo Acetilcisteina

Acetilcisteína

Informações Gerais

🔬 Nome Químico: N-acetil-L-cisteína
💊 Classe Terapêutica: Mucolítico, antídoto (intoxicação por paracetamol)
🏷 Nomes Comerciais: Fluimucil, Cisteil, Airbron, entre outros

Indicações

✅ Mucolítico:

  • Tratamento de doenças respiratórias com excesso de muco (bronquite, DPOC, fibrose cística).
  • Auxilia na fluidificação de secreções brônquicas.

✅ Antídoto:

  • Intoxicação por paracetamol (prevenção de hepatotoxicidade).

Mecanismo de Ação

🔄 Mucolítico:

  • Rompe ligações dissulfeto no muco, reduzindo sua viscosidade.

🛡 Antídoto:

  • Repõe estoques de glutationa hepática, neutralizando metabólitos tóxicos do paracetamol.

Posologia

Forma Farmacêutica Dose (Adulto) Dose (Pediatria)
Oral 200–600 mg 2–3x/dia 100–200 mg 2–3x/dia
Inalação/Nebulização 300–600 mg/dia (dividido) 100–200 mg/dose
IV (Antídoto) Dose única (protocolo específico) Ajuste por peso

⚠ Nota: Em intoxicação por paracetamol, seguir protocolo hospitalar (geralmente 150 mg/kg em 15h).

Efeitos Adversos

🤢 Gastrointestinais: Náuseas, vômitos, diarreia.
🤧 Respiratórios: Broncoespasmo (raro em nebulização).
⚠ Alérgicos: Rash cutâneo, edema (interromper se grave).

Contraindicações

❌ Hipersensibilidade à acetilcisteína.
❌ Asma brônquica (cuidado com nebulização).
❌ Úlcera péptica ativa (via oral).

Interações Medicamentosas

💊 Antitussígenos: Reduzem eficácia (evitar uso simultâneo).
💊 Nitroglicerina: Potencializa efeito vasodilatador.
💊 Carbono ativado: Pode reduzir absorção (em intoxicação).

Considerações Especiais

🔹 Grávidas: Usar apenas se benefício > risco (Categoria B).
🔹 Idosos: Ajuste dose se insuficiência renal/hepática.
🔹 Estabilidade: Solução oxidável (usar imediatamente após preparo).

Referências

  • ANVISA, Bulário Eletrônico.
  • UpToDate, 2023.
  • Goodman & Gilman (2020).

📌 Armazenamento: Conservar em temperatura ambiente (15–30°C), protegido da luz.

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A acetilcisteína é uma substância que possui propriedades mucolíticas e antioxidantes. Ela é um princípio ativo utilizado principalmente para tratar doenças respiratórias, como a bronquite crônica, a fibrose cística e a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC).

A ação mucolítica da acetilcisteína se dá pela quebra das ligações entre as moléculas do muco presentes nas vias respiratórias, tornando-o menos viscoso e facilitando sua eliminação. Isso ajuda a desobstruir as vias aéreas e promove a expectoração, aliviando os sintomas de congestão nasal, tosse e dificuldade em respirar.

Além disso, a acetilcisteína apresenta propriedades antioxidantes, que ajudam a proteger as células dos danos causados pelos radicais livres, que são moléculas produzidas naturalmente pelo organismo e também podem ser encontradas no ambiente (como poluentes e fumaça de cigarro). Esses radicais livres estão relacionados ao envelhecimento precoce e ao desenvolvimento de doenças crônicas, como o câncer e as doenças cardiovasculares.

A administração da acetilcisteína pode ser feita de diversas formas, como comprimidos, xaropes, soluções para inalação e até mesmo intravenosa, dependendo da gravidade e do tipo da doença a ser tratada. É importante seguir as orientações médicas sobre a dosagem e o tempo de duração do tratamento.

No entanto, é importante ressaltar que a acetilcisteína não deve ser utilizada sem prescrição médica, pois o uso inadequado ou em doses elevadas pode causar efeitos adversos, como náuseas, vômitos, diarreia, dor de estômago e reações alérgicas. Além disso, em algumas situações, como em casos de úlceras gástricas, a acetilcisteína pode ser contraindicada.

Portanto, antes de utilizar qualquer medicamento contendo acetilcisteína, é fundamental consultar um médico, que irá avaliar a necessidade e a segurança do seu uso, levando em consideração o seu quadro clínico e histórico de saúde.
Atenção! Decisões sobre o tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente, não use a auto-medicação, leia a bula.